Estados reproduzem clima de polarização nacional

Publicado em coluna Brasília-DF

Os partidos começam a apostar que o eleitor caminha para repetir, nas unidades da Federação, a polarização que se dá na eleição presidencial, haja vista o último Datafolha na Bahia. Lá, o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, cresceu 12 pontos, e aparece com 28%, enquanto o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) mantém a liderança, com 49%, cinco pontos a menos do que apresentava no levantamento anterior do mesmo instituto.

Com Jerônimo subindo colado em Lula, restou a ACM Neto se aproximar de Jair Bolsonaro (PL), para tentar evitar uma migração de votos para o ex-ministro das Cidades, João Roma (PL), que tem feito a campanha ao governo estadual colado no presidente — e tem hoje 7% das intenções de voto, percentual que pode fazer a diferença no segundo turno.

Quem tem caminhado por todo o país de olho nas pesquisas, acredita que um dos poucos estados que resistirá à polarização é Minas Gerais, onde o governador Romeu Zema (Novo) segue em carreira-solo, mas sem bater em Bolsonaro. Também é exceção o Rio Grande do Sul, que vislumbra um segundo turno entre o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) e o deputado Onyx Lorenzoni (PL). Leite não tem o apoio do PT e, segundo alguns políticos petistas, dificilmente terá.

Na marra não vai

O MDB que resistiu ao apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste primeiro turno avisa que a pregação do voto útil terá como consequência afastar a candidata Simone Tebet de um possível apoio ao petista na segunda rodada, em caso de segundo turno entre o candidato do PT e Bolsonaro. Ela só se refere a isso como um desrespeito.

Jogos políticos
Essa manobra pelo voto útil promete virar uma justificativa para que Simone se afaste do PT num segundo turno — ela tem dificuldades em apoiar Lula. A senadora vem do Mato Grosso do Sul, estado em que o agronegócio tem grande protagonismo — esse mesmo agro que o petista já xingou nesta campanha e, depois, buscou corrigir. A aposta dos emedebistas é a de que ela sairá desta campanha maior do que entrou, mas se optar pelo PT corre o risco de perder substância no estado.

Por falar em segundo turno…
Os aliados de Bolsonaro olham para os números das pesquisas torcendo para que a turma da terceira via não derreta nas próximas semanas. É que se as sondagens estiverem corretas, quem tem mais chances de vitória no primeiro turno é Lula. Bolsonaro precisa do segundo até para consolidar os dados de melhoria do cenário econômico.

Enquanto isso, no DF…
Candidatos que não se apresentam bem nas pesquisas já começam a fazer apostas para a disputa de segundo turno. Com o candidato da Federação PT, Rede e PCdoB colado em Lula, os palpites são de que Leandro Grass (PV) terá mais chances de chegar à disputa decisiva contra Ibaneis Rocha (MDB).

Carreira solo/ O “santinho” que o candidato ao Senado do PSD no Distrito Federal, Carlos Rodrigues, distribui com a famosa “colinha” para a hora do voto, traz apenas seu nome e seu número. Nem sequer menciona o empresário Paulo Octávio, que concorre ao GDF pelo mesmo partido.

Quem tudo quer…/ Rodrigues está de olho nos votos de Bolsonaro. Só tem um probleminha: essa turma já está distribuída entre Flávia Arruda (PL) e Damares Alves (Republicanos).

A preocupação dos servidores/ Quem visita o gabinete do senador Davi Alcolumbre (UB-AP) tem visto assessores apreensivos com o futuro. Embora ele lidere as pesquisas, a candidata do MDB, Rayssa Furlan, é vista com preocupação por parte do União Brasil.

#vaitrabalhardeputado/ A jornalista Vera Magalhães trabalhando até aquela hora da noite, depois do exaustivo debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, e é atacada gratuitamente pelo deputado estadual paulista Douglas Garcia (Republicanos). Se em vez de ficar xingando jornalista o sujeitinho fizesse algo útil para a população, o mundo estaria um pouquinho melhor.

PT apostará nos eleitores de Simone Tebet para o primeiro turno

Publicado em coluna Brasília-DF

O PT apostará tudo, agora, nos 5% de Simone Tebet (MDB) nas pesquisas para tentar fechar a eleição em primeiro turno. Caso não consiga — e a tendência é ter segundo turno —, Luiz Inácio Lula da Silva espera contar com o apoio da emedebista no mano a mano contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). A expectativa petista é de que Simone não repita o que fez Ciro Gomes (PDT), na eleição passada, que, ao se ver fora do segundo turno, voou para Paris. A senadora, até aqui, tem dito que não apoiará nem um, nem outro.

