Tag: PT
União resiste a Lula e Bivar muda de ideia a cada seis horas
O presidente do União Brasil e pré-candidato a presidente da República, Luciano Bivar, “muda de ideia a cada seis horas” sobre se mantém a candidatura presidencial ou desiste, confiando no aceno do ex-presidente Lula de que terá apoio para presidir a Câmara dos Deputados no ano que vem. Seus aliados dizem em conversas reservadas que “a conversa entre Bivar e Lula foi pessoal”, sem consulta ao partido. E mais: Que Lula está “vendendo terreno na lua”. Logo à primeira vista, é preciso ter em mente que a Presidência da Câmara é algo que depende da nova configuração de forças no Congresso, que só será conhecida em outubro. Em segundo lugar, os integrantes do União Brasil acreditam que o PT, que projeta a eleição de uma bancada expressiva, jamais apoiará um candidato do União Brasil para comandar o Parlamento.
Nos palanques estaduais, a relação entre os dois partidos também não está fácil. No maior colégio eleitoral do país, por exemplo, o União Brasil vai apoiar o governador-candidato Rodrigo Garcia, um dos principais adversários do candidato do PT, Fernando Haddad. No Rio de Janeiro, uma das estrelas do União é Danielle Cunha, filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que não dialoga com o PT. Metade do União hoje está mais para Bolsonaro do que para o PT, por isso, a avaliação de muitos é a de que um apoio a Lula não passaria na convenção. Para completar, deixar de ter candidato a presidente tiraria a nova legenda da vitrine, necessária para se colocar perante a sociedade. Da parte de Lula, porém, quanto menos candidato ao Planalto melhor para que ele possa cumprir o sonho de, pela primeira vez, o PT obter uma vitória presidencial no primeiro turno. Por isso, a conversa de Lula com Bivar e Janones, o candidato a presidente da República do Avante.
A convenção do União Brasil está marcada para 5 de agosto e, até lá, as especulações devem continuar. Aliados de Bivar acreditam que essa conversa com Lula deu ao deputado e presidente do União Brasil a oportunidade de se tornar mais conhecido por alguns eleitores. A aposta desses aliados é a de que, até a semana que vem, Bivar deverá continuar mudando de ideia a cada seis horas.
O apoio do PSD de Gilberto Kassab à candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) enfraqueceu os argumentos para que o ex-governador Márcio França mantivesse a sua peça no tabuleiro para o governo de São Paulo. Por isso, ao ser informado ja na semana passada que corria o risco de ficar isolado e dividir os partidos de esquerda e de centro=esquerda, ele fechou o apoio ao petista Fernando Haddad para o governo paulista. Agora, será candidato ao Senado. “Todos temos que fazer a nossa parte. Lá atrás, me comprometi que quem tivesse melhor nas pesquisas, seria o candidato. Haddad criou mais condições. Aqui, vocês sabem, tem palavra”, diz Márcio, num vídeo enviado a seus apoiadores para explicar a desistência da disputa ao Palácio dos Bandeirantes. “O mais importante é garantir a democracia”, diz ele.
Além da candidatura de França ao Senado, o PSB pretende ainda colocar o ex-prefeito de Campinas, Jonas Donizete, como candidato a vice na chapa de Fernando Haddad, o que deixa o Psol de Guilherme Boulos em segundo plano. Boulos será candidato a deputado federal, para puxar bancada de seu partido, mas planejava apresentar Juliano Medeiros, presidente do partido, como candidato a vice de Haddad. Aliás, o Psol já decidiu ainda que não apoiará França ao Senado e lançará o seu candidato. A turma de Guilherme Boulos avalia que o PSB é menor do que o PSol em São Paulo, portanto há mais condições de ter sucesso numa campanha ao Senado. Em relação à vice-governadoria, Donizete é visto como alguém que tem maior densidade eleitoral do que um nomeado Psol.
Pesquisa Datafolha pode servir como embalo para acordos para o PT
A pesquisa Datafolha que aponta uma vantagem de 21 pontos para Lula e o desenho de um cenário em que, pela primeira vez, o PT pode vencer uma eleição no primeiro turno, servirá de ferramenta para a busca de acordos nos estados. Inclusive em São Paulo.
