Trabalhadores partidos

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Lula chega ao fim de sua trajetória meteórica três décadas depois de alçar voo, percorrendo uma parábola perfeita, do chão ao céu e do céu de volta ao chão, onde corre agora o risco de voltar a ser pó. O número de filiados desapontados aumentou. Enfim, perceberam que foram usados para que Lula e toda a turma da cúpula pudesse lamber os dedos nos aposentos das elites. Era só isso o que procuravam.

Apesar dos discursos veementes, de ter sido pontual contra as falcatruas, as prioridades da sociedade estão em desequilíbrio constante com as prioridades de Lula. Enquanto a reforma política não reorganizar a situação atual, a administração continuará ao relento, deteriorando-se a cada golpe do clientelismo, do corporativismo e da corrupção.

Acontece uma revolução no Brasil. Uma revolução de mentalidade, cultura, participação. Sem isso nunca serão possíveis mudanças efetivas que extirpem de vez o câncer da corrupção. Obrigar a devolver o que foi roubado e punir exemplarmente os envolvidos, para que passem a pensar duas vezes antes que se rendam às propostas ilícitas.

O tempo dirá como tudo ocorrerá. Como chefe do Executivo, Lula flanava pelos ares ajudado pelo bafo quente da turba de bajuladores que inflava seu balão. Ao público, dizia odiar as elites. À meia-luz, ceava com elas em saraus magníficos e se sentia no paraíso. Pelas elites foi usado como mais um despachante de luxo, alojado no 3º andar do Palácio do Planalto. Não ouviu o conselho de Barack Obama: “Livre-se dos bajuladores. Mantenha perto de você pessoas que te avisam quando você erra”.

Se a oposição entendesse um pouco sobre as artimanhas do destino, saberia que foi bafejada pela sorte quando perdeu a última eleição para Dilma e seu partido em 2014. Ao se ver derrotada em 2014 para a chefia do Executivo, a oposição, sem querer, se livrou da maior e mais nefasta herança que um sucessor pode adquirir.

Caso Aécio ou Marina assumisse a Presidência e se deparasse com a casa arrasada que havia por trás das portas do Palácio do Planalto, de nada adiantaria vir a público e reclamar do caos. Na eventual sagração da oposição, o Partido dos Trabalhadores espalharia, aos quatro ventos, que a ruína do país, agora escancarada, fora criação proposital dos oposicionistas para culpar os antecessores. A vitória da oposição a tornaria dona e fiadora do caos.

Da mesma forma, mas em sentido oposto, se as hostes petistas pudessem prever o que viria a seguir à posse do segundo mandato de Dilma, cuidaria ou de apontar outra figura para concorrer ao pleito, ou forçaria a barra para perder as eleições e se livrar, em grande parte, da avalanche de escândalos e descalabros que deixaram para trás. Assim, por razões inversas, quis o destino ou algo sobrenatural que quem ganhou perdeu e quem perdeu ganhou sem saber.

Ainda assim, na conta de chegar, somando e dividindo tudo, coube à população ficar com um baú abarrotado de infortúnios. Diferentemente do governo e de seus aliados, que, uma vez apeados do poder, se desmancharão no ar e não deixarão rastros. Restará apenas o prejuízo para a sociedade trabalhadora pagar. Será preciso retornar pelo mesmo caminho, recolher os cacos e, sobre os escombros deixados, reconstruir novamente o país.

 

A frase que não foi pronunciada

“Criar o futuro é um desafio até para os otimistas.”

Ulisses Guimarães, de onde estiver, pensando no Brasil

 

Insigne

No Rio de Janeiro, a marca BIC, com criação da agência Y&R e produção da Conspiração, deu um susto nos pais da criançada do Colégio Santa Marta. Aplicou neles a mesma prova que as crianças haviam feito na semana anterior. O resultado foi surpreendente. Apenas os pais que tinham o hábito de estudar com os filhos alcançaram nota satisfatória. Essa experiência gerou o minidocumentário Segredo que desperta a emoção do dono do mais duro coração.

 

Representatividade

José Carlos Moreira De Luca, do Sicoob Empresarial, reúne gente experiente para a próxima gestão. Vale dizer que os associados eram 4,2 milhões no fim de 2010. Em 2016, passam de 8 milhões.

 

Procon

Hoje, das 10h às 18h, em frente ao Brasília Shopping, o Dia do Consumidor será comemorado com instruções, esclarecimentos, orientação, consulta e registro de reclamações. Os fiscais também estarão no shopping para orientar consumidores e fornecedores sobre as normas e o devido cumprimento da legislação de consumo. Mais informações pelos telefones 2104-4338  e 8164-1941.

 

HUB

A capacitação dos funcionários e a implementação de uma ouvidoria têm dado resultados positivos na qualidade de atendimento do Hospital Universitário de Brasília. Em entrevista ao longo de 2015, 74% dos pacientes mostraram-se satisfeitos com o HUB. Do total dos entrevistados, 97 indicariam o hospital para atendimento de outro familiar. Parabéns a todos os responsáveis pela conquista.

 

Prisão

No cafezinho da Câmara, alguns jornalistas comentavam sobre a decisão da juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga de Oliveira. Ela encaminhou para o juiz Sérgio Moro a denúncia contra Lula, que pede a prisão preventiva. A conclusão foi que Lula, há muito tempo, é prisioneiro. Da falta de conhecimento das leis, do deslumbramento e dos falsos amigos, que se aproximam levados a interesses claramente obscuros.