Só tem um detalhe: a leitura dos petistas é a de que Simone tem atacado Bolsonaro e preservado Lula. Por isso, a aposta geral é a de que ela apoiará o petista. Se não o fizer, uma parte do MDB investirá para que ela adote esse caminho. Simone, até aqui, porém, só tem uma certeza: se não estiver no segundo turno, sairá desta campanha muito maior do que entrou.

Ei, você aí…

A campanha de Bolsonaro distribuiu uma cartilha via WhatsApp para orientar o eleitorado como doar recursos ao candidato à reeleição. A vaquinha eleitoral é considerada fundamental para essa reta final.

Quem confia?
A avaliação de que “o dinheiro acabou” — feita há alguns dias, reservadamente, pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e recentemente reforçada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) —, é vista com desconfiança por muitos aliados. Há muita gente dizendo que Costa Neto quer é tirar a turma do PL da sua antessala, onde não são poucos os candidatos que aguardam pacientemente uma audiência em busca de recursos.

Enquanto isso, no PP…
Com um partido menor do que o PL, o Progressistas do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, está mais controlado no quesito recursos financeiros. Há quem agradeça aos céus pelo fato de Bolsonaro ter escolhido o PL. Assim, sua turma foi para lá e o PP terminou poupado, pelo menos em parte, da guerra pelo dinheiro.

Sai, mas fica
Embora Bolsonaro tenha dito, em entrevista ao podcast Collab, que, se perder a reeleição, estará fora da política, seus mais fiéis escudeiros não acreditam. Primeiro, Flávio Bolsonaro tem mais quatro anos de mandato no Senado e Eduardo Bolsonaro tem tudo para se reeleger deputado por São Paulo. E, até aqui, é o presidente quem mobiliza a direita. Enquanto não aparecer outro líder que fale diretamente com esse segmento do eleitorado, Bolsonaro será chamado pelos seus apoiadores a continuar exercendo esse papel.

Assunto encerrado/ Ao aprovar o teste de biometria nas urnas proposto pelas Forças Armadas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quer colocar um ponto final nas discussões sobre a votação eletrônica. Os ministros da Corte dizem que este tema agora está definido.

Para poucos/ Na cerimônia do funeral da rainha Elizabeth II, só entrarão os chefes de Estado e de governo e suas mulheres. Logo, alguns ministros, como o da Casa Civil, Ciro Nogueira, por exemplo, decidiram seguir direto para Nova York, onde o presidente abre a Assembleia Geral da ONU.

Por falar em viagem…/ O presidente ficará fora do Brasil por, pelo menos, três dias. Mas não fora da internet. Enquanto isso, Lula vai ao Sul do país, inclusive Santa Catarina, onde algumas pesquisas dão a vantagem a Bolsonaro.

E as pesquisas, hein?/ O Ipec deu esperança a Lula de uma vitória no primeiro turno. O Instituto Paraná apontou empate técnico entre Lula e Bolsonaro. A campanha segue seu curso e o que vale é a urna de 2 de outubro.

Os recados de Rosa Weber àqueles que atacam o STF

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A posse da ministra Rosa Weber na Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) foi uma saraivada de recados àqueles que atacam a Suprema Corte acima do tom da liberdade de expressão ou que cogitam medidas drásticas em caso de resultado eleitoral desfavorável. Em todos os discursos, lembranças sobre o papel do Supremo como guardião da Constituição e da democracia.

A plateia também não deixou de pinçar, com aplausos efusivos, pelo menos 12 momentos da fala da nova presidente do STF, em especial nas menções ao processo eleitoral, sob o “comando firme do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral”, à “autonomia e independência do STF, que se sobrepõem aos indivíduos e autoridades”, e aos poderes constituídos — “sem Poder Judiciário livre e forte, independência entre os Poderes e imprensa livre não há democracia”.

Os aplausos entusiasmados partiram também dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e dos militares presentes. Sinal de que não há espaço para tentar dar uma rasteira no processo de eleitoral em curso. Seja quem for o vencedor, governará.

2002 em 2022

Na entrevista à CNN, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva ajustou o discurso àquele tom que lhe deu a vitória, há 20 anos, sobre o tucano José Serra: “Se terminar o governo com cada brasileiro tomando café da manhã, almoço e jantar, estarei feliz. Vou ganhar as eleições”, disse o petista, tal e qual repetia naquela primeira eleição da qual saiu vencedor.

Por falar em vitória de Lula…
Simpatizantes do ex-presidente já fazem apostas sobre como será a relação de Lula com a parte do Centrão, hoje fechada com Bolsonaro — PL, PP e Republicanos. A impressão é de que ele fará uma “pescaria” ali para formar maioria. Afinal, dizem os políticos que conhecem o traçado, se Lula tentar levar o Centrão em bloco, repetirá o erro do passado.

