Suspense sobre o dinheiro

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Atenção, partidos que desejam devolver o fundo eleitoral aos cofres públicos, caso do Agora e, segundo Jair Bolsonaro, do seu partido, o PSL: se brincarem, vão ampliar os recursos à disposição do adversário. É que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não decidiu o que fará com os recursos devolvidos. Há duas hipóteses. A primeira é aplicar nesse fundo a mesma regra que vale para o tempo de tevê — quando um partido não tem candidato a presidente da República, o tempo é redistribuído proporcionalmente entre os outros partidos com candidato. A outra hipótese é devolver aos cofres públicos, como é feito quando um partido não usa adequadamente os valores e é condenado a restituir os recursos. A tendência do TSE hoje é aplicar a mesma regra do tempo de tevê. Ou seja, se, no decorrer dos dias, esse entendimento não mudar, quem não quiser usar a sua quota vai ajudar o adversário.

Lava-Jato fica onde está
A turma que está com receio de ver o processo nas mãos do juiz Sérgio Moro ficou mais tranquila ao saber que os crimes cometidos em função do exercício do mandato ficarão no Supremo Tribunal Federal. Pelo menos, a maioria. É que muitos já eram deputados ou senadores e estão sob investigação, ou são réus, justamente por causa do toma lá dá cá no exercício da função. E, sabe como é: Moro costuma ser rápido em seus julgamentos, assim como o TRF-4. Lula que o diga. Já o STF…

Lava-Jato II
A operação “Câmbio, desligo” religou o sistema de alerta máximo da classe política. Parlamentares têm a plena certeza de que os doleiros não vão aguentar cadeia e contarão tudo o que sabem. Vem por aí, avaliam as excelências, pelo menos mais quatro anos de investigações. É a corrupção no país com cara de saco sem fundo.

E vem mais
No meio da turma de doleiros e operadores presos está inclusive o tal Júnior, que teria saído de Brasília e ido a Salvador entregar o dinheiro ao ex-ministro Geddel Vieira Lima. A esperança da polícia é obter mais detalhes sobre a dinheirama encontrada em malas e caixas num apartamento, imagem que vai acompanhar o ex-deputado pelo resto da vida.

O que quer que eu diga?
Teve personagem preso ontem que já chegou à prisão disposto a falar. A Polícia é que ainda não está preparada para os depoimentos. Antes de ouvir a turma do dólar- cabo, a PF quer analisar papéis e conteúdo de HDs apreendidos na “Câmbio, desligo”.

Yes, he can
As principais embaixadas no Brasil têm procurado o ex-ministro Joaquim Barbosa para saber o que ele pensa a respeito das relações internacionais e da economia. Alguns embaixadores têm se referido ao ex-ministro como o Obama Tropical.

Pelo jeitão de Gleisi…/ A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chegou a se intrometer na entrevista que era concedida por Jaques Wagner, em Curitiba, depois da visita ao ex-presidente Lula. Os repórteres queriam saber se alguém tinha mencionado aliança com Ciro Gomes. Ela respondeu de forma ríspida que Ciro não é pauta do PT. Logo, se depender dela, não tem aliança nem hoje nem nunca.

Dino que se prepare/ O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não terá vida fácil na campanha. É que a perspectiva, a preços de hoje, é de um segundo turno entre ele e a
ex-governadora Roseana Sarney (foto). E desta vez, na batalha final, Roseana tende a abarcar o apoio de todos os demais concorrentes.

Olho nele/ Jair Bolsonaro segue com seus 20% nos levantamentos de intenção de voto e posando para selfies em aeroportos pelo país. Foi assim, por exemplo, no voo da Avianca que saiu do Rio para Brasília na última quarta-feira, às 12h50.

Por falar em Bolsonaro…/ A corrida dos pré-candidatos à Agrishow, em Ribeirão Preto, e à ExpoZebu, em Uberaba, faz sentido. É que os jovens do setor começam a olhar Bolsonaro com bons olhos. E sabe como é: há um velho ditado, muito repetido no interior, “quem chega primeiro bebe água limpa”.

“Só nós? Cadê os outros?”

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Senadores e deputados formaram praticamente um consenso sobre o foro privilegiado. Com o Supremo Tribunal Federal prestes a terminar com esse benefício aos parlamentares, a ordem entre os congressistas será estender aos demais cargos que hoje desfrutam desse tipo de foro. O próprio STF, entretanto, pretende tratar desse tema. Para muitos ministros, tornou-se inevitável acabar com o foro para todos os atos não-funcionais, seja de juízes, promotores, e quem mais chegar. O contribuinte agradece. Há quem diga que passou da hora de resolver o caso de juízes que, quando flagrados em atos ilícitos, são simplesmente aposentados.

