Mano Mano Menezes brinda o Inter com a melhor campanha na era dos pontos corridos. Foto: Ricardo Duarte/Inter Mano Menezes brinda o Inter com a melhor campanha na era dos pontos corridos. Foto: Ricardo Duarte/Inter

Êxito de Mano Menezes no Inter pode reposicioná-lo como zebra na corrida pela sucessão de Tite

Publicado em Esporte

Mano Menezes nunca foi a primeira opção para assumir a Seleção Brasileira. Basta lembrar como chegou ao cargo depois da Copa de 2010. Muricy Ramalho era o nome preferido de Ricardo Teixeira, mas disse não ao presidente da CBF. Plano B, Mano topou o desafio de iniciar o trabalho de renovação depois da eliminação contra a Holanda no fim da primeira Era Dunga.

 

O trabalho iniciado na gestão de Ricardo Teixeira, que tinha como um dos vices o atual chefe da entidade, Ednaldo Rodrigues, foi interrompido pela dupla José Maria Marin e Marco Polo Del Nero. Ambos demitiram Mano Menezes depois do título no Superclássico das Américas contra a Argentina no Estádio La Bombonera, em Buenos Aires, justamente no momento em que o técnico gaúcho começa a encontrar o time para a Copa de 2014. A solução foi substituí-lo pela dupla Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira. O restante da história você sabe bem…

 

Prestes a levar o Internacional ao vice no Campeonato Brasileiro com a melhor campanha do clube na era dos pontos corridos, Mano Menezes está longe de ser a primeira opção à sucessão de Tite. A preferência é pela contratação de um técnico estrangeiro. Os sonhos de consumo mais elevados colocam Pep Guardiola na mira. Jorge Jesus e Abel Ferreira são mais acessíveis.

 

Ex-técnico da Seleção, Mano vê favoritos de outrora como Cuca e Renato Gaúcho em baixa no Atlético-MG e no Grêmio, respectivamente. Dorival Júnior ganhou força depois de conduzir o Flamengo a dois títulos em quatro meses — a Copa do Brasil e a Libertadores.

 

Derrotado por Mano na noite desta terça-feira na vitória do Internacional contra o São Paulo, Rogério Ceni teve bons momentos nesta temporada e perdeu fôlego na reta final da temporada. Fernando Diniz encanta pelo futebol — e desencanta devido ao currículo carente de conquistas.

 

Não defendo a devolução da prancheta verde-amarela ao Mano, mas a campanha no Internacional ressuscita o nome do treinador entre os cartolas e outros nomes influentes em ação dentro e fora da CBF. Enquanto isso, Mano trabalha como quem não quer nada. Apesar do fracasso retumbante na Copa Sul-Americana, terminar a Série A atrás do Palmeiras e na frente de Flamengo e Atlético-MG massageia a vaidade de quem aprendeu a se comportar como zebra e não fica constrangido desde 2010 de ser o Plano B, C, D…

 

“Eu acho que o lastro que dá ao técnico uma segurança boa para ele conduzir um trabalho difícil, que é à frente da Seleção Brasileira, são conquistas recentes. Porque o técnico também tem momentos e você estar com conquistas recentes aumenta muito a sua confiança e aumenta a confiança que as pessoas têm em você. Eu penso que tem profissionais com conquistas mais recentes que merecem esse convite na minha frente”, disse Mano Menezes recentemente em uma participação no programa Bem, Amigos!, de Galvão Bueno.

 

Em seguia, apontou colegas mais visados neste momento. “O Cuca teve conquistas mais recentes, o Abel (Ferreira) tem conquistas mais recentes, se é que vão optar por um técnico de fora. Dorival (Júnior) foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil, eu acho que deve receber o convite”, opinou o treinador colorado.

 

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