Nem tanto
O pré-candidato do PSB a governador Márcio França, um exímio leitor de pesquisas, considera que pode ajudar a consolidar um quadro de primeiro turno, caso seja o candidato.
Curtidas
Arruda, a volta/ A decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, de reconhecer a competência da Justiça Eleitoral para julgar os processos contra o ex-governador José Roberto Arruda balança os acordos políticos no DF. Até o fim de julho, quando começam as convenções para a escolha de candidatos, todos vão trabalhar com um olho na pré-campanha e outro na Justiça Eleitoral. Os aliados do ex-governador têm esperanças de que ele possa concorrer às eleições deste ano.
Usa aí, vai/ O deputado Daniel Silveira, do PTB-RJ, foi aconselhado por advogados amigos a usar a tornozeleira eletrônica, a fim de evitar novas multas. Até aqui, já são mais de R$ 600 mil, e ele não tem recursos para pagar. Nesse ritmo, em vez de vaquinha para financiar a campanha, terá de buscar recursos entre os apoiadores para pagar as dívidas com a Justiça.
O perigo para ACM Neto/ O ex-prefeito de Salvador ACM Neto fará tudo o que estiver ao seu alcance para deixar a sucessão presidencial fora da Bahia. Só tem um probleminha: os petistas contam com Lula para alavancar o candidato do partido, Jerônimo Rodrigues. E Jair Bolsonaro, hoje, tem o deputado João Roma (PL), seu ex-ministro da Cidadania, como candidato a governador.
Assim, vai ficar aqui/ Conhecido, também, pelos quitutes mineiros que sempre leva para a Câmara às quartas-feiras, o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) animou a tarde de votações, esta semana, ao levar quibes e linguiça para o cafezinho do plenário. À mesa, um deputado comentou baixinho: “Os lanches do Fabinho vão fazer com que ele não ganhe a disputa para ministro do Tribunal de Contas da União. A turma não vai querer que ele saia da Câmara”.
Jogada de risco
Pressão por reajustes, o maior desafio
Mais um tijolinho
A dupla missão do general
Conservadores divididos em Goiás
O PT vai deixar a polêmica em torno do candidato à vice-presidência na geladeira, nesta largada de 2022. A ordem é tratar, primeiramente, das conversas estaduais e, nesse contexto, a federação de partidos. Em princípio, o PT não assumirá qualquer compromisso com candidato a vice antes de verificar qual o jogo que melhor lhe convém. E o fato de liderar todas as pesquisas de intenção de voto dá ao partido de Lula o “mando de campo” nas conversas — e o PT não abrirá mão de exercer esse privilégio.
Quanto à federação de partidos, a tendência é de que o desfecho fique para abril ou maio, depois da janela para troca de legenda, que se abrirá em março. Cada agremiação quer ter fechado seu real tamanho para, depois, tratar da federação. É que a obrigatoriedade de manter o “casamento” por quatro anos e o receio de terminar “engolido” pelo PT levam o PSB, por exemplo, a pensar duas vezes antes de tomar qualquer decisão.
Última chamada
A declaração do presidente do PSD, Gilberto Kassab, sobre buscar outro nome para concorrer ao governo de São Paulo que não Geraldo Alckmin é, na verdade, um aviso. Se o ex-tucano demorar muito para definir seu destino, a cadeira de candidato a governador estará ocupada. E, diante da intenção do PT de só discutir o vice de Lula mais para frente, o risco de Alckmin ficar a ver navios é grande.
Nublado, sujeito a chuvas
A contar pelas projeções que o secretário de Fazenda do governo de São Paulo, Henrique Meirelles, tem feito em encontros com políticos, as probabilidades para 2022, “na melhor das hipóteses”, indicam crescimento zero. Isso porque, com as taxas de juros nas alturas e o jeitinho para o descumprimento do teto de gastos, a percepção do mercado é de descontrole fiscal.