… as apostas estão a mil por hora
Os aliados já vislumbram, inclusive, a disputa para a Presidência da Câmara. As apostas são de que, eleito, Lula não apoiará a reeleição de Lira.

Deu ruim
Nem o fato de ter a maioria dos ministros do Poder Executivo na posse de Rosa Weber na Presidência do STF fez com que as redes sociais dessem uma trégua ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Ali, prevaleceu o discurso de que o presidente não gosta de prestigiar as mulheres e nem as instituições.

Memórias do ex-ministro I/ Na fila de cumprimentos da nova presidente do STF, Rosa Weber, o arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa, e o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo lembravam da visita do papa Francisco à Jornada da Juventude de 2013, no Rio de Janeiro.

Memórias do ex-ministro II/ Cardozo, que era ministro da Justiça à época, se lembra que quando D. Paulo o apresentou ao papa, o sumo pontífice respondeu: “Eu lhe dei trabalho, hein?”. Quem estava próximo aos dois, nem sentiu a quase uma hora de fila passar.

Chade na Travessa/ O jornalista Jamil Chade estará, hoje, a partir de 18h, na Livraria da Travessa, no CasaPark, para o lançamento do seu mais novo livro, Ao Brasil, com amor, escrito em parceria com a escritora Juliana Monteiro. A obra retrata os 10 meses de correspondência entre eles, com uma visão de brasileiros que vivem fora do país — ele, há mais de duas décadas em Genebra, e ela, em Roma —, suas angústias, reflexões e impressões a respeito do Brasil.

Sachsida no Lide/ O Grupo Líderes Empresariais (Lide), capitaneado pelo ex-governador de São Paulo João Doria, recebe o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, para um almoço debate, amanhã, sobre “O futuro do setor de energia e de recursos minerais no Brasil”. Será no Hotel Renaissance, em São Paulo.

Poder de mobilização nas ruas pode ser sinal de um “terceiro turno”

Publicado em coluna Brasília-DF

Já no finalzinho da entrevista ao CB.Poder, ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deu a senha para, se for o caso, reclamar do resultado. Ele disse, com todas as letras, que se depois do 7 de Setembro, com o que viu nas ruas — em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais —, “acho que está decidida a eleição no primeiro turno. Não tem explicação o outro lado ganhar”.

Em tempo: entre advogados eleitorais, ficou a desconfiança de que a frase indica um terceiro turno, em caso de um resultado desfavorável. E com gente na rua a favor do presidente. Afinal, a contar pelo que se viu de mobilização popular, Bolsonaro, ganhando ou perdendo, mostrou que lidera e que seus apoiadores atendem ao seu chamado.

“Bazuca”

É assim que os advogados de Bolsonaro tratam a Aije — Ação de Investigação Judicial Eleitoral —, que o PDT apresentou contra o presidente-candidato em relação aos atos de 7 de Setembro. A aposta é a de que o caso só seja resolvido depois do pleito. E se Bolsonaro perder a eleição e, posteriormente, a Aije, pode ficar inelegível por oito anos.

A vingança é um prato…
… que se come frio. Para alguns petistas, a estratégia está clara: se Luiz Inácio Lula da Silva foi preso e, por isso, não pôde ser candidato em 2018, Bolsonaro não poderá ser candidato em 2026, se perder essa ação lá na frente.

O que une os partidos
Se tem algo que a maioria dos políticos concorda com Bolsonaro naquilo que se refere ao Supremo Tribunal Federal (STF) é nas críticas ao excesso de decisões monocráticas. É no sentido de coibir essas decisões que muitos querem agir no próximo ano.

Enquanto isso, no Parlamento…
Bolsonaro e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conversaram sobre a ausência do presidente à solenidade do Congresso, em homenagem ao Bicentenário. Bolsonaro meio que se desculpou pela ausência, mas foi claro: o 7 de Setembro foi na quarta-feira.

Técnicos/ No intervalo da entrevista, o ministro da Justiça, Anderson Torres, e a ex-ministra Flávia Arruda se aproximaram do presidente para passar os dados sobre segurança e apoio às mulheres.

Por falar em técnicos…/ A ordem na campanha de Bolsonaro é comparar o lucro das estatais e os ministros. A avaliação da equipe é a de que não há imagem mais forte do que um ministro da Fazenda delatando um presidente, tal como Antonio Palocci fez com Lula.

