A meta do governo

Publicado em coluna Brasília-DF

Nessas primeiras reuniões políticas de 2016, o governo definiu entre 270 e 300 o número de parlamentares que deseja ter ao lado da presidente Dilma Rousseff na hora em que o processo de impeachment for ao plenário da Câmara. É que só assim ela terá uma margem grande o suficiente para manter sólidos 171 votos e, assim, evitar a abertura de processo. Afinal, em ano eleitoral, não dá para brincar.

» » »

Em tempo: o governo apostará ainda em entidades como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados do Brasil, que não engrossaram o movimento pró-impeachment. Só isso, acreditam muitos aliados de Dilma, já é meio caminho percorrido.

A ordem é ganhar tempo
Eduardo Cunha usará todo o prazo possível para responder a notificação do Supremo Tribunal Federal. Quanto mais demorar, mais estará no comando da tramitação do pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A muitos, é isso o que interessa.

Avisos não faltaram
Há quatro meses, numa conversa com líderes do PSDB, o megaempresário Carlos Alberto Sicupira, um dos controladores da Anheuser-Busch Inbev e sócio de Heinz, 3G Capital e Lojas Americanas, avisou que a grande ameaça à economia mundial este ano era a China.

O problema era ação
Ao governo também não faltaram alertas de que era preciso se preparar para possíveis solavancos chineses. Porém, diante das dificuldades internas, essa preparação ficou difícil.

Pesadelo paraibano
No sertão da Paraíba, há quem esteja pagando R$ 10 pelo litro da gasolina. É que a Petrobras ameaça fechar o fornecimento direto ao porto de Cabedelo, centralizando tudo em Suape, no sul de Pernambuco. A ordem na empresa é reduzir custos. Mas a conta vai para o consumidor, que pagará mais pelo combustível por causa do transporte. A bancada federal estará amanhã em Brasília para pedir que o governo obrigue a empresa a rever esse plano.

Todo cuidado é pouco/ A turma da Lava-Jato acendeu a luz amarela do receio de algumas citações serem apenas vinganças políticas. Até aqui, dizem alguns, foram três casos: o do senador Randolfe Rodrigues (foto); o do senador mineiro Antonio Anastasia; e o da ex-senadora e ex-governadora Roseana Sarney.

Seis na largada/ O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, do PDT, terá pelo menos cinco adversários. Do DEM ao PT, todos querem a vaga. Caberá aos irmãos Cid e Ciro Gomes tentar reduzir os adversários da base do governo Dilma.

Enquanto isso, em Minas Gerais…/ A primeira grande reunião do PMDB mineiro vai tratar da disputa pela liderança do partido na Câmara. Na semana que vem, os peemedebistas se reúnem em Belo Horizonte para tentar fechar o que fazer com a pré-candidatura de Newton Cardozo Jr., que entrou depois e não deseja sair de mãos abanando.

…O jogo é duplo/ Há quem diga que o objetivo ali é fazer Leonardo Quintão escolher: ou concorre ao cargo de líder ou ao de prefeito. Ocorre que uma grande maioria dos peemedebistas de outros estados já fechou com Quintão e não pretende trocar de candidato. Quintão, portanto, não pretende desistir nem da pré-candidatura de líder nem da de prefeito.

Lé com cré

Publicado em coluna Brasília-DF

A oposição passa esses dias de janeiro juntando as falas do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, a uma rádio de Salvador e comparando com aquelas feitas em meados de dezembro, quando da saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Lá atrás, Wagner disse que quem comandava a política econômica é a presidente Dilma Rousseff. Agora, menciona que erros foram cometidos em 2013 e 2014, os dois últimos anos do primeiro mandato da presidente. Para a oposição, está claro que os erros foram de Dilma e até seu ministro reconhece.

» » »

É por aí que a banda vai tocar daqui para frente entre os oposicionistas interessados no impeachment. O enredo será no sentido de tentar provar que Dilma deixou de adotar as medidas corretas lá atrás para garantir a reeleição.

A nova arma…
Os peemedebistas que apoiam Leonardo Quintão para líder vão tirar da gaveta um documento aprovado por aclamação na reunião da bancada de fevereiro do ano passado, quando Leonardo Picciani venceu a disputa por um voto. Dizem os aliados de Quintão que o tal documento prevê que a recondução de um líder do PMDB deve ser feita apenas se houver o apoio de dois terços da bancada.

