Contratação na Caixa não resolve deficit de 20 mil trabalhadores, diz Fenae

Publicado em Deixe um comentárioCaixa Econômica Federal, Concursos Públicos

Presidente da Caixa diz que aprovados em concurso de 2014 serão contratados em breve

A Caixa Econômica Federal anunciou, na terça-feira (26/7), a contratação de 500 empregados aprovados no concurso público de 2014. A convocação tem início imediato e os contratados devem começar a trabalhar nos próximos dias. No entanto, a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae) aponta que essa medida não resolve o deficit de 20 mil empregados no banco.

“O deficit na Caixa vem crescendo ao longo dos anos, trazendo consequências não só ao quadro de pessoal como também comprometendo a qualidade da assistência à população”, diz o presidente da Fenae, Sergio Takemoto. “A Caixa Econômica Federal responde por 19,2% das agências bancárias do país e está presente inclusive em municípios onde instituições privadas não têm interesse em atuar. É, portanto, mais que urgente que o banco efetivamente promova as contratações”, acrescenta.

A Fenae e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), em fevereiro deste ano, protocolaram o chamado “recurso de revista” na Ação Civil Pública (ACP). Segundo a Fenae, a ACP do Ministério Público do Trabalho (MPT) possibilitou a contratação de aproximadamente 6 mil trabalhadores ao garantir a continuidade da vigência do certame de 2014. Para a federação, o chamamento é “resultado da mobilização das duas entidades, de sindicatos e das associações de pessoal da Caixa”.

O presidente da Fenae também observa que a mais recente pesquisa da federação evidenciou que aproximadamente 40% dos trabalhadores participantes do levantamento relataram algum problema de saúde relacionado à rotina profissional. “As condições precárias de trabalho na Caixa têm levado ao adoecimento dos empregados”, enfatiza Takemoto.

Um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos mostra que, em cinco anos, de 2015 a 2020, houve uma redução de 14.866 postos de trabalho na Caixa. “O estudo comprovou a situação crítica do quadro de pessoal da Caixa Econômica, que, além de ser o ‘banco da habitação’, é também responsável pelo pagamento de benefícios sociais a milhares de brasileiros, pela concessão de crédito à população mais necessitada e pelos investimentos em setores estratégicos do país, como infraestrutura, saúde e saneamento básico”, ressalta o presidente da Fenae.

Concurso para ampla concorrência

O último concurso da Caixa para  ampla concorrência foi realizado em 2014, ofertando vagas exclusivamente para formação de cadastro de reserva. Ao todo, 1.176.614 pessoas se candidataram às vagas. O cargo era de técnico bancário novo, com remuneração de R$ 2.025.

Leia também: TRE-DF não participará do concurso unificado do TSE

SES-DF define banca organizadora do concurso para agente com mais de mil vagas

Concurso TSE Unificado: órgão confirma que está em fase inicial do planejamento

Caixa: 80% dos bancários têm doença relacionada ao trabalho

Publicado em Deixe um comentáriocarreira bancária, Concursos, Concursos Públicos, Empresa pública, servidores públicos

Segundo pesquisa da Fenae, 33% dos afastamentos por licença médica foram motivados por depressão. Também há afastamentos motivados por ansiedade, síndrome de Burnout e síndrome do pânico

Um total de 80% dos bancários da Caixa Econômica Federal que participaram de nova pesquisa realizada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) têm alguma doença relacionada ao trabalho. Os resultados do levantamento também revelam dados alarmantes: 33% dos afastamentos por licença médica foram motivados por depressão, 26% por ansiedade, 13% por Síndrome de Burnout [esgotamento profissional, exaustão extrema] e 11% por Síndrome do Pânico.

Até o momento, 1.704 mil empregados da ativa responderam ao questionário da pesquisa. Deste total, 6% estão afastados do trabalho por licença médica. O estudo também mostra que 20% dos trabalhadores têm jornada de trabalho maior que oito horas diárias, que é a carga horária prevista.