Em tempo: para o Congresso acabar com o foro das demais categorias, precisaria primeiro terminar a intervenção federal no Rio de Janeiro. É que esse assunto é tratado numa proposta de emenda constitucional, que não pode ser votada em caso de intervenção nos estados.

Aécio bate o martelo
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aguarda apenas a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o foro para comunicar em breve
seus planos eleitorais. Já decidiu, entretanto, que não concorrerá a um novo mandato de senador. Falta definir se buscará uma vaga na Câmara dos Deputados.

Batmania versus
Super-Homem
O Código de Processo Penal, em análise na Câmara, é um pote de guerras. Além das já detalhadas aqui, sobre prisão em segunda instância, o Ministério Público tenta, por exemplo, passar a comandar as investigações e, por tabela, mandar na Polícia Federal. A guerra está feia nos bastidores da comissão especial, que não consegue se reunir. Mais um tema em atraso na Casa, para se somar a tantos outros.

Álvaro e o tempo
Pré-candidato a presidente da República pelo Podemos, o senador Alvaro Dias passa o mês de maio dedicado a tentar uma aliança com o PRB, de Flávio Rocha, ou Democratas, de Rodrigo Maia. Tudo por causa do tempo de tevê. É que, se permanecer restrito ao Podemos, o senador ficará praticamente apagado quando a campanha começar no rádio e na tevê.

Risco calculado
Essas alianças que Álvaro Dias procura, entretanto, deixam o senador com um problema: a união a partidos da chamada “velha política”, algo que ele tem evitado. Mas é a única forma de ampliar o tempo de tevê e, com isso, o alcance da campanha.

Ela vai/ Danielle Dytz, a filha mais velha de Eduardo Cunha (foto), será mesmo candidata a deputada federal pelo MDB, e as apostas dos partidos são as de que ela tem tudo para ser eleita, uma vez que herdará a comunidade evangélica que apoiava o pai.

Se brincar…/ Se Danielle for eleita, talvez tenha tempo de inaugurar a foto do pai na galeria de ex-presidentes da Câmara. Até agora, os retratos de Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha, ambos presos, não foram colocados na parede onde estão lembrados Ulysses Guimarães, Nereu Ramos e outros tantos ilustres.

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa I/ Na Casa Thomas Jefferson da 606 Norte, a Missão Diplomática dos Estados Unidos promove o painel “Mantendo o poder sob controle: a mídia, a Justiça e o estado de direito”, com a participação da diretora de redação do Correio Braziliense, Ana Dubeux; do criador do site Boatos.org, Edgar Matsuki; do diretor da Faculdade de Comunicação da UnB, Fernando Paulino, e Gisele Rodrigues, que representará a Secretaria de Comunicação Social da Câmara dos Deputados.

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa II/ No período da tarde, o tema será objeto de debate no 10º Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia, no auditório da OAB.

Efeito Palocci

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A denúncia que a procuradora-geral, Raquel Dodge, apresenta contra Lula, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro Antonio Palocci foi vista como uma resposta dos procuradores aos policiais federais que fecharam a delação de Palocci, recusada no ano passado pela PGR. Os procuradores temem que os próximos delatores — sim, eles existem — prefiram recorrer aos policiais deixando de lado o protagonismo que o Ministério Público obteve até aqui. É que as tratativas de Palocci na PF foram feitas em silêncio, enquanto a dos procuradores vazaram no fim do ano passado.

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Dodge aproveita o texto para reforçar que não dependeu apenas dos delatores. Ela cita o cruzamento de documentos feito pela autoridade policial e outros recursos, como quebra de sigilo telefônico, requerida pelo MPF. Ou seja, a PF pode até ter feito a delação de Palocci e não o MPF. Mas o Ministério Público não vai entregar o protagonismo de mão beijada.

Faltam só os presos?

O presídio de segurança máxima de Brasília, cujas instalações estão prontas desde outubro, tem capacidade para 208 detentos, e, se brincar, corre o risco de se tornar mais uma obra sem uso das tantas que o cidadão presencia diariamente. A inauguração já foi adiada por duas vezes, porque ainda faltam alguns equipamentos e pessoal. Ainda não houve, por exemplo, a contratação de novos agentes penitenciários federais. Faltam ainda… presos designados para cumprir pena ali.

Por falar em segurança federal…

Já tem gente no governo pensando em sugerir ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que as novas e modernas instalações sejam destinadas aos detentos da Lava-Jato. Porém, presos é que não vão faltar. Especialmente em se tratando de um país com quase meio milhão de mandados de prisão não cumpridos.