…Contra Picciani
Hoje, ninguém no PMDB reúne dois terços dos votos. Nessa abertura da temporada de 2016, continua a diferença entre um e dois votos. Tal e qual em fevereiro de 2015. Logo, muitos consideram que, se o documento valer, Picciani estará impedido de buscar a recondução. Ainda que seja por meio de uma votação secreta da bancada.

Avançou o sinal
Aliados da presidente Dilma Rousseff ficaram preocupados com a declaração do ministro Jaques Wagner sobre um placar amplamente favorável ao governo no processo de impeachment que tramita na Câmara. Sabe como é, não se pode contar com o ovo dentro da galinha. Ainda mais nesse período em que as coisas estão no aquecimento.

Barbosa, a incógnita
A classe política está oficialmente em férias, mas não tira o foco das notícias sobre o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e as medidas econômicas que o governo pretende adotar. Ninguém consegue entender como o ministro deixará de cortar despesas sem pedalar, uma vez que, em termos de votos, a disposição política para novos impostos, leia-se a CPMF, continua abaixo do que o governo precisa.

Divisão em casa/ O deputado Newton Cardoso Júnior esteve ontem na sede do PMDB de Minas Gerais. Foi conversar com Antônio Andrade sobre a disputa para líder do partido na Câmara e também sobre o fato de Leonardo Quintão querer ser líder e, ao mesmo tempo, candidato a prefeito.

“Lava-Jato on vacarion”/ É assim que um dos principais personagens da operação de combate à corrupção descansa em merecidas férias. Na manhã de ontem, fazia troça com ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso por corrupção, trocando o “T” da palavra férias em inglês, vacation, pelo “R” de Vaccari.

Nem tudo está parado/ Quem está a pleno vapor é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (foto), estudando tudo sobre recursos cabíveis para apresentar ao Supremo Tribunal Federal em breve contra o fim das candidaturas avulsas para formação da comissão especial do impeachment.

Nem tudo está perdido/ A presidente Dilma comemorou o anúncio da Nissan, de produzir o SUV Kicks no Brasil, um investimento de R$ 750 milhões e 600 novos empregos. Foi uma das melhores notícias que ela recebeu ontem.

Por falar em comemorar…/ Quem é só alegria nesse início de ano é o ex-governador do Espírito Santo Renato Casagrande. A unidade da Federação ocupou o primeiro lugar no quesito sustentabilidade fiscal, dentro do ranking da competitividade dos estados brasileiros, produzido pelo Centro de Lideranças Públicas em parceria com a consultoria Tendências e a Economist Intelligence Unit. Casagrande tem dito que essa é a prova de que deixou uma excelente herança para o sucessor, Paulo Hartung.

Momentos de reflexão

Publicado em coluna Brasília-DF

“O PT não pode pensar em concorrer à Presidência da Câmara. O mar não está para peixe”. Essa avaliação tem sido recorrente em todas as conversas de ministros do governo Dilma Rousseff, que vão começar um trabalho de desencorajamento em relação ao enfrentamento com o PMDB no Congresso. Na hipótese de queda do presidente Eduardo Cunha, caberá aos petistas calçar as sandálias da humildade. A ordem é fechar um acordo como PMDB e pedir aos peemedebistas que escolham um nome que não seja radicalmente contra o Planalto. E, assim, apoiando um nome do PMDB, trabalhar para indicar o primeiro vice-presidente, cargo hoje ocupado por Waldir Maranhão, do PP, aliado de Eduardo Cunha.

» » »

Em tempo: Os aliados do presidente da Câmara são diretos ao afirmar que a única maneira de tirar o deputado do comando da Casa é via Supremo Tribunal Federal. Se depender do Congresso, não tem como. A enxurrada de recursos e manobras é suficiente para estender essa briga por um longo período do ano que vem.

PF em fúria I

Se alguém tinha dúvidas sobre a disposição da Polícia Federal em investigar os deputados e senadores citados nas falcatruas em apuração pelas últimas operações, pode ficar tranquilo. Os policiais vão agir. Os delegados, que presidem as operações, estão para lá de irritados com o corte de R$ 133 milhões no Orçamento.

PF em fúria II

Os delegados presidentes de inquéritos já fizeram as contas e têm certeza de que as grandes operações sofrerão com os cortes. Eles não usam a palavra vingança, mas prometem atenção redobrada quando os fatos estiverem relacionados com as excelências.

Responsabilidade social

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, é do PMDB. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, é do PMDB. O prefeito da cidade, Eduardo Paes, é do PMDB. Logo, a crise da saúde do Rio, que culmina com hospitais fechados, vai cair no colo do partido.