Homenagens à rainha I/ Na homenagem à rainha Elizabeth II, Lula tratou de mostrar a amplitude internacional de seu antigo governo, citando os acordos que promoveu. Foi ainda uma forma de rebater as acusações dos opositores de que só se relacionava bem com ditadores ou presidentes com viés de esquerda.

Homenagens à rainha II/ A presença de Bolsonaro nos funerais da rainha dependerá da agenda de viagens. Nesta reta final de campanha, o único compromisso fora do Brasil é a abertura da Assembleia Geral da ONU, no próximo dia 20.

Presidente Jair Bolsonaro obteve um dia inteiro de transmissão ao vivo

Publicado em coluna Brasília-DF

A contar pela pressa de seus adversários em ações judiciais para que o presidente-candidato Jair Bolsonaro (PL) seja proibido de exibir as imagens dos eventos do 7 de Setembro no horário eleitoral gratuito, e investigado por uso da máquina, a estratégia da campanha reeleitoral funcionou. Bolsonaro obteve um dia inteiro de transmissão ao vivo para os eventos híbridos, ou seja, solenidades oficiais seguidas de atos de campanha. Chamou Luiz Inácio Lula da Silva de “quadrilheiro de nove dedos”, e repetiu a frase do ex-governador Geraldo Alckmin, hoje candidato a vice na chapa do petista, sobre o PT voltar “à cena do crime”. E, por tabela, viu seus apoiadores tomando as ruas por todo o país em volumes para lá de expressivos. Sua equipe de campanha estava eufórica com o saldo da mobilização e saiu convencida de que a eleição caminha para o segundo turno.

Em tempo: entre os petistas, há quem, olhando pelo retrovisor, calcule que tenha sido um erro Lula não ter preparado uma agenda para este 7 de Setembro. Há quem diga que ele deveria ter ido, por exemplo, ao Rio Grande do Norte ou à Bahia, estados governados pelo PT. Ciro Gomes (PDT), por exemplo, fez uma movimentação em Ouro Preto (MG), e Simone Tebet (MDB), em São Paulo.

Seguiu o script
Não eram só os marqueteiros que estavam eufóricos com o saldo do 7 de Setembro em favor de Bolsonaro. A coordenação jurídica da campanha considera que o presidente fez tudo o que foi acertado para evitar conflito com o Poder Judiciário.

Questão de sobrevivência I

De olho nas pesquisas em Alagoas que apontam Lula na liderança, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), preferiu guardar distância de Bolsonaro. A 25 dias das eleições, a ordem é não correr riscos. De quebra, ele deseja ainda concorrer a um segundo mandato no comando da Câmara, independentemente de quem seja o futuro presidente da República.

Questão de sobrevivência II
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), também preferiu ficar distante, porque aposta no papel de pacificador do país logo após as eleições. Pacheco é do PSD, partido de Gilberto Kassab, que ficou neutro justamente para seguir neste papel.

À la Zema
A candidata do MDB, Simone Tebet, olha com esperança para o que ocorreu com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), na eleição de 2018. Em 8 de setembro, ele tinha 5% das intenções de voto e venceu. Por isso, a presidenciável acredita que a eleição está em aberto.

Reforço/ O resultado do plebiscito sobre a nova Constituição do Chile servirá de argumento para que os bolsonaristas continuem questionando as pesquisas de intenção de voto no Brasil. Lá, as sondagens indicavam 46% contra a nova Carta. O resultado final foi de 62% contra, ou seja, 16 pontos percentuais a mais.

A visão dela/ Presente à solenidade do 7 de Setembro e ao comício de Bolsonaro, logo depois, em cima de um caminhão de som, a deputada Bia Kicis (PL-DF) não viu nada demais no fato de o presidente comparar as primeiras-damas. “Ué, ele não pode elogiar a própria mulher?”, reagiu.

Enquanto isso, em São Paulo…/ Sem a presença de Bolsonaro, quem aproveitou o embalo na Avenida Paulista foi o ex-ministro Tarcísio de Freitas, candidato ao governo local. Lá, conforme avalia o cientista político Leonardo Barreto, está em aberto quem irá para o segundo turno contra o petista Fernando Haddad, que lidera a disputa — se Tarcísio ou o governador-candidato, Rodrigo Garcia, do PSDB.

Por falar em PSDB…/ Em caso de derrota do governador paulista, os tucanos fecharão seu ciclo de poder no estado, comprometendo, inclusive, a bancada no Parlamento. É em São Paulo que o partido tem seu berço político, daí a preocupação geral.

