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Federação União Progressistas tem prazo para deixar o governo

Coluna Brasília/DF, publicada em 30 de abril de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Se depender do vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, os filiados à federação União Progressista deixam o governo no segundo semestre. A ideia é lançar candidato próprio ao Planalto ou integrar uma construção do centro à direita, ou seja, montar uma chapa para enfrentar Lula e os demais partidos de esquerda. (leia mais sobre a conversa com ACM Neto no blog da Denise, no site do Correio). O prazo até o fim do ano é anterior ao de desincompatibilização, em abril, quando os candidatos às eleições de 2026 terão de entregar os cargos de ministros. A tendência, a preços de hoje, é continuar com um pé no governo e outro fora dele. Essa divisão, aliás, foi um dos fatores que levaram o líder do União a recusar o convite para assumir um ministério de Lula. Agora, com 109 deputados, essa nova força da política está assediada por todos os lados. Com tantas incertezas rumo a 2026 e Lula enfraquecido, a ordem, neste momento, é distribuir as fichas e todo mundo conversando.
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E vem mais/ O fato de a federação adotar o nome União Progressista (UP) não foi à toa. A ideia é, mais à frente, se tudo der certo, realizar uma fusão das duas legendas. Aliás, a partir de agora, a ordem é tentar resolver as divisões internas, para juntar mais à frente. Até aqui, as apostas levam à oposição. Porém, se Lula conseguir se recuperar politicamente, a tendência é repetir o que sempre fez o MDB, com uma ala no governo, outra na oposição. E, quem ganhar, carrega os demais.
Lupi em maratona
A ida do ministro da Previdência, Carlos Lupi, ao Congresso não fará com que ele saia da mira da oposição. A ordem entre os oposicionistas é continuar com artilharia pesada sobre o ministro.
Pelo trabalhador
Sem Lula no 1º de Maio, os líderes sindicais se reuniram com ele no Planalto. Como todos os anos, nesta época, discutiram assuntos que interessam aos trabalhadores de forma geral, como o fim da escala 6×1, que já tem apoio dos governistas no Congresso, faltando apenas uma posição mais contundente por parte do presidente Lula.
Celina e Caiado
Num rápido encontro na chapelaria da Câmara, logo depois da solenidade de lançamento da federação União Progressista, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foi direto quando perguntado se apoiará Celina Leão ao GDF: “Somos todos goianos. Vamos sair fortes, ela disputando o governo e o Caiado disputando a Presidência da República”, disse à coluna. (Veja vídeo no site do Correio).
“Se não estivermos juntos no primeiro turno, estaremos juntos no segundo turno. Temos que ter um ótimo relacionamento com o PP e o União Brasil e prestigiarmos em tudo que nós pudermos” Valdemar da Costa da Neto, presidente do PL, quando estava saindo do encontro do União Brasil
CURTIDAS
Lobo solitário/ O ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho chegou sozinho e saiu da mesma forma da Câmara, logo depois da solenidade de lançamento da federação União Progressista. Nenhum colega de bancada lhe fez companhia.
Enquanto isso, nas comissões…/ Na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), usou o argumento da dosimetria de penas aos acusados no 8 de Janeiro para se referir à punição que o PL defende que o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) sofra em seu processo de cassação, no caso, a pena máxima. Não dá para defender anistia dos acusados do 8 de Janeiro e querer cassar Glauber Braga.
… as provocações não param/ Depois de um bate-boca que quase foi às vias de fato com o deputado Gilvan da Federal na Comissão de Segurança Pública, Lindbergh comentou que houve uma “luz de Deus, ele (Gilvan da Federal) quer que você (Lindbergh) bata”. O líder do PT irá conversar com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e pedir que as regras de convivência na Casa sejam endurecidas.
