Embaixadores veem com bons olhos Brasil fora da OCDE

Bolsonaro e Trump
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Enquanto se alardeia a não indicação do Brasil para ingresso na OCDE por parte dos Estados Unidos como uma grande derrota política do governo Jair Bolsonaro, embaixadores tarimbados e experientes nessas negociações e acordos internacionais suspiraram aliviados.

Letrinhas miúdas

Esses embaixadores classificam os códigos da OCDE como algemas para as negociações comerciais. Há quem diga inclusive que, se o Senado ler esses códigos, perceberá que não é ruim para o Brasil ficar fora desse clube.

X da questão

A enxurrada de investimentos no Brasil, algo que a atual equipe econômica atribuía como o principal objetivo do ingresso na OCDE, pode vir com a eliminação de excessos regulatórios, melhoria do ambiente de negócios, em especial na área de petróleo e gás, e segurança jurídica. Ou seja, fazer o dever de casa. Assim, mais tarde, se o Brasil estiver com seu dever de casa feito e com todos os códigos da OCDE decorados, poderá analisar com mais calma se vale a pena.

Não foi por falta de aviso

Em março, o representante de Comércio do governo americano, Robert Lighthizer, conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre exigências para o Brasil ingressar na OCDE: “Ele me disse: ‘Vocês têm de entender que, para entrar na OCDE, tem de sair do grupo dos favorecidos na OMC. Não tem troca’. Ele fez essa exigência. Eu fiz o meu pedido: ‘Me ajuda a entrar na primeira divisão’. E ele respondeu: ‘Me ajuda a limpar a segunda divisão’”, contou Guedes à coluna, quando da visita a Washington.

Deputados do PSL querem pente-fino nas contas do partido

Deputados do PSL
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Deputados do PSL se preparam para ingressar na Justiça Eleitoral exigindo um pente-fino nas contas do partido nos últimos cinco anos. Em conversas reservadas, alguns dizem que o dinheiro público recebido pela legenda não é de seu presidente e, sim, do eleitor. Se essa ação for levada a cabo nos próximos dias, estará declarada uma guerra sem data para terminar.

O presidente Jair Bolsonaro está na linha do quem não deve não teme. A amigos, esses parlamentares têm dito que eles e o presidente foram eleitos sem precisar de Fundo Partidário ou mesmo do Fundo Eleitoral. O que eles não querem perder é o apoio das redes sociais, que está em sintonia com a cobrança de mais transparência e regras de compliance.

Nem milagre junta/ Presidente do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto, será cobrado na próxima semana para que dê uma posição oficial sobre essas conversas de filiação de Luciano Huck ao partido. Conforme antecipou a coluna ontem, a cobrança virá dos evangélicos.

Nem milagre junta II/ “Se isso for confirmado, teremos muitas dificuldades em permanecer, por causa da marca global do Huck. Para nós, evangélicos, é muito ruim. Estariam nos convidando a se retirar”, diz o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).

Só milagre une/ Os deputados baianos Nelson Pellegrino (PT) e Elmar Nascimento (DEM) viajaram no mesmo voo da FAB para a cerimônia de canonização de irmã Dulce neste domingo, no Vaticano.

Que tristeza/ A chegada da mancha de óleo a Arembepe (BA), onde está localizada uma das estações do projeto Tamar, deixou os ambientalistas de cabelo em pé. A área é a que concentra maior desova de tartarugas marinhas. E estamos justamente nesse período.

Evangélicos deixarão o DEM em caso de filiação de Huck

Luciano Huck DEM
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A hipótese da filiação de Luciano Huck ao Democratas fará encolher o partido comandado por ACM Neto. A ala mais conservadora, formada por deputados evangélicos, já fez chegar aos interessados que, com Huck, não dá. Esses deputados classificam Huck como “Globo demais” para receber o apoio desse grupo. Logo, o DEM terá que escolher: Huck ou os deputados evangélicos.

… E o PSL já rachou

No encontro de 16 deputados do PSL com o presidente Jair Bolsonaro e advogados eleitorais ontem, tirou-se como última forma a de que ele permanece no partido. Na nota em apoio ao presidente, assinada por 20 deputados, o “X” da questão está na cobrança de transparência por parte dos dirigentes pesselistas, leia-se Luciano Bivar. É por aí que se darão as próximas batalhas dentro do partido (ainda) de Jair Bolsonaro.