A pesquisa de opinião da Fenae sobre a saúde dos bancários da Caixa foi realizada entre os últimos dias 19 de novembro e 10 de dezembro. Um total de 3.034 empregados participaram do estudo, sendo 56% (1.704) empregados da ativa e 44% (1.330), aposentados.

Do total de respondentes da ativa, 74% estão lotados em agências, 34% têm cargo em gerência e 21% são Técnicos Bancários Novos (TBN). Um percentual de 71% tem entre 30 e 49 anos. Já entre os aposentados, 66% têm de 60 a 69 anos. A margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual, com intervalo de confiança de 95%.

Conforme avalia o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, o cenário “piorou muito” desde o último levantamento da Federação sobre a saúde dos empregados [iniciado em 2018]. “Sabemos que a pandemia é um fator que pesa na saúde mental dos trabalhadores. Mas, a atual pesquisa mostra que o adoecimento está atrelado ao trabalho”, analisa. “Ou seja, o modo de gestão do banco, as cobranças e a pressão por metas, além de jornadas extenuantes, estão interferindo na saúde dos empregados. Esses dados vão nos ajudar a buscar ações em defesa dos bancários da Caixa, que se mantiveram na linha de frente do atendimento à população em toda esta crise sanitária.”

Preocupação antiga

Antes da pandemia, o quadro de saúde psicológica dos empregados da Caixa Econômica já preocupava a Federação. Um levantamento feito pela entidade em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) revelou que mais da metade dos trabalhadores do banco (53,6%) havia passado por pelo menos um episódio de assédio moral. O estudo também mostrou que quase 20% dos empregados ativos revelaram ter depressão ou ansiedade. O percentual de bancários que buscavam acompanhamento regular psicológico ou psiquiátrico era de 19,6%. E 47% dos trabalhadores tinham conhecimento de algum episódio de suicídio entre colegas.

‘Dados assustadores’

“Os dados são assustadores”, avalia a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus. “De imediato, com estas informações preliminares, podemos dizer que a Caixa, de algum modo, está fazendo mal à saúde dos seus trabalhadores”, completa.

“Os dados coletados irão subsidiar a Fenae e as associações de pessoal do banco (Apcefs) na construção de ações de saúde e bem-estar, além de auxiliar nas nossas reivindicações junto à direção da Caixa para a melhoraria das condições de trabalho dos empregados”, ressalta Sergio Takemoto.

Sobrecarga em 2021

Estudo feito no final de julho de 2021 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que, de 2015 a 2020, houve uma redução de 14.866 postos de trabalho na Caixa. Segundo o levantamento, entre 2018 e o primeiro trimestre de 2020, o número de clientes por servidor do banco subiu de 1.070 para 1.775, ou seja, um total de 65% de aumento.

“Os dados do Dieese comprovam a situação crítica do quadro de pessoal da Caixa Econômica, que, além de ser o ‘banco da habitação’, é também responsável pelo pagamento do auxílio emergencial e de outros benefícios sociais a milhares de brasileiros, pela concessão de crédito à população mais necessitada e pelos investimentos em setores estratégicos do país, como infraestrutura, saúde e saneamento básico”, ressaltou Takemoto. “De 2014 até o primeiro semestre deste ano, o banco público perdeu 19,7 mil empregados”.

1.100 vagas exclusivas para PcD

Em 2021, foi realizado um concurso na CEF com 1.100 vagas exclusivas para pessoas com deficiência, no cargo de técnico bancário. Para o cargo, o profissional deve ter nível médio completo e poderá atuar na rede de agências ou na área de Tecnologia da Informação (TI) — sendo, a última opção, para lotação no Distrito Federal.

A remuneração inicial é de R$ 3.000 para uma carga horária semanal de 30 horas. Se forem somados os benefícios, os ganhos podem chegar a R$ 4.486,03.

Concurso para ampla concorrência

O último concurso da Caixa para a ampla concorrência foi realizado em 2014 ofertando vagas exclusivamente para formação de cadastro reserva. Ao todo, 1.176.614 pessoas se candidataram às vagas. O cargo foi para técnico bancário novo, com remuneração de R$ 2.025. Para assumir é necessário possuir ensino médio completo. A seleção foi realizada por provas objetivas, discursivas e exames médicos admissionais. O concurso teve validade de um ano e foi prorrogado por igual período.

