Governo arde nas chamas

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Global Fire Emissions Database, projeto de pesquisa que compila e analisa dados da Nasa

 

Há no ar um clima literalmente escuro e fumacento que, ao mesmo tempo em que fustiga todo o atual governo, não permite, à população em geral, visualizar e entender com precisão qual a extensão real das queimadas que consomem parte do Centro-Oeste e da região da Amazônia brasileira. Enquanto as versões, das mais diversas, vão sendo espalhadas pelo vento, colocando ambientalistas e parte da imprensa nacional e internacional contra o governo, a quem acusa não só de negligência, mas de incentivar a ocupação e exploração dessas áreas, o governo, na voz do próprio presidente, culpa as ONGs de provocarem os incêndios criminosos.

De fato, nunca houve uma peleja nesse nível, envolvendo, ao mesmo tempo, o Estado, as ONGs, a imprensa para saber em qual lado está, de fato, a justiça. Cada um atira com a arma que possui. O problema é que pela dimensão, como está sendo apresentado pela imprensa de todo o mundo, trata-se, na opinião de especialistas no assunto, de uma das maiores queimadas já ocorridas simultaneamente nessas áreas.

A favor do governo se põe, além do ministro do Meio Ambiente, tornada persona non grata entre os ambientalistas de viés de esquerda, meteorologistas que asseguram que o clima, extraordinariamente seco nessas regiões, está entre as principais causas das queimadas.

Lembram, esses estudiosos do clima, que a situação decorre ainda do chamado efeito estufa que tem provocado incêndios em outras partes do planeta, como os que ocorrem agora na Sibéria. O monitoramento dessa situação, em imensas áreas remotas, só pode ser acompanhado, em tempo real, através de sobrevoos de aviões ou de imagens de satélites, o que torna qualquer aferição do problema dependente desses instrumentos.

A questão ganha maior densidade quando se desconfia que ambos os lados dessa batalha de informações duvidosas, ou escondem parte da verdade, minimizando esses fatos ou supervalorizam esses incêndios, com vistas a “queimar” as políticas do atual governo na área de meio ambiente, dentro e fora do país. O fato é que, seja lá onde estiver a verdade sobre esses episódios, a imagem do governo está irremediavelmente chamuscada entre ambientalistas daqui e de além mar.

Capitais como Manaus, Cuiabá, Rio Branco, Corumbá, Pará, Tocantins, bem como muitas cidades circunvizinhas estão, a dias, com o céu coberto de fumaça e fuligem, sem ver o sol por semanas. Televisões de todo o mundo estão aproveitando a situação para divulgar, em tom alarmista, que todo o Brasil arde, diante da incúria do governo atual e que dias muitos mais cinzentos estão por vir.

Dados do próprio Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) confirma que 2019 tem sido o ano com mais focos de incêndios dos últimos sete anos. Segundo esse instituto são mais de 74 mil focos de incêndios em todo o país, ocorrendo de forma quase simultânea. Tendo a natureza, os ambientalistas e parte da imprensa interna e externa contra, o governo tem que se esforçar muito se quiser sair do fogo dessa batalha com poucas queimaduras em seu prestígio.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Quem acredita no comunismo, ou é ingênuo ou é malandro.”

Conversa de bar solta no ambiente

 

 

Drones

Embrapa anuncia o uso de drones em cursos da Embrapa Cerrado. Um dos objetivos é o controle biológico de pragas. O curso começará no dia 27 de agosto, durará 3 dias. A participação será de até 50 produtores.

Foto: Fabiano Bastos (embrapa.br)

 

 

Invasão de privacidade

Por falar em drones, até a vizinha fofoqueira caiu nas garras da tecnologia. Volta e meia, em casas do lago Sul, Lago Norte e condomínios, é possível ver, sobrevoando no quintal, um drone curioso. Geralmente aos domingos. Caso a se observar.

Placa: iateclubedebrasilia.com

 

 

Requinte

A Requinte Imobiliária está cobrando duas semanas adiantadas do locatário apesar de o contrato prever justamente essa situação apontando para a manifestação voluntária e não obrigação. É uma judiação o que várias imobiliárias fazem com os jovens. Só não é pior porque a internet está aí, também para instruir sobre os direitos.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Em matéria de associação, vocês que tirem as conclusões. Acabamos de receber uma correspondência da “Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores de Turismo”. (Publicado em 28/11/1961)

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