Cinco autores para pensar o racismo ontem e hoje

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Frantz Fanon foi um dos maiores pensadores pós-coloniais da França. James Baldwin, um dos nomes mais importantes da literatura americana dos anos 1950 quando o assunto é racismo e colonização. Ralph Ellison, também americano, venceu o National Book Award de 1953 com um livro no qual o personagem se tornava invisível graças à sua cor negra. A britânica Bernardine Evaristo tem sido celebrada como a voz literária negra mais importante da cena inglesa contemporânea quando se trata de escrever sobre a diáspora africana. A pandemia continua seu curso, ficar isolado ainda é o único remédio contra o coronavírus e, apesar de amargo, pode ser atenuado com boas leituras. Então, na esteira de um 2020 marcado pelos protestos contra o racismo em todo o mundo, que tal começar 2021 prestigiando autores preocupados em compreender questões cruciais para a sociedade contemporânea? O Leio de tudo fez uma seleção de lançamentos recentes disponíveis em e-book ou no site das editoras, todos assinados por nomes fundamentais do pensamento negro mundial. 

Antologia de Veríssimo é passeio por risos e textos inéditos

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A obra de Luís Fernando Veríssimo é vasta e quase infinita. Revirar os arquivos do escritor gaúcho pode trazer revelações como textos inéditos ou publicados uma única vez, mas também pode render compilações de ilustrações, de frases e de outras modalidades que fazem os editores se animarem. Veríssimo sempre vende bem. E agora está de volta com uma compilação da Objetiva na qual o editor Marcelo Dunlop promete reunir o melhor da produção do gaúcho nos últimos 50 anos, incluindo “pepitas raras”. 

Desencaixados e solitários

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Controle nasceu de uma encomenda para uma coletânea que envolvesse música e bandas específicas. A coletânea não saiu, mas Nanda, ou Maria Fernanda, tomou forma e o primeiro romance de Natalia Borges Polesso, felizmente, ganhou vida. Controle vem embalado por New Order e Joy Division em um texto cheio de referências afetivas para quem foi adolescente nos anos 1980 ou 1990.

“Ritmo louco” é o melhor livro de Zadie Smith

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Ritmo louco, o quinto romance da inglesa Zadie Smith, tem tudo para ser um livro de formação. A narradora, uma criança nas primeiras páginas e uma adulta um pouco perdida nas últimas, é o retrato de uma geração multicultural, nascida em um cenário marcado por desigualdades cada vez maiores e cujas certezas não estavam tão enraizadas quanto as de seus pais.

A sensibilidade aguçada de Gabriela Aguerre

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O quarto branco não é uma biografia, mas não se pode descolar a história de Glória da de Gabriela Aguerre. Muito da experiência da autora, sobretudo no que diz respeito ao deslocamento e à busca da identidade, está nesse primeiro romance, que é para ser lido em isolamento e com atenção especial para a delicadeza com a qual as palavras são organizadas. O quarto branco é um livro sobre os sentimentos, sobre como lidar com o que a vida apresenta quando não se tem os instrumentos para fazer de um limão uma limonada.

Nova edição de ‘Reinações de Narizinho’ discute racismo e machismo

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É interessante a solução encontrada por Marisa Lajolo e pela Companhia das Letras para lidar com o racismo incutido em Reinações de Narizinho. Ficou decidido que as personagens de Emília e Narizinho questionariam os termos polêmicos, mas também aqueles menos corriqueiros nos dias de hoje, além das palavras um pouco mais rebuscadas. A solução funciona muito bem nos dois últimos casos e é até divertida, mas nem sempre convence quando se trata do ranço racista do autor. É difícil justificar o injustificável, mas é melhor que se aponte os trechos e se fale sobre eles do que deixá-los soltos. É sempre bom lembrar, no Brasil de hoje e especialmente para as crianças, que racismo, preconceito e machismo existem, estão até na nossa literatura e não se pode fazer vista grossa para eles

A perversão de Kristen Roupenian, autora de ‘Cat person’

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De vez em quando, surgem fenômenos literários como Kristen Roupenian, que conseguem adiantamentos milionários por livros que ainda não escreveram e, ao final, compensam o burburinho com textos que são puro deleite. Cat person e outros contos é um desses casos. O nome da autora viralizou na internet em dezembro de 2017, quando a revista The New Yorker publicou o conto Cat person. Roupenian  contava a história de um encontro meio desastroso entre uma moça de 20 anos e um homem de 34.

Patricio Pron, literatura e passado: uma mescla latino-americana

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Convidado para falar na 4ª Bienal Brasil do Livro de da Leitura, Pron sobe ao palco do auditório Cora Coralina nesta sexta (24/08), às 19h, para a mesa O passado literário, ao lado do colombiano Juan Gabriel Vasquez. O impacto da história na literatura latino-americana é tema que aparece na obra dos dois autores e rende discussão com reflexos na produção contemporânea.

Ler antes de morrer e Nuvem literária: conheça as booktubers dos canais literários

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Isabella Lubrano e Juliana Cirqueira não tinham muita noção do que era possível fazer no YouTube até criarem um canal e começarem as postar vídeos com resenhas de livros. Aos poucos, as meninas viram o número de inscritos crescer para além dos três zeros. Foi uma surpresa. Ganhar fama como booktuber falando de livros em um país no qual se lê, em média, quatro livros ao ano, deixou Isabella e Juliana espantadas. Hoje, elas fazem sucesso com as resenhas, têm milhares de seguidores e, sobretudo, retorno das leituras propostas nos vídeos. As booktubers participam, nesta segunda (20/08) e nesta terça (21/08), de encontro com leitores no Espaço Z da 4ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura (BBLL).