 

*Com informações da Fenae

Fenae ajuíza recurso ao TST para manter validade do último concurso da Caixa

Publicado em Deixe um comentáriocarreira bancária, Concursos, Concursos Públicos, Nomeação, servidores públicos

O sindicato alerta para déficit de aproximadamente 17 mil servidores no banco

*Karolini Bandeira — A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) protocolaram o chamado “recurso de revista” na Ação Civil Pública (ACP), que trata da contratação de profissionais aprovados no concurso de 2014 da Caixa. A ideia é manter a validade do concurso e gerar mais nomeações de servidores. O recurso, ajuizado na última quarta-feira (2/2), irá seguir para o Tribunal Superior do Trabalho (TST), mantendo a validade do concurso e possibilitando à Caixa contratar mais trabalhadores aprovados no referido certame.

Segundo a Fenae, a Ação Civil Pública (ACP) do Ministério Público do Trabalho (MPT) possibilitou a contratação de aproximadamente 6 mil trabalhadores ao garantir a continuidade da vigência do certame de 2014. Para a federação, o chamamento é “resultado da mobilização das duas entidades, de sindicatos e das associações de pessoal da Caixa”.

Conforme destaca o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, o déficit de empregados tem levado os bancários da estatal à sobrecarga de trabalho e até adoecimento. “Nossa atuação por mais contratações é imediata para garantirmos condições dignas de trabalho aos empregados. A direção do banco continua cobrando metas abusivas e jornadas exaustivas”, conta.

Takemoto ainda reforça que novas contratações também vão contribuir para a melhoria do serviço à população. “Os atuais trabalhadores estão doentes e isso afeta diretamente o atendimento à população que mais precisa da Caixa pública.” “Os empregados têm sido fundamentais na pandemia, colocando a própria saúde em risco, se dedicando, cumprindo o papel social do banco”, acrescenta.

A presidente da Contraf, Juvandia Moreira, também aponta urgência na contratação de mais empregados no banco, uma vez que a demanda nas agências bancárias tem crescido. “É um absurdo a Caixa não convocar aprovados de 2014 faltando tantos empregados nas agências. Esse governo quer abrir novo concurso público sem necessidade, em ano eleitoral.”

De acordo com a Fenae, as reivindicações por mais contratações têm sido tema frequente de reuniões da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) com a direção do banco. A coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, relembra a redução do número de trabalhadores do banco. “É fundamental que a Caixa contrate mais empregados para melhorar as condições de atendimento à população e a saúde dos trabalhadores”, ressalta a coordenadora.

Sobrecarga em 2021

Estudo feito no final de julho de 2021 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que, de 2015 a 2020, houve uma redução de 14.866 postos de trabalho na Caixa. Segundo o levantamento, entre 2018 e o primeiro trimestre de 2020, o número de clientes por servidor do banco subiu de 1.070 para 1.775, ou seja, um total de 65% de aumento.

“Os dados do Dieese comprovam a situação crítica do quadro de pessoal da Caixa Econômica, que, além de ser o ‘banco da habitação’, é também responsável pelo pagamento do auxílio emergencial e de outros benefícios sociais a milhares de brasileiros, pela concessão de crédito à população mais necessitada e pelos investimentos em setores estratégicos do país, como infraestrutura, saúde e saneamento básico”, ressaltou Takemoto. “De 2014 até o primeiro semestre deste ano, o banco público perdeu 19,7 mil empregados”.

1.100 vagas exclusivas para PcD

Em 2021, foi realizado um concurso na CEF com 1.100 vagas exclusivas para pessoas com deficiência, no cargo de técnico bancário. Para o cargo, o profissional deve ter nível médio completo e poderá atuar na rede de agências ou na área de Tecnologia da Informação (TI) — sendo, a última opção, para lotação no Distrito Federal.

