Autor: talitadesouza
Por Denise Rothenburg — Nos acordos que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, fechou durante as conversas na Itália, as autoridades concordaram em incluir uma mudança de classificação do comércio de madeira ilegal e minérios na legislação do país, a fim de ajudar a conter o financiamento do crime organizado. Atualmente, na Europa, esse comércio é tratado apenas como crime do ponto de vista fiscal. O sujeito paga o imposto, e fica tudo certo. Agora, porém, a situação vai mudar.
Na conversa com o ministro do Interior, Matteo Piantedosi, Lewandowski mencionou que um dos setores de financiamento do crime organizado é a extração ilegal de madeira da Amazônia, onde as facções têm atuado fortemente. Piantedosi respondeu de imediato que está disposto a colaborar.
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Os diplomatas brasileiros consideram que essa pode ser uma brecha para incluir esse comércio ilegal na convenção de Palermo, hoje o principal instrumento global de combate ao crime organizado. A ideia é incluir ali que o comércio de madeira sem certificação de origem, bem como minérios, fauna e flora, deve ser considerado crime. Hoje, na maioria dos países isso é tratado apenas como uma irregularidade fiscal. Na área da Justiça, a avaliação é de que, se a Europa passar a tratar esse contrabando como crime sujeito a prisão e multas pesadas, ajudará a estrangular o financiamento do crime organizado e, de quebra, a conter o desmatamento.
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Deixe para depois
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deixou dois recados durante sua passagem pelo Fórum Esfera Roma essa semana. O primeiro foi para o empresariado, no sentido de que alguém tem que ceder para garantir a aprovação da reforma tributária. O segundo foi para o governo, em relação às propostas paralelas à reforma que tentam mudar a base de cálculo do imposto ou alíquotas. “Projetos laterais, esses apêndices em relação a aumento de alíquota, aumento em mudança de base de cálculo, óbvio que nunca é bom aumentar imposto. Não há esse desejo nosso de aumento de carga tributária e de aumento de imposto para o contribuinte brasileiro”, afirmou, reforçando a regulamentação da tributária como seu objetivo central para este fim de ano.
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A janelinha existe
Pacheco relatou, porém, que essas medidas de aumento de imposto só irão para frente em última necessidade, se
não houver alternativas eficientes para poder fazer o combate
do deficit público”.
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Por falar em reforma…
No mesmo painel em que o presidente do Senado fez quase que um apelo aos empresários, o dono de uma das mais robustas empresas brasileiras, Wesley Batista, da JBS, elogiou a mudança da cobrança de origem para o destino, proposta na reforma tributária, e foi incisivo ao pedir um novo plano de desburocratização. “O país precisa olhar para isso. É complexo operar no Brasil”, afirmou.
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Diferenças
Wesley Batista citou alguns números de sua empresa: “Nos EUA, temos 70 mil funcionários, e no Brasil, 170 mil. Lá, não temos uma ação trabalhista, e um jurídico de dez pessoas. No Brasil, temos 200 pessoas apenas internamente. O contábil, (nos Estados Unidos) tem 15 pessoas. Aqui (no Brasil), é na casa de 200”, explicou. “Mas não tem nada que nos preocupe, o Brasil está caminhando.”
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A praga das bets
Ao participar do II Fórum Internacional Esfera, em Roma, o advogado Ricardo Soriano, sócio da Figueiredo & Velloso Advogados Associados, mencionou que é esperado um aumento do volume de dados do Coaf sobre operações duvidosas, com risco de irregularidades. Hoje, são 7 milhões de informações por ano, com a produção de 38 relatórios diários. “A estrutura do Coaf é mais enxuta do que deveria”, disse ele, referindo-se ao Centro de Controle de Atividades Financeiras, que hoje está a cargo do Banco Central.
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Curtidas
Na “lanterninha”/ A Constituição de 1988 determinou que os cartórios passassem a ser escolhidos por concurso público. Porém, nesses 36 anos, um estado não havia feito qualquer concurso para mudar seus serviços notariais…. Alagoas. Agora, pela primeira vez, esse processo está em curso. Já não era sem tempo.
Muita calma nessa hora/ Em Roma, perguntado como está a campanha para presidente do Senado, sobre o clima de já ganhou que surge nos bastidores, o candidato Davi Alcolumbre respondeu assim: “Eleição é sempre na base do orai e vigiai. Sem essa de ganhar na véspera.”
O “vigia”/ Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, Alcolumbre acompanhou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na viagem a Roma, a fim de aproveitar o tempo para acertar os ponteiros desse período de campanha. A ideia é evitar que haja uma candidatura do PSD, partido de Pacheco, capaz de criar algum entrave ao favoritismo de Alcolumbre.
