Nova pesquisa deve apontar efeitos da pandemia em saúde mental de bancários da Caixa

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Mesmo antes da disseminação da covid-19, o bem-estar dos empregados já era motivo de preocupação

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) começou um estudo para mapear problemas de saúde no ambiente de trabalho. Os empregados do banco trabalharam na linha de frente do atendimento à população durante a crise sanitária provocada pela disseminação do covid-19. Antes da pandemia, o quadro psicológico dos bancários já era motivo de preocupação para Fenae: quase metade dos empregados (47%) da Caixa tinham conhecimento de algum episódio de suicídio entre colegas. 

A nova pesquisa será feita por amostragem e irá reunir opiniões e experiências que os trabalhadores da Caixa, entre [ativos e aposentados], têm sobre a própria saúde física e mental, dentro e fora do trabalho. Os formulários, que já começaram a ser enviados aos bancários , estão de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).  A pesquisa será aplicada pela empresa Acerte Pesquisa e Comunicação. 

“Sabemos que a saúde mental dos trabalhadores ficou ainda mais comprometida em virtude da pandemia. Com esta nova pesquisa, pretendemos mapear onde estão os problemas e propor soluções para melhorar a vida dos bancários da Caixa”, destaca o presidente da Fenae, Sergio Takemoto. 

A ideia, com a pesquisa, é pensar em ações de melhoria de vida. “Os dados coletados irão subsidiar a Fenae e as associações de pessoal do banco (Apcefs) na construção de ações de saúde e bem-estar, além de auxiliar nas nossas reivindicações junto à direção da Caixa para a melhoraria das condições de trabalho dos empregados”, acrescenta Takemoto. 

Em 2018

Uma pesquisa encomendada pela Fenae em 2018 já indicava dados preocupantes sobre a saúde mental dos empregados. Os dados foram apresentados na Pesquisa Saúde do Trabalhador da Caixa e indicaram que a sobrecarga de trabalho e a ausência de uma política de saúde do trabalhador estavam prejudicando a vida de milhares de pessoas.

Nessa pesquisa, um em cada três empregados da Caixa disse ter apresentado algum problema de saúde em decorrência do trabalho nos 12 meses anteriores. Entre os problemas relatados, 10,6% dos empregados relataram depressão. Além disso,  doenças causadas por estresse e doenças psicológicas representavam 60,5% dos casos.Entre os que tiveram problemas, 53% precisaram recorrer a algum medicamento. Os remédios mais usados foram os antidepressivos e ansiolíticos (35,3%), anti-inflamatórios (14,3%) e analgésicos (7,6%).

Confira aqui a pesquisa de 2018. 

“Não sofra sozinho”

Em 2019, a Fenae começou uma campanha chamada “Não sofra sozinho”. A ideia é ter uma campanha permanente de conscientização sobre saúde mental e trabalho. Uma das ações é o desenvolvimento de estratégias para a implementação de serviços de assistência aos empregados da Caixa que estejam em sofrimento.

Confira aqui o material de divulgação da campanha.

Leia também: Concursados da Caixa divulgam manifesto e pedem mais contratações pelo banco

Déficit de defensores alerta para necessidade de concurso, afirma da Defensoria Pública do Rio

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Em nota, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, se manifestou sobre o déficit de servidores no Estado e afirmou a necessidade de realização de um novo concurso público. O órgão utilizou como argumento uma pesquisa lançada na última terça-feira (3/8), pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP), em que mostra um Mapa das Defensorias Públicas Estaduais e Distrital no Brasil.

Segundo o documento, o Rio de Janeiro tem um déficit de 520 defensores para atender a população em situação de vulnerabilidade social – considerando a necessidade de um defensor para cada 10 mil habitantes de baixa renda. Segundo Para chegar ao ideal estabelecido pelo Ministério da Justiça (um para cada 15 mil), o estado precisaria de pelo menos mais cem profissionais.

Segundo o mapa, há atualmente no país 6.235 profissionais para atender toda a população brasileira que precisa de assistência jurídica gratuita, sendo necessários pelo menos 4,7 mil defensores de carreira a mais para atender a demanda existente. Ou seja, seria preciso aumentar em 79,4% o número de defensoras e defensores no Brasil. Por lei, o país conta com 9.043 cargos existentes, mas três mil não foram ocupados, segundo a pesquisa.