A remuneração inicial é de R$ 3.000 para uma carga horária semanal de 30 horas. Se forem somados os benefícios, os ganhos podem chegar a R$ 4.486,03.

Concurso para ampla concorrência

O último concurso da Caixa para a ampla concorrência foi realizado em 2014 ofertando vagas exclusivamente para formação de cadastro reserva. Ao todo, 1.176.614 pessoas se candidataram às vagas. O cargo foi para técnico bancário novo, com remuneração de R$ 2.025. Para assumir é necessário possuir ensino médio completo. A seleção foi realizada por provas objetivas, discursivas e exames médicos admissionais. O concurso teve validade de um ano e foi prorrogado por igual período

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

**Confirmações da Fenae

Fenae cobra nomeações na Caixa: ‘Ritmo das contratações segue lento’

Publicado em Deixe um comentárioConcursos, Empresa pública, Excedente, Nomeação

Karolini Bandeira*- A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) votou a cobrar a convocação dos concursados aprovados no último certame da Caixa, realizado em 2014. Apesar do comprometimento firmado pelo banco em julho de convocar mais três mil profissionais, a federação reclama da lentidão no andamento das posses.

Segundo a Fenae, o banco ainda não nomeou nem metade do prometido pelo presidente, Pedro Guimarães. “O ritmo das contratações segue lento, enquanto nas agências os trabalhadores enfrentam sobrecarga de trabalho e adoecimento. Números levantados pela Fenae indicam que a direção da empresa não admitiu nem metade do que foi anunciado”, publicou a entidade.

“Em agosto, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) autorizou o banco público a contratar mais 3 mil funcionários, ampliando seu quadro de pessoal para 87.544. Conforme dados de outubro, a Caixa contava com 85.772 mil funcionários. Isso representa 1.772 a menos do total autorizado”, explica a Fenae.

Entenda

Publicada em agosto, uma Portaria da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério da Economia, aumenta o quantitativo de pessoal da caixa de 84.544 para 87.544. Conforme o artigo 3º da normativa, “compete à empresa gerenciar o seu quadro de pessoal próprio, praticando atos de gestão para contratar ou desligar empregados, desde que observado o limite estabelecido no Art. 1º, as dotações orçamentárias aprovadas para cada exercício bem como as demais normas legais pertinentes”.

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, pontuou que a quantidade de cargos autorizada pela Sest é bem menor que o número de vagas anunciadas pelo banco em julho. Na ocasião, a direção da estatal prometeu o preenchimento de “10 mil vagas” na Caixa. O presidente, Pedro Guimarães, anunciou: “Vamos contratar 10 mil pessoas. Destas, 4 mil serão novos empregados, sendo que 3 mil dependem de autorização do Ministério da Economia. Outros mil serão para PCDs, em setembro.”

 

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes

 

Federação ressalta déficit de quase 20 mil bancários na Caixa e defende mais contratações

Publicado em Deixe um comentáriocarreira bancária, Concursos, Concursos Públicos

Fenae aponta que, apesar de medidas anunciadas recentemente pelo banco para novas contratações de concursados, número é insuficiente

A Caixa Econômica Federal pode contratar aproximadamente 3 mil novos empregados. A medida está amparada por normativa do Ministério da Economia que autoriza o banco a aumentar o quadro de pessoal. Entretanto, a Federação Nacional das Associações de Pessoal (Fenae) do banco ressalta déficit de quase 20 mil bancários e defende maior número de contratações.

“O quadro de pessoal do banco vem sofrendo uma grande redução ao longo dos anos, ao mesmo tempo em que há aumento do número de clientes”, destaca o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

“Entendemos que a atual medida é bem-vinda; mas, insuficiente. É preciso que haja um número maior de contratações”, defende Takemoto.

O dirigente observa que a quantidade de novos postos autorizada pelo Ministério da Economia é menor que o número de vagas anunciadas pelo banco no último mês de julho. Na ocasião, a direção da estatal afirmou que contrataria 4 mil empregados, sendo 1 mil vagas para Pessoas com Deficiência (PCDs) e 3 mil para concursados que aguardam convocação.