Próximos passos

A ideia do grupo mais ligado ao presidente é seguir com ele para o partido que ele escolher, caso a crise não seja contornada. Antes de chegar a essa fase, entretanto, trabalharão para tentar agregar pelo menos 30 dos 52 integrantes da bancada em defesa do presidente e sua permanência no PSL.

O ativo de Bivar

O presidente do PSL, Luciano Bivar, tem um grande trunfo para tentar manter os deputados ao seu lado: controle do milionário fundo que financiará as campanhas de 2020 e 2022. Ninguém quer sair e deixar a fortuna de R$ 700 milhões para trás.

Descolou geral

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro e Bivar consomem energia criando e resolvendo problemas dentro do PSL, a Câmara e o Senado vão tocando a vida. Ontem, aprovaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o projeto de lei que remaneja recursos para atendimentos das emendas parlamentares. De quebra, ainda há uma nova proposta de emenda constitucional que põe a reforma sindical na roda.

Agora é que não sai nada

Com a aprovação do projeto que irá permitir o pagamento de emendas de deputados, muitos consideram cumprida a missão com o governo este ano. Ou seja, se o governo quiser aprovar a PEC paralela da reforma da Previdência, terá que debitar de uma nova conta. Este ano, porém, não sai mais nada.

Menos, presidente, menos/ A amizade que mantém, há anos, com o presidente Jair Bolsonaro transforma o ex-deputado Alberto Fraga num dos poucos que não esconde a sua visão real das coisas. Foi ele, por exemplo, que pediu ao presidente que dispense as conversinhas na porta do Alvorada.

E o Janot, hein?/ Enquanto ele autografava seu livro na Leitura do Pier 21, em Brasília, num outro ponto da cidade, um grupo se lembrava da música de Elizeth Cardoso, de 1953: “Ai, ai, Janot, sua intenção falhou/você prometeu chover/não choveu/que calor/que calor/que calor”. E segue o baile: “Desta sua intenção, ninguém pode duvidar/talvez mais tarde venha a melhorar/ só sei dizer que escureceu/ Mas não choveu, não choveu/ não choveu”.

Garoa/ Com o seu Nada menos que tudo, Janot não fez chover, nem gerou um best-seller. Em São Paulo, vendeu pouco no lançamento, menos de 30 livros. Ontem, em Brasília, as autoridades evitaram o evento, mas ele autografou 220 livros. Um número considerável. Porém, longe de parecer um dilúvio.

Em nome de irmã Dulce/ Mal saiu a notícia de que o vice-presidente Hamilton Mourão e as comitivas de parlamentares iriam no mesmo avião, a turma da oposição mandou perguntar como seria a viagem dos senadores. Tinha gente preocupada em seguir no mesmo voo que o vice-presidente. Tem coisas que nem a santidade de irmã Dulce é capaz de unir.

Melhora avaliação do governo Bolsonaro entre parlamentares

reforma Câmara dos Deputados
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A consultoria Capital Político foi conferir o que os parlamentares pensam do governo Bolsonaro e de seus ministros. Descobriu uma melhora significativa em relação a abril. Naquele mês, a nota para a relação entre governo-Congresso, de 0 a 10, ficou em 3,6 no geral. Agora, subiu para 5,1. “Agora o governo tem um status que sugere que o Planalto tem capacidade de prever o resultado de suas iniciativas legislativas e canais razoavelmente abertos junto ao Parlamento”.

… e a Tributária sai

Dos 139 deputados ouvidos, 53% consideram que a reforma Tributária passa. A PEC 45, proposta apresentada pelo novo presidente do MDB, Baleia Rossi, com base no projeto do economista Bernard Appy, é vista como aquela com mais chances de aprovação por 47% dos entrevistados.

Curtidas

Mandetta, o boa praça/ O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ficou em primeiro lugar, com 12% das citações como o ministro que tem a melhor relação com o Parlamento. O ministro da Economia, Paulo Guedes, e a da Agricultura, Tereza Cristina, empataram com 9% das citações cada um. O dos Transportes, Tarcísio Gomes de Freitas, ficou com 8%. Sérgio Moro (Justiça) e Marcos Pontes (MCT) ficaram com 5% cada um.

