Primeira união no centro

Publicado em coluna Brasília-DF

Empresários paulistas contam aos quatro ventos que, antes do dia dos namorados e de Santo Antônio, o santo casamenteiro, será anunciada a união eleitoral entre os pré-candidatos Flávio Rocha, do PRB, e o senador Álvaro Dias, do Podemos. O movimento de Rocha no papel de vice numa chapa encabeçada por Álvaro Dias representará a consolidação de um bloco de centro no tabuleiro da sucessão presidencial e forçará os demais pré-candidatos a acelerarem conversas.

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Nesse ritmo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), hoje o mais bem posicionado entre os pré-candidatos de centro, corre o risco de isolamento, da mesma forma que o PT se isola à esquerda ao insistir na candidatura de Lula. Alckmin não é uma opção para o MDB, tampouco está conseguindo levar o DEM e os demais partidos para a sua campanha.

Um general por Alckmin

O PSDB bateu o martelo e confirmou que seu candidato ao governo do Ceará será mesmo o general Guilherme Teophilo, ex-comandante logístico do Exército. Assim, os tucanos esperam tirar um naco dos votos de Jair Bolsonaro, do PSL, e até de Ciro Gomes, um paulista mais cearense do que muitos nascidos no estado.

Tema da hora

Do alto de quem tem pós-graduação em tecnologia da informação e experiência em logística, o general está focado na elaboração de um plano de segurança para o estado, onde a violência é tão grave quanto no Rio de Janeiro. A escolha de Teophilo indica que esse assunto, pelo menos, no Ceará, será prioridade na campanha

“O jogo dele é para se cacifar e ser candidato a presidente da Câmara no ano que vem”

Do deputado Arnaldo Faria de Sá (PP-SP), no programa Frente a Frente, da Rede Vida, referindo-se francamente ao que acha da candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, à Presidência da República.

É, mas não é

Sesc e Senac do Rio de Janeiro vivem uma situação para lá de inusitada, à espera da Justiça. É que, desde a prisão do ex-presidente da Fecomércio, Orlando Diniz, um interventor indicado pela Confederação Nacional do Comércio continua dando as cartas por lá, comandando um orçamento milionário. Porém, pela lei, o novo presidente da Fecomércio, Antônio Florêncio Queiroz, deveria assumir automaticamente a presidência do Sesc/Senac. Mas, para isso acontecer, é preciso que o STJ encaminhe a sua decisão para o TJRJ. O julgamento ocorreu há quase dois meses no STJ e, até agora, o relator não assinou o documento necessário para pôr um fim a essa novela.

“Vá votando, que eu já chego”/ Deputados comentavam nesses dias que vão passar a última semana de maio e a primeira de junho na organização dos palanques regionais antes das festas juninas, que são o primeiro teste de popularidade dos políticos, especialmente, os nordestinos. Significa quórum baixo para votações em Brasília antes mesmo do são-joão.

Por falar em quórum…/ A turma do governo já fez as projeções. Este ano, é votar o que falta do cadastro positivo, os projetos de lei complementar ao Orçamento deste ano, inclusive os recursos da intervenção no Rio, a reoneração da folha de pagamento. O resto é pré-campanha nas festas juninas, Copa do Mundo da Rússia e, depois, convenções e campanha.

A culpa é dele/ Em suas conversas mais reservadas, os governistas tentam debitar na conta de Rodrigo Maia (foto) as dificuldades para aprovar a reoneração, por exemplo. Consideram que, se o governo não conseguir demonstrar um mínimo controle sobre a base e votar as propostas pendentes, a tendência é a recuperação da economia, que anda lenta, empacar de vez.

Siga o dinheiro/ A força-tarefa da Receita Federal que investigará 800 agentes públicos deixou muita gente em Brasília de cabelo em pé, disposta a deixar seus Land Rovers e Porches nas garagens.

Enquanto isso, em São Paulo…/ Com Paulo Preto, ex-diretor do Dersa, solto, tem muita gente no PSDB que vai passar o Dia das Mães mais tranquilo.