Vem aí o “Parlamento”/ O Esfera vai ampliar sua área de atuação. No ano que vem, será inaugurada em Brasília a empresa “Parlamento”, do “think-do-it-thank”. A ideia é ter uma estrutura para acompanhar os projetos de lei desde o início, a fim de evitar que o empresariado pegue a novela no final. Vem ainda um instituto, para estudos científicos, para ajudar na busca de dados na elaboração de projetos de interesse da sociedade e das empresas.
Por Carlos Alexandre de Souza, com Denise Rothenburg e Eduarda Esposito — A vinda de Guilherme Boulos a Brasília é o sinal mais evidente de que o candidato à Prefeitura de São Paulo precisa, mais do que nunca, do apoio do presidente Lula para reverter a desvantagem contra o adversário Ricardo Nunes. As primeiras pesquisas divulgadas após o primeiro turno sinalizam que o postulante do PSol terá de trabalhar muito para obter a virada ante o candidato emedebista.
Parte da estratégia de Boulos para os 17 dias finais de campanha é mostrar a boa relação com o governo federal. A ideia é valorizar as propostas para a capital paulista que terão a “parceria”, nas palavras de Boulos, com o governo Lula.
Ao concorrer entre duas candidaturas de direita, Boulos chega ao segundo turno com uma dupla missão: conquistar os votos de Tabata Amaral e convencer o eleitor paulistano a trocar um prefeito conservador, no exercício do cargo, por um progressista que ainda não assumiu um cargo no Executivo.
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Cadeira vazia
E a cadeira, quem diria, voltou a chamar a atenção na eleição municipal de São Paulo. Com a ausência de Nunes ao debate promovido pelo grupo Globo, Boulos dirigiu duas perguntas ao adversário faltoso. Os holofotes ficaram com o móvel, imóvel. Já foi pior, como se viu no primeiro turno.
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Todos à mesa
A embaixada brasileira em Roma, na icônica Piazza Navona, serviu de palco para o jantar de abertura do Fórum Esfera, realizado ontem, sob o comando de João Camargo e sua filha Camila Camargo, CEO da Esfera. O cardápio assinado por Gegè Mangano, de Puglia, foi servido para autoridades como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
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Confraria
Também estavam presentes o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (UniãoAP); o presidente do PP, Ciro Nogueira; o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho; e os empresários da JBS, Joesley Batista e Wesley Batista, além de outros convidados.
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Pensando o Brasil
O Fórum Esfera será realizado hoje e amanhã, na capital italiana, com diversos painéis. Segurança jurídica, investimentos, segurança alimentar e outros temas estarão entre os debates.
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Visão árabe
Os Emirados Árabes Unidos despontam como um dos importantes atores no desenvolvimento da Inteligência Artificial, com projetos bilionários em curso no país e no exterior, particularmente nos Estados Unidos. A nação localizada no Oriente Médio, anfitriã da COP28, também atua fortemente em projetos sustentáveis, com mais de 40 mil fazendas mantidas em região árida.
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Cortesia
Esses foram alguns dos temas abordados por representantes do jornal Aletihad em visita ao Correio. O CEO da Aletihad News Centre e editor-chefe do Aletihad, Hamad Al-Kaabi, e o editor de inglês da Aletihad News Centre, foram recebidos pelo presidente do jornal, Guilherme Machado (foto).
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No poder
Durante a passagem por Brasília, Al-Kaabi e Ghamal se encontraram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Executivo; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; além de outras autoridades do Executivo e do Legislativo.
Por Carlos Alexandre de Souza — Com um desempenho pífio nas urnas, o governo Lula e o Partido dos Trabalhadores têm pela frente um parada dura para se manterem depois de 2026. O resultado das eleições de domingo reforçou a chegada de uma nova onda conservadora, que desde 2018 contesta frontalmente algumas das bandeiras e das práticas do campo progressista.
Muito mais do que em 2022, Lula precisará trabalhar muito para compor um leque de alianças competitivo contra o inevitável adversário de centro-direita que emergirá na próxima disputa presidencial.
Em um cenário desfavorável na política, resta ao governo Lula obter ganhos consistentes na economia. Ocorre que ainda faltam sinais claros de que a administração petista cumpre uma política fiscal austera, estabelecendo o incontornável equilíbrio nas contas públicas.
Crescimento econômico e geração de empregos, alguns dos indicadores positivos do governo Lula, podem contribuir para melhorar a imagem do presidente e do PT. Mas são insuficientes para 2026. É preciso ter um motor político para vencer a disputa nas urnas. E falta potência no modelo de 2024.
