Lewa Lewa foi eleito o melhor da final e ganhou prêmio de craque do Mundial. Foto: Karim Jaafar/AFP Lewa foi eleito o melhor da final e ganhou prêmio de craque do Mundial. Foto: Karim Jaafar/AFP

Mundial de Clubes: Lewandowski ostenta mais um título que faltou a Boniek, o “Pelé” da Polônia

Publicado em Esporte

Aos 32 anos, Robert Lewandowski é viciado em um pecado capital: a gula. Nesta quinta, número 1 do mundo não balançou a rede, mas ajudou o Bayern de Munique a conquistar o sexto título em um mesmo. Ganhou dividia pelo alto com o goleiro Guzman e a bola sobrou para o francês Pavard viver dia de herói no triunfo por 1 x 0 sobre o Tigres do México. O lance é polêmico. A bola tocou na mão de Lewa, mas o Árbitro de Vídeo nada acusou.

Disputado em 2021, o Mundial de Clubes refere-se a 2020 devido à pandemia do novo coronavírus. Com isso, o Bayern de Munique ganhou seis títulos: Campeonato Alemão, Copa da Alemanha, Supercopa da Alemanha, Supercopa da Uefa, Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes da Fifa. Com isso, igualou o lendário Barcelona de 2009, de Pep Guardiola.

Lewandowski é o atual número 1 do mundo. Não o melhor jogador polonês da história. Há quase um consenso de que o aposentado Zbigniew Boniek é o cara do país do Leste Europeu. O meia-atacante acumulou cinco títulos com a camisa da Juventus. A Copa da Europa de 1984/1985, atualmente chamada de Champions League, é a principal delas.

Jogava ao lado de Paolo Rossi, Cabrini, Scirea, Marco Tardelli e Michel Platini no time de Giovanni Trapattoni. A Velha Senhora derrotou o Liverpool por 1 x 0 na Tragédia de Heysel, confronto entre torcedores que deixou 39 mortos e 600 feridos em Bruxelas, na Bélgica. Boniek sofreu o pênalti (vídeo abaixo) cobrado por Michel Platini, o herói do título.

 

 

Boniek poderia ter sido o cara da Juventus na final da Copa Intercontinental de 1985 contra o então campeão da Libertadores Argentinos Juniors, em Tóquio. No entanto, ele escolheu trocar o clube de Turim pela Roma. Era a aposta do clube da capital para substituir o brasileiro Paulo Roberto Falcão. A final da Copa dos Campeões naquele 29 de maior de 1985 foi praticamente a última do craque pela Juventus.

 

Boniek sofreu o pênalti que deu o título da Liga dos Campeões de 1985 à Juventus. A Velha Senhora também ganhou o Mundial contra o Argentinos Juniors, mas o craque polonês não defendia mais a Velha Senhora e havia se transferido para a Roma

 

Depois do jogo, ele teria doado a premiação do título às vítimas da Tragédia de Heysel. Em seguida, apresentou à seleção da Polônia e marcou o gol da classificação para a Copa do Mundo de 1986, no México. Foi dele o gol da vitória sobre a Albânia, por 1 x 0, em Tirana.

Enquanto Boniek virava ídolo da Roma, a Juventus derrotava o Argentinos Juniors por 4 x 2 nos pênaltis após empate por 2 x 2 no tempo normal. Platini e Laudrup marcaram para a Velha Senhora. Ereros e Castro descontaram para o clube argentino.

Lewandowski arrematou o Fifa The Best e o mais tradicional dos prêmios individuais — a Bola de Ouro da revistra France Football. Boniek amargou o bronze na edição de 1982. Conseguiu 39 pontos entre os jurados. Ficou atrás do atacante italiano Paolo Rossi (115 pontos), artilheiro da Copa de 1982, e do francês Alain Giresse (64).

Boniek era um dos caras da Juventus e o craque da Polônia numa época em que tinha fortes concorrentes. Destacou-se ao lado de Lato, Deyna, Zmuda, Szarmach. Participou do quinto lugar na Copa de 1978, do terceiro em 1982 e do 14º na edição de 1986. Fez 24 gols em 80 jogos pela Polônia. Porém, não teve a honra de, como Lewandowski, celebrar o título de campeão mundial.

 

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