Taffarel Na primeira Copa, Alisson repete o que fez o estreante Taffarel em 1990. Foto: Pedro Martins/Mowa Press Na primeira Copa, Alisson repete o que fez o estreante Taffarel em 1990.

Alisson iguala estreia do mestre Taffarel na Copa e fecha fase de grupos com apenas um gol sofrido

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Alisson mostrou na fase de grupos da Copa do Mundo que tem sido um bom aluno do preparador de goleiros Taffarel. O discípulo fez o dever de casa tão bem que igualou o mestre. Em 1990, Taffarel estreou na Copa do Mundo sofrendo apenas um gol na primeira etapa do torneio. Só dois goleiros ãvançaram invictor: Gilmar, goleiro do primeiro título (1958), e Emerson Leão (1978).

Aqui na Rússia, o camisa 1 de Tite só foi vazado na estreia contra a Suíça. Além do empurrão de Zuber no zagueiro Miranda, houve erro de posicionamento no lance que impediu Alisson de encerrar a primeira fase invicto. Só Muslera, do Uruguai, conseguiu esse feito.

Taffarel sofreu apenas um gol na primeira fase em 1990, na Itália, e na campanha do tetra, em 1994. Na primeira participação em Copas, buscou a bola na própria rede na estreia contra a Suécia. Depois disso, fechou a meta nas vitórias sobre Costa Rica e Escócia. Nos Estados Unidos, em 1994, apenas a Suécia balançou a rede dele no terceiro jogo, um empate por 1 x 1, em Detroit.

  • Sofreram apenas 1 gol na fase de grupos
    1954: Castilho
    1962: Gilmar
    1978: Emerson Leão
    1986: Carlos
    1990: Taffarel
    1994: Taffarel
    2006: Dida
    2018: Alisson

Depois da era Taffarel, só Dida conseguiu encerrar a primeira fase com apenas um gol sofrido. Foi em 2006, na Alemanha, sob o comando de um técnico que, assim como Tite, dá atenção especial à defesa. Com Carlos Alberto Parreira, Dida só sofreu gol do Japão na primeira fase. Derrotadas, Croácia e Austrália não conseguiram.

No contato com a imprensa depois da vitória por 2 x 0 sobre a Sérvia, Alisson brincou com os jornalistas ao analisar o desempenho na última rodada da fase de grupos. “Até suei um pouco. Nos outros dois jogos, tivemos mais o controle da posse de bola. A gente sabia que seria assim. Analisamos as seleções do grupo e sabíamos que a Sérvia daria trabalho. Tem qualidade no meio de campo e um atacante muito forte, o Mitrovic, que traz dificuldade para os zagueiros. Mas o Thiago Silva e o Miranda foram monstros. A equipe trabalhou bem e deu poucas chances”.

Anjos da guarda de Alisson, Thiago Silva e Miranda também igualaram feitos de zagueiros históricos da Seleção. Em 1994, Aldair e Márcio Santos também terminaram a fase de grupos com um gol sofrido. Lúcio e Juan conseguiram o mesmo em 2006. Na edição de 1990, Sebastião Lazaroni usava três beques — Ricardo Gomes, Mauro Galvão e Mozer. No decorrer do torneio, entrou Ricardo Rocha. O trio sofreu só um gol.