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Olho no BC
Nesse sentido, a aprovação do Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, a partir de 2025, ganha ainda mais relevância. Tanto governo quanto oposição terão os olhares atentos à política de juros do BC. Roberto Campos Neto, diversas vezes acusado de identificação ideológica com o governo de Jair Bolsonaro, manteve a taxa de juros em patamar elevado durante as eleições de 2022, em demonstração de que política monetária e eleição não se misturam.
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Ida a Portugal
Integrantes da CPI das Apostas pretendem ir até Portugal, na próxima semana, para investigar a atuação dos “tubarões” nos esquemas ilegais de apostas esportivas no Brasil. Em depoimento no Senado, o empresário William Rogatto sugeriu que equipes grandes da Série A estariam
envolvidos no ilícito.
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Ordem na casa
No último sábado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu a decisão proferida pela 8ª Vara Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal que liberou a operação em todo o país de casas de apostas esportivas on-line credenciadas pela Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). A decisão foi a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que alegou a invasão de competência da União ao permitir que um estado possa autorizar casas de apostas em escala nacional.
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Controle federal
Na decisão, o presidente do TRF-1, desembargador federal João Batista Moreira, confirmou ser prerrogativa da União regular o setor de apostas. “Ainda que concebida como serviço público de competência estadual, não se dispensa o controle federal da atividade, sem o qual há, efetivamente, risco para a ordem pública”, afirmou na decisão.
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STJ define lista
O pleno do Superior Tribunal de Justiça definirá, no dia 15, os nomes dos desembargadores federais e dos integrantes do Ministério Público que concorrerão às vagas abertas após a aposentadoria das ministras Laurita Vaz e Assusete Magalhães.
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Voto secreto
Os ministros do STJ escolherão três nomes da lista de 16 desembargadores encaminhada pelos seis Tribunais Regionais Federais do país. A votação é secreta. O mesmo procedimento será adotado em relação ao Ministério Público, mas com um contingente maior. A seleção dos três nomes, também por voto secreto, virá de uma lista de 40 candidatos.
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Ao Planalto
Os seis nomes escolhidos pelo STJ serão encaminhados ao presidente da República, a quem caberá indicar o desembargador federal e o integrante do MP que poderão concorrer à vaga de ministro. Os dois aprovados pelo chefe do Executivo passarão por sabatina no Senado.
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Missão cumprida
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está satisfeito com o recado das urnas. Ele comemorou a reeleição de João Henrique Caldas, o JHC, em Maceió, e a vitória de dois aliados Arapiraca e Rio Largo — os três maiores colégios eleitorais em Alagoas. Em todo o estado, os candidatos apoiados por Lira conquistaram 66% dos votos.
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A outra Casa
O resultado é um importante ativo para pavimentar o caminho de Lira rumo ao Senado em 2026.
Por Denise Rothenburg — Empolgados com a chegada do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ao segundo turno, o presidente do MDB, Baleia Rossi, o do PSD, Gilberto Kassab, e expoentes do União Brasil, de Antonio Rueda, já pensam em tornar essa parceria mais permanente. Em especial, PSD e União Brasil, que não se enfrentam em nenhum grande colégio eleitoral neste segundo turno e hoje caminham juntos na disputa pela Presidência da Câmara.
Os três não descartam uma parceria rumo a 2026 e, nesse sentido, tentar atrair o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para, a depender do resultado em São Paulo, construir um caminho alternativo ao PT e a radicais, como Pablo Marçal, que ficou de fora.
Até aqui, não há exclusão do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. Porém, o andar da carruagem no PL e a conquista de espaços políticos importantes acende a vontade dos expoentes do partido em lançar um candidato a presidente da República. Bolsonaro não trabalhou de corpo e alma para Nunes chegar até aqui como candidato. Quem fez isso foi Tarcísio de Freitas. O ex-presidente, aliás, vê seu partido concorrendo em nove das 15 capitais que terão segundo turno. Há quem diga que é em São Paulo que o ex-presidente será mais presente neste segundo turno.
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Hegemonia ameçada
Depois de reeleger João Campos em primeiro turno no Recife (PE) e ver Tabata Amaral fazer uma campanha altiva em São Paulo, o PSB não tem dúvidas: é o partido que tem as novidades para o futuro na esquerda brasileira. O PT, sempre hegemônico, não obteve sucesso no berço do partido, São Bernardo do Campo. E, onde concorre no segundo turno, chegou em desvantagem.
