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Impostos sobre itens de Natal chegam a mais de 70%, segundo IBTP

Publicado em Economia

ROSANA HESSEL

 

O Natal está chegando e os preços dos alimentos da ceia estão cada vez mais caros,  mas uma coisa que não muda é a alta carga de impostos sobre os itens mais comprados nessa época. Conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), com base nos dados reunidos pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), os impostos sobre os produtos mais buscados entre ceia, decoração e presentes podem ultrapassar a 70% do valor pago.

 

Entre os itens da ceia, os que possuem imposto mais caro são os importados. Enquanto o tributo sobre o vinho nacional chega a 44,73%, o vinho importado tem tributação média de 59,73%, pouco acima do Champagne, de 59,49%.  As proteínas, como peru, ave bombada ou pernil pagam 29,32% de imposto.  Já os peixes, 34,48%.

 

Na lista de presentes, os campeões de impostos são os consoles de videogames, com tributação média de 72,18%, seguidos por perfumes importados (78,99%) e smartphone importado (68,76%).

 

De acordo com João Eloi Olenike, presidente executivo do IBPT,  o consumidor precisa ficar atento a essas contas também para conseguir preparar uma ceia econômica. “A data pede uma grande festa e de fato não é possível fugir dos impostos, especialmente sobre os alimentos. No entanto, é fundamental que o consumidor trace prioridades de compras e adquira produtos que realmente têm valor no que é cobrado”, destacou. Segundo ele, o peso da carga tributária sobre esses produtos não sofreu variação em relação a 2021.

 

Uma reforma tributária ajudaria a baratear esses produtos para o consumidor, desde que seja feita uma verdadeira reforma, na avaliação de Olenike. “As propostas atuais são mais simplificadoras do que com alterações significativas na carga tributária. O que nós precisaríamos fazer é tirar uma tributação altíssima consumo e passar pra renda e patrimônio. Isso não vai acontecer com a reforma tributária, porque teremos vários tributos que serão excluídos, mas, em compensação, entrarão outros que também terão a tributação incidente sobre o consumo”, explicou.  “O que vemos, hoje, é não está perto de acontecer. Nem com a reforma que é uma reforma eh essencialmente simplificadora e não modificativa”, emendou.