Emerson Revelado pelo Gama, o brasiliense Emerson Silva sonha com um gol no novo Mané. Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo

Um bate-papo com Emerson Silva, zagueiro-artilheiro brasiliense titular do Botafogo hoje, no Mané, contra o Cruzeiro

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O jogo entre Botafogo e Cruzeiro na noite desta quarta-feira, às 21h45, no Mané Garrincha, vai ser novamente especial para o zagueiro Emerson dos Santos da Silva. Aos 33 anos, o beque revelado pelo Gama entrará em campo pela segunda vez no novo Mané Garrincha. Em 2013, era titular do Coritiba no empate por 2 x 2 com o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro. De volta à arena, o jogador, que tem fama de artilheiro desde as categorias de base do alviverde, espera balançar a rede pela segunda vez com a camisa do Glorioso — agora na cidade natal. O primeiro saiu em 12 de maio, na vitória por 2 x 1 sobre o Juazeirense, na Bahia, pela Copa do Brasil.

No bate-papo a seguir com o blog, o jogador convocado em 2011 pelo técnico Mano Menezes para defender a Seleção Brasileira principal lamenta a situação do Gama, que enfrenta hoje o ABC-RN, no Bezerrão, pela segunda fase da Copa do Brasil, mas não está classificado para nenhuma das quatro divisões do Campeonato Brasileiro em 2016. E elogia o ex-zagueiro Ricardo Gomes, técnico do Botafogo e uma das fontes de inspiração do defensor brasiliense.

 

Qual é a sensação de jogar pela segunda vez em casa, no novo Mané?
É muito bom. Faz muito tempo que eu saí daqui de Brasília. É sempre bom voltar à cidade natal e jogar em um estádio como esse. A única vez foi naquele 2 x 2 contra o Flamengo, em 2013, pelo Coritiba. O estádio estava cheio, mas não vencemos nem marquei gol.

 

Você era reserva no Botafogo e agora começa a se firmar como titular…
É o sexto jogo consecutivo como titular. Futebol é momento e eu estou tendo o meu. São três jogos ao lado do Emerson e outros três do Renan Fonseca.

 

Você tem fama de zagueiro-artilheiro desde o Gama, mas no Botafogo fez só um…
Esse negócio de zagueiro-artilheiro começou no Gama, foi assim também no Avaí, no Coritiba… Eu cobro muito de mim. Sou o segundo maior artilheiro da história do Coritiba, atrás apenas do Pereira. E isso porque eu me machuquei e fiquei muito tempo sem jogar. No futebol moderno, muitos jogos são decididos por zagueiros. Hoje em dia, zagueiro que faz gol fica em evidência.

 

Foi assim que você chegou à Seleção Brasileira com o Mano Menezes…
Sim, e penso em voltar novamente, quem sabe…

 

O que tem aprendido com o Ricardo Gomes?
Muito. Principalmente, a não sofrer gol. Somos um dos times que menos sofreu gol na temporada. O Ricardo Gomes passou uma vida na Seleção Brasileira…

 

Você foi revelado pelo Gama, que hoje é um time fora de série. Dói saber disso?
Eu fui da base, sou cira do Gama. Como o time caiu, não tem divisão… É muito triste saber que o Gama está nessa situação. É preciso desenvolver um projeto, aparecer um investidor, voltar rapidamente para uma Série D, depois para a C…

 

E se sair um gol seu nesta quarta-feira no Mané…
A comemoração vai ser de braços abertos, do jeito que eu sempre faço desde o Gama. Eu sempre gostei de comemorar assim. Dá uma sensação de liberdade.