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Por falar em João Campos…
Ao ser reeleito com 78,11%, Campos mudou de patamar. Ao que tudo indica, ele deverá tentar o governo de Pernambuco em 2026. Fontes do partido não descartam uma candidatura à Presidência da República, quem sabe, um dia. É o maior nome do PSB hoje.
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Tarcísio, o vencedor
O resultado deste primeiro turno da eleição de São Paulo amplia a força do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e a pressão para que ele concorra à Presidência da República. Não houve sequer um grito “Bolsonaro, Bolsonaro” nas comemorações de Nunes ontem à noite.
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Índice ruim
Na contramão de quase todos os prefeitos das capitais que tentaram reeleição, Dr. Pessoa (PRD), de Teresina, e Edmilson Rodrigues (PSOL), em Belém, não ficaram nem em segundo lugar. Na capital do Piauí, sequer haverá 2º turno. Na capital paraense, Rodrigues encerrará o mandato em 31 de dezembro.
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O Norte escolheu o MDB
O MDB conseguiu vencer em duas capitais da região Norte, Boa Vista e Macapá. Além delas, foi para o 2º turno em Belém. Se ganhar, será o partido com mais capitais da região.
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Vingança é um prato que se come frio/ Ao que parece, José Sarney (MDB) teve sua vingança. O ex-presidente perdeu a cadeira do Senado para Davi Alcolumbre (UB), e agora o partido conseguiu eleger Dr. Furlan (MDB). Enquanto isso, Alcolumbre sequer teve seu irmão eleito como vereador em Macapá. Resta ao parlamentar tentar a presidência do Senado como uma questão de honra.
Tchau, Marçal/ Para quem começou a campanha dizendo que nem haveria segundo turno, Pablo Marçal precisa rever seus conceitos. A campanha de ataques e desrespeito mostrou que tem algum apelo, mas não o suficiente para levar a taça.
É só “até breve”/ Se não for preso e ficar com os direitos políticos cassados, Marçal voltará a ser candidato em 2026. Está entre governo de São Paulo e Presidência da República.
Rindo à toa/ A deputada Bia Kicis (PL-DF) está rindo à toa. Zoe Martinez, sua ex-assessora, conquistou uma cadeira de vereadora na maior cidade do país.
Por Denise Rothenburg — O ex-presidente Jair Bolsonaro começou a corrida para as prefeituras disposto a usar os palanques físicos e eletrônicos para alavancar uma campanha de retomada da sua elegibilidade. Independentemente de quem for para o segundo turno em São Paulo, a avaliação — até mesmo dentro do PL — é de que, na maior cidade do país, ele perdeu. Bolsonaro não se engajou de corpo e alma na candidatura de Ricardo Nunes (MDB) à reeleição e viu seus eleitores migrarem para Pablo Marçal (PRTB) sem seu comando. Seja um ou outro o vencedor, não será o ex-presidente o padrinho mágico. Para completar, no Rio de Janeiro, seu berço político, a tendência é o prefeito-candidato Eduardo Paes (PSD) vencer Alexandre Ramagem (PL) no primeiro turno.
A avaliação de muitos consultores em Brasília é de que Bolsonaro não atingiu os objetivos nesta campanha. O que ainda pode dar discurso ao ex-presidente é seu partido, o PL, ser o campeão em número de prefeituras. É a forma de se recuperar da não participação em São Paulo e das dificuldades de Ramagem, no Rio.
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Sobrou para ele o calote
A vida do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), não está fácil. Ainda que lidere as pesquisas, com 29%, de acordo com a Atlas/Intel, ele acaba de ser cobrado pelo governo sueco por uma dívida de R$ 500 milhões, contraída em 2012, para a compra de 296 ônibus, quando Amazonino Mendes (PDT) era o prefeito. Faltando dois dias para o pleito, o assunto será muito explorado pelos adversários que buscam uma vaga no segundo turno.
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A força do governador
Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, tem tudo para ser um forte nome nas eleições presidenciais de 2026. Tem 75% de aprovação dos eleitores contra 17% de desaprovação, segundo a pesquisa Atlas/Intel de agosto. No domingo, será possível avaliar sua força política com os resultados de seus apadrinhados nas prefeituras goianas.
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Enquanto isso, em Valparaíso de Goiás…
Bolsonaro, aparentemente, não vai conseguir eleger sua candidata à prefeitura do município, Maria Yvelônia (Solidariedade). O ex-presidente chegou a participar da carreata com ela pela cidade, mas o evento não fez suas intenções de votos crescerem — pelo contrário, diminuíram. De acordo com a pesquisa do Instituto Real Time Big Data, Yvelônia tem 10% contra os 12,7% que tinha, em setembro, pelo levantamento do Instituto Igape.
