Luciano Huck é a grande surpresa deste momento

luciano huck
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Quem está acostumado a ler pesquisas eleitorais se refere aos números apresentados por Luciano Huck no levantamento da FSB para a revista Veja como a maior surpresa deste momento. Afinal, não é segredo para ninguém do mundo da política que o presidente Jair Bolsonaro lidera (34%), que Fernando Haddad (PT) é o principal adversário na esquerda, com 17%, e que o ministro da Justiça, Sergio Moro, é popular ao ponto de vencer o presidente.

A novidade ali é o Huck aparecer com dois dígitos. Tem 11% no cenário sem Moro, ficando à frente de nomes como Ciro Gomes, do PDT, que aparece 9%; João Amoêdo, do Partido Novo; com 5%; e João Doria, do PSDB, 3%. No quadro com Moro, Bolsonaro lidera com 24%, o ex-juiz está em segundo, com 17%, e Huck sobe para 15%, ficando à frente de Fernando Haddad, 14%. No segundo turno, Bolsonaro só perde hoje para Sérgio Moro, mas Luciano Huck, não faz feio. O presidente ficaria com 43%, e o apresentador com 39%.

Luciano Huck nem sequer disse em alto e bom som que será candidato. Continua lá no seu Caldeirão, com o Lata Velha, o Lar Doce Lar, quadros do seu programa semanal que o aproximaram do eleitor comum por todo o país, ao ponto de ganhar o apelido de “caldeirão da cidadania”, numa referência às antiga caravanas do PT de Lula. A única referência mais contundente sobre isso até aqui veio de Angélica, sua mulher, que disse à revista Marie Claire que se trata de “um chamado”.

Huck anima o aquecimento

Pesquisa a três anos da eleição, como essa divulgada hoje, serve para fazer com que os parlamentares comecem a pensar nas apostas e estudem movimentos. O fato de Huck aparecer tão à frente de Doria serve para afastar ainda mais o DEM do PSDB de Doria. E força, inclusive, parte do próprio PSDB a pressionar o governador paulista a não abandonar completamente a perspectiva de concorrer à reeleição. Afinal, se Huck e Doria saírem candidatos, dividindo o centro, corre o risco de repetir a polarização de 2018, com Bolsonaro à direita e Haddad à esquerda.

Huck, por não ser visto nem como um nome da direita radical nem tampouco um esquerdista, pega votos dos dois pólos. O mesmo não acontece com Doria, pelo menos, não nessa pesquisa. E, além da pesquisa ainda tem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lhe colocando o desafio de deixar de ser celebridade para virar líder. Até aqui, não se sabe se o apresentador fará essa passagem. Mas algo hoje é certo: ele anima o aquecimento.

MDB conquista lugar de Joice como líder do governo

Joice
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Por decisão do presidente Jair Bolsonaro, Joice Hasselmann (PSL-SP) não é mais líder do governo no Congresso. O movimento amplia o espaço do MDB em postos-chaves da articulação política do Planalto. O lugar passa a ser ocupado pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

A troca de líder, associada à proximidade entre Eduardo Braga (MDB-AM), líder do partido no Senado, e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), diz muita coisa sobre onde o presidente está se apoiando para compensar o racha do PSL.

A decisão de Bolsonaro de trocar de líder na Câmara foi tomada depois de Joice assinar a lista de apoio à manutenção de Delegado Waldir (GO) na liderança do PSL na Câmara. Bolsonaro queria que o posto passasse a ser de seu filho Eduardo (SP), mas a estratégia não deu certo.

O MDB já tem a liderança do governo no Senado, com Fernando Bezerra Coelho (PE). Agora, ganha mais um. Vejamos os desdobramentos.

Bolsonaro escolhe novo desembargador para o TRE

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O presidente Jair Bolsonaro escolheu o advogado Francisco José dos Campos Amaral para desembargador do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na vaga Aberta com a saída de Jackson Domenico.

Campos é defensor do ministro da Economia, Paulo Guedes. Procurador de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional DF (OAB-DF), Amaral é filho do desembargador aposentado José de Campos Amaral.

Melhora da avaliação do governo Bolsonaro afasta Huck do DEM

Luciano Huck, apresentador.
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A pesquisa divulgada hoje pela XP Investimentos é uma boa noticia para o presidente Jair Bolsonaro. A avaliação do governo em ótimo e bom subiu três pontos, de 30% para 33% e a negativa caiu de 41% para 38%. A regular permaneceu em 27%. A maioria dos entrevistados, 55%, se diz contra privatizações, enquanto 39% se dizem a favor. Porém, esses dados já foram mais preocupantes para o governo que deseja seguir na linha das privatizações e 33% a favor. Comparando as duas pesquisas, houve um aumento de seis pontos percentuais no grupo daqueles que são a favor das privatizações.

