celina_leao Crédito: Ed Alves/CB/D.A Press

Celina faz apelo a distritais para salvar autonomia política do DF

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Por Samanta Sallun – A governadora em exercício, Celina Leão (PP), esteve pessoalmente na Câmara Legislativa, ontem, no final da tarde, para uma reunião a portas fechadas com os deputados. Ela pediu que, neste momento, sejam deixadas de lado as divergências entre direita e esquerda. Apelou para a unidade da Casa, pois o que está em jogo agora é a autonomia política da capital federal. Segundo ela, é preciso Executivo e Legislativo unirem forças.

Orientação de Ibaneis é para manter calendário de entregas

O próprio governador Ibneis Rocha pediu a Celina para tocar o governo normalmente, mantendo os lançamentos de novas obras e entregas. Hoje ela dá o início aos trabalhos do projeto Drenar DF, para resolver os problemas de alagamento na Asa Norte. Amanhã lança a obra de passarela em Planaltina; e na sexta, o viaduto da ESAF.

Matemática da CPI garante controle à base governista

Foi construído um acordo entre os 24 deputados distritais para que a CPI do “terrorismo na Esplanada” seja aprovada por unanimidade. A condição foi ampliar de cinco para sete o número de membros da comissão, dando representatividade a todos os blocos partidários. Mas, desta forma, a maioria acaba sendo formada pela base governista. A expectativa agora é pela definição do presidente e do relator. Mesmo ficando nas mãos da oposição, os trabalhos e o resultado dependerão da anuência do restante.

Revisor de texto

O líder do governo Roberio Negreiros (PSD) passou a tarde ontem dando uma “revisada” no texto do requerimento da CPI. Amenizou algumas palavras como terrorismo.

Acertaram no que não viram…

O alvo do atos antidemocráticos era derrubar o presidente Lula. Mas quem acabou “derrubado” (pelo menos, por 90 dias)
foi o governador do DF, Ibaneis Rocha, que foi aliado de Bolsonaro no seguro turno.

Sniper político de Lula

O mesmo nome está à frente de duas providências tomadas, referentes ao cerne da administração pública do DF: o senador do Amapá, Randolfe Rodrigues (Rede). Ele assumiu o papel de sniper político de Lula e mirou no DF. Na primeira vez, deu uma mostra do poder de fogo ao apresentar, um pouco antes do Natal, projeto no Senado que acabava com o Fundo Constitucional da capital federal. Depois retirou.
Era apenas um recado para Ibaneis.

Agora deu o tiro fatal, ao apresentar junto ao STF o pedido de afastamento do governador do DF. E acertou.

Adversários contra afastamento do governador

Até políticos não aliados de Ibaneis se posicionaram contra o afastamento por ferir a autonomia política do DF. O senador Izalci Lucas (PSDB) e o ex-candidato a deputado federal Paulo Roque, desfiliado recentemente do Novo, se manifestaram de forma crítica à decisão do STF.

Reação partidária

Três partidos — incluindo o MDB — emitiram notas de apoio a Ibaneis. O Republicanos ressaltou o “histórico de homem democrático”. O MDB afirmou que a decisão “contraria a vontade da população do DF que reelegeu Ibaneis no primeiro turno”. O PSD, partido de um adversário na eleição, Paulo Octávio, afirmou que é uma interferência na administração do DF “por ferir a autonomia política de um ente federativo e o democrático direito de escolha da população”.

Dando a volta por cima

As autoridades federais têm distinguido as forças de segurança no DF. Por exemplo, a PCDF e seu Diretor Geral, delegado Robson Cândido, têm sido elogiados pela rápida resposta na formalização da prisão de centenas de envolvidos nos atos de vandalismo ocorridos na praça dos Três Poderes.

Interventor solicita ao GDF 2 mil refeições

Não bastassem os prejuízos causados pelo vandalismo na Esplanada, os cofres públicos ainda terão de arcar com a alimentação e também assistência de saúde dos presos envolvidos no episódio. O interventor do governo federal no secretaria de Segurança do DF, Ricardo Capelli, solicitou que o GDF providencie 2 mil refeições e atendimento médico para os presos, caso necessitem.

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