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O PL também perdeu ali
O candidato do PL, Zé Antônio, também não tem a preferência de votos da população nem o apoio de Bolsonaro — que preferiu apadrinhar a vice-presidente do Conselho Nacional da Assistência Social de seu governo. A pesquisa do Instituto Real Time Big Data mostra que ele permanece com os mesmos 15% de intenção, enquanto que Marcus Vinicius (MDB), apadrinhado de Caiado, lidera com 42%.
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Bolsonaro vence a guerra das lives/ O ex-presidente começou uma live no mesmo horário em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (foto) fazia outra, com Guilherme Boulos, candidato do PSol em São Paulo. Na maior parte do tempo, Lula conseguiu uma audiência em torno de 5 mil pessoas — só subiu no final. Bolsonaro tinha o dobro, sozinho, com as tradicionais folhas de papel à sua frente, com os nomes dos candidatos do PL, de estado por estado.
Por falar em candidatos…/ Bolsonaro teve dificuldades até em citar o nome do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. Seu foco foi o vice, Melo Araújo, apresentado como um “vice ativo”, se Nunes vencer.
O alvo é Lula/ Ao referir-se a Minas Gerais, Bolsonaro citou a notícia publicada no site do Correio Braziliense, sobre as declarações de Lula a respeito do conflito no Oriente Médio — quando o presidente soltou o comentário “Israel só sabe matar”. Bolsonaro chamou o presidente de “descondenado” e disse que o petista se esquece do ataque do Hamas a Israel, no ano passado.
Nem tudo pifou/ O voo de Lula sobre o México, a fim de queimar combustível para poder pousar, teve, pelo menos, um alento naquelas quase cinco horas de tensão e sem internet. O ar condicionado funcionou perfeitamente, para alívio dos passageiros.
Colaborou Vinícius Doria
Por Denise Rothenburg — O ataque do Irã a Israel deu ao regime israelense mais uma justificativa para desprezar os pedidos de cessar fogo por parte de países como Estados Unidos, França e Reino Unido. Diplomatas brasileiros apostam que o israelense Benjamin Netanyahu só se sentará à mesa para conversar sobre cessar fogo ou algo do gênero depois da eleição americana.
Até lá, Israel tentará tirar do tabuleiro os líderes do Hezbollah e do Hamas, como tem feito desde que o ataque de outubro do ano passado. Ou seja, o Itamaraty está se preparando para pelo menos mais um mês de conflito pesado no Oriente Médio. A Organização das Nações Unidas, que terminou sua Assembleia Geral essa semana, também está sem força para mediar esse conflito.
É o que resta/ Nesse sentido, o governo Lula vai correr para retirar da região os brasileiros que quiserem sair. A ordem no Itamaraty é tomar posições contundentes condenando os ataques a áreas civis, como o lançado contra a cidade de Beirute, no Líbano, e ser mais comedido com os ataques militares.
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Bets na mira
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, pediram que os técnicos do Parlamento listem todos os projetos que tentem regulamentar as apostas na internet, as “bets”. A ideia é tratar desse tema depois do primeiro turno das eleições, semana que vem.
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Veja bem
Os evangélicos são os mais interessados em resolver logo isso. Diz-se nos bastidores que, quando a aposta é alta, faltam recursos para os dízimos.
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Enquanto isso, no Ministério da Fazenda…
O governo se prepara para bater bumbo a respeito da elevação da nota de crédito do país pela agência Moody’s. A ideia é mostrar que a economia segue no caminho certo, tanto é que está a um passo do grau de investimento.
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A aposta de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro tem se dedicado ao interior de São Paulo. A avaliação de seus aliados é a de que, se ele conseguir eleger os candidatos do PL estado afora, estará no jogo para indicar o nome a ser apoiado em 2026, caso continue inelegível.
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O que preocupa Cármen/ Os dois estados que mais preocupam a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, são o Amazonas e o Ceará. Ambos estão com candidatos ameaçados.
Vai mais além/ No Amazonas, outro ponto de atenção é o isolamento de comunidades por causa da seca. Já se sabe que, em algumas localidades, será difícil o eleitor exercer o seu direito de voto.
Tá vendo aí? / A depender dos taxistas de São Paulo, a abstenção será alta. De três motoristas, dois disseram que não vão votar. Estão decepcionados com a política.
Eles apostam/ Os políticos paulistanos acreditam que, apesar do empate triplo, o prefeito-candidato Ricardo Nunes e o deputado Guilherme Boulos estarão no segundo turno. E Pablo Marçal ficará de fora. A conferir daqui a cinco dias.