Os dados apresentados na pesquisa revelam um cenário preocupante em relação ao novo Regime de Recuperação Fiscal (RRF), instituído pela Lei Complementar 159/2017 com alterações da Lei Complementar 178/2021, que proíbe a reposição de novos(as) defensores(as) públicos(as) pelos próximos 10 anos. Pelo normativo em vigor, somente seria possível a reposição de cargos de chefia e de direção e assessoramento que não acarretem aumento de despesa e contratação.

“Esse e outros itens do RRF vêm sendo contestados pela Defensoria Pública do Rio. A Instituição solicitou ingresso como Amicus Curiae em duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (da Alerj e da Associação dos Magistrados do Brasil) contra a lei do regime e o decreto de regulamentação da norma”, informou a Defensoria.

O mapa da Defensoria mostrou que o Rio de Janeiro precisa de mais 100 defensores para garantir a relação de 1 a cada 15.000 pessoas hipossuficientes. O estudo considerou 740 defensores ativos, porém, com aposentadorias, este número caiu para 731.

Clique aqui e confira o Mapa na íntegra.

A neurociência explica! Pesquisa indica como estudar corretamente para se dar bem nas provas

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Estudar por horas e horas é sempre a principal estratégias dos concurseiros que desejam conquistar uma aprovação. Mas, será que todos sabem organizar esta rotina de forma eficaz e satisfatória para se sair bem nas provas? Afinal, qual a melhor forma de se preparar? Algumas respostas para estas perguntas estão no livro de dois pesquisadores americanos e um britânico especializados em neurociência e desmistificam algumas táticas de estudo com embasamento científico. A obra é intitulada como Aprendendo a Aprender para Crianças e Adolescentes: Como se Dar Bem na Escola, que apesar de ser voltada para outro público, cabe para a rotina de qualquer estudante.

Para explicar melhor, a BBC News Brasil conversou com a pesquisadora Barbara Oakley, que uma das autoras do livro. Em entrevista, ela explicou que as pessoas muitas vezes pensam, equivocadamente, que se conseguirem reduzir o estresse diante da prova, vão se sair melhor. Mas a razão de seu estresse não é o teste em si, e sim que elas não sabem estudar corretamente nas semanas e meses antes do teste. “Fazer isso com mais eficiência pode resultar em uma enorme diferença em seu desempenho nas provas e na vida”, argumentou.

Varar a noite estudando na véspera da prova não ajuda o cérebro a aprender

Aprender, na prática, consiste em criar novas (ou mais fortes) correntes cerebrais em nosso cérebro. Quanto mais praticamos essas coisas e acrescentamos complexidade ao aprendizado, mais fortes e compridas ficam essas correntes.

Ao varar a noite estudando na véspera da prova, você não dará ao cérebro tempo para fortalecer as correntes cerebrais daquele determinado assunto, nem o descanso necessário para ele solidificar esse aprendizado, afirma o livro.

“Tempo e treino trabalham juntos para ajudá-lo a cimentar as ideias no seu cérebro. Se o tempo é curto, você não consegue criar novas estruturas no cérebro e ainda perde energia preocupando-se com isso”, agrega Oakley.

Qual, então, é a melhor estratégia para aprender?

Revisar logo, e constantemente, é mais eficaz do que passar horas estudando na véspera

“Quando aprendemos algo novo, precisamos revisá-lo logo, antes que as espinhas dendríticas e as conexões sinápticas (termos técnicos que se referem à atividade em nossos neurônios durante a aprendizagem) comecem a desaparecer. Se elas desaparecerem, temos que começar o processo de aprendizagem todo novamente”, explica Oakley no livro.

Por conta disso, ela sugere que, ao longo dos estudos para a prova — e não só na véspera —, façamos o seguinte:

Revisar o conteúdo assim que ele for aprendido, para reforçar as correntes cerebrais ligadas a aquele aprendizado, evitando perdê-las;

Manter vivas as ideias-chave daquele conteúdo; tente lembrar dessas ideias em voz alta, sem lê-las no papel, ou explicá-las a alguém. Isso vai fixar a informação na sua cabeça.