Ainda segundo a Fenae, um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que, em cinco anos (de 2015 a 2020), houve uma redução de 14.866 postos de trabalho na Caixa. Desde 2014, o banco vem acumulando um déficit de pessoal que se aproxima de 20 mil trabalhadores.

“É uma importante conquista que vínhamos reivindicando nas negociações com a Caixa e nas audiências públicas que realizamos”, afirma a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Fabiana Uehara. “Mas, não resolve o problema dos empregados, que estão sobrecarregados e adoecendo por causa do excesso de trabalho”, acrescenta Uehara, ao defender que aprovados no concurso de 2014 [ainda em vigor] sejam contratados pelo banco.

Novo concurso e mais convocações

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que pretende abrir novo concurso público para preencher vagas de pessoas com deficiência.

Segundo Guimarães, a Caixa conta atualmente com apenas 1,5% do quadro de funcionários composto por pessoas com deficiência. A meta do banco é aumentar a participação para 5%.

Além do concurso específico para pessoas com deficiência, o presidente do banco afirmou que outras vagas serão preenchidas por pessoas aprovadas no concurso de 2014, que continua válido. A expectativa é que 10 mil novos funcionários passem a integrar as agências da Caixa como colaboradores.

A distribuição exata do quantitativo total já foi informada pelo banco:

  • 1.000 servidores efetivos PcDs
  • 3.000 candidatos aprovados no concurso de 2014, a depender de autorização
  • 5.200 estagiários e aprendizes
  • 800 vigilantes e recepcionistas

O novo concurso, previsto para setembro, trará a oferta de 1.000 vagas no cargo de técnico bancário, de nível médio. Os ganhos iniciais da carreira são de R$ 3.000, chegando a até R$ 4.486,03 com os benefícios. Os profissionais selecionados irão atuar em jornada semanal de 30 horas. Caberá aos servidores prestar atendimento e fornecer as informações solicitadas pelos clientes e público, efetuar todas as atividades administrativas necessárias ao bom andamento do trabalho na Unidade, operar microcomputador e outros equipamentos existentes, entre outros.

Mas, para o presidente da Fenae, as ações são insuficientes. “Ou seja: das 10 mil contratações anunciadas, menos da metade [4 mil] seriam para empregados que, acredita-se, estarão de fato na linha de frente do atendimento à população, nos caixas das agências, que é onde está a maior carência de pessoal na Caixa”, alerta o presidente da Fenae. “Estas 4 mil vagas representariam, contudo, apenas 20% do atual déficit do banco”, acrescenta Sergio Takemoto.

Novas agências

Guimarães anunciou também que pretende abrir 268 novas agências ainda em 2021. Desse total, 168 unidades serão de varejo e 100 serão dedicadas ao agronegócio. As unidades, segundo ele,  já estão em processo de inauguração.

Das 168 unidades de varejo, 70 serão abertas na Região Nordeste: 24 no Maranhão, 17 no Ceará, 11 em Pernambuco, 8 na Paraíba, 4 na Bahia, 2 no Piauí, 2 no Rio Grande do Norte, 1 em Sergipe e 1 em Alagoas. Na Região Norte, são 50 novas unidades: 28 no Pará, 14 no Amazonas, 4 em Rondônia e 2 no Amapá.

No Sudeste, serão inauguradas 30 unidades: 13 em São Paulo, 7 em Minas Gerais, 7 no Rio de Janeiro e 3 no Espírito Santo. No Centro-Oeste, a Caixa abrirá 14 unidades: 7 no Mato Grosso, 5 no Mato Grosso do Sul e 1 em Goiás. O Sul receberá quatro unidades de varejo: 2 em Santa Catarina, 1 no Paraná e 1 no Rio Grande do Sul.

Último concurso

O último concurso da Caixa Econômica Federal foi realizado em 2014 ofertando vagas exclusivamente para formação de cadastro reserva. Ao todo, 1.176.614 pessoas se candidataram às vagas. O cargo foi para técnico bancário novo, com remuneração de R$ 2.025. Para assumir é necessário possuir ensino médio completo. A seleção foi realizada por provas objetivas, discursivas e exames médicos admissionais. O concurso teve validade de um ano e foi prorrogado por igual período.