Câmara tem um candidato vingativo, um governista e um desconhecido
Por Denise Rothenburg — Em conversas reservadas, os governistas traçam o perfil dos três pré-candidatos a presidente que estão na pista atualmente para explicar por que Hugo Motta tem chances. O líder do União Brasil, Elmar Nascimento, é apontado como “aquele que se vinga”. E já o fez contra Rodrigo Maia. Em 2020, Maia havia prometido fazer de Elmar Nascimento presidente da Comissão Mista de Orçamento.
Além da pandemia, foi tanta confusão que a CMO só foi instalada em 2021, depois da eleição de Lira. Algumas semanas antes da primeira eleição de Arthur, o antigo DEM de Elmar saiu da campanha do candidato Baleia Rossi (MDB). Oficialmente, ficou neutro, mas Elmar Nascimento liderou o movimento de apoio a Lira. Essa posição foi atribuída ao fato de Rodrigo Maia não ter feito de Elmar presidente da CMO. Agora, ao que tudo indica, vai querer se vingar de Lira.
E os demais…/ Antonio Brito, do PSD, é visto como alguém tão leve no trato que pode ser mais alinhado ao governo do que a Casa deseja. Além disso, a ascensão de Brito seria mais poder para o presidente do partido, Gilberto Kassab. Por fim, Hugo Motta, o mais novo, ainda acumula pouco tempo de holofotes para qualquer avaliação mais profunda. Não tem arestas, tem muitos amigos e deve seguir a mesma toada de Lira. Essa é a largada da temporada eleitoral que está apenas começando. Ninguém ganha eleição de véspera.
Vale lembrar/ A CMO, naquela temporada, só foi instalada em fevereiro de 2021, e terminou nas mãos de Flávia Arruda, que era do PP de Arthur Lira e tinha o apoio do centrão.
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Até aqui, deu água
O ex-presidente Jair Bolsonaro continua seu périplo pelo país em apoio aos candidatos do PL. Mas ainda não conseguiu emplacar o sonho de formar uma grande onda pela sua anistia e liberação para concorrer em 2026. Os candidatos dele têm se dedicado aos temas locais.
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Mais um ponto contra
O prazo que o Supremo Tribunal Federal deu para que os parlamentares votassem a desoneração da folha em plena campanha eleitoral nos municípios, o que foi feito esta semana, é mais um tema que deixou os congressistas irritados com a Corte. Aos poucos, o caldo vai engrossando e há um receio de que Arthur Lira não consiga segurar.
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Enquanto isso, em Paris…/ Saem os atletas paralímpicos, chegam os empresários. O grupo Líderes Empresariais (LIDE), do ex-governador João Doria (foto), levou uma comitiva de 35 CEOs dos mais diversos setores para um encontro com o presidente Emmanuel Macron, no Palácio Élysée. “Macron tratou de temas bilaterais dos mais variados aspectos, tanto na agroindústria, quanto em tecnologia, pesquisa, inovação, defesa, segurança aeroespacial e turismo. Foi um show de conhecimento e carinho pelo Brasil”, conta Doria.
… Brasil ganha aliado/ Doria mencionou ainda que Macron defendeu a entrada do Brasil na OCDE. A COP30 e o fato de o Brasil ter, ainda hoje, mais de 60% de sua cobertura vegetal original e 90% de fontes renováveis de energia foi um ponto ressaltado pelos empresários, interessados em investimentos franceses no Brasil. “A COP30 no Brasil será um momento decisivo (…). O mundo inteiro passará a olhar o Brasil de uma maneira diferente. Tem que parar essa visão imperialista do mundo do Norte. Nós, que estamos no Hemisfério Sul, temos que ter reconhecimento para o que estamos fazendo”, afirma o CEO da Cidade Matarazzo, Alex Allard.
Primeiros passos/ A entrevista de Ricardo Cappelli ao Podcast do Correio foi recebida, no PSB, como o primeiro grande ensaio do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial rumo a uma candidatura ao Governo do Distrito Federal. Estava acompanhado de Valdir Oliveira, que já o apresentou como o nome do partido para a campanha.
Só dá Tereza/ A campanha da candidata à reeleição em Campo Grande, Adriane Lopes (PP), tem mostrado mais a senadora Tereza Cristina do que a prefeita. Repete o que muitos candidatos a vereador no Rio de Janeiro têm feito em relação a Jair Bolsonaro.
Por Denise Rothenburg — O almoço em torno do líder do Republicanos, Hugo Motta, o aniversariante da semana pré-candidato a presidente da Câmara, foi lido como uma resposta aos movimentos dos líderes do União Brasil, Elmar Nascimento, e do PSD, Antonio Brito. A presença de Arthur Lira foi entendida como apoio selado a Motta, mas os partidos não estão todos fechados nesse sentido. Motta é visto, a preços de hoje, como candidato de um consenso que pode ocorrer, mas ainda não veio.