Tudo ou nada: 7 de Setembro é o “ponto de virada” das campanhas presidenciais

Publicado em coluna Brasília-DF, ELEIÇÕES 2022

Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg

 

Caio Gomez/CB/D.A.Press

As manifestações deste Sete de Setembro marcam a mudança das estratégias dos candidatos e nenhum escapa desta sina. Da parte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o plano consiste em ampliar a pregação pelo voto útil, a fim de liquidar a fatura no primeiro turno. Da parte de Jair Bolsonaro, a ideia é aumentar o volume dos escândalos de corrupção que marcaram os governos petistas e, de quebra, se apresentar como o defensor supremo da liberdade (leia detalhes nas notas ao lado). Da parte de Simone Tebet, a ordem é se colocar como a solução para pacificar o país, algo que os “polarizados” Lula e Bolsonaro não podem garantir a preços de hoje.

No PDT, Ciro Gomes deixa de lado qualquer política de boa vizinhança com o PT, na esperança de tirar votos do presidente Jair Bolsonaro e de Tebet. Felipe D’Ávila (Novo), por sua vez, pretende colar na campanha de Romeu Zema, em Minas Gerais. É uma forma de tentar arrematar uma parte dos eleitores que hoje garantem a Zema uma vitória no primeiro turno. Já a senadora Soraya Thronicke (União Brasil) continuará com a aposta no imposto único.

Guerra é guerra

Em reuniões esta semana, Fabio Wajngarten, que coordena a comunicação da campanha do presidente Jair Bolsonaro à reeleição, fechou com os publicitários Duda Lima e Sérgio Lima a estratégia daqui para frente. A intenção é trazer o histórico do PT e de ministros presos por corrupção, mais especificamente, Antonio Palocci. A campanha vai comparar ainda os desvios das estatais e os lucros que as empresas apresentam atualmente.

 

Veja bem

O presidente Jair Bolsonaro vai se desdobrar ainda para explicar o termo “moeda corrente nacional” traduzido nas reportagens como compra de imóveis com dinheiro vivo. Em entrevistas, ele tem dito que o termo se refere a compras em real, mas não significa, especialmente em transações mais antigas, que tenha sido em dinheiro vivo.

 

Simone apostará no Nordeste

Depois das pesquisas que indicaram uma aproximação dos índices de Simone Tebet e Ciro Gomes nas pesquisas, a candidata do MDB vai às capitais nordestinas para tentar tirar uma lasquinha de votos de Lula e de Bolsonaro, apostando no discurso de pacificação do país.

Dallagnol em dificuldade

As agruras do ex-procurador Deltan Dallagnol estão longe do fim. Resta um único recurso no Tribunal de Contas da União (TCU) para tentar evitar o pagamento de R$ 2,8 milhões aos cofres públicos. E quem conhece o andar da carruagem por ali acredita que o ex-procurador dificilmente terá êxito.

Tensão

O ingresso de caminhões na Esplanada nos Ministérios, se mantido, aumentará a tensão nos arredores do Supremo Tribunal Federal (STF). Há o receio de que algum mais afoito resolva partir para cima do edifício sede do Tribunal na Praça dos Três Poderes.

Enquanto isso, no Canadá…

As Cataratas do Niágara serão iluminadas hoje por 15 minutos, a partir de 23h15, com as cores verde, amarelo, azul e branco em homenagem ao Dia da Independência do Brasil. As imagens podem ser vistas ao vivo aqui.

O Fibe e a Independência

O Fórum de Integração Brasil Europa (Fibe) realiza esta semana uma série de debates em Lisboa, Porto Coimbra e Cascais, com o tema Independência e Integração. Para esta quarta-feira, a rodada de debates terá como oradores o ministro do STF Gilmar Mendes, que presidente o conselho consultivo do Fibe, e a ministra Cármen Lúcia.

Candidatos montam estratégias para o 7 de Setembro

Publicado em coluna Brasília-DF

A equipe de Jair Bolsonaro (PL) se reuniu para tratar da estratégia de campanha desta semana, além de entrevistas e debates. Até aqui, a tendência é a de um “tom mais leve” para o 7 de Setembro, se comparado com aquele de 2021, quando o ex-presidente Michel Temer foi, inclusive, chamado para tentar apaziguar o presidente da República e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. É a esperança para evitar que Bolsonaro perca os pontos que obteve de fevereiro para cá nas pesquisas de opinião.

Enquanto na equipe do presidente há a esperança de moderação, no QG de Luiz Inácio Lula da Silva há quem esteja torcendo por uma radicalização contra o STF nos discursos e mensagens dos apoiadores de Bolsonaro. É que um posicionamento mais radical dos bolsonaristas dará ao PT os argumentos para que o ex-presidente reforce o discurso de fiador da democracia e o clima de Diretas Já que os petistas tentam criar desde o início da campanha.

