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Duas mulheres são mortas a facadas em centro muçulmano em Lisboa

Publicado em Economia

Um afegão matou a facadas duas mulheres, portuguesas, e deixou vários feridos, dois deles em estado grave, no centro muçulmano Ismaili, em Lisboa. O homem foi ferido nas pernas pela polícia e levado para o Hospital São José.

 

Segundo o primeiro-ministro, António Costa, ainda não é possível dizer se foi um ataque terrorista. “Tudo indica que foi um ato isolado”, afirmou. Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública (PSP) disse que recebeu um alerta de que estava ocorrendo um ataque com arma branca às 10h57 e, um minuto depois, chegaram os primeiros policiais ao local.

 

“Os policiais depararam-se com um homem armado com faca de grandes dimensões. Foram dadas ordens ao atacante para que cessasse o ataque, ao que o mesmo desobedeceu, avançando em direção dos policiais com a faca na mão”, destacou a PSP.

 

Que acrescentou: “Face à ameaça grave e em execução, os policiais efetuaram recurso efetivo a arma de fogo contra a pessoa, atingindo e neutralizando o agressor. O atacante foi socorrido e conduzido à unidade hospitalar, encontrando-se vivo, detido e sob custódia. Do ataque, resultaram diversos feridos e, até o momento, duas vítimas mortais”.

 

Líder da comunidade muçulmana, Nazim Ahmand afirmou que os mortos e feridos são funcionários do Centro Ismaili. Ele ressaltou que a polícia reagiu rapidamente para conter o agressor. A visão é de que o homem agiu por conta própria. Há indicativos de que ele frequentava o local.

 

De acordo com o presidente do Conselho Nacional da Comunidade Muçulmana Ismaili, Rahim Firozali, desconhece-se as motivações para os ataques. Mas estão todos consternados com tamanha violência. Na hora do crime estava ocorrendo aulas e outras atividades no centro.

 

Pelo que afirmou a polícia, o afegão, que é viúvo e tem três filhos menores, teria problemas psiquiátricos conhecidos. Ele está sendo operado no hospital para onde foi levado. A investigação do caso está a cargo da Polícia Judiciária (PJ). Não há indício de células radicais de terrorismo em Portugal. Mas tudo será averiguado, para ver se houve participação de terceiros no crime.