Responsabilidade compartilhada

De todos os peemedebistas desse cenário carioca, apenas o ministro da Saúde é novo nessa área. Tanto Paes quanto o governador e até a presidente Dilma Rousseff não podem alegar herança maldita. Todos foram reeleitos.

Fui eu!/ O prefeito do Rio, Eduardo Paes (foto), apressava-se, na quarta-feira, a explicar aos convidados que tinha partido dele a sugestão para que a presidente Dilma Rousseff não fosse ao Rio de Janeiro participar da inauguração do parque aquático olímpico.

Ministro analógico/ O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, é um dos poucos que não tem nem WhatsApp, nem Instagram ou coisa que o valha. E não tem quem faça ele se render a esses instrumentos.

Ministro high tech/ Já o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, não consegue ficar desconectado. Mal o WhatsApp saiu do ar na última quinta-feira e ele já entrou no Telegram. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi outro que imediatamente entrou no Telegram.

Voto de casa/ D. Augusta, esposa do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo, conversou com Eduardo Cunha na época da campanha para presidente da Câmara e garantiu que o marido votaria a favor do peemedebista. Ela e as esposas de muitos deputados adoraram o fato de Eduardo dizer que manteria as passagens aéreas para os cônjuges custeadas pela Câmara. Depois, entretanto, Eduardo voltou atrás. Hoje, há quem aposte que d. Augusta não quer o marido defendendo Cunha.

Cunha sob os holofotes…

Publicado em coluna Brasília-DF

A visita ontem ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, fez surgir entre os aliados de Cunha a sensação de que nada caminhará em fevereiro no Congresso em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, ou talvez em março, por causa da necessidade de se esperar a publicação do acórdão sobre o rito do processo. Isso significa que o caso envolvendo Eduardo Cunha reinará sozinho, com todas as manobras novamente expostas, sem que a comissão especial do impeachment funcione para dividir as atenções. O primeiro movimento será a apreciação dos dois recursos apresentados à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para zerar o processo por quebra de decoro no Conselho de Ética. Mais desgaste para o presidente da Casa.

… e no comando

Início de ano sempre é hora de troca de comando nas comissões técnicas, com a indicação pelos líderes e escolha por meio de votação secreta com permissão de candidatura avulsa. Em 2016, entretanto, a ideia de Eduardo Cunha é manter os comandantes dessas comissões, sob a alegação de que o STF pode interferir nas escolhas da mesma maneira que, provocado, intercedeu na formação da comissão especial do impeachment. Assim, Arthur Lira, aliado de Cunha, continuará na CCJ.

Eles gostaram

A má vontade do mercado para com o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, não se reflete entre os congressistas. “Finalmente, alguém que nos dará alguma esperança de conciliar ajuste com desenvolvimento”, comentava o deputado Valtenir Pereira (PMDB-MS).

Agenda futura

Antes de entrar na discussão da reforma da Previdência, o governo quer tirar de cena o pedido de impeachment. Mas a DRU (Desvinculação das Receitas da União) precisará ser aprovada logo, de forma a deixar o governo usar recursos vinculados para cobrir as despesas mais urgentes. A aposta do Planalto é a de que a inclusão de governadores e prefeitos nessa seara vai ajudar.

Dilma em romaria

Em janeiro, a presidente Dilma Rousseff pretende continuar a agenda de inaugurações e visitas pelo país afora. A ordem no governo é mostrar que ela continua trabalhando pelas pessoas enquanto os parlamentares permanecem em férias.

Tudo ou nada

A defesa que o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, faz a respeito das qualidades do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, pode ser resumida assim: o êxito de Barbosa será o êxito do governo.

Climão I/ O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não gostou de ter que se encontrar com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, sob o olhar dos jornalistas. Sentado de costas para a imprensa, quase sussurrava. Lewandowski, entretanto, não deixou por menos. Repetia a pergunta ou o comentário de Cunha em voz alta para que não houvesse dúvidas.

Climão II/ Lewandowski chegou a se referir como um “exercício de futurologia”, o fato de Eduardo Cunha querer apresentar embargos em 1 de fevereiro, antes da publicação do acórdão, conforme o blog antecipou ontem. Cunha agora está mesmo sem saída: ou segue à risca o que o Supremo fixou para prosseguimento do processo de impeachment, ou terá que esperar até, pelo menos, final de março para a publicação do acórdão.

Revival/ Quem acompanhou a entrevista do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, na última terça-feira, ficou surpreso: “Baixou o Mercadante nele!”, comentaram alguns políticos, referindo-se ao atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ninguém entendeu por que Wagner se referiu a Michel Temer como traidor nesse momento em que o governo tenta colocar panos quentes na relação com o vice-presidente.

