tricolores De Xerém ao Ninho: Pedro é um dos vira casacas. Fotos: Lucas Merçon e Alexandre Vidal/Fluminense e Flamengo De Xerém ao Ninho do Urubu: Pedro é um dos vira casacas. Fotos: Lucas Merçon e Alexandre Vidal/Fluminense e Flamengo

Eu sei onde você jogou no verão passado: os vira-casacas do Fla-Flu 448

Publicado em Esporte

O Fla-Flu deste domingo, no Maracanã, pela penúltima rodada da Taça Guanabara, a primeira fase do Campeonato Carioca, é marcado pela coleção de vira-casacas. Pratas da casa do lado rubro-negro da força hoje vestem tricolor. Joias de Xerém agora trabalham no Ninho do Urubu. 

 

Felipe Melo começou no Volta Redonda, passou pela base do Flamengo e virou profissional em 2001. Participou das conquistas do tri no Carioca e da inédita Copa dos Campeões. No Brasileiro, fez gol decisivo contra o Internacional e ajudou o time a deixar a zona do rebaixamento para a Série B a três rodadas do fim do campeonato. 

 

Quando morava na Europa, Felipe Melo usava o “manto” para ver jogos. Nas férias, chegou a ir ao Maracanã com a camisa do clube ao lado do pai tricolor para  assistir ao Clássico dos Milhões na torcida pelo Flamengo. A construção do Ninho do Urubu, o centro de treinamento do clube, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio, tem investimento dele. O zagueiro comprou 10 tijolos a R$ 250 à época para contribuir. Em 2021, trocou o Palmeiras pelo Fluminense para realizar o sonho do pai de vê-lo nas Laranjeiras.

 

Renato Augusto é outra cria do Flamengo. Era titular no bi rubro-negro na Copa do Brasil, em 2006, contra o Vasco. Virou protagonista nas conquistas do Carioca em 2007 e em 2008, ambos contra o Botafogo, antes de partir rumo à Europa e não voltar mais à Gávea. Identificado com o Corinthians, retornou ao futebol carioca para realizar o desejo de aprender com o técnico Fernando Diniz numa espécie de transição para a carreira de treinador de futebol. A relação com o Fluminense vem de antes da formação na base do Flamengo. Jogou futsal no clube tricolor.

 

Craque o Flamengo faz em casa, mas a gestão de Rodolfo Landim tem uma certa obsessão por contratar meninos de Xerém. O primeiro deles a desembarcar no Ninho do Urubu foi Gerson. O meia estava na Fiorentina da Itália antes de retornar ao Rio de Janeiro e virar um dos ícones do timaço comandado por Jorge Jesus nos títulos da Libertadores, Brasileirão, Supercopa do Brasil, Taça Guanabara, Carioca e na Recopa Sul-Americana. Saiu para o Olympique de Marselha da França e retornou ao Flamengo. 

 

O centroavante Pedro é outro diamante formado em Xerém. Vendido à Fiorentina, topou a oferta do Flamengo em 2020 e empilha títulos no time rubro-negro. Foi protagonista no tricampeonato da Libertadores. Artilheiro na campanha com 12 gols e eleito Rei da América — o melhor do continente na temporada de 2022. 

 

Ayrton Lucas também tem raízes tricolores, mas virou uma das peças-chave do Flamengo ao herdar a lateral esquerda de Felipe Luís. Viveu grande fase sob a batuta dos técnicos Dorival Júnior e Vítor Pereira e inicia a temporada titular com Tite. A contratação do uruguaio Viña desafia o lateral a elevar o nível na disputa pela posição.

 

Gerson, Pedro e Ayrton Lucas foram acertos do Flamengo, mas o clube também cometeu erros no mercado. Kenedy chegou por empréstimo do Chelsea, não se firmou no Flamengo e retornou rapidamente ao futebol europeu.

 

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