Corte no Sistema S é consenso na equipe de Paulo Guedes

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Publicado em coluna Brasília-DF

Se tem algo em que a equipe do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, joga junto é quanto à necessidade de um levantamento criterioso sobre os recursos que hoje irrigam o Sistema S — Sesi, Sesc, Senac, Sebrae, entre outros. Quem se preocupou e foi verificar se é possível rever essa disposição entre os escudeiros de Guedes não encontrou brecha para preservar, em 2019, o valor na casa dos R$ 17 bilhões repassados este ano a esses serviços. Nem mesmo quando se argumenta que são geradores de qualificação de mão de obra para os mais diversos setores da indústria. Até no Banco Central, comenta-se que o Sistema S recebe demais.

O “número um” tampouco se mostra disposto a ceder a pressões. Inclusive, tem cortado quem tenta jogar um verde para ver se colhe um recuo nessa seara. Aos interlocutores, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, desconversa, dizendo que quem cuidará desse tema é Paulo Guedes.

O adversário de Maia

Na visão geral dos parlamentares, é o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho, que vai virar o ano com ares de principal desafiante da reeleição de Rodrigo Maia ao comando da Casa. Há quem esteja convicto de que, se Fabinho Liderança for ao segundo turno, “lascou”.

Enquanto isso, no Senado…

A avaliação geral é a de que, até agora, não surgiu um adversário de peso para derrotar o senador Renan Calheiros, caso ele anuncie sua candidatura à Presidência da Casa.

CURTIDAS

O general é pop I/ O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, marcou hora, dia desses, para cortar o cabelo e deu um nome fictício: “Antônio”.

O general é pop II/ Enquanto a mulher dele dava uma olhada nos produtos à venda, uma das clientes, que não tirava os olhos do tal “Antônio” mencionou em voz alta: “General!!! Que bom ver o sr. aqui!”

O general é pop III/ Meio constrangido e tentando disfarçar, ele acabou revelando a verdadeira identidade. Foi um tal de “parabéns” para lá, “o senhor e o Bolsonaro têm de resgatar o Brasil” para cá, que não acabavam mais. Na hora, a mulher do general largou sua distração e foi para perto do marido, sem entender como é que ele havia sido reconhecido. Daqui para frente, d. fulana, acabou o anonimato.

Feliz Natal!!!/ Hoje, é dia de almoço em família e mais uma chance de deixar de lado todas as rusgas eleitorais. Que Deus abençoe a todos com muita saúde, paz, harmonia e alegria.

Coaf levanta novas movimentações de assessores de deputados, no Rio e em Brasília

CPI Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz
Publicado em Política

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que fez relatórios sobre as movimentações financeiras dos assessores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, já tem em mãos números relativos a anos anteriores a 2017 no Rio e em Brasília. Para quem não se lembra, foi nesse meio que os analistas “pescaram” Fabrício Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro.

Como diria Odorico Paraguaçu, prefeito da fictícia Sucupira, o “pratrasmente” indica movimentações volumosas nos últimos 10 anos. As pesquisas serão de 2007 para cá e pretendem pegar todo o período que assessores — inclusive Queiroz, o sumido — serviram aos deputados.

Guedes e Moro estão em lados opostos na eleição para presidente da Câmara

Câmara
Publicado em coluna Brasília-DF

Há três semanas, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, fez chegar ao presidente eleito, Jair Bolsonaro: “Se você quer alguém (para presidir a Câmara) comprometido com as reformas na economia, esse alguém é Rodrigo Maia”. Bolsonaro registrou, mas disse que não iria se meter. Ontem, foi a vez do futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, também fazer sua fezinha nessa disputa. Ele recebeu o pré-candidato do PRB, deputado João Campos, delegado da Polícia Civil e, tal e qual o ex-juiz, defensor da agenda da segurança pública. Bolsonaro também não vai se meter aí.

* * *

Em tempo: Até aqui, não funcionou a tentativa do DEM de retirar a candidatura de João Campos, que investe pesado no apoio do PSL. Aliás, o deputado do PRB está se tornando um ponto de convergência entre Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann.