Nos bastidores, há quem diga que nesse discurso de Bolsonaro, amanhã, está a chave para que o PT renove a esperança de uma vitória em primeiro turno ou se prepare para o segundo.

Fachin joga gasolina

A decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que suspendeu decretos sobre armas às vésperas do 7 de Setembro, foi lida como uma forma de provocar os bolsonaristas a elevarem o tom amanhã. Os conselhos dos aliados são no sentido de que Bolsonaro ignore essa decisão em seu discurso dos 200 anos da Independência.

A esperança de Simone
Não são apenas Bolsonaro e Lula que observam atentos o 7 de Setembro. Apoiadores da candidata do MDB, Simone Tebet, também esperam que um discurso radical do presidente na data nacional faça com que uma parte do empresariado migre para a campanha dela.

Barroso expõe Legislativo
Ao suspender a vigência do novo piso da enfermagem, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, manda um recado ao Poder Legislativo: antes de aprovar qualquer aumento de gastos, ou investimentos, é preciso combinar com quem vai pagar a conta. Caso contrário, o tema vai parar na Justiça.

Se colar, vai
A compilação das pesquisas estaduais do Ipec, divulgadas em cada estado, indica que Bolsonaro tem o apoio de, pelo menos, quatro governadores-candidatos: Gladson Cameli (AC), Ibaneis Rocha (DF), Antonio Denarium (RR) e Carlos Moisés (SC). A ideia é tentar “colar” nos candidatos aos governos estaduais que podem ajudar a alavancar a campanha presidencial.

Herança maldita
Pedro Guimarães deixou mais do que um legado de assédio moral e sexual na Caixa Econômica Federal. Na reunião em que tratou do acordo coletivo em São Paulo, no mês passado, empregados reclamaram das condições de trabalho — como, por exemplo, a situação precária dos equipamentos. Pelo menos parte dos computadores estão sem renovação há cerca de uma década, o que prejudica a segurança de informações e a produtividade, apontada como uma bandeira da presidente, Daniella Marques.

Veja bem/ Observador das eleições colombianas deste ano, o então ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Mauro Campbell foi chamado a conhecer o sistema de coleta de votos do México, apresentado a todos que foram acompanhar as eleições colombianas. Não saiu muito convencido.

Veja bem II/ Ao ver a máquina que depositava o voto impresso num dispositivo ao lado para contagem posterior, a primeira pergunta que Campbell fez aos mexicanos: “Sim, e quem vai guardar essa urna para futura contagem? O senhor, na sua casa? O cofre do Banco Central?” Foi um constrangimento geral.

Veja bem III/ Ao ouvir a resposta “a municipalidade”, o ministro fez aquela cara de “sei”. E seguiu adiante, certo de que o sistema brasileiro é muito mais confiável. Um grupo atrás do ministro filmou a conversa dele com os mexicanos.

Simone Tebet/ A candidata do MDB à Presidência da República é a entrevistada de hoje, no CB.Poder, ao vivo, logo após o horário gratuito. Esperamos você na TV Brasília e nas redes sociais do Correio Braziliense.

Alta do PIB é comemorada por aliados do presidente

Publicado em coluna Brasília-DF

O crescimento de 1,2% do PIB do trimestre, acima do esperado pelo mercado, foi comemorado pelos políticos da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) como o motor para este último mês da corrida eleitoral. A ideia é a de que os programas no rádio e na tevê passem a bater bumbo sobre tudo aquilo que foi aprovado e proposto pelo governo e seus aliados, do período da pandemia para cá. A ordem é reforçar o discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a melhoria se deve à política de governo.

A avaliação da equipe do presidente é de que será difícil os adversários conseguirem desconhecer o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e a queda do desemprego. Os adversários, porém, dizem ter uma resposta para isso: se a população não sentir essa melhora na vida e no bolso, o governo pode bater bumbo à vontade que o resultado será nulo.

300 por Bolsonaro

Os bolsonaristas esperam 300 ônibus vindo de várias regiões do país para acompanhar o 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios. Logo após o desfile oficial, o presidente sai da solenidade para fazer um discurso para esse pessoal. Aí, já será ato de campanha.

Por falar em campanha…
O advogado do presidente Jair Bolsonaro, Tarcísio Vieira de Carvalho, já orientou a ministros que não misturem agendas de campanha às viagens oficiais nesse período. É que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já avisou que não vai aceitar.