Madrugou à toa/ Ao chegar em Brasília e se deparar com a falta de quorum para a reunião da Comissão de Constituição e Justiça da última terça-feira, o deputado Sandro Alex (foto) reclamou: “Acordei às 3h50 da matina para sair de Ponta Grossa e conseguir chegar aqui a tempo de participar da sessão. Vim só para isso!”, comentou. De lá, o jeito foi correr ao aeroporto e fazer todo o caminho de volta para passar o Natal com a família.

E por falar em Natal…/ Que a sua noite seja repleta de amor, orações e alegrias junto a familiares e amigos. O momento que vivemos requer união e temperança. Feliz Natal a todos!

PT quer influir na economia

Publicado em coluna Brasília-DF

Com a chegada de Nelson Barbosa ao comando da economia nacional, os petistas fecharam uma proposta econômica a ser entregue à presidente Dilma Rousseff antes do ano novo. O pacote petista inclui a CPMF, mas dá compensações aos assalariados, como a criação de novas faixas de Imposto de Renda. O tema foi discutido ontem detalhadamente com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e, na semana que vem, será encaminhado à presidente Dilma Rousseff.

» » »

A avaliação do partido é a de que agora há espaço para discutir uma política que, ao mesmo tempo, faça o ajuste, mas traga alguma réstia de esperança aos desenvolvimentistas. Resta saber se a conta vai fechar, uma vez que, até aqui, todas as propostas do partido seguiram na lista da gastança sem parcimônia.

Temer, o bom companheiro
Os ministros estão convencidos de que o vice-presidente, Michel Temer, não será mais o patrocinador do processo de impeachment que tramita na Câmara. “Não é do perfil dele travar enfrentamentos desnecessários”, dizem os aliados da presidente.

Muito além da CPMF
Os deputados fizeram as contas e descobriram que, se o governo fosse atrás de receber todas as pendências, teria, pelo menos, mais R$ 1 trilhão em caixa. Daria para quitar os restos a pagar e ainda sobraria um troco para aplicar em obras de infraestrutura.

Lula em movimento
O ex-presidente tem sido incansável na busca de apoios no PMDB para tentar sustentar a presidente Dilma Rousseff. Só não conversa com
Eduardo Cunha.

Vem acordo, mas…
Antes mesmo do Natal, já começaram as conversas para que os representantes do PMDB na comissão especial do impeachment sejam indicados dentro da proporcionalidade entre as alas do partido. O difícil é encontrar os termos dessa divisão. Sabe como é: quem parte e reparte quase sempre fica com a melhor parte.

Santinho!/ A presidente Dilma Rousseff abriu sua fala na confraternização com ministros e líderes no Alvorada fazendo uma saudação ao ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (foto). “Vou cumprimentar logo o Henrique antes que ele reclame. Senão, ele diz que não falei dele”. Foi uma gargalhada geral.

Meu querido/ Quem conhece Dilma sabe que, quando ela brinca com alguém, é porque gosta. quando ela não tolera, nem olha. Muito menos brinca. As desconfianças em relação a Henrique cessaram.

Presente de grego I/ Um site de notícias resolveu fazer uma brincadeira com os deputados sobre o que eles dariam de presente a um amigo secreto. Dentro do saquinho com os 20 papéis em que estava escrito o nome de possíveis amigos ocultos, 10 tinham o mesmo nome: Eduardo Cunha. Houve quem sugerisse uma passagem só de ida para a Sibéria, um “cartão vermelho” para expulsão do Congresso.

Presente de grego II/ O único que “tirou” Eduardo Cunha e encheu o deputado de elogios foi o líder do PMDB, Leonardo Picciani, que desejou sorte e sucesso ao presidente da Câmara. É o espírito natalino, começando a dar o ar da graça no coração das excelências.

O pecado mora ao lado

Publicado em coluna Brasília-DF

Experientes parlamentares da base aliada têm aconselhado a presidente Dilma Rousseff e os ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini a tomarem cuidado do PT. Foram os erros cometidos pelo partido no início do ano que ajudaram a enfraquecer a base. Por exemplo, lançar candidato petista à Presidência da Câmara em vez de buscar uma alternativa a Eduardo Cunha dentro do PMDB.

» » »

Embora o PT tenha consciência dos seus erros passados, todas as vezes em que o partido sente uma lufada de ar fresco, seus parlamentares passam a agir como se fossem os donos do mundo e dos votos. E essa lufada veio agora, com a pesquisa Datafolha e o rito de análise do impeachment decidido pelo Supremo. Apesar disso, lembram os aliados, as altas temperaturas continuam. Se não souber usar essa lufada de ar para agregar, pode faltar fôlego para vencer as batalhas de 2016.