Sarney reforça o coro…
Em seu artigo que abre a temporada de 2022, o ex-presidente José Sarney menciona as vítimas da covid-19 no Brasil em 2021 e diz que “muitos poderiam ter sido salvos se tivéssemos mantido a tradição brasileira de vacinação expedita, como tantas campanhas bem-sucedidas que fizemos no passado quebrando recordes”.
… por obrigatoriedade da vacinação infantil
E diz Sarney: não há nada de inconstitucional em obrigar a vacinação infantil. “Ser obrigatória não é contra os direitos constitucionais, mas resultado deles, pois a vacinação não é um processo individual, mas um instrumento coletivo em defesa do mais básico dos direitos, o direito à vida”, diz o ex-presidente.
Curtidas
A cobrança de Sarney/ O desejo de ano novo do ex-presidente José Sarney, colocado em seu primeiro artigo de 2022, é a transformação política: “Já de garganta seca insisto que é preciso corrigir alguns pontos da Constituição para fazê-la ‘instrumento de um país moderno, em que o Legislativo legisle, o governo governe e o Judiciário controle’, como escrevi numa virada de ano há um quarto de século”.
Pregação no deserto I/ Há 25 anos, Sarney se referia às “mazelas orçamentárias, à dispersão legislativa, às agruras do Judiciário, com cada Poder a sofrer percalços e interferências dos outros”.
Pregação no deserto II/ Se até agora a reforma do Estado defendida por Sarney ficou na gaveta, não será no ano eleitoral que irá caminhar. Os deputados este ano querem é liberar emendas e mostrar serviço direto ao eleitor. Mas reformas, como a que deseja Sarney, só em 2023.
Eles vão separados/ A mensagem de feliz ano-novo do diretório estadual do PT paulista no Twitter traz uma foto do ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad. Justamente para deixar claro que o partido não abre mão de concorrer ao governo de São Paulo. O PSB de Márcio França já se conformou e sabe que terá Haddad como adversário.
Com todos os processos de volta à estaca zero, a maratona de conversas do ex-presidente Lula em Brasília foi com ares de candidato e já discutindo cenários e possíveis alianças nos estados. Quem esteve com ele _- e foram muitos dos mais diversos partidos __ saiu com o sentimento de que, embora ainda não tenha dito com todas as letras que irá concorrer, o ânimo do ex-presidente é idêntico ao de 2002, quando foi candidato e venceu a eleição. A prioridade, no momento, é trabalhar o “triângulo dos votos”, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Desses três, o Rio de Janeiro é o que está mais encaminhado. É praticamente certo que o PT apoiará Marcelo Freixo, do PSol, com Alessandro Molon (PSB) ao Senado. Mas Lula olha com carinho para Minas Gerais, onde fez acenos para o apoio ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), a grande aposta para concorrer ao governo estadual contra Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição. É a tentativa de atrair o PSD de Gilberto Kassab para uma aliança, porém, Kassab, já disse com todas as letras que seu partido lançará candidato.
Um estado no qual o PT terá dificuldades em ceder a cabeça de chapa é São Paulo. Ali, o trabalho será para fazer de Guilherme Boulos, do Psol, candidato a vice numa chapa encabeçada pelo ex-prefeito Fernando Haddad. Afinal, o PT paulista nunca abriu mão de São Paulo, barco do partido, e não planeja fazer isso agora. Afinal, o estado de maior PIB e uma jóia da coroa que todos almejam.
Quanto ao MDB, a expectativa dos petistas é a de que o partido vai se dividir em três. Um grupo __ do qual fazem parte os senadores Eduardo Gomes e Fernando Bezerra Coelho, hoje lideres do governo __ ficará com Jair Bolsonaro. Outro, formado por Jader Barbalho e Renan Calheiros, ficará com Lula. E tem um segmento, como o da senadora Simone Tebet (MS), que espera uma alternativa capaz de quebrar essa polarização entre o governo e o PT.
Embora tratada como por sua assessoria como uma agenda privada, a visita do ex-presidente Lula a Brasília movimentará o meio diplomático. O ex-presidente tem encontro marcado esta semana com diplomatas de, pelo menos, três países, Rússia, Alemanha e Argentina. Esses encontros são tratados como “visitas privadas”, mas a expectativa de deputados do PT e a de que o ex-presidente converse sobre o combate à pandemia, o cenário político do continente Sul americano e, de quebra, dê ainda aos diplomatas explicações sobre sua volta à ativa, depois da anulação suas condenações pelo Supremo Tribunal Federal.