Para o governo, o aumento da avaliação positiva, se continuar nesse ritmo nas próximas pesquisas, provocará uma mexida no quadro político, dando força àqueles setores que, dentro de cada legenda, querem se aproximar do presidente Jair Bolsonaro. O DEM, por exemplo, tem hoje uma ala começando a trabalhar uma possível candidatura de Luciano Huck a presidente da República e outra mais afinada com o Planalto. A tendência, se confirmada a melhora da avaliação do governo, é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o do partido, ACM Neto, pisarem no freio dos movimentos pró-Huck e a turma do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ganhar mais musculatura.

Os partidos de centro vão dar uma parada nesse movimento rumo a 2022 porque sabem que primeiro precisam melhorar a própria imagem. A avaliação do Congresso, que vinha subindo nas pesquisas anteriores, dessa vez, oscilou para baixo: Ótimo e bom passaram a 14% (eram 16% em setembro) e ruim e péssimo saíram de 39% para 42% no mesmo período e o regular saiu de 42% para 39%.

Lula

A população continua dividida em relação ao ex-presidente Lula, porém as notícia não são boas para o Partido dos Trabalhadores. A XP quis saber o que os entrevistados pensam sobre a possível progressão de regime do ex-presidente. Eis as respostas: 37% consideram que o petista deve continuar preso em regime fechado, 23% acham que ele deve seguir para o regime semi-aberto, cumprindo o restante depena em casa, querendo ou não. E 30% acham que Lula deve passar para o regime semi-aberto apenas se assim desejar. O que incomodou os petistas foram os 37%. Ali, o partido que tem hoje como principal bandeira “Lula Livre” considera que não tem conversa.

CPI do BNDES: relator quer anulação da delação premiada de Joesley

Joesley Batista
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O relator da CPI do BNDES, deputado Altineu Cortes, pedirá o indiciamento de 70 pessoas, inclusive os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. De quebra, ainda vai requerer à Justiça a anulação das delações premiadas dos empresários Joesley e Wesley Batista, os donos da JBS.

A leitura ocorre na tarde desta terça-feira (8/10). Desde o mensalão, uma CPI não trazia tantos resultados em termos de pedidos encaminhamos à Justiça.

Entre os 70 pedidos de indiciamento, estão ex-ministros do governo petista e os empresários Emílio e Marcelo Odebrecht. No caso da JBS, caso a Justiça acolha os pedidos, os irmãos Joesley e Wesley correm risco de ser presos, segundo integrantes da CPI e advogados.

Para agradar senadores, governo recua em indicações técnicas para a Anac

Anac
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O governo não quer saber de confusão com os senadores. Por isso, a seção extra do Diário Oficial retirou as três indicações para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) menos de 24 horas depois de enviar os nomes. Ricardo Catanant, que havia sido indicado na primeira versão da mensagem 472, de 2 de outubro, foi substituído na nova versão por Gustavo Saboia Vieira, que, por sua vez, foi retirado pela mensagem 475. Thiago Caldeira teve sua indicação retirada na mensagem seguinte, a 476. Todos eram técnicos e não haviam sido indicados por senadores. Agora, tudo volta à estaca zero.

Entre os senadores, o clima é de “nós temos a força”. E essa força, dizem os próprio senadores, decorre da necessidade de o presidente Jair Bolsonaro aprovar o nome do deputado Eduardo Bolsonaro para embaixador do Brasil em Washington. Essa janela de “oportunidade” — o envio da indicação ao Senado, sua tramitação e análise pelo plenário — é vista como talvez a última deste ano. E em termos de pedidos dos senadores, há quem esteja apostando que “o céu é o limite”.

PT irá ao STF para Lula não ir para o semiaberto

Lula semiaberto
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Coluna Brasília-DF

O PT já desenhou os próximos passos nessa novela da progressão da prisão do ex-presidente Lula para o regime semiaberto. Do jeito que vier a decisão da Justiça a esse respeito, a ordem é recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, ele permanece na cadeia e reacende o movimento “Lula livre”.