Veja bem
O 7 de Setembro no Rio de Janeiro está no meio do caminho. O presidente foi convidado para um ato oficial no Forte de Copacabana. Quando terminar, vai sair do evento oficial e deve subir num trio elétrico na Avenida Atlântica. Só aí é campanha. Mas a viagem para o ato oficial será custeada pelo Planalto. Pelo menos, essa é a ideia de parte dos políticos encarregados da campanha.

E o Lula, hein?
A ideia do ex-presidente é contar com os aliados nos estados. Na maioria deles, todos os que têm o apoio do ex-presidente o exibem no horário eleitoral como o líder das pesquisas, conforme apontou o Datafolha desta semana.

Por falar em Datafolha…
A pesquisa de Minas Gerais em que Romeu Zema (Novo) desfila com 52% das intenções de votos foi vista como um problema para o governo. É que se Zema vencer no primeiro turno, a desmobilização em Minas será geral para a eleição presidencial em segundo turno.

Enquanto isso, em São Paulo…/ O segundo turno para governador é uma certeza. Falta definir quem vai. A aposta dos petistas é de que concorrer contra Tarcísio de Freitas (21%), do Republicanos, será mais fácil, porque parte dos votos de Rodrigo Garcia (15%) seguirão para Fernando Haddad, que mantém a liderança, com 35%. O difícil, segundo deputados do PT, é uma parte dos votos de Tarcísio caminhar para o petista.

Segurança tensa/ A segurança de Bolsonaro pretende ocupar o alto dos prédios no Flamengo, Botafogo e Copacabana no 7 de Setembro.

Ele…/ A pesquisa Datafolha no Rio de Janeiro, que apontou o senador Romário na liderança, com 31%, e Alessandro Molon (PSB) em segundo, com 12%, foi motivo de reclamações dos petistas. Eles calculam que, se não fosse a candidatura de Molon, André Ceciliano (PT) estaria em melhor situação.

… que lute/ Ceciliano aparece com 6%, metade das intenções de Molon, com um crescimento de três pontos em relação à pesquisa anterior. Só tem probleminha: Molon está na frente de Ceciliano. Logo, os socialistas consideram que se alguém precisa desistir, que seja o petista.

Orçamento para 2023 prevê R$ 19 bilhões para emendas secretas

Publicado em coluna Brasília-DF

A contar pelo Orçamento da União enviado ao Congresso esta semana, as emendas de relator estão mantidas e com o aval do atual governo. Aliás, se depender da disposição da maioria dos parlamentares, os R$ 19 bilhões das emendas não serão modificados, porque os congressistas já se acostumaram com esse modelo e ninguém quer abrir mão, nem os aliados do PT.

Além das emendas de relator — o chamado orçamento secreto —, o Auxílio Brasil de R$ 600 está no radar dos políticos, ainda que esse valor não esteja previsto. Isso significa que o Orçamento enviado ao Congresso é uma peça com prazo de validade até a eleição. O pós-eleições é que dará a negociação do orçamento real de 2023.

Teto balança

Seja quem for o presidente eleito, virá uma pressão sobre o teto de gastos. O orçamento de promessas feito por todos os candidatos não cabe no atual teto. Ou seja, novembro e dezembro serão de muitas negociações.

Simone empata com Ciro
A pesquisa XP/Ipespe sugere que os votos dos candidatos na região Sudeste não estão consolidados. A pesquisa de agosto indica que Lula (PT), o líder, perdeu três pontos, de 41% para 38%, enquanto Simone Tebet (MDB) subiu de 5% para 9%, empatando com Ciro Gomes Bolsonaro variou um ponto, de 36% para 37%. Felipe D’Ávila (Novo) subiu de 1% para 4%.

Noves fora…
A subida dos candidatos da chamada terceira via dá a eles a certeza de que a eleição caminha para o segundo turno. Em princípio, entre o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro. A série histórica da pesquisa indica que de março para cá, a avaliação positiva do governo subiu de 26% para 35%, no mesmo sentido caminhou a intenção de voto em favor do presidente. Lula, por sua vez, continua liderando. Tinha 43% em março e continua com os mesmos 43% em agosto.

Ganhou, mas…
… Dificilmente vai levar. A confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) calcula que 440 mil profissionais de saúde ficarão sem emprego, caso o governo não encontre meios de financiar o novo piso da enfermagem. A ideia é ou desonera a folha de pagamentos ou reajusta o valor pago pelo SUS em, pelo menos, 25%.

Não era, mas é/ Ana Cristina Vale, a mãe de Jair Renan, chega à corrida eleitoral na defensiva. Há um ano, ela disse que a mansão em que mora não era dela e sim alugada. Agora, declarou à Justiça Eleitoral a casa como de sua propriedade.