Nem tanto/ O governo, porém, precisa ficar atento no quesito da relação de seus ministros com o Congresso: 14% das excelências ouvidas consideraram que nenhum deles tem uma boa relação e 14% não souberam responder.

O precursor/ O ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, tem se dedicado a preparar os acordos que Bolsonaro assina em suas viagens internacionais. Para os Emirados Árabes e Catar, uma das próximas paradas do presidente, virão acertos na área de inteligência artificial.

O astronauta/ A carreira de Pontes ajuda a abrir portas. Por onde passa, há curiosidade sobre o seu período na Nasa. Nos Emirados, por exemplo, o seu cicerone disse que o príncipe herdeiro falava pouco, e a conversa, pedida pelo príncipe, seria curta. Mohammed bin Zayed Al Nahyan conversou com o ministro por 40 minutos e saiu entusiasmado em fechar acordo com o Brasil.

Após pedido de Maia, Huck irá em reunião do Centrão

Luciano Huck, apresentador.
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Dia desses, na tradicional reunião que os partidos do Centrão fazem às quartas-feiras, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu para que levassem o apresentador Luciano Huck. Recebeu sinal verde de todos os partidos presentes — Republicanos, PL, PP, MDB, Avante e Solidariedade. A conversa ainda será marcada, mas a intenção de Maia em chamar o também empresário para uma conversa com tantos partidos, e o aceite geral, mostra que essas agremiações procuram desde já uma alternativa para fugir da polarização PT versus Jair Bolsonaro.

Esses movimentos são considerados para lá de precipitados, uma vez que as premissas para a próxima eleição presidencial ainda não estão postas. Porém, vão virar motivo de preocupação para o governo, porque demonstram um certo desdém com a perspectiva de apoiar a reeleição do presidente da República. Essa atitude de Maia, de colocar Huck na roda dos potenciais aliados de Bolsonaro, associada às declarações de que a agenda de Bolsonaro geraria conflito com o DEM, indica que, se o presidente quiser a reeleição, terá que segurar o PSL. O partido hoje presidido por Luciano Bivar (PE) ganhou musculatura no ano passado graças a Bolsonaro, ao ponto de conquistar a maior fatia do fundo eleitoral e partidário.

Jogos eleitorais I

Parte das legendas de centro estão empenhadas no que consideram sua primeira missão rumo a 2022: tirar Joice Hasselmann do PSL e fazer dela prefeita de São Paulo, num projeto alternativo ao bolsonarismo. Nesse sentido, as portas do DEM, por exemplo, estão escancaradas para recebê-la.

Jogos eleitorais II

As apostas de parcela dessas legendas de centro são de que a eleição paulistana ficará entre Joice e o ex-governador Márcio França (PSB). Quanto ao PT, a sensação dos políticos é de que levará uma geração para que a população volte a recuperar a confiança no partido de Lula.

CPI do BNDES: relator quer anulação da delação premiada de Joesley

Joesley Batista
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O relator da CPI do BNDES, deputado Altineu Cortes, pedirá o indiciamento de 70 pessoas, inclusive os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. De quebra, ainda vai requerer à Justiça a anulação das delações premiadas dos empresários Joesley e Wesley Batista, os donos da JBS.

A leitura ocorre na tarde desta terça-feira (8/10). Desde o mensalão, uma CPI não trazia tantos resultados em termos de pedidos encaminhamos à Justiça.

Entre os 70 pedidos de indiciamento, estão ex-ministros do governo petista e os empresários Emílio e Marcelo Odebrecht. No caso da JBS, caso a Justiça acolha os pedidos, os irmãos Joesley e Wesley correm risco de ser presos, segundo integrantes da CPI e advogados.

Após vetos de Bolsonaro, Guedes precisa de um plano B

Paulo Guedes e Jair Bolsonaro
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Com a reforma da Previdência nos últimos capítulos no Congresso, o Ministério da Economia tem se especializado em testar até onde pode ir em relação a propostas mais heterodoxas. A primeira foi a volta da CPMF, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. Em seguida, a ideia de privatizar tudo. Depois, vieram as notícias de fim da estabilidade para os futuros servidores públicos — e alguns insistindo, inclusive, que deveria testar isso para quem está entrando agora. E, para completar, surgiu a ideia de quebrar o monopólio da Caixa Econômica em relação ao FGTS. Em todos os casos, a reação do presidente Jair Bolsonaro foi cabecear as bolas para fora do campo e não permitir o retorno.