Por falar em Lula…

O governo refez os cálculos e, agora, considera que Lula solto não será o fim do mundo. É que, nessa condição, será retomada a polarização entre o petista e o presidente Jair Bolsonaro. E com uma vantagem para o atual presidente da República: Bolsonaro não tem BO para responder.

Fundador da Oracle chama Amazon para a briga no mundo virtual

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San Francisco, CA __ No que é conhecido como praticamente a abertura oficial da Oracle Open World em San Francisco, a palestra do co-fundador da empresa, Larry Ellison, abriu guerra contra a Amazon Web Services (AWS). Ao fazer o anúncio de seus novos produtos __ a segunda geração de OCI _ Oracle Cloud Infrastructure __ em vários slides ele comparou seus serviços com os do concorrente. Em especial, quando mencionava todas as suas plataformas de nuvem (que rodam e armazenam todos os serviços de aplicativos). Na Amazon, você é responsável pela configuração”, diz Ellison, ao alertar que, se houver perdas de dados, a empresa não será responsável. “A Oracle Generation 2 é responsável por essa configuração e prevenção de perdas”, diz Ellison.

Numa estratégia de marketing que tem tudo para dar certo, ele anunciou a nuvem e o sistema autônomo database “grátis” para desenvolvedores, estudantes e, ainda, para a Oracle Academia, onde os professores são orientados para levar o conhecimento à sala de aula e empresas (desde que nó seja em larga escala, caso de startups, por exemplo). O “always free”, que marcou o fim da uma hora de palestra de Larry Ellison, é vista como uma forma de atrair as pessoas-chaves do mercado. Afinal, se o desenvolvedor do aplicativo roda muito bem na plataforma Oracle, por que o usuário que pagará pelo serviço arriscará outra? É por aí que Ellison fará dinheiro, conforme análise de especialistas do setor.

Ellison garante que seus produtos têm muito mais segurança de dados do que os do concorrente. Citou ainda a Capital One, a holding de bancos atacada por um hacker que roubou dados de milhões de pessoas. Ellison não relacionou o hacker à AWS em sua palestra e nem precisava. Aquela plateia de mais de duas mil pessoas no auditório não perde um capítulo da novela da tecnologia e está cansada de saber que o hacker preso em agosto era trabalhador formal da Amazon. A oracle Open World termina na quinta-feira. Até lá, ao que tudo indica, novos capítulos dessa guerra virão.

Tensão sobe após ataque de drones e Estados Unidos elevam alerta de defesa

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e presidente do Irã
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Os mariners americanos entraram em Defcon 3 esta noite, por causa dos ataques dos drones à empresa Aramco na Arábia Saudita. O Defense Condition (Defcon) 3 é uma espécie de “fique de prontidão, porque podemos entrar em guerra”. Pode ser comparado ao sinal amarelo. Só que, nesse caso, são os Mariners e a Força aérea, que têm que se mobilizar e se prepararem para serem acionada em 15 minutos, se a situação não melhorar.

Em 11 de setembro de 2001, por exemplo, os Estados Unidos entraram em Defcon 3. O US Abraham Lincoln, o mega porta-aviões, está em alerta vermelho. A mobilização ocorre porque os Estados Unidos desconfiam do Irã, embora as autoridades iranianas tenham se apressado em negar qualquer participação no ataque.

Paralelamente à tensão gerada pelos ataques, o preço do petróleo dispara por toda a Ásia, onde os mercados já estão abertos. Em Dubai há pouco, a alta era de 10,58% e subindo. Esse assunto promete dominar o cenário mundial hoje.

Atualização : Bolsas europeias abriram em queda e petróleo em alta. Especialistas consideram que é o maior salto desde 1988.

CPI da Vaza Jato: oposição consegue assinaturas suficientes e protocola pedido

Sergio Moro
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A oposição ultrapassou a barreira das 171 assinaturas e protocolou o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a conduta do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores que integram a força-tarefa da Lava-Jato, no contexto dos diálogos revelados pelo site The Intercept.

Passada a fase de conferência das assinaturas, caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pedir aos partidos que indiquem os membros da CPI e, posteriormente, promover a sua instalação.

O grupo de congressistas mais simpático ao hoje ministro da Justiça, Sergio Moro, vai tentar protelar ao máximo a instalação e tentar garantir que seja feita, ao mesmo tempo, uma outra CPI, esta para investigar a forma como os diálogos publicados pelo The Intercept foram obtidos.

São as duas faces de um assunto que promete gerar mais tensão no Parlamento, com um grupo defendendo e outro procurando desgastar a imagem do ex-juiz.