Nem tão cedo

A depender dos trâmites no Conselho de Ética, a Casa não julgará os deputados que respondem a processo antes das eleições de outubro. Maio chegou, no final do mês tem um novo feriadão (Corpus Christi), depois, Copa do Mundo, festas de São João no Nordeste e, em seguida, o recesso parlamentar.

Candidatos indoor

As dificuldades em citar os investigados é mais um ingrediente que reforça a tendência de todos irem às urnas sem serem incomodados. Obviamente, a campanha dessa turma estará restrita à internet, porque não dá para sair à rua.

Disputa/ Os petistas ligados aos sindicatos apostam nos bastidores que conseguem reunir mais gente no ato de hoje, em Curitiba, do que no tradicional ato em São Paulo que, pela primeira vez, reunirá todas as centrais. Aliás, hoje o PT pretende promover, pelo menos, 17 atos em defesa de Lula pelo Brasil.

Temer na roda/ O presidente Michel Temer (foto) vai quinta-feira à Agrishow, a feira internacional de tecnologia do campo, em Ribeirão Preto, cidade administrada pelo tucano Duarte Nogueira. Bolsonaro passou por lá ontem. A contar pela receptividade, não pode nem deve ser desprezado pelos adversários na corrida eleitoral.

Uma coisa e outra coisa/ Temer não irá até lá como pré-candidato a presidente da República, uma vez que não será. Sua presença se refere ao fato de ser presidente da República, disposto a demonstrar que não tem medo de locais públicos.

AGU libera a vaquejada/ Em parecer técnico enviado ao STF, a AGU se manifestou favoravelmente à Emenda Constitucional 96/2017, que regulamenta os esportes equestres no Brasil, entre eles a vaquejada. A emenda é contestada no Supremo por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Para a AGU, a prática da vaquejada é uma manifestação cultural em que não existem maus-tratos aos animais.

Assustou e irritou

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O fato de a Polícia Federal elencar a filha do presidente Michel Temer como testemunha no inquérito dos portos serviu de combustível para o tom incisivo que o emedebista adotou em seu pronunciamento no Planalto. Temer não se conforma com o fato de, em quatro meses, a Polícia Federal não ter concluído o inquérito. Há a convicção no Planalto de que os vazamentos desta semana e a convocação de Maristela vieram sob encomenda para garantir mais uma prorrogação. Na avaliação de ministros, se houvesse fato concreto para oferecer denúncia contra o presidente, a PF já teria encerrado as investigações. Ao pedir nova prorrogação, a PF deixa Temer ainda mais desgastado e exposto politicamente. Para quem precisaria se dedicar neste período pré-eleitoral à montagem das candidaturas do partido pelo Brasil afora, é o pior dos mundos.

Tarde demais I

Os petistas ainda tentaram uma reaproximação com o ex-ministro Antonio Palocci para demovê-lo da delação premiada. Não deu certo. Palocci mandou dizer que, ao longo de todo o período na prisão, não recebeu sequer um telefonema de solidariedade. Tampouco foi chamado de “guerreiro do povo brasileiro”.

Tarde demais II

Palocci põe o PT em grandes dificuldades. Afinal, se for tudo comprovado, até o registro do partido estará sob risco.

Renan vai a Lula

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) pediu para seus advogados requisitarem um horário para que ele possa visitar o ex-presidente Lula na sede da PF, em Curitiba, onde o petista cumpre pena.

Precavidos

Além do pedido à juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, os advogados planejam preparar também recurso à instância superior. Afinal, Renan quer deixar bem claro que se trata de uma visita e não de uma inspeção.

Casamento eleitoral

O PT claramente escolheu o deputado Jair Bolsonaro para brigar em plenário, observa o deputado Beto Mansur (MDB-SP). E o PT não esconde essa estratégia. Em conversas reservadas, os petistas têm a certeza de que uma disputa entre Bolsonaro e um candidato de Lula no segundo turno é a certeza do retorno do partido ao poder.

No embalo do casório…

O bate-boca entre petistas e bolsonaristas serviu de motor para o manifesto que o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) e o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) planejam fazer no mês que vem. A ordem é deixar claro que o país não merece esse “populismo autoritário” de esquerda e de direita.

Quem não chora…/ O senador Dário Berger (MDB-SC) chegou irado ontem ao quarto andar do Palácio do Planalto. Foi cobrar o corte de R$ 1 milhão em suas emendas parlamentares. Estava tão bravo que conseguiu repor os recursos.

Se não pode derrotá-los…/ … Junte-se a eles. Na pré-convenção que o MDB de Minas Gerais fará nesta terça-feira, Adalclever Lopes vai defender que o partido tenha candidato próprio ao governo estadual. Tudo porque as consultas internas indicaram que essa é a preferência dos convencionais. Mas, como as convenções oficiais para escolha de candidatos serão apenas em julho, tudo pode mudar no balanço dos dias.