Quase sem saída I

Se quiser tocar o processo de impeachment com outras regras, ou mesmo esclarecer melhor via o chamado embargo de declaração sobre o rito definido no Supremo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, terá que atrasar em pelo seis meses o início de apreciação do pedido. É que os embargos só podem ser apresentados depois de publicado o acórdão. E, conforme discutido ontem por alguns líderes, isso não é tão simples quanto parece.

Quase sem saída II

A previsão é que esse acórdão só saia, na melhor das hipóteses, no fim de março. O do mensalão levou quase um ano, porque envolvia 40 réus. Esse não levará tanto tempo. Mas a aposta de experientes advogados é que não será em fevereiro. Até que o STF revise o que foi deliberado e libere a publicação do acórdão, lá se foram pelo menos 30 dias pós-recesso.

A ira da Justiça

A Justiça do Trabalho fez as contas e descobriu que o relator do Orçamento de 2016, Ricardo Barros, cortou seus recursos acima dos 20% anunciados anteriormente. Agora, não há mais como mexer nisso no Congresso. O jeito é tentar buscar a recomposição na boca do caixa, o que
sempre é mais difícil.

Se não se agarrar no serviço…

…Não tem dinheiro novo. Criado pelo ministro do Planejamento, Valdir Simão, nos tempos de CGU, o sistema de acompanhamento de 4 mil obras custeadas com recursos federais tem servido de argumento para recusa novas liberações. No Turismo, governadores e prefeitos têm saído meio constrangidos, quando percebem que não fizeram o dever de casa.

Até quarta-feira (de cinzas)

A sessão da Comissão de Constituição e Justiça convocada para hoje não terá quórum para deliberação. Ali, só vai funcionar mesmo depois do carnaval. Como, aliás, quase tudo no parlamento. A única agenda pesada no Congresso anterior ao desfile do Rei Momo é a eleição do líder do PMDB. No mais, é Lava-Jato na cabeça.

Chamou atenção/ Nos bastidores da posse do ministro Nelson Barbosa, muitos comentários de políticos sobre as olheiras da presidente Dilma. Sinal de pouco sono.

Ministro em alerta I/ O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (foto), desistiu de acompanhar a presidente Dilma Rousseff na viagem à Bahia hoje. Por determinação da chefe, ficará em Brasília para acompanhar de perto o último dia de trabalho da Câmara antes do recesso.

Ministro em alerta II/ Wagner mudou ainda a agenda de fim de ano. Passa só o Natal na Bahia e volta para Brasília a fim de ajudar a fechar o orçamento de 2015. É que nessa última semana, sempre cresce o movimento de parlamentares em buscar de recursos.

Por falar em movimento…/ A romaria já começou. Ontem, o depurado Valtenir Pereira (PMDB-MT) fez uma verdadeira peregrinação atrás dos recursos do PAC pavimentação para municípios do estado. Ele conseguiu R$ 500 mil para uma cidade, mas faltam R$ 633.643,82 para outro. Haja dinheiro para atender a base…

O clima da virada

Publicado em coluna Brasília-DF

Neste fim de ano, nos intramuros da política e do próprio PMDB, há quem considere as citações do nome de Michel Temer nas conversas entre o executivo da OAS, Leo Pinheiro, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como combustível para substituir o movimento pró-impeachment por outro, mais forte, em prol de novas eleições presidenciais ainda no próximo ano.

A parte dos congressistas aliada a Temer, sentindo que o impeachment está próximo do naufrágio se mantido o cenário atual, pregará um movimento no Congresso para implantação do regime semi-parlamentarista no país. A ordem, aí, é tirar os poderes administrativos de quem estiver no cargo de presidente da República — que, na avaliação deles, por três anos ainda será Dilma Rousseff.

Quatro tempos de um jogo

Nas últimas 48 horas, os peemedebistas que permanecem em alerta, caso do experiente José Sarney, traçaram o que vem pela frente em termos de embates dentro da crise do PMDB, que se confunde com a da política como um todo: 1) liderança do PMDB; 2) Substituição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha; 3) Troca do vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão, por um nome do PT; e 4) A convenção do PMDB.

Sarney é Renan

As tentativas do vice-presidente Michel Temer de levar o senador José Sarney a ajudá-lo na luta interna do PMDB não funcionaram. Sarney ficará ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros. O ex-presidente da República ainda domina os diretórios do partido no Maranhão e no Amapá, fundamentais para todas as fases do jogo peemedebista.