A lista só cresce/ Lindbergh relembrou que a agressão de Gilvan da Federal é o terceiro episódio relacionado a ele de provocação vinda do PL. Os dois outros foram as postagens do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) com insultos à ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, e depois a alusão a um trisal envolvendo Gleisi, Lindbergh e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, fala sobre o futuro da federação

Por Denise Rothenburg e Eduarda Esposito — O prefeito de Salvador (BA) e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, conversou com o Blog sobre o futuro da federação União Progressistas, disputa ao Planalto em 2026 e relacionamento com o governo. Confira:
Presidente ACM Neto, o que podemos esperar da federação? Qual é o tempo para a federação se afastar do governo? O senhor já declarou em outras oportunidades que é para se afastar do governo, então qual é o tempo para que isso aconteça?
Primeiro, é importante dizer que eu acho que a federação vem para atender a um papel de ajudar a organizar o jogo eleitoral de 2026. E é claro, um partido desse tamanho, o interesse principal é ser protagonista e apresentar nomes ao país, de preferência que nos permita sair daquele quadro de polarização que aconteceu em 2022.
Eu entendo que, a partir da formalização da federação, que deve acontecer até o início do segundo semestre de 2025, nós vamos ter que enfrentar essa discussão de ter participação ou não no governo, de manter quadros dos partidos com funções e ministérios. Lembrando que tanto o Progressistas como o União Brasil não integram a base do governo. Agora, eu acho que vai ser inevitável que a gente avance para uma posição de ter uma separação total, ter uma desvinculação completa em relação ao governo e a qualquer tipo de participação nele.
Têm ministérios escolhidos pelo governo, vinculados aqui a uma parte da atuação das suas bancadas na Câmara dos Deputados. Agora, o objetivo de ambos, é, claro, e do União Progressistas, que nasce agora e fruto dessa federação, é assumir o protagonismo e a vanguarda da construção de um novo desenho político e de uma candidatura presidencial forte, viável e competitiva para 2026.
O ministro Celso Sabino chegou a falar em lançar um vice-presidente numa chapa do presidente Lula. O senhor acredita que isso é possível?
Primeiro, eu tenho que respeitar o posicionamento do ministro Celso Sabino, pessoa por quem eu tenho um enorme respeito. Agora, é óbvio que não, né? A gente sabe que pela forma de pensar, pelo jeito dos membros dos dois partidos, o caminho é outro. O nosso caminho é o de construir um projeto de oposição ao governo, uma candidatura que seja alternativa àqueles que hoje governam o país.
Temos alguns nomes dentro da União Brasil, o nome que se coloca é do nosso governador de Goiás, Ronaldo Caiado, cuja caminhada já começou. O Progressistas apresenta o nome da senadora Teresa Cristina. Isso tudo sem qualquer embargo para que a gente possa avaliar outras opções nesse campo de centro, centro-direita, direita para o próximo ano. Eu particularmente ficarei na minha torcida pelo governador Caiado, que vai ter toda a liberdade para avançar, para trabalhar, para colocar as suas ideias e propostas e para tentar se viabilizar.
É óbvio que nesse momento a gente não pode fazer uma federação dessa já cravando quem é o nome, mas a gente tem alternativas internas de quadros muito qualificados e vamos ter um papel, na minha opinião, muito relevante e nessa arrumação que vai do centro até a direita no Brasil.
E o ex-presidente Jair Bolsonaro, como é que fica nessa construção que o União Brasil e o Progressistas fazem agora?
Bolsonaro é um personagem político com um tamanho e com uma densidade eleitoral inegável no campo da direita brasileira, tá certo? Então, ninguém pode querer construir um projeto de enfrentamento ao PT sério, competitivo e vitorioso sem considerar isso. Tem que considerar o peso e o tamanho de Bolsonaro, que eu acho que é preciso dialogar.
Se eu tô defendendo aqui que essa federação ela sirva para organizar o jogo do centro à direita, eu neste momento não posso excluir absolutamente ninguém. Agora, o nome que vai ser escolhido lá adiante é um nome que, de preferência, possa representar algo pro futuro, algo que mude definitivamente o patamar da política em nosso país.
