Luis Suárez Luis Suárez comemora o primeiro gol do Grêmio contra o Inter: Foto: Lucas Uebel/Grêmio Luis Suárez comemora o primeiro gol do Grêmio contra o Inter: Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Gre-Nal 439 marca a diferença entre quem contratou Luis Suárez e apostou em Luiz Adriano

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O triunfo tricolor por 3 x 1 no Gre-Nal 439 deste domingo pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro marca a diferença entre um clube protagonista da contratação de Luis Suárez e outro responsável pela aquisição de Luiz Adriano. Há um abismo entre os dois centroavantes e os dois lances decisivos da partida deixaram isso claro no gramado da Arena, em Porto Alegre.

 

O Grêmio queria um fora de série para comandar o ataque. Juntou moedas, acumulou o rico dinheirinho e deu tiro certo no pistoleiro Luis Suárez. O centroavante se garante. Desembarcou na capital gaúcha avisando: “Eu sempre fiz gol em clássicos”. A maior rivalidade do Rio Grande do Sul e do Brasil não ficaria sem uma exibição de gala dele. Aconteceu neste domingo.

 

Que golaço de Luis Suárez na abertura do placar. Digno de aplausos até mesmo de países que não costumam dar bola para as partidas do Campeonato Brasileiro. A repercussão foi além das fronteiras do país. Chegou na Europa, espalhou-se pelos países onde o centroavante jogou e foi artilheiro: Holanda, Inglaterra e Espanha. Prova da relevância inquestionável de um dos melhores atacantes do mundo com as camisas de clubes e da seleção celeste.

 

Luis Suárez fez gol e deu assistência. Aos 36 anos, puxou contra-ataque com a velocidade de um menino da base ansioso para mostrar serviço. O passe milimétrico para Bitello é magistral. Àquela altura, o Grêmio tinha 10 jogadores depois da expulsão do zagueiro Kannemann. Suárez se posicionou em campo com a inteligência em falta na maioria dos colegas de posição dele e ludibriou o sistema defensivo do Internacional. Em vez de flecha, assumiu o papel de arco.

 

Enquanto isso, do outro lado havia Luiz Adriano. O Internacional cometeu o erro de contratá-lo com o coração — e não a razão. A cria colorada não conseguiu se firmar no Palmeiras de Abel Ferreira. O time alviverde já tinha um elenco forte e competitivo. Não permaneceu na Academia. Por que raios, então, ele assumiria o protagonismo retornando ao clube colorado?

 

O xará de Suárez tem um gol e duas assistências na temporada. O desempenho é muito abaixo da expectativa. Luiz Adriano tem Alexandre Alemão como sombra. Foi substituído pelo concorrente. Por sinal, alteração recorrente nesta temporada.

 

O Gre-Nal 439 marcou a diferença entre os dois clubes no mercado. Enquanto Mano Menezes pode “morrer” abraçado com Luiz Adriano no Internacional, o outro Luis, o Suárez, deu sobrevida a Renato Gaúcho. O astro oxigenou a sequência do treinador no cargo. A qualidade do uruguaio é tamanha que o treinador nem se atreve a aconselhá-lo a ver DVD dos gols do chefe. Luiz Adriano, sim, precisa. Muito. Afinal, a paciência da torcida colorada também tem limite. O Internacional precisa de um centroavante à altura da tradição centenária do clube.

 

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