 

História de Brasília

Poucas pessoas estiveram mais chegadas ao sr. Jânio Quadros do que o diretor dessa revista, embaixador do governo em missão junto aos países da Cortina de Ferro. (Publicado em 2/9/1961)

Superestrutura partidária

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Na tênue teia que vai se enredando o principal personagem político destes últimos 14 anos, estão presos, além seu partido e sua sucessora no cargo, todo o governo e, por tabela o próprio Estado, incluído aí o Poder Legislativo. Paralisados, à espera da aranha da lei que avança sobre os ímprobos.

Ao país só resta aguardar o ato final e o desfecho de uma saga que mistura política e polícia na mesma proporção. De positivo, vislumbra-se o aflorar de um Estado mais depurado e, por conseguinte, uma democracia mais aprimorada, expurgada da ação nefasta de falsos e numerosos partidos, sempre alheios aos reais interesses da nação.

Para um Estado que se vê obrigado a sustentar tantas e tão diversas legendas, o mínimo que se poderia esperar é que tivessem iniciativa de deliberar para cessar a crise. Na verdade, a crise demonstra claramente a total inutilidade e até mesmo o prejuízo para o cidadão em manter uma superestrutura partidária, formada por uma miríade de legendas de aluguel, que funcionam mais como um clube fechado, voltado ao atendimento dos interesses dos associados da cúpula.

O processo insidioso que permite que o partido no poder possa imiscuir-se na máquina pública, parasitando a administração é, dentre as muitas variáveis da crise, o fator que mais chama a atenção e por isso mesmo clama por reparos urgentes.

O governo de coalizão, baseado, isto sim na cooptação de partidos, por meio de prebendas, deve ser banido de imediato. Qualquer reforma que minimize a ingerência de partidos na gestão pública, será um avanço na política brasileira. É preciso, e isto é consenso entre muitos brasileiros, vedar o acesso desses clubes políticos à máquina administrativa , fechando a porteira do Estado a ação infecciosa dessas instituições.

Se a democracia não pode prescindir de partidos para funcionar, do mesmo modo não pode existir sabotada por uma multidão de agremiações de fantasia. Nesse dilema, de aparente complexidade, a solução passa primeiro pela redução dos excessos, filtrando esses clubes de acordo com um rígido esquema de cláusula de barreiras.

A quantidade, em nosso caso, nos conduziu à superdosagem, levando nossa recém democracia à um envenenamento grave. Também o Tribunal Superior Eleitoral, uma criação exótica de nossa Carta, mostrou que em momentos de crise é inócuo. Mais do que políticos articulados e incensados, o país necessita agora de autênticos brasileiros. Quem sabe eles estejam em meio a grande multidão que as ruas anunciam.

 

Tranquilidade

Se uma comissão especial levar 45 dias para analisar o impeachment da presidente Dilma, ela pode descansar tranquila. Esse número de dias equivale a dez anos na memória do brasileiro. Basta ver que uma multinacional acabou com um rio do Brasil e ninguém fala mais nisso.

 

Alerta

Policiais avisam para motoristas desviarem de frutas jogadas nas pistas. Ladrões estão usando essa tática para furar pneus. As frutas são carregadas de pregos.

 

Elogio

Por falar nisso, o comandante-geral da PMDF, coronel Nunes, deu uma excelente reformulada na rotina da segurança da cidade. A toda hora carros da polícia são vistos pela cidade, em rondas e abordagens.

 

Pro atividade

É preciso um estudo eficiente da drenagem urbana. Não é possível que 20 minutos de chuva causem tanto transtorno à cidade.

 

Reclamação constante

Ônibus que transitam na W3 Sul não respeitam a faixa própria. Ocupam todas as pistas, muitas vezes apostando corrida para pegar os passageiros na frente. Perigo para todos.

 

Homenagem

Patrícia Freire, chefe da Comunicação da Candangolândia, Núcleo Bandeirante e Park Way nos enviou o release com extensa programação pela passagem dos 55 anos da região. Festas, shows, almoços organizados com carinho pela e para a comunidade. Mais informações na administração do Park Way.

 

906 sul

Tânia Fontenele convida a comunidade brasiliense para participar das últimas projeções do filme Poeira e Batom – 50 mulheres na construção de Brasília , com legenda em francês. A Aliança Francesa estará de portas abertas no sábado a partir das 11h e nos dias 14 e 15 duas sessões: às 16h e 18h30. Haverá um bate papo com as senhoras e diretora do filme. Aos admiradores de Neusa França, a apresentação terá um toque especial, com os depoimentos e performance da pianista no filme. Homenagem a pianista Neusa França autora do Hino de Brasília que faleceu dia 8/3 e que participou do filme contando sua chegada e experiências na nova capital.

Enxugando as lágrimas

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Quando Millôr Fernandes disse que “o advogado é o sócio do crime”, muitos profissionais da lei se sentiram atingidos. Protestaram e ameaçaram o filósofo do Leblon com ações por calúnia, difamação e outras medidas judiciais. Vale voltar ao tempo, em maio de 2012 mais precisamente, quando o procurador Manoel Pastana encaminhou ao MP de Goiás pedido de investigação sobre os honorários pagos pelo empresário Carlinhos Cachoeira ao seu advogado Marcio Thomaz Bastos.

Enquanto as ilações foram veementemente combatidas, o art.180 do Código Penal continuava a tipificar como crime quando “adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte”. Ressalte-se o §3º, que diz que também é crime “adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso”, que é compreendida como receptação culposa.

Ao ver, de lá para cá, o desfile infindável de escritórios de advocacia de alto coturno, contratados para a defesa da maioria dos réus da Operação Lava-Jato e de outras investigações envolvendo este governo e quejandos, volta a sensação de importância do assunto suspensa no ar.

Alguns desses advogados estrelados representam mais de um cliente envolvido na rapinagem da Petrobras. Os honorários, claro, custam alguns milhões de reais e, em muitos casos, há indícios de que sejam pagos com o mesmo dinheiro que foi surrupiado da petrolífera.