Coluna Brasília/DF, publicada em 12 de abril de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
O convite do presidente Lula para que o líder do União Brasil, Pedro Lucas (MA), assumisse o Ministério das Comunicações deflagrou uma guerra interna pelo comando do partido na Câmara. Pelo menos quatro deputados começaram a telefonar para integrantes da bancada pedindo votos. Damião Feliciano (PB), Fábio Schiochet (SC), Mendonça Filho (PE) e Moses Rodrigues (CE) não esperaram sequer o líder começar a organizar a saída e já se colocaram, retomando a briga de dezembro do ano passado. A Páscoa será animada.
E tem mais/ Pedro Lucas foi escolhido líder com o apoio de Ronaldo Caiado e do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que confiaram num viés oposicionista da liderança. Com Pedro Lucas quase ministro, a tendência agora é ambos apoiarem Mendonça Filho, que dá a certeza de virar o leme para longe do governo Lula. É 2026 dando as caras bem mais cedo no partido comandado por Antonio Rueda.
E a federação, hein?
Outro ponto que está em jogo com a briga interna do União é o desenho de uma federação com o Progressistas. Até aqui, essa junção era considerada líquida e certa. Com esse estremecimento na bancada, tem muita gente recolhendo os flaps.
O construtor de pontes…
O presidente da Câmara, Hugo Motta, conseguiu algo inédito até aqui. Fazer uma ponte, ainda que pequena, quase uma pinguela, entre o PT e o PL. É hoje o principal articulador em busca de um consenso para o projeto de anistia. À coluna, o líder do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que “nós da política conversamos sempre”, confirmando que Motta está conseguindo fazer os antagonistas dialogarem, agindo como interlocutor.
… mas tem limite
Perguntado sobre um possível acordo com o Judiciário, como apontado nos sites de notícias, o líder do PL foi enfático: “O Judiciário agora é poder político? O Judiciário jamais fará conversa política sobre anistia, porque não é atribuição deles. Conversa nos autos”, afirmou.
Segura aí!
No Centrão e na esquerda, há quem aceite anistia para aqueles que serviram de massa de manobra. Mas não para quem planejou o assassinato de autoridades.
CURTIDAS
Vai ficar pro vice/ À coluna, o ainda governador de Goiás, Ronaldo Caiado, deu a entender que quem vai tocar os assuntos do Entorno do Distrito Federal com o governador Ibaneis Rocha será seu vice, Daniel Vilela (MDB). Caiado disse ter ficado surpreso com a pré-candidatura de Ibaneis ao Senado, mas acredita que, por serem do mesmo partido, o tema deve desenrolar bem no ano que vem.
Brasil tem potencial/ Durante o Web Summit-Brasília Edition, evento sobre uso de tecnologia profunda nos dias de hoje, Gustavo Bodra, CTO da Startse, empresa que treina líderes empresariais, falou do “potencial que o Brasil tem para desenvolver tecnologias voltadas para a inteligência artificial”. De acordo com Diego Aristides, CEO do The Collab Foundation, “o Brasil tem as maiores bases de dados públicos, como DataSus e Enem, e são gratuitos para alimentar as ferramentas de IA” , o que torna o desenvolvimento aqui ainda mais potente. Para Bodra, falta apenas “subir o tijolo” para o Brasil despontar nessa área da tecnologia e se tornar referência global.
Recordes/ O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, esteve em Brasília, durante a instalação da Comissão de Turismo, para parabenizar o presidente do colegiado, Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG). Freixo disse à coluna que foi uma visita institucional, em que convidou o deputado do PL para visitar a sede da Embratur e mostrar os dados do turismo brasileiro atualizados. “Batemos todos os recordes, e vim aqui parabenizar”, afirmou. No documento entregue ao novo presidente, apenas em janeiro e fevereiro deste ano, o Brasil já teve aumentos consideráveis em emissões de passagens de países estrangeiros, como Argentina (102%), Chile (30%) e Estados Unidos (27%).