Três deputados presentes ao almoço do aniversário de Hugo Motta disseram à coluna que foram dar um abraço no candidato da mesma forma que estiveram nos aniversários de Elmar e de Brito, no semestre passado. Sabiam, porém, que o gesto seria interpretado como um gesto de apoio, mas não fecharam nada.
Esta corrida, avaliam, é de resistência e não de cem metros. O apoio formal a Hugo Motta não está descartado, nem fechado. A avaliação geral é a de que, com a eleição em fevereiro, o jogo continua uma montanha-russa de muitas voltas e loopings pela frente.
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Um cargo…
A ideia de criar uma autoridade climática com ares de agência é lida como mais uma estrutura que vai consumir escassos recursos públicos, sem resolver o problema. Alguns consideram que o melhor é reforçar as estruturas existentes.
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… para diluir atribuições
A entrada de uma “autoridade” na roda do meio ambiente corre o risco de deixar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em segundo plano e a mitigação dos extremos climáticos num lusco-fusco entre as instituições responsáveis por esse trabalho.
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E o PT, hein?
Os petistas sabem que não podem errar no quesito Presidência da Câmara. Por isso, o partido vai postergar o quanto puder a reunião para definir apoio a um nome. A ideia é esperar para ver se a disputa afunila.
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O passado ensina
O PT teme ocorrer com Motta o que houve com Luís Eduardo Greenhalgh, o candidato do PT que perdeu para Severino Cavalcanti no ano 2000. Por isso, todo o cuidado será pouco. Muitos apostam que apoio formal só em janeiro.
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Esqueça isso
Atento ao vai e vem dos candidatos a presidente da Câmara, o deputado Danilo forte avisa: “O Parlamento não entregará as emendas de comissão para o governo. E os deputados não vão votar em um candidato que não tenha o poder de garantir as emendas”, diz em alto e bom som em entrevista à Rede Vida que foi ao ar ontem.
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O herdeiro em movimento/ Em campanha pela reeleição em Recife, o prefeito João Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos, é visto no PSB como o futuro presidente do partido para ganhar mais projeção. É a aposta para a renovação da esquerda brasileira.
Enquanto isso, em São Paulo…/ Sempre que encontra os amigos, a deputada Carla Zambelli (foto) só fala dos processos a que responde. Muitos fazem cara de paisagem e seguem em frente. A avaliação de muitos é a de que sua carreira política está com os dias contados.
Surreal/ Quando a prisão de uma advogada milionária de pessoas ligadas ao crime organizado vira um dos principais temas de discussão na internet, ou são robôs ou os valores da sociedade estão totalmente invertidos.
Eleição para presidência da Câmara contaminou votações estratégicas na Casa
Por Denise Rothenburg — Os últimos movimentos dos partidos e de alguns personagens importantes em relação à Presidência da Câmara dos Deputados terminaram embolados com votações estratégicas na Casa. E essa contaminação vai muito além da anistia aos enroscados no quebra-quebra de 8 de janeiro do ano passado. Já estão nesse balaio a reforma tributária e a solução para as emendas, cujo prazo vence hoje.
E por falar em emendas… A proposta do candidato a presidente do Senado, Davi Alcolumbre, levada aos líderes, foi a de transformar as emendas de comissão em “individuais”, ampliando o bolo dos deputados. Se isso emplacar, a turma de Arthur Lira, leia-se os atuais líderes partidários, e os presidentes das comissões perderão o poder de privilegiar A ou B com essas verbas e os deputados não estarão sujeitos ao toma-lá-dá-cá em relação a esses recursos.
> PT em copas
O partido de Lula não pretende fechar desde já apoio ao candidato A ou B. Como não houve um nome de consenso, a ordem é esperar para avaliar o andar da carruagem. O lema é “muita calma nessa hora”.
> Tudo igual
O que se ouve no baixo clero é que o jogo para presidente da Câmara está zerado, embora Hugo Motta tente se apresentar como um nome de consenso para suceder Arthur Lira.
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Deixa que eu chuto
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, pedindo mais bombeiros para estados em que há queimadas, não foi bem recebida pelo governo federal. Alguns avaliam que passa a ideia de que o Poder Executivo não está agindo.
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Dino inverte a ampulheta
O ministro Flávio Dino deixou nas mãos do Congresso o prazo para dar transparência às emendas impositivas. Agora, ficará tudo suspenso até que eles apresentem a proposta. A pressão, daqui para frente, será dos parlamentares, ávidos por liberar os recursos.