Aliviado

O senador Roberto Rocha (PSB-MA) termina o ano com um sentimento de alívio, privilégio de poucos nos dias atuais. É que está parado e pode ser até arquivado na Justiça Eleitoral o processo em que ele é acusado de estelionato por ter maquiado doações de campanha. O PMDB, autor da ação, desistiu, porque Gastão Vieira, principal beneficiado de uma eventual condenação do senador, deixou o partido. A Polícia Federal ainda investiga o caso das supostas notas falsas apresentadas como doações de campanha.

Pros despenca

Nas alturas mesmo, no Pros, só o helicóptero adquirido e usado quase que diariamente pelo presidente do partido, Eurípedes Júnior, para ir de Planaltina de Goiás a Brasília. O Pros recebe do fundo partidário R$ 1,4 milhão por mês e não há cursos de formação política nem nada que permita o crescimento da legenda. Vai cair de nove para dois deputados em breve.

CURTIDAS

Os 20%/ O deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) entrou dia desses num restaurante em João Pessoa e eis que, de repente, um senhor se levanta. Por um momento, veio aquela sensação de “pronto, lá vem alguém reclamar que estou defendendo Eduardo Cunha”. Na verdade, o sujeito, antipetista convicto, cumprimentou o deputado. Considerava que, em política, é preciso ter posição. É, pois é. As pesquisas indicam 80% favoráveis à saída de cunha, mas ainda tem quem o defenda.

E o barraco ainda rende…/ Na casa do senador Eunício Oliveira, durante a confraternização de Natal, o governador Rodrigo Rollemberg se preparava para dar um palpite no entrevero entre Kátia Abreu (foto) e o senador José Serra quando a primeira-dama, Márcia, lhe tascou um beliscão e sussurrou: “Não fala nada!” Rollemberg se conteve.

Por falar em Kátia Abreu…/ Depois de chamar Serra de “filho único, mimado, feio, que nunca vai ser presidente”, a ministra da Agricultura decidiu se precaver de novos embates. Na confraternização seguinte, promovida pelo senador Renan Calheiros, ela foi acompanhada do marido, Moisés. Nome sugestivo para ajudar a atravessar o mar vermelho e enlameado que se tornou a política.

Quando a guerra é grande…/ Fim de ano é sempre hora de acalmar os ânimos. Por isso, tem muita gente na política apostando que vem por aí um acordão para que as excelências escapem do furacão. Difícil. A Lava-Jato continuará aberta no período de férias. Ainda bem.

Últimos acordes

Publicado em coluna Brasília-DF, Sem categoria

Inconformados com a decisão do Supremo Tribunal Federal de impedir candidaturas avulsas para compor a comissão especial do impeachment, deputados cogitam tentar reverter isso mediante alterações pontuais no regimento interno da Câmara. A ideia é promover esses ajustes regimentais já na terça-feira, na última sessão antes do encerramento dos trabalhos deste ano. Assim, quando o STF retornar do recesso, os parlamentares apresentarão um pedido de revisão da decisão, antes mesmo de analisar a comissão especial do impeachment. Falta combinar com os partidos do governo que, dizem alguns, devem obstruir qualquer votação que possa representar perigo à decisão do Supremo.

Cardozo, o visitante

Permanece cercada de mistérios a visita do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Curitiba recentemente. Há, dentro do PT, quem diga que parte da agenda do ministro mantida em sigilo foi uma visita a dona Edilaira, esposa de André Vargas, que, em outubro, declarou ao juiz Sérgio Moro que tem uma iogurteria e vende bolos e perfumes para sustentar a casa.

Veja bem, Michel

Diante das fracas manifestações pró-impeachment e da gravidade da crise econômica, alguns peemedebistas procuraram o vice-presidente, Michel Temer, para alertá-lo: se ele mantiver a briga pró-impeachment e vencer, vai enfrentar a CUT, a UNE e os movimentos ligados ao PT todos os dias em manifestações na porta do Planalto, fora a divisão dentro do próprio PMDB, se ele chamar José Serra para ministro da Fazenda.

Por falar em PMDB…

A lista para a recondução de Leonardo Picciani não contou apenas com a ajuda de ministro Hélder Barbalho, filho da deputada Elcione. Houve, ainda, a liberação de R$ 20 milhões em emendas de, pelo menos, cinco deputados peemedebistas.