Olha o gancho!/ O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, aproveitou as imagens do ex-presidente Jair Bolsonaro na ambulância do Samu para falar do bom atendimento do serviço. “Todo mundo sabe: na hora da emergência, chama o Samu 192! Atendimento de urgência para salvar vidas de Norte a Sul. Criado pelo presidente Lula, para todos os brasileiros, cada vez maior e mais rápido! Viva o SUS!”, disse.
Coluna Brasília/DF de 14 de março de 2024, por Denise Rothenburg
A briga interna no União Brasil tem como reflexo um enfraquecimento da candidatura de Elmar Nascimento (BA) à sucessão de Arthur Lira na Presidência da Câmara dos Deputados. Quem ganha tração na legenda é governador Ronaldo Caiado (GO) e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto. Nenhum dos dois têm força para fazer chover votos pró-Elmar na Câmara, nem no PT nem na ala mais à direita, hoje distribuída entre o Centrão e o bolsonarismo.
O enfraquecimento de Elmar, faltando ainda 10 meses até a eleição, levou o grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira, a tentar insuflar a candidatura do líder do PP, Doutor Luizinho, do Rio de Janeiro. Se empinar, tem tudo para ser o candidato de Lira, que não está nada satisfeito com essa antecipação dos pré-candidatos, um movimento que só desgasta os concorrentes, e o mais importante na visão do presidente da Câmara: encurta o mandato de quem está sentado na cadeira.
Em tempo: em meio a essa confusão, quem tem tudo para subir na bolsa de apostas é o presidente do Republicanos, Marcos Pereira. Aliás, de uns tempos para cá, ele tem sido visto como a ponte que pode levar Lula a uma aproximação com o eleitorado evangélico.
Sem chance
O governo estava interessado em marcar o golpe de 31 de março de 1964 com a aprovação da emenda constitucional que trata de passar para a reserva militares que disputarem eleições. A PEC, se, por um milagre, passar no Senado, vai para a gaveta na Câmara.
A pressão da PM
Os policiais militares, que representam um contingente de candidatos tamanho família, temem ser afetados por essa restrição às Forças Armadas. Logo, já começaram um movimento contra
essa PEC.
A volta de Dirceu
O ex-presidente do PT e ex-ministro José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos com uma festa que reuniu todo o PT e aliados numa casa do Lago Sul em Brasília nesta quarta-feira. “Dirceu, guerreiro do povo brasileiro”, como cantam os petistas, sempre foi ovacionado no seu partido. E ainda é considerado uma grife em termos de estratégia político-partidária. Aos poucos, vai retomando espaço.
“Política é confraria”
O ex-deputado Silvio Costa, que integrou a tropa de choque de Dilma Rousseff durante o processo de impeachment, encontrou o senador Hamilton Mourão no cafezinho do Senado (foto acima) e foi direto: “Vou levar você para tomar uma com o Lula e você sairá do Alvorada gostando dele”. “Ele é que vai gostar de mim”, respondeu Mourão.
Tudo junto e misturado
Pai do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o ex-deputado é do mesmo partido de Mourão: “Nós nos damos muito bem. Eu sou a esquerda do Republicanos, e ele, a direita”. E virando-se para Mourão, completou: “Sem querer, um dos acertos de Bolsonaro é você”.
Como fazer
No período em que permaneceu no cafezinho dos senadores, Silvio Costa chamou um para conversar, puxou outro. Nem Magno Malta escapou: “Você me abandonou, bora conversar”. O aliado do Planalto, no modo distensão, pareceu, para muitos políticos que observavam a distância, mais competente nessa tarefa do que os líderes do governo.
Até ele
Eis que, de repente, chega o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o 01. “Vamos conversar com Lula?” Eis que Flávio responde: “Se ele quiser… O Lula que está aí não tem nada de paz e amor”. Foi tanta conversa que o senador Esperidião Amin (SC), um dos mais espirituosos da Casa e com humor refinado, rimou: “Quando você não tiver razão, Silvio Costa é a solução”.