 

DEM quer repetir MDB

O Democratas sonha alto. Ontem, você pôde ler no Blog da Denise que, enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, busca a reeleição, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) vai percorrer o país em janeiro em busca de votos para se eleger presidente do Senado. Até aqui, dos partidos da atualidade, o único que presidiu as duas casas simultaneamente foi o MDB.

 

O ganha-ganha de Davi

O DEM está convencido de que, se Alcolumbre não emplacar, será, ao menos, uma peça importante no tabuleiro mais à frente. Seja para reforçar a posição do DEM no próprio Senado, seja para ajudar a dar musculatura a Rodrigo Maia entre os deputados.

 

Marcação estratégica

A nova data da cirurgia do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para retirada da colostomia, 28 de janeiro, vem bem a calhar para evitar qualquer ilação de influência na eleição da Presidência da Câmara. A escolha do novo presidente será justamente no período em que Bolsonaro estará afastado e o general Hamilton Mourão, no comando do país.

 

O retorno de João Paulo Cunha

Aos poucos, o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha vai retomando a vida. Ontem, almoçou com um amigo num restaurante em Brasília e, na saída, parou numa mesa onde estavam os deputados do PP. À coluna, ele disse que tem se dedicado à advocacia e ao acompanhamento do cenário político. “O momento é de observar”, diz.

 

Curtidas

A fé de Michel/ Sobre a mesa de trabalho do presidente Michel Temer, um terço tem local de destaque em meio aos papéis. Levando-se em conta todos os percalços que o presidente passou nos últimos dois anos e meio, as orações deram resultado.

O último a sair…/ O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, passou o rodo na assessoria da liderança do partido na Câmara. A cada dia, é mais um que é agregado ao gabinete do governo de transição.

Minervino Junior/CB/D.A Press – 19/4/16

A mudança do DEM/ No passado, o DEM expulsava o primeiro dos seus que aparecesse suspeito de qualquer coisa. Agora, no caso do senador Agripino Maia (foto), o partido fez diferente. Na festa de fim de ano, ele foi homenageado como aquele que ajudou muito a legenda a chegar de cabeça erguida ao final de 2018. O DEM agora dá aos seus o benefício da dúvida.

Uma noite de festas/ Os políticos começaram as despedidas de 2018: jantar para o novo presidente do TCU, José Múcio Monteiro, na casa de Rodrigo Maia; aniversário do ministro da Justiça, Torquato Jardim; confraternização do DEM, do PSB. A maratona indica que a semana que vem será de bonança no Parlamento. A ordem, dizem alguns, é votar o Orçamento da União na terça-feira e zarpar para o Natal nos respectivos estados.

Bolsonaro só volta a Brasília para a posse

Publicado em Governo Bolsonaro

A equipe de transição não terá folga no período de Natal, mas o presidente eleito, Jair Bolsonaro, sim. E por recomendações médicas. Ele fez uma série de exames em São Paulo e, por causa do ritmo intenso dos últimos dias no gabinete de transição, foi pedido que ficasse mais recolhido. A data prevista de volta a Brasília é no fim de semana, dois dias antes da posse.

Politicamente, o recolhimento de Bolsonaro é visto por outro ângulo, em especial, o de ficar mais preservado no caso do ex-assessor Fabrício Queiroz, que trabalhava com Flávio Bolsonaro e teve R$ 600 mil circulando por sua conta bancária. O presidente eleito contou que o cheque de Queiroz para a primeira-dama Michele, de R$ 24 mil,  se deveu a pagamento de um empréstimo de R$ 40 mil. A oposição não ficou satisfeita e já pediu que o Ministério Público investigue o caso. Politicamente, não deixa de ser um desgaste e, nesse momento, os auxiliares preferem que o presidente fique preservado.

Assim, juntando as questões médicas e as políticas, a família preferiu que Bolsonaro descanse um pouco mais. A cirurgia, conforme relato de assessores, deve ficar para 28 de janeiro.

DEM articula para comandar a Câmara e o Senado

DEM
Publicado em Política

Rodrigo Maia (RJ) no comando da Câmara, e Davi Alcolumbre (AP), do Senado. Se colar, colou. É nesse sentido que o DEM jogará suas fichas a partir desta semana. Presidente da Câmara, Rodrigo Maia já está com a campanha pela reeleição em pleno movimento nos bastidores. O senador Davi Alcolumbre vai percorrer o pais a partir da semana que vem e pretende manter um forte ritmo de contatos até 20 de janeiro. Se houver espaço, vai se lançar. As candidaturas de Alcolumbre e de Maia foram lançadas em alto e bom som na festa de fim de ano do partido, que varou a madrugada de hoje.

A candidatura de Rodrigo já era esperada. A de Alcolumbre foi lançada há três semanas, quase como uma brincadeira. O partido, porém, ao perceber as dificuldades do senador Tasso Jereissati de juntar um grupo expressivo à sua volta, passou a apostar “no gordinho”, conforme comentaram os próprios parlamentares do DEM em conversas reservadas durante o jantar. E Alcolumbre se empolgou. É querido entre os colegas e está disposto a colocar, de fato, o bloco na rua. É no gabinete dele que trabalha Denise, a esposa do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

 

Aposta do DEM pode desequilibrar base de Bolsonaro

O comando das duas Casas é visto pelo DEM hoje como uma possibilidade concreta. Para o partido, nada melhor do que o poder de comando sobre todo o Congresso. Para o presidente Jair Bolsonaro, entretanto, pode representar um desequilíbrio na base do governo e “muito lastro” para o ministro Onyx Lorenzoni.

O DEM tende hoje a fechar o apoio a Bolsonaro, uma vez que o projeto do futuro governo caminha na direção do liberalismo econômico pregado pelo partido. Ocorre que os demais partidos não ficarão muito felizes em dar todo esse poder ao DEM, muto menos o MDB, que tem hoje 12 senadores e pretende caminhar para, no mínimo, 14.

O DEM, todavia, vai jogar. Tem seis senadores, número nada desprezível numa Casa pulverizada, onde o maior partido, o MDB, tem 12. Os demistas não perdem nada no momento tendo candidatos para o comando das duas casas. No mínimo, dizem alguns, Alcolumbre pode servir de uma peça importante para, se for o caso, ter a candidatura retirada mais à frente, a fim de facilitar a vida de Rodrigo em fevereiro. E segue o baile.

Cid Gomes articula frente independente no Senado

Cid Gomes
Publicado em coluna Brasília-DF

O senador eleito Cid Gomes (PDT-CE) discute os termos de um manifesto do grupo que, informalmente, vem sendo chamado de “Senado Independente”. A expectativa é divulgar o documento no início do próximo ano. O manifesto servirá de base para o bloco com vistas a cargos da Mesa Diretora, comissões técnicas, além de nomes e perfis para a Presidência da Casa.

A linha mestra do documento já está praticamente definida: “Nem alinhamento automático, nem oposição sistemática ao novo governo”. Diz Cid: “Em respeito às urnas, e à democracia vinculada ao voto, é necessário que se dê um crédito de confiança ao novo governo”.

Embora evite críticas ácidas ao futuro governo, Cid vislumbra um risco de conflito entre a ala militar do governo, mais nacionalista, e o grupo econômico defensor intransigente das privatizações: “Tem um grupo que quer vender tudo. E, pela ausência de poupança privada no Brasil, vender significará entregar ao capital estrangeiro. Lá na frente, talvez isso gere um conflito”, aposta o pedetista.

Potenciais aliados de Bolsonaro na Câmara esperam por novas rodadas de negociações após a posse

Publicado em coluna Brasília-DF

Tarimbados por mais de 20 anos de experiência em negociação com governos eleitos e/ou reeleitos, os potenciais aliados do futuro presidente, Jair Bolsonaro, classificam as rodadas de reuniões entre ele e as bancadas na Câmara como aquele diálogo em que todos saem conscientes de que, na prática, a conversa será outra. Isso significa que, nos bastidores, os deputados não estão convencidos de que a relação mudará. Logo, tudo o que Bolsonaro afirma às bancadas nessa fase da transição terá de ser renegociado depois da posse. Especialmente, se fracassarem os movimentos dos filhos do presidente eleito contra o MDB, de Renan Calheiros, no Senado e o DEM, de Rodrigo Maia.

Otávio Rodrigues Júnior

A indicação do professor Otávio Rodrigues Júnior para o Conselho Nacional do Ministério Público ontem no plenário da Câmara, por 195 votos, foi construída nos bastidores, num trabalho que uniu a nova e a velha política. Cearense, como Eunício Oliveira, Júnior tem o conterrâneo trabalhando por ele. De quebra, o PSL, que muitos diziam que apoiaria Erick Vidigal, ficou com o currículo do professor da Faculdade de Direito de São Paulo. Erick obteve 39 votos. Agora, o nome vai ao Senado.

Indústria em debate

A indústria conta com o governo de Jair Bolsonaro para tentar recuperar terreno depois de uma década em que o crescimento da renda per capita ficou abaixo do 0,5%. Na próxima segunda-feira, o Correio Braziliense discutirá o que pode ser feito para sair desse triste cenário no debate A importância da indústria para o desenvolvimento do Brasil, no auditório do jornal.

Curtidas

Mágoa latente/ Ao se reunir com a bancada do PP, seu antigo partido, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, não deixou de, no mínimo, refrescar a memória dos presentes. “Viu? Vocês não quiseram que eu fosse candidato a presidente pelo partido, agora estou aqui”, disse em tom de brincadeira e sorrindo.

Não seja por isso/ Na hora, o líder da bancada, deputado Arthur Lyra (PP-AL), respondeu: “Nunca é tarde, presidente, a ficha está aqui. É só assinar. Ninguém se perde no caminho de volta”.

Agência Senado/Divulgação – 29/4/16

Ela fica/ O MDB contava com o retorno da senadora Rose de Freitas (foto) ao partido. Ela, porém, já fez chegar ao “Senado Independente” que não pretende deixar o Podemos.

A volta de Rosso/ O deputado Rogério Rosso (PSD-DF) voltou ontem ao trabalho, depois da licença não remunerada que havia tirado para fazer sua campanha ao governo do Distrito Federal. Faltam apenas 50 dias para o fim do mandato, a maior tarefa agora será encerrar o gabinete e votar o Orçamento da União para o ano que vem.

Embora tenha dito que não será ‘decorativo’, Mourão ainda está sem função no novo governo

General Mourão
Publicado em coluna Brasília-DF

Nos escaninhos da equipe de transição começa a crescer entre os técnicos a necessidade de deixar alguma função nas mãos do vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão. Disciplinado e preparado, o militar precisará ter alguma atribuição específica para que Bolsonaro possa coordenar o governo sem “bater cabeça”. Embora o vice tenha dito que não será “decorativo”, até o momento, ninguém se mostra disposto a deixar um “pedaço” da sua área para Mourão.

Se não correr…

O nome indicado pelo ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicações Gilberto Kassab para a Anatel foi aprovado no Congresso, mas, até hoje, a nomeação não saiu. O receio é de que essa demora em nomear Moisés Moreira seja proposital para dar ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, a possibilidade de trocar logo um diretor da agência.

…vai ficar para trás

Aliás, a equipe de transição ainda não decidiu o que fazer das agências reguladoras. Só sabe que estão “aparelhadas” e, nesse sentido, se sobrepõem aos ministérios. Do jeito que está não vai ficar.

PSDB em litígio

A operação da Polícia Federal, ontem, enfraqueceu ainda mais as posições de Aécio Neves dentro do partido. Há quem diga que, do jeito que vai, João Doria ganha, a cada dia, mais força para
passar a ter um protagonismo maior entre os tucanos.

O fim do Conselhão

Em jantar do site Poder 360, na última segunda-feira, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi direto: se depender dele, o Conselhão criado por Lula para ajudar as políticas governamentais está com os dias contados.

Por falar em dias contados…

Quem não consegue ficar uma semana longe das notícias do poder não sofrerá de abstinência neste fim de ano. A equipe de transição promete anunciar os últimos ajustes no organograma do governo justamente no período entre Natal e ano-novo.

Maia na lida/ O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não perde tempo. Mal terminou a cerimônia no TCU, foi para um cantinho conversar ao pé do ouvido do deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), que tem influência na bancada do partido. É a campanha de Maia pela reeleição em pleno movimento.

Dupla dinâmica/ Os futuros ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, Sérgio Moro, têm andado muito juntos. Ontem, estavam lado a lado na posse do presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro.

Tem para todos/ José Múcio, aliás, reuniu representantes de todos os governos desde a redemocratização. As citações a Lula, que o indicou, e a José Sarney, um democrata, e o cumprimento ao ex-juiz Sérgio Moro foram momentos bastante aplaudidos no discurso.

A volta dos petistas/ A ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior chegou à posse de José Múcio com o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão. Miriam disse à coluna que tirou uma “sabática”

Guedes definirá até semana que vem quais empresas criadas pelo PT serão fechados

Guedes
Publicado em coluna Brasília-DF

Funcionários de empresas públicas estão em pânico com a perspectiva de extinção de seus locais de trabalho. Porém, aqueles ligados ao setor do agronegócio, caso da Embrapa, por exemplo, não precisam se preocupar. Ali, tudo será mantido. Agora, aquelas criadas nos governos petistas — caso da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), que a coluna informou da extinção em 29 de outubro — podem se preparar. A avaliação do governo é de que, apesar da saída de Dilma Rousseff em 2016, grande parte dessas empresas continua aparelhada. O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende fechar essa listagem antes do Natal, ou seja, até a semana que vem. Os futuros ministros serão avisados.

O sexto homem de Temer

Governador eleito de São Paulo, João Doria quer anunciar, ainda hoje, o nome de Henrique Meirelles como seu secretário de Fazenda. Até aqui, o governo Doria será formado por, pelo menos, cinco ministros de Michel Temer.

O jogo é outro

Uma das intenções do futuro governador é preparar o terreno para, em caso de não conseguir dominar o PSDB, pular para outro partido e, assim, tentar viabilizar uma campanha presidencial.

O recado dele e o dela

Jair Bolsonaro hasteou a bandeira branca, ontem, porém, a presidente do TSE, Rosa Weber, foi incisiva ao frisar, várias vezes, a necessidade de lembrar a Declaração Universal de Direitos Humanos.

Mau exemplo I

Luciano Bivar, que comanda o PSL, brincava quando alguém lhe perguntava sobre a briga de Eduardo Bolsonaro com a deputada eleita Joice Hasselmann no grupo de WhatsApp do partido. “É normal. O Alckmin já não chamou o Doria de traidor?”, comentou Bivar com a coluna.

Mau exemplo II

Outros parlamentares, quando souberam da frase de Bivar, logo alertaram que o PSDB brigou tanto que não conseguiu se unir em torno de um candidato a presidente da República depois de Fernando Henrique Cardoso. Se o PSL não tomar cuidado, pode ter a mesma sina.

Fé em Deus/ Antes de entrar no plenário do Tribunal Superior Eleitoral para a diplomação, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez uma roda de oração, comandada pelo pastor levado pela futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

O dono do cofre/ O governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (foto), aproveitou a diplomação de Jair Bolsonaro para conversar com Paulo Guedes. Aliás, formou-se atrás dele quase uma fila de autoridades tentando dar uma palavrinha com o futuro ministro da Economia.

O porta-voz…/ Enquanto o governador buscava Paulo Guedes, deputados só faltaram se acotovelar para cumprimentar o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o mais votado do estado. Ele não será líder do partido, porém, já é tratado como principal interlocutor do pai na Câmara.

… da família/ Perguntado sobre as ameaças de amigo de Renan Calheiros, de levar o senador eleito Flávio Bolsonaro ao Conselho de Ética por causa das denúncias sobre a movimentação atípica do ex-assessor Fabrício Queiroz, Eduardo foi direto: “Estranho, né? Flávio estar no Conselho de Ética, e o Renan, não”. Sinal de que os Bolsonaros vão jogar unidos. Na linha de mexeu com um, mexeu com todos. Leia mais detalhes no blog da Denise, no site www.correiobra

Onyx: “Há um terceiro turno no ar”

Publicado em Governo Bolsonaro

O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, dá um aviso aos parlamentares ávidos pelo retorno do toma-lá-dá-cá: Os segundo e terceiro escalões do governo serão montados no mesmo conceito que norteou a composição dos ministérios: sem indicações partidárias e sim com critérios técnicos. A ordem,, em todas as reformas, será uma só: “A estratégia do diálogo e do convencimento. Esse governo vai funcionar assim. Não teremos essa história de fechamento de questão nas bancas. Queremos dialogar com os parlamentares”, diz ele, em jantar promovido pelo site Poder 360, que reuniu jornalistas, empresários e representantes do governo de transição na noite desta segunda-feira Bistrô Piantas.

Onyx respondeu sobre vários assuntos. Perguntado, falou inclusive sobre o episódio envolvendo a movimentação financeira de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. “Que (Fabrício) tem que explicar, não há dúvida”, diz o futuro ministro. Ele considera esse episódio mais um da série de “ataques que Bolsonaro vem sofrendo no último ano”. Onyx considera que o caso da movimentação de Queiroz nada tem a ver com o presidente eleito: “Quanto à parte que cabia a ele, ele já explicou. Agora, o caso ocorreu na Assembleia do Rio e ele não tem nada a ver com isso. Há um terceiro turno no ar”, afirmou o ministro, acrescentando que a movimentação, na verdade foi menor, uma vez que entraram R$ 600 mil na conta de Queiroz e esses R$ 600 mil saíram.

O ministro considera que o caso não vai afetar a credibilidade do presidente eleito nem diante do eleitorado, nem tampouco junto ao Congresso. E é direto, ao dizer que as reformas também não serão contaminadas por esse episódio: Tampouco os deputados, na visão do ministro, deixarão de votar as propostas do governo porque acabou o toma-lá-dá-cá: “Quem está no Congresso vota as reformas que. sociedade quer que vote. A urna deu um recado: Ou se afina com a sociedade ou a banda definha na próxima”.

Onyx Lorenzoni avisa ainda que o governo não definiu que modelo adotará na reforma da Previdência. Nem mesmo.o fatiamento, que muitos consideravam líquido e certo, não está totalmente fechado. “Temos vários modelos em estudo pelo ministro Paulo Guedes e quem vai decidir é o presidente Jair Bolsonaro”, diz. O ministro reforça entretanto que a ideia é resolver o problema do déficit de uma vez por todas, inclusive separando o que é assistência social e o que é Previdência, de forma a dar mais transparência a cada serviço prestado pelo governo e o que é contribuir de patrões e empregados.

Parte da estrutura de governo será anunciada entre Natal e Ano Novo. A equipe de transição está mapeando, por exemplo, ações que hoje estão sobrepostas em vários ministérios. A ordem é simplificar, desburocratizar e permitir que o setor privado faça seu papel para gerar empregos. Vem por aí, ainda, em 2019, além da reforma da Previdência, um aprofundamento da reforma trabalhista, de forma a facilitar a geração de empregos. O governo de transição, disse o ministro, identificou 80 mil cargos em comissão. Foi quando Abraham Weintraub, que trabalha na transição falou: “Ministro, permita-me corrigir: São mais de 100 mil”. disse Weintraub, citando 128 mil. O governo vai mexe aí também e vai olhar com cuidado a estrutura das agências reguladoras e também os conselhos. Aliás, se depender de Onyx, o Conselhão está com os dias contados. Ele prefere conselhos setoriais.