Bombeiros…

Não é para apagar a crise política. O deputado Beto Mansur (PP-SP) conversou com a corporação e decidiu aproveitar esse recesso de janeiro para fazer logo a reforma no plenário da Casa e, assim, obter o alvará do Corpo de Bombeiros para o local. “O plenário tem 55 anos, não tem alvará dos bombeiros”, diz o deputado.

…E obras

Além das portas corta-fogo, o primeiro secretário vai ampliar as rotas de fuga do plenário e criar um corredor de um metro e 20cm nas laterais. Um deputado que outro dia soube da obra comentou: “Desde que não seja rota de fuga para escapar da Polícia Federal, tudo bem”.

Descanso curto/ O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (foto), sai de recesso na próxima quarta-feira e retorna em 4 de janeiro. Para alguém que vem da Bahia, onde há o folclore da preguiça, é algo como passar só um fim de semana na praia.

Volte três casas/ Confronto com Dilma Rousseff, com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e, para completar, uma reversão de expectativas no Supremo Tribunal Federal (STF), com a ampliação de poderes dos senadores e dos líderes. Só isso era ontem o suficiente para que nove em cada dez políticos colocassem Michel Temer como o maior perdedor do processo de impeachment até agora. Não é à toa que o vice sairá de férias.

“Barba, cabelo e bigode”/ Quem termina o ano com a sensação de dever cumprido é a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento. Ela começou 2015 com toda a classe política descrente em relação à aprovação do Orçamento. Sai de recesso com a meta fiscal do ano revista, a LDO e o Orçamento aprovados.

Há vagas/ Dilma Rousseff optou por Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda porque as sondagens de gente do mercado não tiveram sucesso. Para completar, até hoje a Secretaria de Aviação Civil continua com um ministro interino, Guilheme Ramalho. Tem aliado torcendo para que o mesmo não ocorra com a Controladoria-Geral da União (CGU).

Temer e o TCU

Publicado em coluna Brasília-DF

Engana-se quem pensa que o vice-presidente, Michel Temer, está paralisado diante das informações de que, no exercício da Presidência, ele também assinou decretos que resultaram em gastos sem cobertura, as famosas “pedaladas”. Na quarta-feira, Temer chegou tarde ao jantar de confraternização na casa do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), porque teve um encontro no Palácio do Jaburu com o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União. Nardes foi responsável pela análise das contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, que se tornaram propulsoras do primeiro pedido de impeachment, depois revisto para acrescentar as pedaladas de 2015.

» » »

Augusto Nardes confirmou à coluna que esteve com Temer, mas afirmou que não é o relator da parte que se refere às supostas pedaladas de 2015 e que tratou de outros temas. Esse quesito está com outro ministro, Raimundo Carrero, ligado ao ex-presidente José Sarney, amigo de Temer. Quando o caso for levado ao plenário, todos os ministros vão apreciá-lo. Esse encontro entre Nardes e Temer, no momento em que se trata do impeachment de Dilma, vai dar o que falar.

Se colar…

Senadores aliados ao governo lançaram a tese de que o Congresso corrigiu as pedaladas de 2015 ao mudar a meta fiscal e, assim, não há motivos para o impeachment da presidente da República. Tudo para se contrapor aos documentos apresentados pelo jornal Valor Econômico, sobre os inúmeros avisos técnicos contra as pedaladas.

… colou

O argumento que começa a afastar muitos deputados do pró- impeachment é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ganhar o título de primeiro na linha sucessória, caso Michel Temer vire o titular do cargo. Daí o fato de muitos quererem tirar primeiro o presidente da Câmara para, logo depois, decidir sobre o futuro da presidente Dilma Rousseff.

“O rito de impeachment não é uma questão interna corporis do Congresso. Rito de impeachment é uma questão constitucional”
Do ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, em entrevista ao Correio Braziliense em outubro deste ano

Mais obras

Depois da briga no plenário, na semana passada, durante a escolha dos integrantes da comissão especial do impeachment, o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur, pretende fazer uma “saída alternativa” ou “rota de fuga” do ambiente. Considera que é preciso mais espaço para sair do plenário em casos de emergência.

Tem para todo gosto

Nem todas as manifestações de hoje serão contra a presidente Dilma Rousseff. Para o gramado do Congresso, há um grupo programando o “fora Cunha”.

Brrrr…/ Em Curitiba, o detento da Lava-Jato que mais comemora a chegada do verão é o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Ele sempre reclamou do frio paranaense.

Deprê/ José Dirceu (foto), ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, é considerado um dos mais acabrunhados na cela. Tem a sensação de que não sairá jamais da cadeia.