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Um jantar para dois/ O ministro do Turismo, Celso Sabino, fez questão de receber Elmar Nascimento e Antonio Brito num jantar cercado de deputados. O ministro de Comunicações, Juscelino Filho, também participou. Saíram de lá todos certos de que a principal missão agora é atrair o PT.
De grão em grão…/ Aos poucos Lula vai fazendo seu “pé de meia” eleitoral. Todas as visitas aos estados são acompanhadas de entrevistas às rádios locais. E, agora, tal e qual foi feito em Manaus, a ideia é visitar as comunidades.
A realidade bate à porta/ O ministro da Casa Civil, Rui Costa, aproveitou o evento em Manaus para lembrar a todos que não é mais combate à seca. “é conviver com ela e mitigar seus efeitos”.
Por falar em Manaus…/ Lula aproveitou a visita para uma conversa a sós com o candidato do PT na cidade, Marcelo Ramos, com direito a fotos para a campanha e discussão de projeto para a cidade. O atual prefeito, David Almeida (Avante), candidato à reeleição, tem o apoio de Omar Aziz. Bolsonaro estará na cidade em 28 de setembro, para tentar alavancar Alberto Neto (PL).
11 de Setembro/ Há 23 anos, o mundo viu aviões transformados em bombas. Tanto tempo e o planeta continua muito longe de encontrar a paz e o desenvolvimento civilizado.
Por Denise Rothenburg — A nomeação de Macaé Evaristo, do PT de Minas Gerais, tem dois objetivos políticos centrais e prioritários. O primeiro é blindar o governo em relação às denúncias de assédio sexual envolvendo o ex-ministro Silvio Almeida. O segundo, é recolocar na testa do PT nacional a tarja de defesa e respeito às mulheres. Entre os aliados de Lula, há quem diga que ficou muito ruim para o governo a notícia de que circulava a suspeita sobre o ex-ministro, e ninguém fez nada para não expor o governo.
A missão de Macaé Evaristo, com a bandeira petista em punho, será virar essa página obscura.
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LDO na mira
O governo quer adiantar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e tentar votar antes das eleições de outubro. Só tem um probleminha: nada será votado antes de resolvido o imbróglio das emendas. O prazo fixado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para o acordo das emendas vence amanhã e ainda não está tudo redondo para 11 de setembro. Coincidentemente, aniversário da queda das Torres Gêmeas, em Nova York.
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Planta para o futuro
A oposição sabe que um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, não prospera nesta legislatura. A ideia é jogar para o pós-2026, quando os candidatos do PL irão às ruas com esta bandeira de campanha.
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Mais urgente
Embora a oposição tenha focado os holofotes no impeachment de Moraes, o jogo mesmo é para a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Esse tema vai entrar na eleição para presidente da Câmara e do Senado. Até agora, a resposta dos pré-candidatos foi semelhante a um convite do tipo “passa lá em casa”, mas não dá o endereço.
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Caiado e Baldy
Pré-candidato a senador por Goiás, o presidente do PP estadual, Alexandre Baldy, fechou um acordo com o governador Ronaldo Caiado para formar uma base dos progressistas no estado. Já é uma espécie de ensaio para 2026.
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Por falar em acordo…
Hoje tem reuniões em Brasília para tratar da Presidência da Câmara. E não há sinal de fumaça branca para se chegar a uma candidatura única. A preços do dia, a disputa está posta.
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Curtidas
Anúncio/ Integrante da cúpula do PSB do Distrito Federal, Valdir Oliveira declarou, com todas as letras, à coluna que o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, será o candidato do partido ao governo do DF. “Isso já está decidido, ele é o nome”, afirmou, antecipando em dois anos o movimento.
Civilidade/ Cappelli encontrou a vice-governadora Celina Leão nos bastidores do CB.Poder de ontem (foto). A conversa amena e fraternal indica que os debates para o GDF, em 2026, serão de alto nível. Depois desse desfile de baixarias da eleição municipal de São Paulo, os gestos de respeito são muito bem-vindos.
Por falar em desfile…/ O governo não tem dúvidas: o que tirou o público da Esplanada este ano foi o clima seco e o fato de cair num sábado, dia em que, apesar do feriado, o comércio permanece aberto. A oposição, porém, caiu em cima: em São Paulo, foram 45 mil ao ato contra o ministro Moraes. No churrasco de Lula, aliás, o ato foi motivo das rodas de conversa. Quando alguém comentou com Moraes que “vão homenagear você, agora, lá em São Paulo”, alguns riram. Outros, não.