Segurança em debate I/ O 8º Seminário Internacional de Direito Administrativo e Administração Pública terá como tema a segurança pública. A organização é do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e da FGV projetos, em 24 e 25 de maio, no auditório do IDP em Brasília. Em discussão, temas como sistema único de segurança, gastos públicos, encarceramento feminino.

Segurança em debate II/ Já confirmaram presença no seminário o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann (foto), e o deputado português Vitalino Canas, autor da legislação sobre criminalização das drogas em Portugal.

Antes do tsunami Palocci

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Cresce entre os petistas a ideia de fazer uma campanha do tipo “sou Lula, sou PT”. O objetivo é colar o partido em, pelo menos, uma boa parte dos 31% que, segundo o último Datafolha, afirmam votar em Lula mesmo com o ex-presidente preso. O PT está convicto de que, quanto antes essa campanha for lançada, melhor para os candidatos da legenda e para quem assumir a vaga de candidato mais à frente. Especialmente agora, depois da delação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, é preciso fazer tudo o que for possível para transferir o potencial eleitoral de Lula para o partido. Se deixar para mais à frente, quando a delação de Palocci estiver na boca do povo, ficará difícil.

Queridos, ele
encolherá o partido

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) fez as contas. Dos 18 senadores do MDB, apenas quatro têm mais quatro anos de mandato e a perspectiva é de eleger mais sete, “se o Michel não aparecer nos estados”, diz ele. “Se o Michel colar sua imagem nos nossos candidatos, vai derrotar todos”, afirma o senador.

Vai ter guerra

Renan cita o exemplo da senadora Marta Suplicy, considerada um nome com bom potencial eleitoral: “O problema é como sair de mãos dadas com Michel nas ruas de São Paulo? Renan Filho tem 69% em Maceió. Como condenar um jovem promissor a apoiar Temer ou Henrique Meirelles?”, pergunta, num ensaio do que dirá em julho, na convenção do partido, contra Temer e Meirelles.

E Renan tem razão

Até os aliados de Temer, como, aliás, já foi dito aqui na coluna, já tratam Temer como carta fora do baralho eleitoral. Querem ter mais dinheiro para as campanhas estaduais e, de quebra, evitar o risco de se verem associados à rejeição do governo. Nesse sentido, o desfile pelos estados combinado com a cúpula partidária será mais para manter a tropa aliada unida do que propriamente alavancar um candidato.

Cultura no plenário/ O senador Renan Calheiros terminava ontem um discurso em homenagem póstuma ao cineasta Nelson Pereira dos Santos, quando o senador Hélio José (foto), do Pros-DF, que presidia a sessão, decidiu fazer um comentário, “Nelson Pereira dos Santos fez muitos filmes importantes, inclusive, Lula, filho do Brasil, que conta a história do ex-presidente. Ah, foi o Barreto?”. E, na hora, a rádio Senado corta o som do plenário.

Troca de cadeiras/ Quando o som da sessão voltou, Renan, que soprou ao colega que o filme sobre a vida de Lula é de Fábio Barreto, estava presidindo a sessão para que Hélio José proferisse seu discurso.

Meu ódio será sua herança/ O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes (MDB), avisou há mais de uma semana que o governador do estado, Fernando Pimentel, não perdia por esperar a “traição” ao emedebista. Desde que Dilma Rousseff transferiu seu domicílio eleitoral para concorrer a uma vaga ao Senado, Adalclever só se refere a Pimentel com palavras que levariam muitos a tirarem as crianças da sala.

Socialismo a la Rubinho/ Só na última quarta-feira, 25, é que a bancada do PSB na Câmara soltou uma nota saudando a filiação de Joaquim Barbosa ao partido. Vai virar meme com a assinatura do piloto Rubinho Barrichello

Potes de mágoas

Publicado em coluna Brasília-DF

O senador Aécio Neves esteve com o presidente Michel Temer e, no encontro, ficou patente que os dois têm muita coisa em comum. Primeiro, dizem aliados de Temer, houve a certeza de que a relação entre o senador e o ex-governador Geraldo Alckmin vai de mal a pior. Aécio não gostou nada de ver Geraldo Alckmin dizer com todas as letras que o mineiro não deveria concorrer a um novo mandato. Temer não perdoa Alckmin por causa dos cinco votos de São Paulo a favor da última denúncia apresentada por Rodrigo Janot. Era uma votação para matar ou morrer, e o então governador paulista não levantou um dedo para salvar o presidente da República. Há quem diga que essa união será mais um problema para Geraldo Alckmin, além das questões de São Paulo (leia notas criatura versus criador).