Insônia presidencial/ A presidente Dilma Rousseff tentou recorrer à velha lenda da contagem de carneirinhos saltadores para conseguir dormir. Não conseguiu. É que ela só vê deputado pulando a cerca.

Marchinha 2016/ Brasileiro não perde tempo quando o assunto é carnaval. Veja só: “Ai meu Deus/ me dei mal/ bateu à minha porta o japonês da federal”. O refrão já circula pelas redes sociais e promete esquentar o carnaval do ano que vem.

André Vargas em movimento

Publicado em coluna Brasília-DF

Depois de ver vários colegas de cadeia irem para casa, ainda que com as tornozeleiras a título de acessório, o ex-deputado André Vargas, que foi secretário de Comunicação do PT, decidiu mudar de advogado e começar a trabalhar um acordo de delação premiada. Mais um para, ao lado do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), deixar o governo e o partido preocupados.

Wagner e Picciani…

De nada adiantou o vice-presidente Michel Temer aconselhar a presidente Dilma Rousseff a se manter longe da briga dos peemedebistas pelo comando da bancada na Câmara. Ontem, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e o ex-líder do PMDB Leonardo Picciani conversaram no aeroporto JK, em Brasília. Tratavam da filiação do deputado Altineu Cortes (PR-RJ) ao PMDB. A guerra em torno da liderança do PMDB volta na terça-feira.

Convocação incerta I

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já avisou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que uma eventual convocação do Congresso Nacional não contará com o seu apoio. Cunha não pretende assinar nada nesse sentido. Logo, ou os congressistas não votam a Lei de Diretrizes Orçamentárias e tentam provocar a continuidade dos trabalhos “na marra”, ou a Casa vai entrar em férias mesmo.

Convocação incerta II

Outra forma de convocar é via aprovação pela maioria absoluta dos membros das duas Casas. Nesse caso, os deputados e os senadores elencam os assuntos relevantes e urgentes objetos da convocação e só podem deliberar sobre esses temas. Uma vez que Eduardo Cunha é quem faz a pauta da Casa e convoca as sessões deliberativas, esta saída para suspender o recesso também corre risco de fracassar.

Última fornada

Enquanto a Câmara continuará parada, o Senado vai votar o projeto de repatriação de recursos depositados lá fora, mas, para isso, só se o governo concordar com alguns vetos que os senadores estão elencando para apresentar à presidente Dilma Rousseff.

E o Conselho de Ética, hein?

Os integrantes dos partidos dedicados ao “fora Cunha” pretendem agora constranger os integrantes da tropa de choque de Eduardo Cunha no Conselho de Ética em suas bases eleitorais. Na Paraíba, são dois: Manoel Júnior, do PMDB, e Wellington Roberto, do PR, que ontem quase trocou sopapos com o deputado José Geraldo (PT-PA).

Renan relax/ O presidente do Senado, Renan Calheiros, saiu confraternização da casa do senador Eunício Oliveira (foto) às 6h30 da matina. Ficaram conversando ele, Eunício, o senador Lindberg Farias (PT-RJ) e alguns parentes de Eunício. Há tempos, não era o último a sair de uma festa.

Depois do barraco no jantar… / Alguns senadores vibraram com a descompostura que a ministra Kátia Abreu passou no senador José Serra. Alguns dizem que ele é conhecido pelos comentários meio atravessados travestidos de brincadeira. Dia desses, ele disse a uma moça: “Você está muito parecida comigo. Está com olheiras profundas”. A moça ficou muito sem graça.

… As recordações/ Dia desses, um assessor de senador que já trabalhou numa tevê jura ter ouvido de Serra o seguinte comentário: “Ainda bem que você está aqui. Televisão não é jornalismo”, recorda o assessor.

Quem conta um conto…/ Em conversas com colegas, o senador Eunício Oliveira tratava de minimizar a briga entre Serra e Kátia. Eunício contou que eles fizeram as pazes ali mesmo, cerca de 20 minutos depois de a senadora derramar vinho no terno do senador. E, segundo Eunício, ela nem atirou a taça, apenas o copo balançou e respingou um pouco na lapela esquerda de Serra. O que ficou sujo mesmo foi o tapete da d. Mônica, mulher do anfitrião.

Enquanto isso, num bar de Brasília…/ O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é tema do primeiro concurso de cartaz político promovido pelo bar Objeto Encontrado, na 102 Norte, com o slogan #empurraqueelecai. O cartaz vencedor traz uma imagem de Cunha com chifres e a inscrição: “Livremo-nos do mal, nós vamos além”.