Manual do filhote

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Está pensando em levar um novo amigo para casa? Saiba o que é preciso fazer para recebê-lo com atenção e carinho, garantindo a saúde e o bem-estar do filhotinho

Crédito: Reprodução
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É comum o filhote estranhar seu novo lar nos primeiros dias. Dessa forma, é muito importante que ele se sinta acolhido pela família e que os tutores tenham bastante atenção, carinho e paciência com o novo companheiro de quatro patas. Ambiente, alimentação, banho, lazer e saúde são pontos a serem tratados com total atenção.  Veja o que fazer para que o início dessa grande amizade seja bem-sucedido para a família e para o cãozinho.

Reserve um lugar calmo da casa para acomodar a cama e os objetos do filhote. 

 – Cama ou caixa para dormir: deve ficar em um lugar protegido de chuva e vento e de fácil higienização. Nos dias frios, coloque uma toalha ou cobertor para aquecer o pet.

 – Potes para água e ração: devem ficar próximos da cama, porém distantes um do outro, para que, ao beber água, o cãozinho não molhe a ração.

 Coloque coleiras e guias nos filhotes.

 As primeiras coleiras e guias devem ser leves e resistentes. Como o filhote cresce muito rápido, é preciso verificar semanalmente se a coleira não está ficando pequena.

 Distraia o pet com brincadeiras e objetos  para auxiliar na adaptação ao novo lar.

Brinquedos como bolinhas de borracha são importantes para a distração e diversão do filhote, evitando que ele estrague algum objeto de casa. Ofereça sempre brinquedos próprios para cães, para a segurança do animal.

 Mantenha o filhote sempre higienizado: isso é muito importante para a manutenção da saúde.

 – Banhos: devido à baixa proteção imunológica, os banhos devem ser evitados até que o programa de vacinação termine. Porém, caso seja necessária a higienização durante esse período, utilize lenços umedecidos próprios para pets, mas sempre com a orientação de um médico-veterinário.

 – Escovação: essa prática é muito importante para retirar pelos mortos e evitar a formação de nó. Precisa escovar o cãozinho, pelo menos, uma vez por semana, principalmente os pets de pelos longos.

 – Limpeza dos ouvidos: a higienização dos ouvidos deve se limitar apenas à parte externa, a fim de evitar infecções. Recomenda-se a limpeza adequada com ceruminolíticos suaves e hidratantes, conforme recomendações do veterinário. Não utilize hastes flexíveis, use apenas um pedaço de algodão enrolado no dedo.

 – Limpeza dos olhos: os olhos não devem possuir nenhum corrimento ou secreção. Devem ser brilhantes e úmidos. A higienização pode ser feita com solução ocular ou mesmo fisiológica, com o auxílio de algodão ou gaze.

 – Dentição e escovação: ao nascer, o pet não possui dentes. A dentição começa a aparecer a partir do vigésimo dia de vida. Já por volta do terceiro ou quinto mês de idade, os dentes de leite são substituídos por definitivos. As datas de erupção podem variar de acordo com a raça. Assim, a escovação dos dentes do filhote deve começar desde cedo. Nas primeiras vezes, utilize uma gaze úmida e enrolada no dedo para passar sobre os dentinhos dos cachorros. Após alguns meses, considerando que o animal já estará adaptado a esse procedimento, utilize a escova de dente específica para cães, assim como pastas de dentes desenvolvidas especialmente para o seu pet. Para realizar esse procedimento da melhor maneira, solicite orientações ao médico-veterinário.

 Cuide para o pet não adquira ectoparasitas.

 – Controle de pulgas e carrapatos: é importante observar constantemente se há ou não presença de pulgas e carrapatos no filhote. Em um simples passeio, o animal pode adquirir esses parasitas e, caso a infestação fique muito intensa, tanto o cachorro quanto o ambiente devem ser tratados.

Fique atento ao esquema de vermifugação e vacinação.

 – Vermifugação: assim que o filhote for adquirido, ele deve ser vermifugado adequadamente até os seis meses de vida, pois as verminoses podem prejudicar a saúde do pet e também das pessoas que convivem com ele.

– Vacinação: o protocolo de vacinação deve ser feito com muito critério, sem atrasos, com vacinas fabricadas por laboratórios confiáveis e deve ser aplicado por um médico-veterinário. O ideal é que o filhote inicie sua vacinação entre 30 e 45 dias de idade e esteja com o protocolo completo de vacinação até os cinco meses, para não correr riscos de adquirir viroses sérias, capazes de levá-lo a óbito.

 A gerente técnica da Linha Pet da Ourofino Saúde Animal, Andrea Savioli, conversou com o blog sobre os cuidados com os filhotes. Confira.

Uma das principais dúvidas que os tutores têm é a partir de quando poderão passear com seus pets. No caso de ainda não terem tomado todas as vacinas, podem passear no colo dos tutores, para irem se acostumando com outros animais e com o ambiente em geral?

Sair com o filhote no colo evita a exposição ao solo e às áreas que podem estar contaminadas, o que reduz a criticidade da exposição. Mas até que os filhotes tenham recebido as 3 doses das vacinas conhecidas como múltiplas, o contato com locais públicos frequentado por cães deve ser evitado.

É normal cachorrinhos e gatinhos nascerem com vermes?

Como o ciclo de vida das principais verminoses de cães e gatos inclui transmissão transplacentaria é, sim, possível que os filhotes nasçam com vermes – isso se a vermifugação da cadela não for realizada da forma correta. Mas é importante destacar que a barriga dilatada dos filhotes pode ter ou não correlação com verminose.

Se eles já têm parasitas, é seguro tratá-los muito novinhos?

Assim que o filhote for adquirido, ele deve ser vermifugado adequadamente até os seis meses de vida, pois as verminoses podem prejudicar a saúde do pet e também das pessoas que convivem com ele. A vermifugação deve ser realizada por meio da prescrição do médico-veterinário, que irá avaliar a condição de saúde do animal, se ele tomou ou não carga verminotica e qual sua condição de saúde; bem como escolherá o melhor produto e indicará a dose segura. Dessa forma, a vermifugação não causará problemas ao filhote.