Esses encontros são apenas um parte da agenda privada em Brasília. Lula tem ainda almoço marcado com o ex-presidente José Sarney, e há expectativa de uma conversa com o relator da CPI, Renan Calheiros. conforme adiantou a coluna Brasília-DF dia desses. Porém, esse encontro com Renan vem sendo desaconselhado por alguns petistas para não dar margem a versões de que Lula deseja influir na CPI da Covid, uma vez que Renan é o relator. Alguns petistas, por, garante que os dois vão se reunir. Lula chega à cidade esta tarde, junto com o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, e segue direto para o hotel onde ficará hospedado.
Centrão rachou, Lula quer Alexandre Kalil para vice na chapa petista
Coluna Brasília/DF de 18 de março de 2021
Diante da queda na avaliação da gestão do presidente Jair Bolsonaro e da alta da covid, dos juros e dos preços, deputados do grupamento que hoje sustentam o governo no Congresso adotam um certo distanciamento. Não é pequena a quantidade de parlamentares que, embora publicamente se coloque como base aliada, diga, em conversas reservadas, que só está ao lado de Bolsonaro por causa das emendas, necessárias para atendimento dos prefeitos ávidos por recursos orçamentários.
Esse cenário levou o PT de Lula a buscar os partidos de centro. O primeiro movimento foi procurar o PSD, presidido por Gilberto Kassab. O sonho do petista, hoje, é ter o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, como seu candidato a vice. A ideia é repetir a fórmula da campanha vitoriosa de 2002, quando Lula fez chapa com o então senador José Alencar, de Minas Gerais. Kalil, bem colocado para o governo do estado, não pensa nessa hipótese. O leque de 2022 ainda terá muitos ensaios.
Huck 2026
Diante da confusão na política, o apresentador Luciano Huck recolheu os flaps. A ida para o domingo, no lugar de Faustão, e a posição da família pesam a favor do adiamento do projeto de concorrer à Presidência da República.
Administrativa aponta para mais desgaste
A insistência do governo em dar prioridade à reforma administrativa na Câmara não é consenso na base aliada. A aposta é de que, quando o texto que Jair Bolsonaro entregou ao Congresso estiver em discussão, o governo viverá uma profusão de carreatas, como a dos policiais, nesta semana.
Música para o Centrão
Diante das dificuldades e da queda de popularidade, o governo faz um pente-fino nos cargos disponíveis para oferecer aos aliados. Vem aí uma nova temporada para ficar de olho na Seção 2 do Diário Oficial da União.
Agora só falta você
Na base aliada, a toada, hoje, para levantar a popularidade é de que o presidente Jair Bolsonaro precisa admitir a necessidade de maior distanciamento social nas cidades em que o sistema de saúde esteja no limite. Afinal, foram mais de 5 mil mortes em dois dias. Bolsonaro ainda não se convenceu. A live desta quinta-feira é vista como um termômetro.
CURTIDAS
O teste de Bia I/ É bom a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara, Bia Kicis (PSL-DF), se preparar. O bate-boca entre os deputados Paulo Teixeira (PT-SP), que chamava Jair Bolsonaro de “genocida”, e Alexandre Jordy (PSL-RJ), que tachava o petista de “vagabundo” e “cúmplice de ladrão”, foi só o começo. Ontem, ela descobriu onde fica a campainha, para pedir atenção dos colegas.
O teste de Bia II/ As apostas são de que o debate da reforma administrativa, a partir da próxima semana, fará subir ainda mais a temperatura das discussões entre os extremos.
Energia em debate/ Instalada a Frente Parlamentar de Energia Renovável na Câmara, o governo já convidou seu presidente, Danilo Forte, a integrar a comitiva que irá a Glasgow, na Escócia, para a 26ª Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, a COP 26, em novembro deste ano. Mas dificilmente o governo levará na bagagem a Eletrobras privatizada. Hoje, o Coletivo Nacional dos Eletricitários lança a campanha “Salve a energia”, contra a privatização da empresa.