Ao fim, ao cabo, quando a Justiça de Curitiba bater o martelo com as derradeiras sentenças desse escândalo espetacular, boa parte da dinheirama desviada, irá para conta dos defensores. A parte restante será tomada nas defesas em segunda Instância e quiçá em recursos ao Supremo. No fim da história, serão os caros escritórios de advocacias que provavelmente embolsarão quase a totalidade da riqueza desviada da estatal.

Saber se é lícito usar o mesmo dinheiro da propinagem para custear a defesa de seus clientes não abala a fé dos causídicos. A bem da verdade, o correto e o sensato seria obrigar quem desviou dinheiro público a recorrer apenas a defensores públicos, nomeados pelo Ministério Público. Com a decisão do STF de fechar as comportas, obrigando o cumprimento das penas, após condenação em segunda instância, a indústria das liminares e dos recursos, tão preciosa aos escritórios, foi estancada.

Surpresas vindas desse nicho não cessam. Agora o Sindicato dos Advogados de São Paulo, uma franja da CUT, entrou com representação contra o juiz Sérgio Moro, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a pedido do advogado e amigo do ex-presidente Lula, Roberto Teixeira. Quando essa longa novela policial chegar ao último capítulo, os renomados advogados terão enxugados as lágrimas dos muitos clientes, com os talões de cheques deles mesmos.

 

A frase que foi pronunciada

Que pretendes, mulher? Independência, igualdade de condições… Empregos fora do lar? És superior àqueles que procuras imitar. Tens o dom divino de ser mãe. Em ti está presente a humanidade!

Cora Coralina

 

Mistério

Ainda não obtivemos informação precisa sobre uma armação de ferro deixada na área verde da QL2 do Lago Norte. A ouvidoria da Administração ficou de esclarecer na semana passada. Os moradores terão que aguardar a resposta um pouco mais de tempo.

 

Novidade

Está dando o que falar a ideia de dona Elza Bezerra, gerente de um motel de luxo de Brasília. Os objetos esquecidos ao longo de alguns anos vão dar bom retorno aos funcionários. Relógios, colares, anéis e até bengalas serão parte de um bazar, já que os objetos não podem ser devolvidos.

 

Oportunidade

Mais uma vez informamos os moradores do Lago Sul que, na Paróquia do Perpétuo Socorro, em frente ao Gilberto Salomão, voluntárias estão recebendo adultos que desejem aprender a ler. As turmas estão sendo formadas e ainda há muitas vagas. Contato: Bete: 9906-0236 ou Regina: 8407-3396

 

História de Brasília

Tiraram a Loba Romana da coluna onde ela se encontrava na Praça Municipal. Furtada ou recolhida a alguma repartição, ninguém sabe, mas a cidade ficou sem o presente da Prefeitura de Roma. (Publicado em 2/9/1961)

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Panelas e panelinhas

Já virou uma constante: sempre que ouve os pronunciamentos do governo ou a propaganda eleitoral gratuita de seu partido em cadeia nacional de rádio e televisão, a população brasileira das grandes cidades vai para a cozinha, escolhe uma panela velha, corre para as varandas e janelas dos edifícios e se integra ao restante da vizinhança em protestos ruidosos enquanto dura a falação oficial.

Embora reconheça a comodidade moderna desse estilo de protesto, é preciso verificar os reais efeitos da manifestação espontânea. De um lado, as manifestações ajudam a dividir as agruras de cada um com o restante da população que está no mesmo barco. De outro, a solidariedade de todos nos protestos é fundamental para a existência da própria manifestação. Sem o apoio do próximo, nada acontece. Ocorre que esse novo estilo de demonstrar seu desagrado, emprestado dos antepassados da humanidade, tem consequências muito limitadas.

Apesar do comodismo e do imobilismo que os protestos suscitam, é bom que a população afine em uníssono os tambores da desaprovação contra o pior governo de todos os tempos. Só que esses movimentos, a partir das janelas, nada resolvem. No máximo, as janelas se abrem e apontam para as ruas. É lá que pode estar o estopim das mudanças. Pode e não pode. Para valer, as mudanças só virão a partir da utilização correta das urnas como instrumento para a escolha de gente séria e comprometida com os desejos da sociedade.

Conquistada a democracia, faltou educar a população para saber separar o joio do trigo. Somente uma população escolarizada será capaz de escolher e definir quem serve para representá-la perante o Estado. Pelo que estamos assistindo, só por meio da educação de boa qualidade teremos democracia também de qualidade. Se vale para os eleitores, vale também para os eleitos. Só políticos devidamente escolarizados e de ficha limpa deveriam ser eleitos e empossados.

Só faz a hora quem sabe, e o saber é colhido nas escolas depois de anos e anos de labuta. Parafraseando as Escrituras Sagradas, não há salvação fora do ensino, da cultura e das escolas. Sem educação, o homem não possui espírito público, não sabe e nunca saberá escolher bem.

 

A frase que foi pronunciada

“Oxalá fôssemos uma nação de juristas. Mas o que somos é uma nação de retóricos. Os nossos governos vivem a envolver num tecido de palavras os seus abusos, porque as maiores enormidades oficiais têm certeza de iludir, se forem lustrosamente fraseadas. O arbítrio palavreado: Eis o regime brasileiro. Agora mesmo, a usurpação de que me queixo perante vós nunca se teria sonhado, se a espada, que nos governa, estivesse embainhada no elemento jurídico. Mas a espada, parenta próxima da tirania, detesta instintivamente esse elemento.”

Ruy Barbosa

 

Contato

Agradecemos o carinho dos leitores e replicadores dessa coluna,Antonio Francisco, aposentado pelo TCU, e Paulo Roberto Uchoa.