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As palavras união e probidade, aliás, estiveram na reunião do PSDB ontem à tarde. Alckmin lembrou que o PT defende até quem está condenado e preso, enquanto “nós não defendemos nem os que não são nem réus”. Citou apenas o próprio caso, de quem mora no mesmo apartamento, de menos de 150 m², há 25 anos. “Nossas posses são as mesmas e isso deveria ser suficiente. Foi uma questão de campanha que já está superada”, disse, referindo-se ao processo que responde na Justiça Eleitoral em São Paulo. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) estava do lado. Ninguém tocou no nome de Aécio Neves.

Esqueceram dela

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não pretende deixar quieta a decisão da segunda turma do Supremo Tribunal Federal, de tirar das mãos do juiz Sérgio Moro a parte da delação da Odebrecht sobre o sítio de Atibaia atribuído a Lula. A ideia na Procuradoria é recorrer assim que for publicado o acórdão.

Criatura versus criador I

O ex-governador Geraldo Alckmin e o ex-prefeito de São Paulo João Doria, ambos do PSDB, tiveram uma conversa nada amistosa no último domingo. Alckmin saiu da casa de Doria contrariado e com cheiro de ameaça. Aliados do ex-prefeito voltam a insuflar uma pré-candidatura a presidente da República. O ex-prefeito, entretanto, sempre responde assim: “Tem gente dizendo que eu quero ser candidato a presidente, mas é mentira, viu?” E, até aqui, é mentira mesmo. O PSDB não cogita substituir seu pré-candidato a presidente. Porém, a turma do prefeito vai forçar a porta.

Criatura versus criador II

Doria quer que Alckmin o ajude a construir uma aliança mais forte e também auxilie na campanha. Se o ex-governador não o fizer, arrisca ter o ex-prefeito jogando contra. Aliás, a situação de São Paulo foi lembrada na reunião de ontem do PSDB como algo que Alckmin precisa administrar com todo o cuidado e paciência. Afinal, enquanto Márcio França (PSB) junta partidos, Dória faz movimentos mais nacionais. O maior risco nessa situação é não ter nem Doria nem França dedicados a pedir votos ao tucano na eleição presidencial.

Por um fio

Nos bastidores da sessão em homenagem ao ex-deputado Luís Eduardo Magalhães, a mesma turma do DEM que aplaudia de forma efusiva o presidente da Casa, Rodrigo Maia, comentava: “Hoje, só quem segura a pré-candidatura de Rodrigo à Presidência da República é o próprio Rodrigo”.

Discretíssimo/ Jair Bolsonaro foi à sessão de homenagem póstuma ao ex-deputado Luís Eduardo Magalhães. Na maior parte do tempo, não tirou os olhos do celular e, de quebra, não se mostrava muito bem-humorado quando alguém se aproximava dele e do filho.

Lembrado/ Ausente à sessão por problemas de saúde, o professor Di Gênio, dono do colégio Objetivo e um dos maiores amigos do ex-deputado, foi citado no discurso de Heráclito Fortes (foto).

Dinheiro parado?/ Ao contrário do que foi dito aqui, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), apresentou
R$ 210 mil como “numerário em caixa” nas eleições de 2010. Agora, tinha R$ 200 mil. Ter dinheiro em casa não é crime. Mas, o sujeito não gasta nem aplica… Quem pode, pode, né?

Por falar em dinheiro… / A classe política costuma dizer que, depois dos R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima (MDB-BA), essa história de R$ 200 mil em casa é “troco”.

“Agora vai”

Publicado em coluna Brasília-DF

Os petistas comemoraram a decisão do ministro Edson Fachin de levar o recurso do ex-presidente Lula para a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na qual os julgamentos sobre soltura de presos da Lava-Jato costumam ter uma chance maior de sucesso. O que enche os petistas de esperança é que quatro dos cinco ministros que integram a segunda turma votaram a favor do habeas corpus de Lula em plenário, no início do mês.
Os petistas estão tão confiantes que já traçaram inclusive alguns planos, como, por exemplo, levar o ex-presidente ao Nordeste, onde a receptividade será muito diferente daquela que Lula encontrou no Sul do país.

Risco total
No Planalto, o ambiente político a partir da derrocada da MP 808, da reforma trabalhista, é considerado preocupante. O principal pilar do governo Michel Temer é apoio congressual para levar projetos importantes adiante, ainda que
tenha deixado de lado a reforma da Previdência. Se não consegue sequer votar uma MP, arrisca perder o lastro
que resta.

Jogo de empurra
O governo aponta o dedo para os congressistas, que, por sua vez, culpam o Poder Executivo pela queda da MP 808. Sinal de que a base não está tão unida quanto parece.