Pode sair da Bahia a alternativa contra os extremos entre Lula e Bolsonaro
Coluna Brasília-DF
Uma entrevista do governador da Bahia, Rui Costa (PT), há quase um mês, acendeu as esperanças de parte do centro da política para formação, se não de um novo partido, de um grande conjunto de forças capazes de caminhar juntas em 2022.
Já tem gente que hoje faz oposição ao PT disposta a conversar com o governador. O que facilita essas conversas é o fato de Costa e o prefeito de Salvador, ACM Neto, cuidarem de manter uma postura de respeito mútuo e institucional no exercício do poder.
Hoje, ACM Neto não fala sobre 2022. Mas alguns trabalham nesse rumo. Sinal de que a política não está parada, nem ficará deixando o presidente Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva sozinhos na avenida, interessados em manter a polarização na próxima temporada eleitoral.
Na entrevista, ao Poder em Foco, capitaneado pelo jornalista Fernando Rodrigues, Rui Costa disse com todas as letras que está disposto a conversar com João Doria, Luciano Huck e quem mais chegar em busca de algo que leve à união das forças políticas.
Quanto à candidatura do ex-presidente Lula, Costa tem sido bem comedido. Sempre reitera que não é o momento de pensar em nomes e sim em projetos e união de forças. A leitura dos políticos foi uma só: Lula que recolha os flaps, porque o bloco do “Eu sozinho” não terá vez.
Cargos cobiçados
Já está a pleno vapor a guerra no governo federal e nos partidos aliados para ocupar as vagas da Autoridade Nacional de Proteção de Dados. O decreto publicado em agosto definiu cinco vagas do conselho diretor, a serem indicadas pela Casa Civil. Mas, dentro do Executivo, quem está ajudando nessa montagem é o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fábio Wajngarten.
“Não se agradece com toga”
Frase sempre repetida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello. Em tempo de escolha de ministros para o STF, convém lembrar.
Por falar em toga…
Kassio Nunes terá facilidade na aprovação de seu nome dentro do Senado. Porém, com a esposa trabalhando por lá, será de bom tom se julgar impedido quando trata de casos relacionados às excelências. Pelo menos, processos relacionados a senadores piauienses.
Onde mora o perigo
Diante da disputa entre os ministros Rogério Marinho e Paulo Guedes, os bolsonaristas começaram a fazer contas eleitorais. O presidente Jair Bolsonaro já perdeu o discurso de defensor da Lava-Jato ao dispensar o ministro Sergio Moro, e de “nova política” ao se aliar ao Centrão. Resta a bandeira da responsabilidade fiscal e da recuperação econômica. Se perder essa, vai ficar mais do mesmo.
CURTIDAS
Déjà-vu?/ Nos idos dos anos 90, a Comissão Mista de Orçamento tinha um anexo especial, conhecido como “subvenções sociais”. Por ali, eram repassados recursos a instituições privadas e fundações de caráter social, que terminaram investigadas dentro da CPI do Orçamento. Muita gente terminou cassada por causa disso. Até aqui, qualquer semelhança daqueles casos com os repasses a instituições sociais de hoje é mera coincidência.
Salles nas queimadas/ A ida do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ao Mato Grosso do Sul, neste fim de semana, ajudou a aplainar as críticas que ele sofre no Congresso. Pelo menos, dentro da base aliada.
Pesquisas, sempre elas/ O PT odeia se pautar por pesquisas, mas o fato é que seus candidatos ficaram baqueados com os resultados da primeira rodada do Ibope. O que mais abateu foi ver Marília Arraes, como terceira colocada em Recife, perdendo para o primo João Campos (PSB) e Mendonça Filho (DEM).
É por aí/ O problema, avaliam os petistas, é que tem gente demais tirando a vaga de polarização com os partidos mais conservadores, posto que, por muito tempo, foi ocupado pelo PT. Ou seja, a perspectiva de a polarização acabar em 2022 é grande.