 

Pauta

Regina Ivete Lopes nos pede para divulgar sobre vagas para o curso de alfabetização de adultos. Na Paróquia N.S. Perpétuo Socorro no Lago Sul, em frente ao Gilberto Salomão, ainda há muitas vagas. Os horários são os seguintes: às segundas-feiras e às quartas-feiras, das 18h às 20h. Matrículas 8407-03396. É só ligar.

 

Siga a seta

Marca do turismo de Brasília, a Torre de TV sofre severas críticas tanto por parte dos visitantes quanto dos comerciantes. O fato é que, após a reforma, a distribuição das barracas ficou confusa. Não é possível localizar certo conjunto e número da loja apenas caminhando. Os conjuntos não fazem sentido, pois não seguem uma lógica. Cansados de passar sufoco, comerciantes pregam mapinha da feira na barraca para dar a localização exata dos produtos.

 

Morosidade

Pesquisadores brasileiros reclamam da falta de agilidade do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). Para se ter uma ideia, o Brasil leva em média 5 anos para patentear uma marca.

 

Drogas

A nova cracolândia do Distrito Federal fica localizada no Paranoá. Perto da Quadra 30, ao lado do San Drinks. Lá é possível ver jovens usando e comercializando drogas em plena luz do dia. No cenário de vários crimes, eles já não assustam mais a comunidade.

 

História de Brasília

Numa reunião secreta do PSD, o almirante Amaral Peixoto concitou a todos para votar pelo parlamentarismo, “porque eles toparão a parada”. (Publicado em 1º/9/1961)

O homem e suas circunstâncias

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Quando o filósofo espanhol José Ortega y Gasset (1883-1955) afirmou que “o homem é o homem e a sua circunstância”, buscou considerar que, num mundo em perpétuo movimento e transformação, o ser humano só pode ser entendido como sujeito ativo, à medida que se analisa simultaneamente tudo ao seu redor, inclusive o corpo físico desse ator, mergulhado em determinado momento histórico.

Para isso, a educação é tomada como o veículo, em essência, capaz de proporcionar a conscientização de sua circunstância, relacionando-se com ela, de modo a superá-la segundo a “se não a salvo, não me salvo eu também”.

Transplantando o raciocínio para nossa pobre realidade, na tentativa de procurar entender a tremenda decadência que vem sendo revelada par e passo em nossas práticas políticas cotidianas, o que vemos de mais próximo desse pensamento é a definição tentada pelo experiente Magalhães Pinto ao afirmar que “política é como nuvem, você olha e ela está de um jeito; olha de novo e ela já mudou”.

No caso do Partido dos Trabalhadores e de seu líder, a viagem dos píncaros da glória ao vale da perdição tem como explicação prosaica um Lula que, ao se autodefinir como uma metamorfose ambulante para explicar sua adesão aos velhos personagens da cena política brasileira e aos seus métodos suspeitos, reconhecia, por motivos enviesados, que “ser contra tudo que está aí”, como dizia antes, não renderia frutos a si e a seu partido e companheiros.

Ao superar a própria circunstância, de imigrante nordestino, pobre e analfabeto, à chefe de uma importante facção política e desse posto até a Presidência da República, deu passo largo demais para alguém munido apenas das armas da astúcia e da clarividência dos sobreviventes. Ao desprezar e mesmo ridicularizar o que Gasset chamava de razão vital, caiu na armadilha de suas contradições.

Desse modo, ao transformar o que todos acreditavam ser um programa sério de governo em algo como estratégia de poder pura e simples, em que quaisquer meios justificam os fins, inseriu a realidade própria em outro mundo, conservador e arrogante que sempre dominou o país. Por isso mesmo se deu mal, lambuzando-se e dando vexame no banquete das elites a que acreditava pertencer agora.

 

A frase que não foi pronunciada

“A mentira é a religião dos escravos e dos senhores.”

Máximo Gorky

 

Agora vai

Marcia Rollemberg deve levar adiante a distribuição do Hino de Brasília e a prática do canto às sextas-feiras nas escolas do DF. Essa é a alegria que Neusa França não teve em vida.

 

CTG 1

O senador Paulo Bauer é um dos autores do requerimento ao Ministério da Fazenda sobre a administração das loterias por parte da Caixa. A lista de questionamentos é extensa. A Comissão de Transparência e Governança Pública quer saber a relação dos vencedores de todas as loterias cujo valor tenha sido superior a R$ 1 milhão por prêmio nos últimos oito anos.

 

CTG 2

Além disso, os parlamentares querem a relação dos ganhadores de mais de um prêmio, por tipo de loteria, qualquer que tenha sido o valor, durante o mesmo período, sendo que as informações devem trazer o CPF dos ganhadores, número do concurso, data do sorteio, do pagamento, o valor do prêmio e local da aposta.

 

Consome dor

Via-sacra é tentar desativar serviços de telefonia fixa, celular e tevê por assinatura. O senador Lasier Martins é relator do projeto do senador Eduardo Amorim que vai obrigar mais celeridade às empresas no cancelamento de contrato em favor do consumidor.

 

Isso não é bom

As manifestações no plenário do Senado contra o governo deram o tom do que vem pela frente. Antipetistas marcaram para o dia 13. Petistas parece que querem encrenca. Donos do 13, conclamaram os companheiros para ocupar as ruas no mesmo dia.

 

História de Brasília

Um pinguim do zoo carioca, que brigava com todos os outros animais, teve que ser vendido pelo administrador. Tinha o nome de Lacerda.(Publicado em 1/9/1961)

Aviso verde-oliva

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“A crise da democracia não ocorre quando os indivíduos deixam de acreditar em seu poder, mas, ao contrário, quando deixam de confiar nas elites.” A análise do filósofo e psicanalista esloveno Slavoj Zizek serve como uma luva para o momento atual vivido pelos brasileiros.

