Pet com enjoo no carro? Saiba o que fazer

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O movimento de solavanco dentro do carro repercute na área do ouvido responsável pelo equilíbrio, deixando alguns animais enjoados. Filhotes e idosos têm maior propensão ao problema

Crédito: Reprodução
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A viagem de fim de ano com o pet pode virar pesadelo, com o melhor amigo sofrendo de náuseas no caminho. Assim como os humanos, muitos animais podem apresentar enjoo provocado pelo movimento durante o trajeto, chamados de vômito de cinetose. Por isso, o tutor deve se precaver e procurar conversar com o veterinário responsável antes da viagem.

“O movimento e os solavancos dentro do carro repercutem nos canais internos do conduto auditivo dos pets – área responsável pelo equilíbrio deles –, causando esse tipo de sintoma”, destaca o Ítalo Cássio, médico veterinário da Petz.

De acordo com o veterinário, os filhotes são mais suscetíveis ao problema por não estarem acostumados com a movimentação dentro dos veículos. Além disso, seus dispositivos de controle de náuseas ainda não estão perfeitamente maduros, o que aumenta bastante a incidência de náusea e vomito. “Nesses casos, é imprescindível utilizar apenas medicações prescritas por um médico veterinário”, alerta.

Pets idosos também podem ser vítimas do problema, quando já tiveram crises de enjoo no passado. Caso isso tenha ocorrido, eles podem associar o passeio a mais um momento de estresse e de ansiedade, o que também pode desencadear vômito e náusea. “Para reverter essa situação é preciso dedicação por parte da família. Ela deve acostumar o bichinho em passeios mais curtos no carro, com paradas para o animal caminhar e fazer as suas necessidades”, recomenda o veterinário.

Ítalo Cássio explica que não se deve alimentar os pets pouco tempo antes da viagem. Essa medida evita que o animal fique com o estômago cheio e vomite dentro do carro. “Se, mesmo assim, esse tipo de problema acontecer é possível recorrer à medicação. Na dúvida, o dono deve pedir ao veterinário que prescreva algo para atenuar esse tipo de sintoma. Vale lembrar que toda e qualquer medicação ministrada aos pets deve ter a orientação de um médico veterinário”, recomenda.

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Evite deixar pets soltos dentro do carro: além de tirar a atenção do motorista, eles podem se machucar em freadas bruscas e, caso as janelas estejam abertas, pular para fora com o veículo ainda em movimento. Por isso, cintos de segurança e equipamentos como cadeiras especiais e caixas de transporte são indispensáveis.

Focinhos devem ficar longe da janela: embora os cães adorem, esse hábito pode trazer graves consequências à saúde deles. “Ao tomar fortes correntes de ar, o pet pode propiciar inflamação no conduto auditivo, olho seco, ceratite e até mesmo úlceras de córnea, entre outros problemas. É possível baixar um pouco mais os vidros ou ligar o ar condicionado para que o bichinho não sofra tanto com o calor, mas expô-lo à ação do vento em alta velocidade, definitivamente, não é recomendável”, adverte Ítalo Cássio.

Utilize cintos de segurança, cadeiras ou caixas de transporte: em relação às caixas de transporte, é importante que sejam arejadas e permitam que o animal possa girar em torno de seu próprio eixo para ficar confortável. Elas também não podem permanecer soltas no interior do veículo. O ideal é que fiquem presas ao cinto de segurança do carro ou sejam postas no chão para que não se desloquem durante o trajeto. “Se forem adaptados às caixas, desde filhotes, cães e gatos, por exemplo, se acostumam. Se forem mais velhos, a família deve habituá-los com paciência, oferecendo mimos e petiscos para que eles não associem a caixa a algo negativo”, explica Ítalo Cássio.  Cadeirinhas e cintos de segurança para pets garantem um pouco mais de liberdade aos animaizinhos dentro do veículo. Isso porque tais acessórios não isolam os mascotes e podem ter a altura ou o tamanho regulados. Isso permite que o pet possa observar a paisagem pela janela como qualquer outro passageiro. Contudo, as cadeirinhas, especificamente, nem sempre são uma unanimidade. “Gatos mais velhos que não foram acostumados a elas, desde filhotes, são os que mais costumam estranhar. Novamente, é preciso contar com a ajuda e o carinho dos familiares para que os animais se acostumem aos poucos, até que fiquem totalmente à vontade durante o passeio “, finaliza o veterinário.