A real de Portugal: “No meu país, vocês têm de respeitar os empregados”, diz portuguesa a brasileiros

Publicado em Economia

Uma importante personalidade das artes de Portugal, que pediu ao Blog para não ser identificada, deu uma bela enquadrada em um casal de brasileiros dentro de um famoso restaurante de Lisboa.

 

Inconformada com a forma com que os brasileiros tratavam a empregada que estava sentada à mesa, cuidando de duas crianças, a portuguesa se levantou e, em um tom de voz bem alto, disparou: “Aqui, no meu país, vocês têm de respeitar os empregados”.

 

O restaurante inteiro, que estava lotado, aplaudiu a portuguesa. Muitos já se mostravam incomodados com o jeito agressivo de o casal falar com a empregada, sobretudo, a mulher. Mas somente a artista teve coragem de se levantar e dar um basta aos abusos.

 

O casal de brasileiros ficou sem reação. A empregada baixou os olhos e não disse nada. Pouco tempo depois, os brasileiros pediram a conta e deixaram o local. Em nenhum momento, porém, eles demonstraram arrependimento.

 

Os portugueses, no geral, não têm empregados. Somente as famílias mais ricas, ainda com a visão colonialista, mantêm serviçais, a maioria, imigrantes e negros. A classe média que pode pagar, prefere recorrer a empresas que oferecem diaristas.

 

Constrangimento com a mesa ao lado

 

Um amiga dessa artista portuguesa relatou ao Blog o quanto ficou constrangida durante um jantar em um restaurante badalado da Praia do Forte, na Bahia, onde curtia as férias com amigos.

 

“Na mesa ao lado, havia duas mulheres, ainda jovens, dizendo que tinham tirado Portugal do roteiro de viagens internacionais porque não podiam exigir, no país, que as criadas que as acompanhavam usassem uniformes. Fiquei pasma”, contou.

 

Para essa portuguesa, a elite brasileira, no geral, é muito esnobe, e adora ostentar. “E uma das formas de mostrar poder e riqueza é obrigando babás a se vestirem de uniforme branco, para deixar bem claro que são apenas empregadas. Felizmente, isso já não se vê há tempos entre os portugueses”, acrescentou.