Gilvan de Souza Rueda: entre o projeto do Flamengo em 2018 e o do Chile para a Copa de 2022. Foto: Gilvan de Souza/Flamengo Reinaldo Rueda comemora gol do Flamengo

Reinaldo Rueda é o segundo técnico estrangeiro a concluir o Brasileirão na era dos pontos corridos

Publicado em Esporte

Independ(i)entemente do desfecho da final da Copa Sul-Americana, o técnico Reinaldo Rueda conquistou um título simbólico neste domingo: ele é o segundo técnico na era dos pontos corridos a chegar até a última rodada do Campeonato Brasileiro. Outros 11 tentaram e perderam o emprego antes do encerramento da competição. O colombiano assumiu o time rubro-negro na 21ª rodada diante do Atlético-GO. Apesar das turbulências — e até dos protestos de técnicos nacionais como Jair Ventura (Botafogo) e Vanderlei Luxemburgo (desempregado) —, classificou a equipe para a fase de grupos da Libertadores após a virada sobre o Vitória por 2 x 1. E ainda pode terminar o ano com título internacional.

Antes de Reinaldo Rueda, apenas o chileno Roberto Rojas havia conseguido chegar até a última rodada do Brasileirão no atual formato de disputa. O ex-goleiro assumiu o São Paulo interinamente na edição de 2003 após a saída de Oswaldo de Oliveira , foi ficando e levou o tricolor paulista ao terceiro lugar. No total, ele comandou a equipe em 40 jogos.

Na era dos pontos corridos, 13 gringos comandaram times da Série A. O uruguaio Diego Aguirre não conseguiu encerrar o Brasileirão à frente do Internacional em 2015 nem do Atlético-MG em 2016. Nas duas passagens, caiu após fracassos na Libertadores.

O também uruguaio Darío Pereyra teve passagens rápidas por Paysandu e Grêmio na edição de 2003. Durou pouco tempo nos dois clubes. O argentino Daniel Passarella era o técnico do Corinthians no início da campanha do título de 2005, mas perdeu o emprego após sofrer um goleada por 5 x 1 do São Paulo.

Jorge Fossatti trabalhou no Internacional em 2010. O uruguaio durou quatro rodadas. Na Série A de 2014, o Atlético Paranaense investiu no espanhol Miguel Ángel Portugal. A paciência da diretoria do Furacão durou cinco jogos. No mesmo ano, Ricardo Gareca, herói da classificação do Peru para a Copa de 2018, passou nove rodadas no Palmeiras.

O São Paulo contratou Juan Carlos Osorio em 2015. O colombiano responsável por levar o México para a Copa da Rússia liderou o São Paulo em 24 jogos na Série A e largou o time para assumir a seleção mexicana. Pouco tempo depois, Edgardo Bauza acertou com o São Paulo para o Brasileirão de 2016. Após 18 jogos, o argentino largou o emprego para assumir a Argentina, de Lionel Messi, nas Eliminatórias para a Copa de 2018.

O Cruzeiro trouxe o português Paulo Bento. O lusitano chegou com status de ter comandado Cristiano Ronaldo na Copa de 2014, mas a Raposa o mandou rapidamente para a forca. Ele não conseguiu completar um turno à frente do time celeste. Foram 16 jogos. Compatriota dele, Sergio Vieira liderou o América-MG durante nove rodadas e foi convidado a dar uma passadinha no RH.

Em 2017, dois treinadores estrangeiros trabalharam na Série A. Dejan Petkovic comandou o Vitória no início da competição. Reinaldo Rueda herdou o lugar de Zé Ricardo ao término do primeiro tempo e acaba de se tornar o segundo gringo a terminar o Brasileirão.