Carta-reforço
A tal carta, em que Lula diz ao partido para ficar à vontade nos movimentos eleitorais, foi vista por setores do partido como um jogo de cena para levar o PT a reforçar a pré-candidatura do ex-presidente. E assim o partido fez. Afinal, ninguém tem dúvidas de que o PT vai rachar no dia em que Lula deixar de ser o candidato. Aliás, já estava rachando.

Alckmin refaz os planos
Havia alguns dias, o ex-governador Geraldo Alckmin se dizia meio constrangido em procurar partidos que têm pré-candidatos a presidente da República para propor alianças. Agora, diante da corrida em que todos conversam com todos, ele mudou de ideia. Vai buscar todos. A prioridade é o DEM, de Rodrigo Maia, que já está de conversa com Alvaro Dias. Há quem diga que a próxima onda será a do senador paranaense. Dias, entretanto, não tem pressa. Seus aliados esperam que essa onda só venha em setembro, precisamente, nas vésperas da eleição.

Segura eles!/ Os comandantes regionais do MDB vão se reunir hoje com o presidente Michel Temer no Alvorada. A ordem é saber como está a montagem dos palanques regionais e promover uma reaproximação entre os diretórios do governo federal.
Só se for no laço/ Em muitos casos, os prefeitos já debandaram. Em São Paulo, há uma maioria com Márcio França (foto) e com a candidatura de Geraldo Alckmin a presidente da República.

Por falar em Márcio…/ O governador paulista tem dito que a ordem dos fatores no partido é a seguinte: primeiro, Joaquim Barbosa terá que dizer se deseja ser candidato. Se quiser, aí caberá à legenda decidir.

Mal ou bem…/ O PSB e seu pré-candidato vão ocupando espaço nesse lusco-fusco, quando os candidatos ainda não estão em campanha, porém, a política gira em torno da eleição. O PSB, que era considerado meio carta fora do jogo, agora, entrou.

“Limonada esperta”

Publicado em coluna Brasília-DF

A pré-candidatura do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), à Presidência da República passou a respingar óleo quente no governo. Há quem considere que ele tem sido muito “tolerante” com a obstrução do PT e ao PSol, prejudicando as votações na Casa. Enquanto isso, os apoiadores de Rodrigo, especialmente os deputados do PP, usam a pré-candidatura para colocar a espada no pescoço do governo.

Aliás, o jogo de Rodrigo com o PT e o PSol fez soar no PP a desconfiança de que o atual presidente da Câmara atua para manter as portas abertas com os petistas para o caso de concorrer a um novo mandato de deputado federal e, por tabela, mais um a presidente da Câmara. Os pepistas, que se consideram mais espertos que todos os demais partidos, não reclamaram com o presidente da Casa e fizeram do limão uma limonada. Mantiveram o apoio a Rodrigo, porém, certos de que esse período pré-eleitoral é o último para arrancar alguma coisa do Planalto. Se Rodrigo decolar mais à frente e se mostrar viável enquanto candidato a presidente, o partido o apoiará. Senão, buscará outro campo. O problema aí é a esperteza comer o esperto.

Preocupou
O “problema de agenda” que, segundo a Procuradoria Geral da República, tirou a procuradora Raquel Dodge da solenidade de entrega da medalha Ordem do Rio Branco deixou os aliados do presidente Michel Temer um pouco mais apreensivos. Porém, avaliam, não dá para morrer de véspera. A única coisa a fazer é seguir trabalhando.

Se for assim, Joaquim vai
A pesquisa de intenção de voto divulgada neste fim de semana pelo site Poder360, feita pelo instituto DataPoder 360, foi vista pelo PSB defensor da candidatura do jurista Joaquim Barbosa como mais um argumento para insistir na empreitada. Jair Bolsonaro (PSL) na liderança, na casa dos 20%. Joaquim, em segundo, entre 13% e 16%, acima de Marina Silva, Ciro Gomes, Álvaro Dias e Geraldo Alckmin. Para completar, Joaquim ainda bate o ex-capitão no segundo turno, por três pontos, acima da margem de erro.

O Real e o mensalão
Desde a pesquisa Datafolha divulgada na semana passada, os políticos não tiram os olhos da onda Joaquim, conforme o leitor da coluna pôde acompanhar. Os partidos de esquerda temem que o ministro, relator do mensalão, termine cooptado pelos mais conservadores. Foi o que ocorreu com Fernando Henrique Cardoso em 1994, quando o PT negou apoio ao Plano Real e o então PFL concedeu os votos e o respaldo eleitoral.

Por falar em esquerda…
Quem acompanha os movimentos dos partidos com viés de esquerda alerta que a prisão de Lula levou tanto o PT quanto o PCdoB a jogar fora o respeito às decisões judiciais. Agora, ambos começam a fazer o mesmo em relação à prisão em segunda instância. Nesse ritmo, daqui a pouco virá uma campanha deles para soltar Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Henrique Eduardo Alves e quem mais chegar.

