MansaoLago Foto: Minervino Junior/ CB.Press

Polícia Civil investiga se casal acusado de invadir mansão no Lago Sul tem ligação com grileiros

Publicado em Economia

A possível invasão, por um casal, de uma mansão na QL 18, Conjunto 18, do Lago Sul, a região mais nobre de Brasília, desencadeou uma ampla frente de investigação pela Polícia Civil. Há suspeitas de que Rodrigo Damião Rodrigues da Silva, corretor de imóveis, e Cristiane Machado dos Santos, advogada, tenham ligações com grileiros de terras.

 

O caso está sendo conduzido pela 10ª Delegacia de Polícia, que fica no Lago Sul. Segundo os investigadores, a denúncia de invasão chegou por meio de um dos herdeiros da mansão, Ricardo Lima Rodrigues Cunha. Ele alega que a casa, avaliada em pelo menos R$ 2 milhões, foi ocupada ilegalmente, pois não há nenhum registro de venda ou de aluguel.

 

Ao Blog, tanto Rodrigo Damião quanto Cristiane Machado alegam que não cometeram nenhum tipo de crime. O casal assegura ter todos os contratos e recibos de aluguel, “pagos em dia”. Eles, no entanto, ficaram de apresentar os documentos nesta sexta-feira (18/09), mas não o fizeram.

 

Investigadores da Polícia Civil afirmam que o casal será intimado a depôr nos próximos dias. As suspeitas que recaem sobre Rodrigo e Cristiane, afirmam os policiais, são graves. O casal já respondeu a pelo menos dois processos de invasão de imóveis. Também pesa sobre o casal acusações de estelionato.

 

Imóvel está em litígio

 

Pela denúncia feita à Polícia Civil, a invasão da mansão, cujo aluguel gira em torno de R$ 15 mil por mês, ocorreu de 10 de janeiro deste ano. Mas foi somente em junho que o herdeiro, Ricardo Cunha, tomou conhecimento da ocupação irregular do imóvel. Ele havia passado um bom tempo internado em um hospital, em tratamento.

 

Além da denúncia à Polícia Civil, o herdeiro da mansão recorreu à Justiça para reintegração de posse do imóvel. A audiência está previamente marcada para 22 de outubro. A mansão faz parte de um processo litigioso. O pai de Ricardo, Orlando Rodrigues Cunha Filho, comprou o imóvel por meio de uma de suas empresas, que acabou falindo antes que ele transferisse a titularidade da casa para seu nome.

 

A mansão estava vazia havia alguns anos, desde que os arautos da evangelização foram despejados pela massa falida por falta de pagamento de aluguel. Desde então, os vizinhos do imóvel vinham se cotizando para que, uma vez por mês, uma pessoa fosse limpar o jardim e a piscina para evitar a proliferação de doenças.

 

Brasília, 16h01min