Vasco O centroavante vascaíno mal chegou e tem seis gols em sete jogos (0,85 de média). Foto: Leandro Amorim/Vasco O centroavante vascaíno mal chegou e tem seis gols em sete jogos (0,85 de média). Foto: Leandro Amorim/Vasco

Símbolo da reação do Vasco, Vegetti passa Gabigol e Pedro na artilharia

Publicado em Esporte

A competência (ou sorte) do Vasco para pinçar reforços úteis na América do Sul impressiona. Houve a época da descoberta de Darío Conca. O período da descoberta de Germán Cano. Agora, o início da era Pablo Vegetti com a camisa cruzmaltina. O centroavante argentino de 34 anos brilhou na goleada desta quinta-feira por 5 x 1 contra o Coritiba, em São Januário, pela 24ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O ramonismo vinha de 4 x 2 contra o Fluminense. Nove gols em seis dias. 

 

Vegetti fez dois gols. Acumula seis na competição em sete exibições na elite. A média é de 0,85. Estreou em 8 de junho. Embora tenha chegado atrasado na Série A, o atacante deixou para trás concorrentes badalados do arquirrival Flamengo na lista dos goleadores. Gabriel Barbosa e Pedro disputam a competição desde o início. Cada um tem cinco gols. As médias de Gabigol e de Pedro são, respectivamente, de 0,29 e 0.25. 

 

O encaixe do Vasco passa muito pela competência do técnico Ramón Díaz. Ninguém bate na mesa dentro da zona de rebaixamento e banca a permanência de um time na primeira divisão por acaso. A experiência e a sensibilidade dele para lidar com eles permitem enxergar um palmo à frente. O treinador conta com um auxiliar moderno. Escrevi sobre o filho dele, Emiliano Díaz, quando ambos assumiram a prancheta do Gigante da Colina. 

 

A nova comissão técnica deu ao Vasco o que não se via há muito tempo: intensidade. Essa evolução tem tudo a ver com os investimentos a toque de caixa na janela de transferências. Seis reforços entraram em campo nesta quinta-feira: Gary Medel, Bruno Praxedes, Paulinho, Payet, Rossi e Vegetti. O treinador também amenizou o peso sobre os meninos das divisões de base. Em vez de iniciar a partida, eles foram acessórios. 

 

Sacrificados e obrigados a queimar etapas sob o comando de técnicos anteriores, pratas da casa como Gabriel Pec e Marlon Gomes entraram em campo no segundo tempo e tramaram o quinto gol. Assistência de Marlon Gomes, de 19 anos, para Gabriel Pec, 22, no quinto gol da noite em um estádio pulsante no retorno da torcida a São Januário. 

 

O Vasco teve 54% de posse de bola contra o Coritiba. Sim, contra o lanterna do Brasileirão, mas é preciso saber o que fazer com a pelota nos pés. O segundo gol é interessante. São 40 segundos de trocas de passe envolvendo oito jogadores até a conclusão de Rossi.  

 

Em tempos de etarismo no mercado dos técnicos, é sempre bom lembrar. Ramón Díaz, 64, não é um profissional qualquer. Levou o River Plate ao título da Libertadores em 1996. Ganhou a extinta Supercopa dos Campeões no ano seguinte. Brindou o San Lorenzo com a conquista do Torneio Clausura do Campeonato Argentino em 2007. Em fevereiro, eliminou o Flamengo nas semifinais do Mundial de Clubes da Fifa à frente do Al-Hilal. Decidiu o título do torneio com o Real Madrid.

 

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