E o Geraldo, hein?
O PSDB de Geraldo Alckmin sabe que a sua fase agora não é das melhores. Porém, acreditam os tucanos, dá para melhorar até junho. O problema, entretanto, alertam os outros, é o afastamento dos demais partidos de centro. Se essas legendas conseguirem encontrar um caminho mais seguro até lá, será adeus, Geraldo.

CURTIDAS

Palavras/ Artistas que tiverem a honra de ter Fernanda Montenegro na plateia e, depois, receberem a visita dela no camarim, fiquem atentos aos termos usados pela papisa do teatro brasileiro para se referir à atuação. Amigos avisam que, se ela disser “incrível”, é melhor ensaiar mais ou rever o texto.

Vírgulas/ O ministro Joaquim Barbosa custou a convencer alguns de que era a sua família que resistia à candidatura presidencial. Ao responder a uma pergunta sobre qual o motivo pessoal de não assumir de ver a pré-candidatura, se era de foro íntimo, ele disse “não minha familía”. Na verdade era, “não, minha família”.

Chôro na ONU/ Reco do Bandolim é um dos convidados para o evento das Nações Unidas que reunirá os países de Língua Portuguesa, em 05 de maio, em Nova York, quando se comemora o Dia da Língua Portuguesa. Além de mostrar a maestria de sua música, fará uma palestra sobre a história do chorinho. Para os brasileiros que vivem por lá será uma chance de contato com as raízes.

Sucesso lá fora/ Não é a primeira vez que Reco vai se apresentar para seletas plateias. No período do Forum Mundial da Água, o governo do DF, por medidas de segurança, quis manter fechado o Clube do Chôro, ao lado do Centro de Convenções. O Banco Mundial insistiu que ficasse aberto para oferecer um pouco da música brasileira às autoridades estrangeiras. Foram dois dias de shows para os convidados do Bird e outro para o Rotary Internacional, enquanto os “santos de casa” queriam o clube fechado.

Falar para segurar

Publicado em coluna Brasília-DF

O pronunciamento do presidente Michel Temer não tem como alvo apenas a população. É um recado direto ao Ministério Público, de forma a tentar evitar uma terceira denúncia, e à classe política. “A cada notícia negativa que aparece, é mais um que se afasta”, constatam alguns ministros. O MDB sente cheiro de esvaziamento — foi o partido que mais perdeu deputados no período em que era possível trocar de partido sem sanções legais — e começa a ver seus aliados conversando entre si sobre cenários eleitorais, meio que deixando o partido escanteado.

Apesar dos movimentos eleitorais, é consenso no partido que o presidente Michel Temer está mais preocupado em terminar o mandato de forma altiva do que partir para um projeto reeleitoral sozinho. Para isso é preciso exorcizar o fantasma da terceira denúncia e colocar em alto e bom som as boas notícias que o governo colecionou na seara da economia. Embora ainda tenha muito caminho para percorrer, principalmente no quesito emprego, há um consenso entre os analistas de que o país saiu do atoleiro.

E, pelo menos, esse legado Temer pretende adicionar à biografia.

Sem jogo político I

Quem conhece a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não estranhou o pedido de arquivamento de denúncias contra deputados do PP por falta de provas. Afinal, segurar inquérito por anos a fio, sem oferecer denúncia, é, no fundo, um uso eleitoral do MP. E isso a atual procuradora já avisou que não vai permitir.

Sem jogo político II

A forma técnica como a procuradora-geral trata os processos é que tira o sono do governo. Afinal, se ela apresentar uma denúncia contra o presidente Michel Temer, o emedebista estará fora do jogo eleitoral definitivamente e, de quebra, terá dificuldades em concluir esses oito meses de mandato.

Te cuida, Geraldo

No evento da Lide, no Recife, o senador Álvaro Dias, do Paraná, pré-candidato a presidente pelo Podemos, aproveitou para conversar com vários parlamentares. Sentou-se ao lado do primeiro vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima.

Por falar em Álvaro…

O senador não conversa só com os tucanos e continua em busca de um vice para a sua chapa. Dia desses almoçou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O ex-governador Geraldo Alckmin segue com algum constrangimento em acelerar as conversas com os partidos que têm pré-candidato e, nesse ritmo, vai perdendo terreno para o paranaense.

CURTIDAS

Candidato/ O grupo de situação da OAB-DF ainda não definiu quem lançará para comandar a instituição, mas a oposição, sim. Com escritório em Brasília desde 2001, Max Tedesca (foto) preside o Ipod (Instituto de Popularização do Direito), que busca traduzir a linguagem rebuscada do Direito e seus conceitos para jovens carentes. É ainda autor do livro 2038, a instituição da cleptocracia num futuro não muito distante, uma ficção que praticamente antecipou o que vemos hoje no noticiário político.