As manifestações de rua e todas as pesquisas de opinião comprovam o desencanto da sociedade com seus representantes políticos. Todos querem tomar distância prudente dos políticos, principalmente os da situação. O mais incrível é que a pauta nacional, tanto do Congresso quanto do Executivo, vem sendo confeccionada pela Operação Lava-Jato. Mesmo o Judiciário tem sua agenda tomada pelas investigações de Curitiba.

Incapazes de formular justificativas convincentes sobre a avalanche de denúncias que pesam sobre a presidente e seu antecessor, o Partido dos Trabalhadores cobre a crise com o manto enganoso do golpismo, acusando a imprensa e a Justiça de agirem movidos por ideias de direita.

Trata-se, como se sabe, de cortina de fumaça que busca impedir a penetração da luz sobre os porões do governo. A visita da chefe do Executivo ao ex-presidente Lula deixa patente a confusão que o partido no poder faz entre o público e o privado. Ao endossar a claque dos militantes de que Lula foi vítima da perseguição e humilhado pelas forças da lei, Dilma desmente não só a afirmação de que é presidente de todos os brasileiros, como demonstra total desprezo pelas instituições públicas, no caso o Ministério Público e a Polícia Federal.

Ainda na noite de sexta-feira, uma turma de baderneiros a soldo do PT cercou e ameaçou os funcionários e jornalistas da Rede Globo de Televisão, situada no início da W3 Norte. Durante horas, os criminosos impediram o acesso de qualquer pessoa às instalações da emissora, numa repetição dos atos fascistas perpetrados pelos grupos chavistas, na Venezuela, contra as redes de tevê e os jornais que ousavam discordar do governo.

A Constituição cidadã de 1988, que possibilitou a consolidação da democracia e, por tabela, da independência do MP e da PF, sintomaticamente não foi assinada pelo PT, que sonhava redigi-la de próprio punho, de acordo com suas convicções autoritárias.

A irresponsabilidade e conivência companheiras de Dilma ao seu criador, ao ir contra o próprio Estado de direito, fez acender o alerta das casernas e poderia, se fossem outras as circunstâncias, no caso a decadência material das Forças Armadas, ter levado as tropas às ruas, com desdobramentos imprevisíveis.

No editorial do Estadão —“Os males que Lula faz” (5/3) —, a situação em torno dessa 24ª etapa da Lava-Jato, intitulada Alethea, é bem resumida: “Lula reiterou, de maneira irresponsável e truculenta, o seu desrespeito habitual à democracia e às instituições, às quais praticamente declarou guerra, convocando a militância lulopetista para defendê-lo nas ruas. Mas o seu julgamento pelas ruas virá depois. Primeiro, terá de se haver com as leis do país e com quem as faz valer. E aí a conversa não admite valentia de botequim”.

 

A frase que foi pronunciada

“Livre-se dos bajuladores. Mantenha perto de você pessoas que avisem quando você erra.”

Conselho de Barack Obama para os deslumbrados pelo poder.

 

Neusa França

Minha querida mestra. Que num glissando ascendente a senhora tenha alcançado a verdadeira e eterna paz. Vá tranquila, porque aprendemos a lição. Pela música, faremos o mundo um lugar melhor para a vida. Pelos acordes, mostraremos como é importante sermos boas pessoas e termos consciência do respeito ao outro. Muito obrigada por ter passado por nossas vidas.

 

Homenagem

O Sindilegis caprichou na homenagem às mulheres. Rosas vermelhas em alguns pontos de saída do Senado foram suficientes para alegrar o espírito das guerreiras. Quem conhece a sensibilidade de Petrus Elesbão aposta que foi iniciativa dele.

 

Sem resposta

Acompanhando a mãe ao preencher o formulário do iDhab, Lucas perguntou: Ué mãe. Por que pedem para dizer a nossa cor se esse programa é para tornar as pessoas iguais?

 

Inscrições

Em meados de 2016, dois concertos agraciarão a cidade. A maestrina Glicínia Mendes prepara o Coral do Senado para encenar Carmem, de Bizet, e o maestro David Junker prepara o Coro Sinfônico Comunitário da UnB para apresentar Carmina Burana, de Carl Orff.

 

História de Brasília

O diretor do jornal onde trabalha o sr. Ascendino Leite, antigo chefe da censura da Guanabara, deixou sobre sua mesa o seguinte recado: “Desapareça e não volte aqui nem para receber seu ordenado: mande buscá-lo”. (Publicado em 1º/9/1961)

Poeira e batom

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O que tinham de discretas, as mulheres pioneiras tinham de fortes. O que tinham de simples, completavam com a solidariedade. No ambiente hostil do Planalto Central, elas entraram de corpo e alma. O espírito inovador construía a Capital da Esperança. Copacabana deu lugar a apartamento tão pequeno que o piano, ferramenta de trabalho, não entrava. Assim foi com a autora do Hino de Brasília. Neusa França veio do Rio de Janeiro e teve sua música aprovada em concurso público. Palmerinda Donato, toda garbosa, chegou com sapato aveludado para a inauguração da cidade. Caprichou no visual. Logo no primeiro passo, atolou o pé no barro. Era presságio de que nada seria fácil. Mas também venceu.

]Muitas dessas mulheres estariam cobertas pelo manto do anonimato não fosse a garra de Tânia Fontenele, nossa homenageada hoje. No ambiente doméstico, nascida e crescida em Brasília, Tânia percebeu que, quando o assunto era a construção de Brasília, os nomes que vinham eram sempre de Juscelino, Lucio Costa, Niemeyer. Dona Júlia e Sarah Kubitsheck eram citadas também, mas com pouca ênfase. Inquieta, Tânia resolveu buscar informações com dona Inês Fontenele Mourão, a mãe, que tinha participado da criação da primeira associação de mulheres empresárias da nova capital. Ela era fonte rica sobre as batalhadoras da cidade.