Enquanto isso, em Paris…/ Bares, restaurantes e museus estão fechados desde novembro e, agora, outras medidas virão. Na última terça-feira, a França registrou 408 mortes. E, aqui, onde chegamos a 6.045 em três dias, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, diz que a situação é “até confortável”.
Os petistas analisam o quadro para 2022 com a certeza de sucesso com base em três premissas: 1) Em 2018, o candidato Fernando Haddad chegou ao segundo turno, mesmo com o ex-presidente Lula preso. Agora, Lula está solto. Logo, poderá fazer campanha Brasil afora. 2) O ex-juiz Sérgio Moro, na avaliação do PT, não tem mais empuxo para ajudar este ou aquele candidato. 3) O presidente Jair Bolsonaro já não tem a mesma “pegada” eleitoral e perdeu grandes apoios. Logo, não há motivos para evitar uma candidatura própria com o ex-prefeito na cabeça de chapa.
O PT, porém, ainda não sabe qual o grau de rejeição ao partido. É a única variável que eles consideram negativa hoje. Significa que o candidato terá que apostar mais na renovação de quadros. E aí mora o problema. A turma mais antiga não quer abrir mão da visibilidade para dar vez a novatos.
Onde mora o perigo
A ampliação da posse de armas, feita numa canetada pelo presidente Jair Bolsonaro, foi vista com muita desconfiança pela oposição. Há quem suspeite de que ele esteja criando um exército paralelo, para o caso de as coisas saírem do seu controle mais à frente.
Por falar em armas…
Os decretos também representam uma forma de o presidente dar um afago aos radicais que o apoiam, no mesmo momento em que ele começa a entregar os ministérios aos partidos, nomeando para a pasta da Cidadania o deputado João Roma, indicado do Republicanos. Até aqui, o presidente sempre dizia que não negociaria ministérios com os partidos. Essa negociação é hoje a maior arma de Bolsonaro no Parlamento.
… o cartucho de Bolsonaro está cheio
Tem muita gente no DEM com a crença de que a revolta de ACM Neto com a nomeação de João Roma para ministro da Cidadania não passou de encenação. O partido ferve e a ala independente teme que Bolsonaro, num dos seus inúmeros rompantes, diga que Neto sabia da nomeação de João Roma e não lhe disse que não o fizesse. Foi mais ou menos o que o presidente fez com Sérgio Moro, ao dizer que havia prometido ao então ministro da Justiça uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Agora, lascou
A retirada dos militares da fiscalização da Amazônia deixa os embaixadores brasileiros com muita dificuldade de fazer com que autoridades e instituições ambientais estrangeiras acreditem que a região está protegida e vai se desenvolver de forma sustentável. O chanceler Ernesto Araújo e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, são vistos como aqueles que apenas repetem o discurso ideológico do chefe.
Moro na foto/ Em conversas com aliados, o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) tem dito que, se Sérgio Moro não for candidato a presidente da República, será pule de dez para o Senado. Estaria eleito sem sair de casa.
Por falar em Moro…/ A pressão sobre os procuradores da Lava Jato é vista com desconfiança por quem não se enroscou nas falcatruas relevadas pelo Petrolão. Daqui a pouco, vão dizer que o desvio de recursos e as delações premiadas não passavam de ficção.
… ele tem narrativa/ Moro ensaia o discurso de que interessa ao PT e ao presidente Jair Bolsonaro desmoralizá-lo e a Lava Jato. Se o discurso pegar, o ex-juiz se manterá como um player e a ser considerado. Porém, tanto os bolsonaristas quanto os petistas estão convictos de que a polarização de 2018 se repetirá em 2022, com Bolsonaro versus Fernando Haddad num segundo turno.
Calma, pessoal!/ A porta de um apartamento num condomínio de classe média alta em Brasília amanheceu, dia desses, pichada com uma cruz. Tudo porque um cachorrinho novo chora e um vizinho não gostou do barulho. Ora, quem não tem tolerância para conviver com essas situações ou não sabe conversar para resolver diferenças, deveria optar por morar num descampado.