Embora Paulo Guedes ainda tenha todo o respaldo do presidente, conforme Bolsonaro disse em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, nos bastidores há quem diga que o ministro precisa preparar logo o seu plano B para evitar que o presidente estoure mais balões lançados pela equipe da Economia. Afinal, cabe ao ministro equilibrar o que pode ser feito do ponto de vista técnico com o que é passível de aprovação politicamente — algo que o presidente, um ex-parlamentar, sabe de cor e salteado.

Peso dois na tributária

O projeto de reforma tributária em tramitação na Câmara dos Deputados vem sendo tratado intramuros no MDB como a chance de o partido tirar uma casquinha dessa proposta. Afinal, quem assina o projeto é o deputado Baleia Rossi (SP), que acaba de virar presidente do partido. A ordem agora é dar um jeito de fechar todos os votos da legenda em favor da proposta e trabalhar ainda o apoio dos senadores, onde o MDB ainda é a maior bancada.

Arruma outra “carona”

O Republicanos não quer saber de ser o trampolim para candidatos do PSL ou de outros partidos nas eleições municipais. Seguindo à risca a máxima de que “quem não joga não tem torcida”, ele recomendou aos filiados que se dediquem a lançar candidatos próprios nos municípios com mais de 200 mil habitantes.

Por falar em candidaturas…

Os partidos não querem saber de servir de trampolim para ninguém. Essas eleições, garantem os especialistas dos partidos, sem coligações proporcionais, prometem uma profusão de candidatos a prefeito para alavancar os partidos na busca por espaços nas câmaras de vereadores. Explica-se: uma candidatura própria a prefeito sempre dá mais visibilidade a qualquer legenda.

Onde mora o desafio para 03

Bolsonaro deixou nas mãos de Eduardo a decisão final sobre a Embaixada em Washington. Embora aprove a empreitada e considere o filho preparado, o deputado ficará inelegível em 2022, caso seja aprovado embaixador e renuncie ao mandato. Ele é filho do presidente da República e, portanto, não poderá ser candidato a nada. Se cumprir o mandato, poderá concorrer à reeleição.

Não foi por falta de “condução”/ O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, deixou seu avião à disposição do ex-presidente Michel Temer para a viagem a Brasília, palco da convenção do MDB. Temer, entretanto, como adiantou a coluna, preferiu não arriscar. Vai que enfrenta alguma manifestação na entrada do evento.

Perdem o amigo…/ … Mas não a piada. Na plateia da convenção, eis que alguém pergunta a um ex-deputado: “Cadê o Michel?” E o fulano responde: “Deve estar chegando, Cerveró deixou o avião à disposição dele”. Diante da incredulidade do interlocutor, o ex-deputado responde: “Sim! Esqueceu do apelido do governador do DF?”

Abrig em chamas/ A Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig) está com um racha interno sem precedentes. A entidade ganhou visibilidade nos últimos anos, mas rachou com a saída da vice-presidente Ângela Rehem, numa carta em que disse discordar do modus operandi da Associação e, de quebra, faz votos para que “se oriente pelos princípios da transparência, ética, integridade, impessoalidade e neutralidade política”.

Noite de autógrafos/ Rodrigo Janot lança hoje, às 19h, na Leitura do Pier 21, o livro Nada menos que tudo, obra que rendeu muita polêmica, incluída até na ação do ex-presidente Lula em busca da liberdade. O lançamento, depois que o livro vazou nas redes sociais, perdeu um pouco o impacto, mas a expectativa é grande.

Após DEM se aproximar de Huck e Doria, Bolsonaro conversará com o partido

Maia Bolsonaro e Alcolumbre
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Diante da antecipação de movimentos do governador de São Paulo, João Doria, e do apresentador Luciano Huck, que percorre o país como potencial candidato ao Planalto, o presidente Jair Bolsonaro começa a ensaiar aquela conversa olho no olho com o Democratas. O Planalto já sentiu que o partido está se movimentando na linha de aproximação com Huck, sem deixar de lado o governador de São Paulo. O prefeito de Salvador, ACM Neto, que comanda a legenda, não tem demonstrado qualquer intenção de ficar ao lado do presidente para o que der e vier.