Em 1985, o primeiro filme de Tânia Fontenele foi Corrida das 5.300 mulheres. O fato de ter sido, na década de 1990, professora da Enap também contribuiu para os valiosos contatos que iam aparecendo. Ela participava de programas de capacitação de ordem técnica e gerencial para mulheres que ocupavam cargos importantes no setor público. Desenvolveu, até no mestrado, o tema mulheres no topo da carreira — flexibilidade e persistência. O estudo foi marco na atenção às mulheres. A Secretaria da Mulher, na Presidência da República, publicou 3 mil exemplares que foram espalhados por todo o país. É possível acessar o trabalho no seguinte endereço eletrônico: http://www.spm.gov.br/arquivos-diversos/publicacoes/publicacoes/topo-carreira-fim.pdf .

Em 2007, Tânia participou da criação do Instituto de Pesquisa Aplicada da Mulher (Ipam), onde hoje é coordenadora. Em 2009, no aniversário de Brasília, pesquisa patrocinada pela Petrobras e GDF mostrou a invisibilidade das mulheres que participaram ativamente da construção da cidade. Para Tânia elas eram invisíveis, mas, nas entrevistas, ela pôde perceber que estavam satisfeitas pelo trabalho que realizaram, e mais ainda naquele momento em que teriam a memória oral registrada para as próximas gerações. A cultura da época foi desafio para Tânia. Com fotos lindas nas mãos, o registro dizia sr. Manoel d’Andrade e esposa. Nunca, ou quase nunca, a mulher tinha nome e sobrenome.

As pioneiras sabem a importância do trabalho de Tânia Fontenele e colaboram como podem. Cedem ou emprestam fotos, objetos, textos, o que têm em casa desde os anos 1960. Assim, como um cerrado em pequenas peças, as famílias pioneiras vão ocupando o espaço na História de Brasília. Isoladas, longe da cidade em que viviam, a relação humana que deu início à nova capital era diferente de qualquer lugar no Brasil. As pessoas se ajudavam mutuamente, um grupo que tinha carro aguardava os novos moradores no aeroporto para o deslocamento, médicos atendiam as emergências em qualquer hora ou lugar. O espírito de solidariedade era a regra. Todos se cumprimentavam, se conheciam, conversavam.

Poeira e batom é um filme de Tânia que mostra a saga da construção de Brasília. Uma decisão política e econômica de grande envergadura que chamou para si o esforço de cada brasileiro. Brasília é vista como cidade arquitetonicamente moderna, com espaços livres, mas é importante que os jovens saibam que o cenário de desenvolvimento era muito diferente do que se vê hoje. Tânia discorda dos que dizem que Brasília nasceu no meio do nada. Tribos indígenas, pessoas que já estavam aqui desde o século 18 também não são parte da história da capital por falta de conhecimento.

Brasília tem muito mais do que a arquitetura para mostrar. Acreditando na capacidade da educação em promover o ser humano, um projeto social e político, com os educadores mais modernos do país, implementou o melhor sistema educacional do Brasil. Educação em tempo integral, a nata da intelectualidade participou dos projetos inovadores. A Escola Parque, que deveria estar espalhada pela cidade, a Escola de Música, que deveria ter dezenas espalhadas pelas quadras. A base era uma cidade humanizada. Arte, conhecimento, convivência. O investimento de alto nível em termos de propostas e inovação. Alto nível, explica Tânia, não quer dizer muito dinheiro. Ninguém ostentava nada.

Tudo o que era de alta qualidade tinha o toque da simplicidade. Assim como os traços de Niemeyer. As escolas eram simples e aconchegantes. A criação das crianças era mais socialista do que nunca. Na mesma sala de aula, filhos de ministros e filhos de operários brincavam sem dar importância para status. A cidade vai além do que é visto. A cidade foi criada com conceitos de cordialidade. Aqui não se buzina. As tesourinhas foram criadas para dar oportunidade de os motoristas cederem a vez, os porteiros moravam nos prédios. As pessoas que chegam e dizem que Brasília é uma cidade fria é porque nunca experimentaram dar um sorriso com um bom-dia.

Tânia prepara o doutorado sobre as memórias femininas de Brasília e já arruma a bagagem para se mudar para o Arquivo Público, que sempre a recebeu de portas abertas. Faltam mesmo para completar o projeto de registro da história da capital apoio institucional e financeiro do GDF ou do governo federal para a construção da sede da memória feminina na construção de Brasília. A autoestima das pioneiras é visivelmente valorizada com esse projeto. As próprias famílias descobriram as avós e bisavós, vendo o valor daquelas mulheres tantas vezes sozinhas, mal ouvidas e até deprimidas.

Venham conhecer Tânia Fontenele na projeção do filme Poeira e batom. De 8 a 15 de março a partir das 18h30. Documentário e exposição homenageiam pioneiras no Dia Internacional da Mulher. Pela primeira vez o filme Poeira e batom vai ser exibido com legenda em francês, e a mostra Memórias Femininas da Construção de Brasília ganha nova configuração. Entrada franca, na Aliança Francesa, SEPS 708/908. O nosso muito obrigado a essa brasiliense. Que o governo reconheça o trabalho providenciando sede fixa para um centro de pesquisa, de exibição e exposição da memória feminina que contribuiu para a construção de Brasília.

