Ricardo Antonio Ricardo Antônio herdou de Adelson a chance de ser o primeiro técnico tricampeão candango no século Ricardo Antônio herdou de Adelson de Almeida a chance de ser o primeiro técnico tricampeão candango no século

Brasiliense insiste em pagar por erros da diretoria, mas ainda pode ver novo técnico fazer história

Publicado em Esporte

Anunciado como novo técnico do Brasiliense, Ricardo Antônio herdou de Adelson de Almeida a oportunidade de se tornar o primeiro técnico tricampeão do Campeonato Candango no século. A contar de 2001, ninguém conseguiu o feito. Adelson era a bola da vez, mas a saída conturbada impediu depois da derrota por 1 x 0 contra o Paracatu na partida de ida pela semifinal.

Ricardo Antônio tem no currículo os títulos de 2014 e de 2016, ambos à frente do Luziânia. Adelson também coleciona dois, um em 2010 e outro em 2012. Portanto, Ricardo Antônio tirou sorte grande. Tem a chance de fazer história. Basta passar pelo Paracatu no domingo e conquistar o título na sequência contra o arquirrival Gama ou o Real.

Curiosidades à parte sobre a troca de comando no Brasiliense, tenho uma opinião sobre o que acontece nas bandas do clube de maior ivestimento do Distrito Federal. Não adianta trocar técnico, nadar no dinheiro e contratar quem quiser se a gestão é amadora. Trocar técnico é prática comum no clube desde 1º de agosto de 2000, ou seja, quando o clube foi fundado. O problema pode estar na diretoria.

É impressionante a vocação do clube para patrocinar contratações erradas de técnicos, jogadores e dirigentes. Ou ninguém conhecia o estilo de trabalho, a personalidade, o temperamento, o jeito de ser do bom técnico Adelson de Almeida ao fechar com ele? Os dirigentes amadores, mas empoderados, escolhem errado o que tem tudo para dar errado — dá errado —, mas o ciclo se repete: o cheque do dono continua em branco nas mãos de quem tem todo o direito de continuar falhando.

Foi assim, por exemplo, no ano passado. O rico Brasiliense investiu em Aílton Ferraz e perdeu o título candango para o pobre Sobradinho, cujo técnico, Victor Santana, era estreante na profissão. Tem sido assim na lista de vexames na Série D do Campeonato Brasileiro. Culpa do técnico, de times veteranos, mas principalmente da péssima engenharia na montagem do elenco. Escrevi sobre isso no início da temporada ao mostrar o segredo do sucesso dos times que subiram recentemente da Série D para a C do Campeonato Brasileiro. E aí, repito, a questão vai muito além do elenco e dos treinadores. É problema de gestão, das péssimas tomadas de decisão na cúpula amarela.

A coleção de erros retarda o sucesso do Brasiliense. O investimento é desproporcional à série de fracassos do clube. Obviamente, isso não é culpa apenas dos técnicos e jogadores triturados, mas da falta de profissionalismo, amadorismo e até mesmo incompetência de quem recebe carta branca para tomar uma decisão equivocada atrás da outra.

 

MEMÓRIA DO BLOG

Técnicos campeões do Candangão no século: Ricardo Antônio pode ser o primeiro tri

2001: Sérgio Alexandre (Gama)
2002: Reinaldo Gueldini (CFZ)
2003: Cristiano Baggio (Gama)
2004: Mauro Fernandes (Brasiliense)
2005: Valdir Espinosa (Brasiliense)
2006: Lula Pereira (Brasiliense)
2007: Roberto Fernandes (Brasiliense)
2008: Gerson Andreotti (Brasiliense)
2009: Roberval Davino (Brasiliense)
2010: Adelson de Almeida (Ceilândia)
2011: Marcos Soares (Brasiliense)
2012: Adelson de Almeida (Ceilândia)
2013: Marcio Fernandes (Brasiliense)
2014: Ricardo Antônio (Luziânia)
2015: Gilson Granzotto (Gama)
2016: Ricardo Antônio  (Luziânia)
2017: Rafael Toledo (Brasiliense)
2018: Victor Santana (Sobradinho)

 

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