Estudar um pouco, por vários dias. Isso também ajuda a reforçar o conhecimento dentro do cérebro.

Começar pelo exercício difícil, em vez do fácil

“Por muitos anos, os alunos ouviram que devem começar a prova pelos problemas fáceis”, explica Oakley. “A neurociência diz que isso não é uma boa ideia.” Isso porque você pode usar as questões mais fáceis a seu favor, quando estiver empacado nas mais difíceis.

Nosso cérebro, diz Oakley, trabalha de dois jeitos diferentes, que se complementam no aprendizado: o modo focado (quando estamos prestando atenção a um exercício, a um filme ou ao professor, por exemplo) e o modo difuso (quando o cérebro está relaxado).

E relaxar a mente muitas vezes permite encontrar soluções para problemas – é o motivo pelo qual às vezes temos boas ideias durante caminhadas ou depois de uma boa noite de sono, período em que o cérebro entra no modo difuso.

Sendo assim, passar de um exercício difícil para um mais fácil pode colocar o cérebro nesse modo mais relaxado, o que pode ajudá-lo a resolver a questão inicial.

“Quando começar a prova, olhe-a rapidamente por inteira. Marque as questões que achar mais difíceis. Escolha uma delas e comece a trabalhar, por mais ou menos dois minutos ou até se sentir empacado. Quando empacar, pare. Procure uma questão mais fácil para aumentar sua confiança; resolva uma ou duas questões fáceis e então volte à difícil. Talvez agora você consiga progredir um pouco.”

Prestar atenção ao ‘pensamento viciado’

Se sobrar tempo ao final da prova, tente revisar as questões em uma ordem diferente da qual fez inicialmente. Isso pode ajudá-lo a questionar: será que a minha resposta para cada exercício realmente fez sentido?

“Assim que escrevemos a resposta para uma questão, é fácil pensar que ela está correta”, diz Oakley. “Tente fazer sua mente olhar para as questões de novo, com novos olhos. (…) Sua mente pode levar você a pensar que o que fez está correto, mesmo que não esteja. Sempre que possível, pisque, desvie sua atenção e verifique suas respostas.”

Dormir bem e fazer atividades físicas ajudam, e muito, o cérebro

Oakley compara o sono à “argamassa que consolida as paredes do aprendizado” no cérebro. É dormindo, diz ela, que o cérebro ensaia o que aprendeu durante o dia, fortalece as correntes de aprendizado e elimina toxinas.

“Quanto mais você aprende, pratica e dorme, mais espinhas dendríticas e conexões sinápticas (os termos técnicos referentes à atividade dos neurônios durante a aprendizagem) são formadas”, explica o livro.

Além disso, praticar atividades físicas não faz só bem ao corpo, como também ao cérebro. O exercício físico faz novos neurônios crescerem, além de proporcionar momentos ótimos para estimular o modo difuso (relaxado) do cérebro, essencial ao aprendizado.

UFG procura voluntários para projeto de combate à covid-19

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O ensaio clínico, desenvolvido pela instituição, vai avaliar o papel da vacina BCG como estratégia preventiva de coronavírus

 

Karolini Bandeira*- A Universidade Federal de Goiás (UFG) está recrutando pessoas que trabalhem na área da saúde como voluntárias para integrar um ensaio clínico, desenvolvido pela instituição, que avalia o papel da vacina BCG como estratégia preventiva de coronavírus. Para se voluntariar, o profissional da saúde deve ter testado negativo para covid-19 e estar em contato com pessoas suspeitas de possuírem o vírus.

 

Para se inscrever na pesquisa, o interessado deve entrar em contato por meio de Whatsapp (62-983264955), e-mail (rgptb.ufg@gmail.com) ou Instagram (@rgptb.ufg). Também há uma página do grupo com mais informações.

 

Os voluntários serão divididos em dois grupos: um grupo que será vacinado com a BCG e um grupo que não será vacinado. Os profissionais serão acompanhados por telemedicina por 180 dias. Durante o período, haverá coleta de informações acerca do estado de saúde dos mesmos.

 

A previsão de duração do projeto é de dois anos. A pesquisa ainda recebeu mais de R$ 1,2 milhão de recursos chamada de apoio à pesquisas em Covid-19, com autoria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e o Ministério da Saúde.

 

 

*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco