Não conte com eles

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O PT não pretende votar a favor do retorno do senador Aécio Neves ao exercício do mandato. Depois de acompanharem com uma lupa a decisão do Supremo Tribunal Federal, que colocou as medidas cautelares para análise no Congresso Nacional, os petistas querem tirar a questão institucional de cena e analisar o mérito do processo contra o senador do PSDB. Algo parecido com o que fez o ministro Luís Roberto Barroso, um voto que gerou inclusive uma nota da defesa de Aécio. É o PT colocando de volta à cena a tentativa de desgastar ainda mais um dos partidos adversários no caminho de 2018.

Nessa brecha de enfrentamento com o PSDB, o PT planeja ainda cobrar a abertura de processo contra Aécio no Conselho de Ética do Senado. A reação da base será imediata. A julgar pelo que os políticos estão comentando nos bastidores, a confusão está só no começo. Vem aí uma guerra de pedidos no Conselho.

Conte com eles
As contas da base do governo indicam que Aécio Neves pode prescindir do PT para recuperar o direito de exercer o mandato. A base aliada, se continuar unida, terá condições de salvar Aécio no Senado da mesma forma que segurará Michel Temer na Câmara. Aliás, Aécio e seus aliados aproveitam esses dias de feriadão para expor aos demais senadores que foi uma “injustiça” tirar o mandato de um senador por medida cautelar e só agora, 16 dias depois, decidir que tem que passar pelo Senado. A esperança do grupo é a de que o senador possa exercer o mandato, até para se defender no Conselho de Ética.

Mistério
Os parlamentares que tomaram o depoimento do advogado Willer Thomaz essa semana na CPI da JBS ficaram estarrecidos. O advogado ficou preso 78 dias e não foi ouvido pelas autoridades todo esse período. A suspeita é a de que não foi ouvido para não expor o Ministério Público.

Calcanhar de Lula
Os petistas que ainda têm esperanças de ver Lula na corrida presidencial do ano que vem começaram a coletar de dados para tentar responder por que o PT, em 13 anos de poder, não resolveu determinados problemas do país. A lista é encabeçada pela corrupção.

Êxodo
Socialistas calculam que algo em torno de 15 dos 36 deputados do PSB planejam deixar o partido, caso haja a expulsão da líder, Tereza Cristina. É o grupo que, junto com a líder, chegou ao PSB atendendo a um convite de Eduardo Campos, num projeto alternativo à polarização PT-PSDB. Desde a morte de Eduardo, o grupo vem perdendo espaço entre os socialistas.

CURTIDAS

Os trabalhos de Arruda/ Empenhado em fazer da mulher, Flávia (foto), deputada federal, o ex-senador e ex-governador José Roberto Arruda (PTB) tem conversado com vários pré-candidatos a governador do Distrito Federal. O último representante do PTB do DF no Parlamento foi o senador Gim Argello, hoje “inquilino” do sistema carcerário em Curitiba.

Climão entre torcidas/ Aliados de João Dória disseram que as vaias no santuário de Nsa Sra Aparecida ontem mostram que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não está com essa bola toda. Os de Geraldo, entretanto, respondem que Dória só não foi alvo das vaias, porque, “como sempre, estava viajando”.

Assédio eleitoral/ Acostumada a frequentar supermercados e feiras em Brasília, a senadora Ana Amélia Lemos (PP_RS) tem sido abordada por cidadãos pedindo que ela se candidate a presidente da República., Ana Amélia sorri e avisa: “Sou candidata à reeleição para o Senado no Rio de Grande do Sul”.

Faz sentido/ Aliados do presidente Michel Temer se apressaram nos últimos dias em desmentir que ele tenha qualquer problema de saúde grave: “Se fosse algo grave, doutor Kalil não deixaria o Michel sair do hospital”, disse o deputado Beto Mansur.

Primeiro, acalmar a “onça”

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O presidente Michel Temer vai dar um tempo na edição de medidas provisórias, inclusive a que se refere ao aumento do PIS/Cofins, em estudo pela área econômica do governo. Tudo para não melindrar ainda mais o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que esta semana reclamou do fato de o governo ter esvaziado o plenário da Casa, justamente no momento em que estava em pauta o acordo de leniência dos bancos.

Quanto ao aumento de imposto, a decisão do presidente vem em boa hora. Afinal, o presidente da Câmara, além de irritado com as idas e vindas do governo em relação às medidas provisórias de um modo geral, integra o partido que mais combateu o aumento de impostos nos governos petistas. Há quem diga que Maia não admitiria uma medida provisória sobre esse tema.

Não colou

Senadores passaram a tarde ligados na TV Justiça, torcendo para que os ministros do Senado colocassem as medidas cautelares como algo a ser resolvido pelo “Senado” e não pelo “plenário”. Assim, eles teriam condições de tentar deixar a Mesa Diretora decidir numa canetada.

Vaca no brejo

Todo o esforço do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em tentar aprovar a medida provisória 784, que trata de acordos de leniência de bancos, era para evitar que grandes instituições financeiras fossem atingidas pela delação do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Agora vai ficar difícil.

Guerra socialista I

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o vice-governador de São Paulo, Márcio França, foram surpreendidos com a decisão do presidente do PSB, Carlos Siqueira, de convocar uma reunião de cúpula para segunda-feira, 16 de outubro, apenas para expulsar a líder da bancada, Teresa Cristina, e os deputados Danilo Forte e Fábio Garcia. Todos votaram a favor de Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) quando da primeira denúncia.

Guerra socialista II

A intenção de Siqueira é colocar na CCJ deputados favoráveis ao afastamento do presidente Michel Temer. Teresa resiste a trocar os dois deputados. Por isso, Siqueira quer expulsar todos sumariamente, antes mesmo da reunião do partido que tratará do assunto, na terça-feira. Rollemberg e Márcio França entraram no circuito para tentar evitar o confronto na segunda-feira.

Guerra socialista III

No caso de Danilo Forte, Siqueira vai ter que aguardar, porque o caso dele está sob análise da Justiça, uma vez que há uma liminar suspendendo qualquer decisão partidária contra o deputado até que o pleno analise a intervenção no diretório do PSB no Ceará.

CB.Poder/ Em entrevista ao programa CB.Poder, na TV Brasília, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que a reforma política foi positiva, porém, sobrou muita coisa para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive a distribuição dos recursos do fundo partidário dentro de cada
partido. Veja a íntegra em www.correiobraziliense.com.br

Cofres vazios/ Parlamentares estiveram esta semana com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, para sentir como está o clima para as emendas de 2018. Ouviram que o governo precisa urgentemente de mais recursos e cobranças sobre a reforma da Previdência.

Fulanizar para quê?/ O voto do ministro Luiz Roberto Barroso (foto) foi o que mais irritou os aliados do senador Aécio Neves. Afinal, a ação direta de inconstitucionalidade em julgamento ontem não era sobre o senador, e sim a tese de uso de medida cautelar para afastar parlamentar do mandato.

12 de outubro/ Que Nossa Senhora Aparecida proteja nossas crianças. Bom feriado a todos!

Jurisprudência política

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Desconfiados de que o Supremo Tribunal Federal jogará hoje no colo do Senado a decisão final sobre o destino de Aécio Neves, senadores começam a se mobilizar no sentido de pedir ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que resolva o caso no âmbito da Mesa Diretora. Esse recurso foi utilizado no ano passado, quando o ministro Marco Aurélio Mello determinou que Renan Calheiros fosse afastado da Presidência da Casa. A Mesa Diretora descumpriu a liminar do ministro Marco Aurélio e Renan continuou no comando do Senado.
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A ideia dos senadores que defendem essa saída é tratar o caso de forma institucional, dando à Mesa Diretora o protagonismo de dizer aos ministros do STF que qualquer medida cautelar contra senador será tratada da mesma forma. Assim, em vez de votar o caso Aécio no plenário, expondo todos, a Mesa, eleita pelos senadores, restauraria a separação entre os Poderes, sem “fulanizar” e ainda evitaria que qualquer outro senador passasse pelo mesmo constrangimento. Integrantes da Mesa Diretora ainda não disse se aceitará o papel. Preferem esperar o que vem do STF hoje à tarde.

Na geladeira
Se depender dos partidos do chamado Centrão, o gabinete do ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, ficará às moscas. Essa turma agora trata das emendas ao Orçamento diretamente com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e com o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Com Jucá no estaleiro, a agenda de Dyogo está tão cheia quanto a de Michel Temer.

Maia versus Temer
Pronto. Era o que faltava. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), praticamente acusou o presidente Michel Temer de priorizar a leitura do parecer em defesa do seu mandato e, com isso, comprometer a votação de uma Medida Provisória defendida pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

“Sérgio Machado tem que ir para a cadeia, igualzinho os irmãos Batista”
Do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que também se viu enroscado nas denúncias do ex-presidente da Transpetro, a maioria não comprovada pelas investigações

Deixa quieto
Em reunião ontem, o Democratas decidiu congelar a proposta para mudança de nome. “Primeiro, temos que resolver o quadro dos estados, construir um programa. Essa troca de nome não é prioridade”,comenta o líder José
Agripino (RN).

Apostas/ Os parlamentares começaram a fazer um bolão sobre o que o STF decidirá em relação a Aécio Neves. Desistiram, porque todos apostam em 6 a 5 em favor de o Senado dar a última palavra sobre afastamento e recolhimento noturno de senadores.

Me erra…/ O deputado Paulo Maluf (PP-SP) nem piscou quando um repórter foi lhe perguntar o que ele achava da decisão da primeira turma do STF, que mantiveram a condenação por lavagem de dinheiro. Olhou fixo para a frente e seguiu, fingindo que não era com ele.

Por falar em condenação…/ José Dirceu (foto) disse numa festa dia desses em Brasília que está pronto para voltar à cadeia. Porém, acha que ainda consegue um tempo bom de liberdade para curtir a filha mais nova.

E o Lula, hein?/ No Congresso não há mais dúvidas: Se ex-presidente não conseguir comprovar a autenticidade dos recibos de aluguel do apartamento vizinho ao seu, em São Bernardo do Campo (SP), vai ser difícil escapar dessa. Há quem esteja se referindo às cópias apresentadas pela defesa de Lula ao juiz Sérgio Moro como uma nova operação aloprada.

Maia versus Temer versus Economia

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Pronto. Era o que faltava. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, acaba de jogar no colo do governo as dificuldades de votar a MP 784, que trata do acordo de leniência dos bancos, considerada prioridade pelo Banco Central. “Foi o governo que obstruiu e não atendeu o presidente do Banco Central”, disse Rodrigo.

A obstrução, anunciada pelo blog no twitter no início da tarde, foi para garantir a leitura do relatório da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O regimento impede que as comissões se reúnam no momento da Ordem do Dia. Entre a votação da MP e a leitura, o Planalto ficou com a leitura do relatório, sacrificando a MP defendida pelo Banco Central. Agora, Maia diz que não haverá prazo para votar a MP, que vence em 19 de outubro.

A decisão e a fala do presidente da Câmara expõem mais um afastamento entre Maia e o Planalto. Desta vez, com um agravante: Maia coloca o presidente e seus escudeiros no Parlamento como quem evita a aprovação de medidas defendidas pela equipe econômica, no caso, o Banco Central. É a primeira vez que alguém relaciona a denúncia contra o presidente como algo que atrapalha a economia. O que Maia quer com isso? Dizem alguns, viabilizar seu nome para substituir Michel, caso o presidente derreta.

O que levou muitos a acreditarem que Maia age nesse sentido foi o fato de as declarações surgirem justamente depois da apresentação do relatório favorável ao presidente Michel Temer na CCJ. Esse mal-estar entre Maia e Temer, tendo como pano de fundo algo relacionado à economia, era tudo o que Temer não precisava nesse momento. Mas, como diz um deputado, “todas as vezes em que há dinheiro na roda, a base se estranha”. Fiquemos atentos aos próximos lances dessa rodada.

A Salvação dos ministros

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Ao centrar seu parecer na acusação de formação de organização criminosa, o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), tenta tirar de cena qualquer movimento da oposição para tentar separar os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco da votação que envolve Michel Temer. Essa, aliás, será a preliminar a ser apresentada por deputados que defendem o afastamento de Temer.
Além disso, nos bastidores, há quem diga que, se houvesse a separação, seria muito trabalhoso preservar Moreira Franco. Ele, que já escapou por pouco há duas semanas, quando da votação da Medida Provisória que lhe garantiu status de ministro, estaria de novo sob fogo cruzado.

Lula e os militares
Ciente da insatisfação de setores da caserna, o ex-presidente citou ontem no discurso em seminário pela educação em Brasília que seu governo foi o primeiro a pagar um salário aos recrutas. Mencionou ainda os investimentos nas Forças Armadas. Para bons entendedores, o recado dado foi o seguinte: “Se eu voltar, vocês não serão esquecidos”,

Mercado futuro
Lula fez questão também de citar várias vezes o ex-ministro Fernando Haddad como aquele que levou campus universitários a várias cidades. Muitos petistas que estavam por lá saíram certos de que Haddad é mesmo o plano B, na hipótese de o ex-presidente não concorrer. Ainda que o ex-ministro da educação não ganhe, será o PT lançando um nome para o pós-2018. Se for chapa pura, com Lula na cabeça de chapa, Haddad será o vice.

Arrume outro
Se tem algo que o prefeito de São Paulo, João Doria, não poderá fazer é culpar o governador Geraldo Alckmin se houver fracasso em sua gestão. Isso porque, se tem uma coisa que Alckmin tem feito é liberar recursos para a cidade. Só ontem o governador autorizou R$ 14 milhões para a Fundo de Assistência Social, R$ 32,8 milhões para o programa Recomeço, ambos para atendimento de moradores de rua e dependentes químicos. Os valores não chegam a um Geddel, mas já é alguma coisa.

Por falar em valores…
Desde que a Polícia Federal desbaratou a caixa-forte do ex-ministro e ex-deputado em Salvador, os R$ 51 milhões viraram unidade de referência para os prefeitos que passaram por Brasília atrás de emendas ao orçamento do ano eleitoral. Todos querem agora de 1 Geddel para cima.

Uma juíza nas alturas I/ Denise Frossard, a juíza que enfrentou o crime organizado no Rio de Janeiro no início dos anos 1990, passou seu aniversário de 67 anos, em 6 de outubro, se preparando para escalar o… Everest!

Uma juíza nas alturas II/ Ela está em Katmandu, Bagmati Zone, Nepal. Cada um pode levar 15kg. “Na Duffel Bag vai o que os Iaques e Sherpas carregam, indo à frente. Nós carregamos as nossas mochilas de montanhistas com o material estritamente necessário para o dia de trilha (inclusive ração). O montanhista tem que ser minimalista, superorganizado, saber dobrar roupas no estilo montanhista (depois eu ensino) e tudo tem que ser do melhor material e impermeável! Não há nada para repor lá em cima! A bota 3 camadas, cada pé com o peso de 2 kg”, contou ela aos amigos de Facebook.

Quem perdeu foi a política/ Em 2006, ela disputou o segundo turno das eleições contra Sérgio Cabral Filho e perdeu. Tem carioca dizendo, ah, se arrependimento matasse… É pois, é.

Enquanto isso, no foyer do TSE… / O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, abre hoje, 18h, exposição Hans Kelsen, que apresenta ao público brasileiro um apanhado da vida e obra do jurista e filósofo austríaco. A mais famosa é a Teoria Pura do Direito, um marco da ciência jurídica. Com o apoio da Embaixada da Áustria, o assessor da escola Judiciária Eleitoral do TSE, Adisson Leal, traduziu todos os textos. Ali, os visitantes poderão entender um pouco mais sobre a influência de Kelsen no contexto jurídico brasileiro.

Os recados de Jefferson para Dória

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Com a experiência de quem conheceu a ribalta e as coxias de uma carreira política, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, mete a colher na cumbuca do PSDB e manda um recado ao prefeito de São Paulo, João Dória: “Se sair do PSDB e abandonar Geraldo Alckmin, ficará com fama de desleal e ingrato. Ficará difícil até mesmo conseguir estrutura para replicar a campanha nos estados e municípios. Afinal, se traiu até o próprio padrinho, o que não fará comigo, que nem afilhado sou? Vade retro!”, diz Jefferson, que, desde já se mostra disposto a ajudar o governador paulista a chegar ao Planalto no ano que vem.

A preços de hoje, com o Brasil ainda saindo da crise econômica,Jefferson considera que o país não pode sair da eleição de 2018 com a vitória de um candidato dos extremos do espectro político, seja à direita, seja à esquerda. Porém, se o centro se dividir muito, com uma candidatura de Geraldo Alckmin, outra de João Dória e de quem mais chegar, há o sério risco de sobrarem as extremidades num segundo turno. O trabalho a que os tucanos deveriam se dedicar é evitar esse perigo, em vez de ficar brigando por coisas menores. Os próximos meses dirão se essa construção é possível.

Trabalho prévio
O grupo de aliados ao senador Aécio Neves começou a contar os votos para a hipótese de o Supremo Tribunal Federal jogar no colo do Senado a decisão
sobre o recolhimento noturno e afastamento do mandato no colo dos senadores. Por enquanto, há número suficiente para devolver as prerrogativas ao senador.

Outra aflição
O receio dos tucanos, entretanto, é o Conselho de Ética. Há uma sensação geral de que não será possível um novo arquivamento. Afinal, se o Senado quiser a prerrogativa de decidir sobre a vida das excelências, terá que julgar o senador no Conselho. Passado o estresse com o STF, é que o PSDB pensará em como lidar com isso.

Lula em Brasília
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa amanhã do encerramento do ato em defesa das universidades públicas, no Centro Internacional de Convenções, no setor de clubes próximo à ponte JK. Estará acompanhado de dois dos ex-ministros da Educação Fernando Haddad e Aloizio Mercadante. A ordem no PT é conquistar os jovens para replicar a campanha de 2018.

O “cara”
O PMDB do Rio não desistiu de ter Eduardo Paes como candidato a governador no ano que vem. Ele é visto como o único que sobrevirá ao vendaval que arrasou o partido no estado.

Agora, vai?
O presidente da Associação Nacional dos Fiscais da Previdência, Floriano Sá Neto, vai dedicar esses próximos seis meses à montagem de uma proposta completa de reforma tributária. A ideia é ter um projeto pronto em março, para apresentar aos pré-candidatos a presidente da República. O texto será feito em conjunto por especialistas convidados pela Anfip e ainda representantes dos estados. “Reforma sem diálogo entre União e estados não é possível, porque um sempre vai fazer uma reforma em benefício próprio. Por isso, vamos fazer uma em conjunto”, diz ele. Oxalá, os ilumine!

CURTIDAS

Notícias do cárcere/ Uma das dificuldades para Geddel Vieira Lima e outros presos acostumados a mandar e desmandar na seara política é andar de mãos para trás e cabeça baixa fora das celas. Aquela turma ali nunca foi de abaixar a cabeça para ninguém.

Custo & benefício/ O video da Anfip contra a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo, aquele de três minutos que viralizou nas redes, custou R$ 5 mil.

Economia em debate/ Os ministros Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e Paulo de Tarso Sanseverino, do Superior Tribunal de Justiça, vão a Nova York na semana que vem. São palestrantes
convidados para falar sobre economia e Direito num evento de 11 a 13 de outubro na Universidade de Colúmbia, ao lado de outros brasileiros, como o advogado Marcus Vinicius Coêlho, ex-presidente da OAB, e o ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni.

Prioridade/ O ministro Toffoli só viaja depois do julgamento da quarta-feira, quando o STF decidirá se as medidas cautelares adotadas contra parlamentares precisam do aval do Senado Federal.

Mais uma missão para o STF e o TSE

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Com os prazos para a reforma política esgotados no Congresso, restará ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) fechar as lacunas do texto. A principal delas se refere à regulamentação da distribuição do “fundão”, aprovado a toque de caixa na Câmara, ao autofinanciamento e às regras para as redes sociais. A ideia dos partidos que tentaram distribuir melhor o fundo e impor limites ao autofinanciamento é recorrer à Justiça, depois de conhecidos os vetos presidenciais ao projeto. Muita coisa ali pode terminar barrada pela Justiça, especialmente a liberdade de gastos pelos mais ricos, que tira a igualdade de condições entre os candidatos.

O império contra-ataca
A ala governista do PSDB está se mobilizando para abrir uma dissidência em relação ao comando de Ricardo Trípoli na bancada da Câmara. Há quem diga que o líder não disse a verdade ao presidente do partido, Tasso Jereissati, ao se referir como “ampla maioria” ao grupo que desejava tirar Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) da relatoria contra o presidente Michel Temer.

A maior aliança
A parceria entre PT e PMDB na madrugada de votação da reforma eleitoral fez estremecer ainda mais a relação entre o DEM e os peemedebistas. O partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o do presidente da República, Michel Temer, estão tomando caminhos diferentes rumo a 2018. A irritação dos democratas é que petistas e peemedebistas se juntaram para evitar o crescimento dos partidos médios.

Por falar em DEM
A semana do feriadão de Nossa. Senhora Aparecida será dedicada a movimentos no sentido de instigar Rodrigo Maia a conspirar contra o presidente Michel Temer. Maia, entretanto, continua “jogando parado” na maior felicidade.

Aldo em campo
Nos bastidores das conversas entre os partidos que instigam Maia, é dada como certa inclusive a apresentação do ex-deputado Aldo Rebelo, hoje no PSB, como candidato a vice numa chapa encabeçada por Maia. Isso em caso de eleição indireta.

Só tem um probleminha
Até o momento, ninguém calcula que Michel Temer terá menos de 200 votos no plenário.

Decidiu, mas não resolveu/ O fato de Bonifácio de Andrada relatar a denúncia na vaga do PSC, conforme antecipou o Blog da Denise, no www.correiobraziliense.com.br, não vai tirar a referência PSDB-MG depois do nome do parlamentar. Já tem cabeça-preta incomodado com isso.

Por pouco/ Renata Abreu, do Podemos, tentou abrir uma janela de 30 dias para que deputados pudessem mudar de partido levando o tempo de tevê e o pedaço do fundo partidário. A emenda foi derrotada em votação simbólica.

Foi ele!/ Os defensores de limites para o autofinanciamento culparam o presidente do Senado, Eunício Oliveira, pela derrubada dessa parte do texto da Câmara. “Eunício é candidato à reeleição no Ceará, é rico e agora poderá pagar a própria campanha sem problemas”, afirmam uns.

Tasso com Aécio/ Tasso Jereissati planejava visitar Aécio Neves (foto) antes de voar para o Ceará. A ideia, dizem aliados de Tasso, era tirar o mal-estar criado depois que Tasso não discursou no plenário esta semana em defesa do senador mineiro.

Bonifácio vai relatar denúncia na vaga do PSC

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Uma das guerras do PSDB teve a primeira batalha encerrada há pouco, numa reunião entre o presidente do partido, Tasso Jereissati, o líder na Câmara, Ricardo Tripoli, e o relator da denúncia do contra o presidente Michel Temer, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG). “Oferecemos várias alternativas a ele. Ele afirmou que não deixaria a relatoria e deixamos claro que, diante da falta de consenso sobre o tema no partido, a relatoria na vaga do PSDB não ficaria adequado”, disse Tasso ao blog. Diante do impasse, chegou-se a uma solução que Tasso considerou pacificadora: Andrada continua na relatoria, porém, na vaga de outro partido. Será o PSC, mesmo partido do líder do governo, André Moura (SE).