 

História de Brasília

As casas de armas de Goiânia e Brasília venderam, nestes últimos dias, todos os estoques de balas de todos os calibres.(Publicado em 1/9/1961)

 

Minha Casa Minha Vida é alvo de milícias e do crime organizado

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Nos últimos tempos, o programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, tem sido alvo frequente de invasões por parte de grupos identificados ora com milícias policiais, ora com o crime organizado. Em ambos os casos, esses grupos miram famílias indefesas, que ficam sob a mira dos criminosos. A intenção das facções é, para a polícia, marcar novos territórios nessas comunidades, integrando quem se alia e se submete e expulsando os contrários ou indiferentes.

É preciso notar que o fenômeno vem ocorrendo desde que foram entregues as primeiras unidades do programa e, até hoje, não houve investida efetiva dos órgãos de segurança para livrar as comunidades do flagelo e das ameaças. Sem terem a quem recorrer, as famílias desalojadas e ameaçadas de morte preferem sair o quanto antes. Quem resiste é morto. Os casos têm se multiplicado com rapidez preocupante. A situação beira o surreal, com muitas localidades completamente dominadas pelos criminosos.

O novo filão de lucros dos marginais em cima de famílias de baixa renda cresce na medida em que as autoridades vão abandonando esses locais à própria sorte. Os bandidos cobram pedágios variados dos moradores, com valores muitas vezes superiores à mensalidade paga pela propriedade. No Entorno do Distrito Federal, seis famílias, expulsas por milícias na cidade do Rio de Janeiro, estão sendo assentadas provisoriamente pelo padre polonês Pedro Stepien.

Pela ousadia de peitar os criminosos, o religioso vem sendo ameaçado de morte. Stepien faz o trabalhode modo solitário e não conta com o apoio das autoridades. Moradores do mais novo conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida no Paranoá também relatam casos de marginais que vêm assustando as famílias, expulsando e ameaçando pessoas que resistem. Para um programa que é vitrine do governo, a ação livre dos marginais não tem explicação e não pode ser tolerada, sob pena de pôr a perder o projeto financiado com o dinheiro da população.

 

A frase que não foi pronunciada

“Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça. Bateram no rabo. A jararaca está viva. Como sempre esteve.”

Declaração de Lula durante a Operação Aletheia

 

Chegou

FAB suspende decolagens simultâneas no Aeroporto de Brasília por causa do risco de choque entre as aeronaves. Quando vinha de Fortaleza, dona Eva sempre dizia que haveria um dia em que o trânsito no céu seria igual ao da Terra.

 

Pioneiro

Bela e justa a homenagem ao ministro do STF Marco Aurélio Mello, que recebeu o Diploma Bertha Lutz por ter sido importante defensor da participação da mulher na política. Ele foi o primeiro homem a receber a comenda. O Conselho do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz é presidido pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS) e composto por 15 senadores.

 

Reconhecimento

Também agraciadas: Ellen Gracie Northfleet, Lucia Regina Antony, Luiza Helena de Barros e Lia Luft.

 

Projeto

Por enquanto, não há legislação trabalhista que determine o abono de faltas para atestado de acompanhamento de familiar em tratamento de saúde. Acordos e convenções coletivas mantêm posições mais benéficas para o trabalhador. O senador Flexa de Lima tem proposta sobre o assunto.

 

Parceria

Libras, a linguagem brasileira de sinais, é disciplina disputadíssima na UnB. São 375 alunos na lista de espera. Pessoal do Rybená poderia dar suporte à universidade.

 

História de Brasília

A Rede da Legalidade está transmitindo nas seguintes frequências: 49 metros, 5.965 quilociclos; 31 metros, 9.731 quilociclos; ondas médias 680 quilociclos. Ainda em ondas médias, nas frequências de 720 a 780 quilociclos.(Publicado em 1/9/1961)

Ponto de vaporização

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Com o vazamento das delações feitas pelo ex-líder do governo Delcídio do Amaral, o que ainda era sólido no atual governo começou a derreter a grande velocidade. A deflagração da 24ª etapa da Polícia Federal, denominada Alethea ou busca pela verdade, tem como mira o ex-presidente Lula e suas intrincadas relações com empreiteiros condenados pela Operação Lava Jato. O que há pouco se tornou líquido já começa a sofrer também a ação catalisadora da Justiça.

O que se tem agora é o início da vaporização do governo Dilma. A presidente que até agora vinha apenas ensaiando dar início ao seu segundo mandato, é surpreendida, ainda de camisola com a BlitzKrieg da Polícia Federal contra seu padrinho. No íntimo a presidente é assolada por presságios certeiros que indicam que a saída de Lula de cena , equivale a retirada de sua escada e base.

Brasileiros têm  uma presidente segura apenas pelo cabo do pincel. Suspensa no ar, mesmo os aliados mais próximos nada poderão fazer para resgatá-la. Nem mesmo uma polarização radical entre partidários e oposicionistas tem o poder de mudar o presente estado dos fatos.

Existe, isto sim, uma esperança de que as manifestações de rua ,marcadas para o próximo dia 13, possam precipitar os acontecimentos, encerrando ou dando mais algum fôlego ao governo, dependendo do nível de adesão ou não da população.

Trata-se do imponderável. O que se tem, ao certo, é que o adensamento das investigações, tem provocado um tal aumento no volume das suspeitas e evidências, que é perfeitamente previsível que ,sob a ação do peso próprio desses fatos, haja um desabamento de grandes proporções sobre as cabeças coroadas do lulopetismo, dentro e fora do governo.

É no mundo virtual da internet, que o acontecimento histórico deste dia 4 tem sua repercussão máxima. No mundo real as pessoas continuam indo à luta, na guerra contra a inflação, contra o desemprego, na defesa do pão de cada dia.

Do lado do ex-presidente e de seu partido, a CUT, uma franja petista, ameaça paralisar o país com uma greve selvagem sem precedentes. Também o exército de Stedile começa a engraxar os bacamartes e partir para a guerra fantasiosa.