Ela que lute/ A campanha do presidente Jair Bolsonaro e o PL querem distância dessa confusão. Se a mansão é de Ana Cristina, ela é que deve dar explicações a respeito.

O diabo mora nos detalhes/ Depois da boa performance no debate, Ciro Gomes tropeça no discurso, ao mencionar que seria difícil explicar sua proposta para a “favela”. Soou como Eduardo Paes, ao, numa conversa sobre o sítio de Lula em Atibaia, comparar, de forma desrespeitosa, a cidade ao município de Maricá, no Rio de Janeiro.

E detalhe derrota muita gente/ Maricá, em 2018, castigou Eduardo Paes, dando a vitória a Wilson Witzel. Este ano, a cidade perdoou o prefeito do Rio e concedeu a ele o título de cidadão do município.

Mais pobres serão alvos preferenciais de Lula e Bolsonaro

Publicado em coluna Brasília-DF

Passado o primeiro debate, as campanhas se voltam para os mais pobres, que demonstram preferência por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na tevê, Jair Bolsonaro (PL) manterá a estratégia de colar o Auxílio Brasil no valor de R$ 600, e o Bolsa Família nos R$ 192. Os bolsonaristas registraram, ainda, a forma como o PT abordou o benefício no horário eleitoral gratuito esta semana e ficaram com a impressão de que estão no caminho certo, uma vez que o programa petista de rádio desta semana foi dedicado a este tema, com o locutor dizendo que apenas Lula manterá o valor de R$ 600. O petista, aliás, terá outras inserções com referência aos programas sociais de seu governo. O estica e puxa pelos mais pobres e por obras continuará até o final da eleição.

Essa disputa por programas e projetos de governo é mais um ponto que tira de Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (UB) e Felipe D’Ávila (Novo) a perspectiva de quebrar a polarização. Mas nenhum deles desistirá no meio do caminho.

Tudo em paz

Os filmes publicitários e as inserções da campanha pela reeleição de Bolsonaro conseguiram apaziguar os diferentes núcleos: político, ideológico e a própria comunicação. Os vídeos mais elogiados pelas três instâncias são o da primeira-dama Michelle Bolsonaro sobre a água, e o do próprio presidente falando do Pix. A criação, o roteiro e a direção dos comerciais são do marqueteiro Duda Lima.

Ranking de corrupção
O PT ainda não definiu como vai explorar a compra de imóveis com dinheiro vivo pela família Bolsonaro, conforme notícia publicada pelo site Uol. Uma ala do PT tem o receio de que muitos ataques nessa seara coloquem novamente em campo a delação de Antonio Palocci, altamente explorada pelos bolsonaristas nas redes sociais, e vire um tiroteio de quem é “o menos pior” nessa seara.

Por falar em receio…
O crescimento de cinco pontos de Cláudio Castro (PL) na pesquisa Ipec para o governo fluminense fará com que o PSB aumente a pressão para que Lula tenha mais agendas no Rio de Janeiro.

A chave para subir…
A análise do cientista político Alberto Almeida sobre a pesquisa CNT/MDA desta semana relaciona a melhoria da avaliação do governo Bolsonaro à redução da distância entre o presidente e Lula na corrida eleitoral. Almeida lembra que, de fevereiro para cá, a consulta CNT/MDA detectou que o ótimo e bom do governo medido pela mesma pesquisa subiu de 26% para 33%. O mesmo instituto mostrou que, em fevereiro, Lula estava 14 pontos à frente de Bolsonaro. Hoje, essa diferença caiu para oito pontos.

…é o governo
Em seis meses, a avaliação positiva do governo subiu sete pontos e a diferença entre Lula e Bolsonaro caiu para seis pontos. Alberto Almeida conclui: “A avaliação do governo será o fator preponderante para definir a eleição daqui a 32 dias”.

PSD dividido em Minas/ O ministro da Agricultura, Marcos Montes (PSD), avisa que não fará campanha para o candidato de seu partido ao governo do estado, Alexandre Kalil. “O rumo que ele tomou nos tira da campanha dele”, diz, referindo-se à aliança com o PT.

Carreira solo/ O Republicanos de Damares Alves tem dedicado seus programas eleitorais na tevê à ex-ministra. Ela aparece, inclusive, no programa dos candidatos a deputados federais do partido. Já o governador Ibaneis Rocha, que tem o apoio do partido, não é sequer citado. Damares tem como suplente Manoel Arruda, do União Brasil.

Por falar em União Brasil…/ O partido de Manoel Arruda tem Soraya Thronicke como candidata a presidente. Ela será a entrevistada de hoje no CB.Poder, logo após o horário eleitoral gratuito do início da tarde.