Na reunião, Bonifácio de Andrada repetiu o que já havia dito desde o início da semana, que tinha compromisso com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça e que sua escolha para relatar a denúncia estava diretamente relacionada à sua capacidade jurídica. Não mencionou, entretanto, o que já havia dito aos tucanos há alguns dias. Que o presidente Michel Temer tinha telefonado sugerindo que, se ele fosse relator, o processo estaria nas mãos de um jurista. A conversa por telefone e um encontro entre Temer e o relator foram lidos por vários tucanos como um convite de Temer a Bonifácio para relatar o pedido.

O desfecho dessa batalha em torno da relatoria não resolve o problema do PSDB. Os tucanos que pregaram a saída de Bonifácio para não ver a sigla partidária estampada quando o relator fosse abordado. Porém, tecnicamente, o parlamentar continuará citado como o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG). Embora, ocupe uma vaga do PSC, Bonifácio não deixou de ser tucano. Caberá agora esperar a nova reação dos cabeças pretas, que não ficaram muito contentes em ver que o relator, embora assuma a vaga de outro partido continuará respondendo como um deputado do PSDB. OU seja, a guerra continua e outras batalhas virão.

Tá voando pena para todos os lados!

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Da mesma forma que a primeira denúncia contra o presidente Michel Temer desgastou o PSDB em infindáveis reuniões para discutir o encaminhamento da votação, esta segunda denúncia consome o partido por causa do relator na Comissão de Constituição e Justiça. (CCJ). Esta tarde, estamos assim: Bonifácio de Andrada (PSDB_MG), o deputado escolhido para relatar a denúncia, avisou aos tucanos que não arredará o pé. Ainda que tenha que se licenciar do PSDB.

Bonifácio, entretanto, não é o único a erguer o bico. Os cabeças-pretas, como ficou conhecida a ala jovem tucana, pressionam o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati, a expulsar Bonifácio do partido. Enquanto isso, os tucanos aliados de Michel Temer _ hoje, equivalente a metade mais um da bancada _ ameaçam destituir Ricardo Tripoli do posto de líder do partido, caso ele insista em tirar Bonifácio da CCJ. A medida, aliás, seria inócua, uma vez que outros três partidos já se ofereceram para dar ao relator da denúncia uma vaga de titular. Assim, o deputado mineiro permaneceria relator, mas não numa vaga do PSDB.

É nesse pé de bicadas para todos os lados que o PSDB chega a um ano da eleição de 2018. Com a energia jogada numa disputa que não une a bancada e só aumenta a divisão. Projetos para o país, que é bom, ninguém vê.

Fala, Ângelo!

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Aliados do presidente Michel Temer não conseguiam esconder a frustração por um adiamento da exposição do procurador Ãngelo Goulart Villela à Comissão Parlamentar de Inquérito da JBS. Villela é acusado de receber da JBS para manter a empresa informada sobre os passos da Operação Greenfield, que investigou os fundos de pensão. Seu depoimento estava previsto para esta quarta-feir. Ele alegou problemas de saúde de seu pai para não comparecer essa semana à CPI. O depoimento foi remarcado para 17 de outubro.

A expectativa dos aliados do presidente é a de que o procurador reforce o que disse em entrevista à Folha de São Paulo, ou seja, que o ex-procurador Rodrigo Janot queria tirar Michel Temer da Presidência da República e barrar a nomeação de Raquel Dodge para o cargo de procuradora-geral. Para os governistas, é importante que esse depoimento ocorra antes da votação da segunda denúncia contra Michel Temer no plenário da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). Assim, se Ângelo Villela confirmar as declarações dadas anteriormente, haverá um reforço do discurso do governo.

De acordo com a previsão de integrantes da CCJ, a votação do parecer sobre a segunda denúncia deve ocorrer no dia 18, ou seja, um dia depois do depoimento do procurador à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. A votação no plenário da Câmara está prevista para 24 de outubro.