Interessante notar que dentre os principais oponentes dessa milícia lulista se destaca a figura idosa e frágil da senhora Dona Ética. É contra ela que lutam e erguem suas armas e punhos.

 

A frase que não foi pronunciada:

“ Eu não quero saber se é o pato macho. Eu quero saber cadê o ovo. ”

Alguém sobre a declaração do senador Delcídio Amaral.

 

Crescer com competência

Tem dado resultados visíveis a parceria entre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares  e o Hospital Universitário de Brasília. A psicóloga organizacional da Divisão de Gestão de Pessoas do HUB, Patrícia Antônia Santos Costa, pode comemorar os elogios dos pacientes.

 

Recado para o PT?

Com uma ouvidoria online de Direitos Humanos, a presidente Dilma reitera que a Presidência da República tem um compromisso com liberdade de expressão e manifestação. São direitos quem, segundo ela, foram conquistados com muita dificuldade. Mas que seja mantido o respeito, o bom debate e a convivência democrática.

 

Projeto

Prevenção aos crimes digitais têm sido assunto compartilhado entre o governo federal e escolas. Orientações estão sendo dadas para professores, pais e alunos sobre um ambiente digital seguro.

 

Cyber segurança

Por falar nisso, uma das propostas apresentadas por alunos participantes do Projeto Jovem Senador é que todas as escolas sejam obrigadas a  fornecer computadores e Internet para os alunos. É uma sugestão importante que precisa de mecanismos para evitar crimes cibernéticos que possam por em risco a segurança do estudante.

Ponto de fusão

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Para uma república, que desde a posse vem se liquefazendo a cada dia, o chamado ponto de fusão marca o momento exato em que o que era sólido derrete de vez, e talvez tenha se dado agora com a delação que veio ao conhecimento da nação do ex-líder do governo Dilma Rousseff Delcídio do Amaral. A imprensa, de modo geral, se refere às denúncias como devastadoras para o governo. Nesta altura dos acontecimentos, a homologação das revelações feitas se reduze apenas a ato burocrático da Justiça, porque, mesmo que não seja aceita, seu conteúdo explosivo tem o potencial para derrubar os últimos e frágeis pilares que ainda sustentavam o atual governo ao atingir, em cheio, a figura, até aqui preservada, da presidente da República.

Os desdobramentos dessas revelações, vindas de um personagem dos bastidores do Palácio do Planalto, no posto político de maior relevância dentro do governo, vão condenar definitivamente o edifício do Executivo, restando, como opção, a demolição de toda a estrutura. Nas confissões do ex-líder, a história parece retroceder e traz de volta os episódios mal explicados da refinaria Pasadena, que chegaram dentro do palácio pela própria presidente Dilma.

Pesaram na decisão de Delcídio fatores como da pressão de familiares, o experimentar, na própria pele,  abandono do partido e dos companheiros, além, é claro, da decisão do STF de encurtar o caminho da cadeia já na segunda estância da Justiça. Os exemplos, ainda vivos, de Marcos Valério e Kátia Rabello também serviram de incentivos observados pelo senador Amaral para não ter que prestar contas diretamente ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba.

Essa é, com certeza, a quinta-feira negra do governo. Segundo notícias, o documento com as confissões do senador teria mais de 400 páginas, ou seja, o mesmo volume de um bom conto policial. De toda forma, é preciso ver para crer se essas novas revelações terão o efeito catalisador para abrir o governo. A pressão gigantesca que um personagem com esse potencial de denúncias pode sofrer por parte de membros do governo petista não é nada desprezível e pode, como já aconteceu, mudar os rumos, calando a verdade.

 

A frase que foi pronunciada

“A vida é uma corrida entre a educação e a catástrofe.”

George Orwell

 

Suposições?

Mais notícias interessantes sobre o caso senador Delcídio podem ser lidas no Diário do Centro do Mundo, na internet.

 

Sintonia

O senador Waldemir Moka quer emplacar o pensamento da população brasileira. Todo preso deve ressarcir o Estado das despesas durante a internação na cadeia. Se dependesse da sociedade, a lei já estaria sendo aplicada.

 

Mobilidade

Por falar em sistema prisional, não há preocupação com a acessibilidade. Parentes cadeirantes de presos não podem visitá-los por absoluta falta de condição física dos espaços para quem tem deficiência física.

 

Facial

Humberto Fonseca veio para provar que a superficialidade impera nas redes sociais. A beleza física do novo secretário de Saúde não suprirá a falta de médicos na rede pública nem fará aparecer medicamentos e produtos médicos hospitalares. Pena que a população não manifeste esse carinho com as milhares de pessoas que saem dos hospitais sem atendimento. Queira Deus que haja estética na saúde do DF cuja a gestão até agora tem sido estática.

 

Universidade

Insustentável a situação da UnB. Muitos alunos entrando e muito pouco aluno conseguindo concluir o curso. O resultado é temerário. Para se ter uma ideia da situação, não há matérias disponíveis para quem está se formando e precisa de créditos. Há fila de espera com centenas de alunos para várias disciplinas.

 

História de Brasília

Lamentável, que o sr. Carlos Lacerda, depois de defender durante tanto tempo a liberdade de imprensa, encha os jornais de censores, limitando o trabalho intelectual. Sórdido, repugnante e contraditório o ato do governador, que fez sua vida em jornais, principalmente desfrutando a liberdade que os outros lhe deram. O governo tem dessas coisas. Institui em Brasília os setores, faz com que todo o mundo obedeça e ele mesmo, usando do seu poder, desobedece. Queremos nos referir à Rádio do Ministério da Educação, que está situada no Setor Escolar, quando Brasília dispõe do Setor de Rádio e Televisão. (Publicado em 1º/9/1961)