Robson Andrade, presidente da CNI, é desafeto de Paulo Guedes

Publicado em Economia

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não perdoa o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que foi preso nesta terça-feira, 19 de fevereiro, dentro da Operação Fantoche, que apura fraudes no Sistema S. Guedes se diz traído por Andrade.

 

Os dois haviam combinado de eleger o presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga, para a presidência do Conselho do Sebrae nacional no fim de 2018. Mas, na hora H, Andrade mudou o voto e ajudou a eleger para o cobiçado cargo o presidente do Conselho do Sesi, João Henrique de Almeida Souza, seu pupilo.

 

Daquele momento em diante, Guedes fechou todas as portas para o presidente da CNI no então governo de transição. Andrade ficou sem acesso à toda a equipe que dava assessoria ao então futuro ministro da Economia.

 

Guedes, para mostrar seu descontentamento com Andrade, passou a pregar o corte de até 50% nos recursos no Sistema S, que está sendo alvo de investigação da Polícia Federal. O ministro acredita que “há dinheiro sendo gasto de forma irregular”.

 

O clima na CNI, por sinal,  é de grande apreensão. Todos estão atônitos com a prisão de Robson Andrade. Em toda, a confederação afirma que “não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades”.

 

Brasília, 10h10min