Consternado e triste, o chef napolitano Rosario Tessier ligou para a coluna, na última terça-feira, para informar que seu mestre Gualtiero Marchesi havia falecido aos 87 anos, em Milão. Lá, administrava o restaurante Il Marchesino, instalado ao lado do teatro Scala. Considerado o pai da cozinha contemporânea italiana, ele tinha a alma e o coração de artista. Justamente Alma é o nome da escola, a mais renomada e importante de cozinha italiana que tem Marchesi como patrono. Fica no Palazzo Ducale, próximo a Parma, e tem convênio com o Senac, daí a presença maciça de cozinheiros brasileiros que vão lá estudar.
Provocador e corajoso, Marchesi foi o primeiro chef italiano a receber (e a devolver) as três estrelas que recebeu do Guia Michelin, questionando a validade do guia. Seu prato emblemático é o risoto milanês de açafrão e folha de ouro, uma obra de arte em sabor e estética.
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