Apoiadores/ Tedesca não está sozinho na pré-campanha. Na última eleição da OAB-DF, concorreu como candidato a vice-presidente do advogado Paulo Roque, hoje candidato ao Senado. No último sábado, quando do lançamento da pré-campanha, fechou vários apoios, entre eles, o do presidente da OAB de Taguatinga, Lairson Bueno, e de Alda Corrêa, viúva do ex-ministro Maurício Corrêa.

Prioridades/ Antes de reunir os pré-candidatos a presidente da República, em 4 de julho, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) fará um seminário na véspera sobre governança e segurança jurídica. Esses são hoje os dois braços que mais preocupam o setor produtivo brasileiro.

Muita calma nessa hora/ Este fim de semana tem convenção do PTB. Roberto Jefferson defenderá que o partido sinalize desde já um apoio ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB. Vai ser difícil.

Brasília, sua linda, parabéns para você!


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Casamento “arranjado”

Publicado em coluna Brasília-DF

É assim que um grupo expressivo do PSB recebe o potencial candidato a presidente da República Joaquim Barbosa em seu primeiro encontro partidário. Ele, hoje, é a ponte para o partido não se esfacelar na eleição de 2018. No momento, uma coligação com o PSDB, ideal para o governador de São Paulo, Márcio França, implode o partido. Uma aliança com o PT, como deseja o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, levará para o mesmo caminho. Barbosa deixa o PSB a salvo desse esfacelamento no primeiro turno. O fato de estar num partido com mais tradição na política lhe transforma ainda no único novato com condições de chegar ao segundo turno.

A tendência do PSB hoje é aceitar a candidatura, se Joaquim assim quiser. Porém, se ele insistir em só dizer sim se houver “amor”, leia-se unanimidade, por parte do PSB, o casamento não vai ocorrer. Ali, a ordem é aquela que num passado não muito distante norteou muitos dos casamentos da nobreza: um arranjo para preservar a herança. A resposta a essa equação, Joaquim e o PSB só darão entre fim de maio, início de junho. Talvez, até lá, muitos dos “padrinhos” já tenham assumido outros compromissos.

Candidato versus partido

O pré-candidato do PRB à presidente da República, Flávio Rocha, teve uma demonstração, esta semana, de que precisa acertar e muito os ponteiros em seu partido. Ele defende o cadastro positivo e o seu partido terminou engrossando a obstrução que levou ao adiamento da votação. Quem avalia a capacidade de liderança dos postulantes ao Planalto registrou o descompasso.O do PSC, Paulo Rabelo de Castro, também precisa se agarrar no mesmo serviço. Os partidos de ambos estão com problemas em fazer valer as ideias dos seus postulantes.

Era assim ou…

A decisão de Edson Fachin de conceder prisão domiciliar de ofício a Paulo Maluf foi jogo combinado para evitar que a Suprema Corte terminasse aceitando novos recursos por parte dos réus. Na visão de aliados do ministro, assim Maluf fica como uma exceção por causa do seu estado de saúde e fim de conversa. A porteira para dois recursos continuou fechada.

Ser ou não ser

Do Japão, onde está em viagem oficial pelo Senado, o senador Antonio Anastasia voltou a refletir sobre a candidatura ao governo de Minas.

Calma, Gleisi, calma

As críticas da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, ao envio do caso do ex-governador Geraldo Alckmin à Justiça Eleitoral é vista por quem entende do traçado como um tiro no pé. Afinal, o caso dela pode ter o mesmo destino, se for considerado dinheiro de campanha.

Fechada em copas/ A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, evita ao máximo as audiências com políticos. Especialmente aqueles que ela sabe que vão reclamar do trabalho dos procuradores.

Reclama com o Bispo!/ O resultado do estilo portas fechadas na Procuradoria é que vão todos reclamar no Supremo Tribunal Federal, onde as ações contra os políticos deságuam.
Festa/ O ex-ministro José Eduardo Cardozo (foto) reuniu um grupo de amigos, em sua maioria advogados, para comemorar o aniversário num restaurante de Brasília. À mesa, a expectativa era a de que o Supremo Tribunal Federal daria um alívio a Paulo Maluf ontem. Ficou abaixo do que eles queriam.

Lembram dele?/ Mineiro de Paracatu, Joaquim Barbosa tem um jeitão parecido com o do ex-presidente Itamar Franco, que era de alguns rompantes, mas saiu do governo com aprovação. Privilégio de poucos no Brasil.