 

Concursados da Caixa divulgam manifesto e pedem mais contratações pelo banco

Publicado em Deixe um comentáriocarreira bancária, Concursos, Concursos Públicos, Empresa pública

O documento chama atenção do atual déficit de servidores da Caixa, que se aproxima de 20 mil bancários. A medida soma a ações da Fenae para recomposição do quadro de empregados da empresa pública

Karolini Bandeira*- Os candidatos aprovados em 2014 no concurso da Caixa Econômica Federal divulgaram Manifesto reivindicando que o banco faça mais contratações de servidores. O documento também aponta que o atual déficit da Caixa, de aproximadamente 20 mil trabalhadores, compromete o atendimento à comunidade. A medida se soma às ações da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) para a recomposição do quadro de empregados do banco.

Ainda de acordo com a Fenae, o banco chegou a ter 101,5 mil trabalhadores em 2014. Atualmente, o quadro é de 84,2 mil. Apesar disso e do aumento do volume de demandas e da rede de atendimento, a Federação informa que a empresa perderá mais de 2.000 bancários que aderiram ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) do ano passado. “A consequência do baixo aproveitamento do número de aprovados evidentemente se reflete no atendimento prestado à população e nas condições de trabalho a que o banco tem exposto seus colaboradores, que têm adoecido devido à sobrecarga de atividades, haja vista que o volume de pessoas a serem atendidas é significativamente maior que o número de empregados para atendê-las”, destaca o Manifesto.

O documento ressalta ainda que, por conta do baixo aproveitamento do cadastro de reserva, foram ajuizadas três ações civis públicas, resultando na suspensão do prazo de vigência do concurso, por prazo indeterminado. Conforme estimação da Fenae, dos mais de 30 mil aprovados no concurso de 2014, menos de 10% foram convocados. No Manifesto, os concursados informam que “foram quase 1,9 milhão de inscritos, dos quais 32.879 aprovados”.

O presidente da Federação, Sergio Takemoto, chama a atenção para o fato de que desde 2016 o banco vem diminuindo o quadro de pessoal: “Ao mesmo tempo, aumentou o número de clientes, de operações e vai aumentar a quantidade de agências.”

Segundo a Fenae, na última semana, ao anunciar que a instituição registrou lucro líquido de R$ 5,7 bilhões no quarto trimestre de 2020, a Caixa confirmou que 76 novas agências serão abertas para o aumento da rede de atendimento. O banco ainda anunciou contratações que não suprem nem 15% da falta de empregados.

Serão convocados 2.766 aprovados no concurso de 2014, o que representa apenas 13,83% da atual carência, segundo a direção da Caixa. Este quantitativo de novos bancários que deverão ser admitidos (2.766) corresponde a menos da metade (36%) do total de vagas anunciadas pela empresa, que incluem 1.162 estagiários, 2.320 vigilantes e 1.456 recepcionistas.

“Para que o banco público possa continuar prestando um bom serviço à população, é preciso contratar muito mais que 2.766 concursados”, afirma Takemoto, ao observar que neste número já estão incluídas as 566 convocações anteriormente informadas pela Caixa. “Além de piorar as condições de trabalho, a falta de bancários prejudica o atendimento à população”, reforça o presidente da Fenae, ressaltando que os empregados têm sido submetidos a jornadas extenuantes e ao cumprimento de metas inalcançáveis em um contexto de pandemia.

A comissão independente dos concursados conclui o Manifesto reafirmando que a função e o dever da Caixa é assistir à população mais carente e em condição de vulnerabilidade social: “Daí a justificativa para a presença de agências em locais de difícil acesso ou em praças nas quais não existem outras instituições financeiras por não serem viáveis do ponto de vista comercial”. O documento ainda afirma que “apoiar o povo em suas demandas deve continuar a ser o maior objetivo do banco público”.

Confira a íntegra do Manifesto aqui! 

 

 

 

 

*Estagiária sob a supervisão de Mariana Niederauer