Para completar, Rodrigo Maia se aproximou nos últimos dias, mas não tem compromisso com o governo. Davi Alcolumbre também caminha em carreira solo, embora se sinta devedor do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni — o braço do DEM que está no projeto do governo e não deseja sair dele. Mesmo caso é o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

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Nessa disputa, o presidente pretende mostrar ao DEM que é melhor não se assanhar tanto para os potenciais adversários. Afinal, Bolsonaro continua bem vivo para a disputa em 2022, mais até do que Huck e Dória, que terão dificuldades para chegar a um segundo turno. Até aqui, a polarização das esquerdas versus Bolsonaro ainda não foi quebrada. E a aposta do Planalto é a de que não será. Portanto, avaliam os bolsonaristas, é melhor os aliados de hoje não se afastarem demais.

Gangorra ministerial

Agora é definitivo: ninguém mais no Planalto cita o ministro da Economia, Paulo Guedes, ou o da Justiça, Sérgio Moro, como superministros do presidente Jair Bolsonaro. Nenhum dos dois entregou até agora os prometidos resultados. E o prazo está correndo.

Por falar em Guedes…

O “vamos vender tudo” não conta com o aval da turma palaciana, incluindo aí o presidente Jair Bolsonaro. A sua formação militar o leva mais para o que pensam os norte-americanos nesse quesito: áreas estratégicas precisam de mais controle do Estado e das Forças Armadas.

Seis por meia-dúzia

Um dos nomes cotados para a equipe o presidente Jair Bolsonaro é o do ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF). Só tem um probleminha: se ele entrar, tem que sair outro do DEM.

Muita calma nessa hora

A equipe do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Heleno, fará mais um apelo para que Bolsonaro pare de dar pequenas entrevistas na porta do Alvorada. Até aqui, o presidente recusou todos.

O novo pedido virá, por causa do caso do ciclista que perguntou “cadê o Queiroz?” e recebeu uma resposta grosseira. Queiroz é o ex-assessor de Flávio Bolsonaro que teve movimentação atípica e deu, inclusive, um cheque para a primeira-dama. O cheque, diz o presidente, foi parte do pagamento de um empréstimo que ele havia feito a Queiroz.

CURTIDAS

Fio desencapado/ A relação entre os senadores Flávio Bolsonaro e Major Olímpio se deteriorou de vez. Dia desses, Major Olímpio criticava 01 dentro do plenário da Casa. Há quem diga que a turma do “deixa disso” tem redobrado a atenção quando um passa por perto do outro.

Sílvio Santos vem aí/ O ex-senador e ex-deputado Marcondes Gadelha está na fase final do livro que escancara os bastidores da candidatura de Sílvio Santos a presidente da República em 1989.
À época, o apresentador terminou fora da disputa por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

Sempre ele/ À coluna, Gadelha, que era o candidato a vice na chapa, contou que quem fulminou a candidatura para verificar se o PMB havia cumprido todos os requisitos para poder funcionar foi…. Eduardo Cunha.

Quem ri por último/… É o ex-ministro Carlos Marun, que chegou a pedir o indiciamento de Rodrigo Janot por abuso de autoridade na época da CPI da JBS. Depois, recuou. “Sou premonitório. Foi triste saber que a PGR era comandada por um psicopata e, por causa dele, não conseguimos votar a reforma da Previdência em 2017. Estaríamos com outros temas hoje. Esse, da Previdência, estaria resolvido”, diz ele.

Para agradar senadores, governo recua em indicações técnicas para a Anac

Anac
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O governo não quer saber de confusão com os senadores. Por isso, a seção extra do Diário Oficial retirou as três indicações para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) menos de 24 horas depois de enviar os nomes. Ricardo Catanant, que havia sido indicado na primeira versão da mensagem 472, de 2 de outubro, foi substituído na nova versão por Gustavo Saboia Vieira, que, por sua vez, foi retirado pela mensagem 475. Thiago Caldeira teve sua indicação retirada na mensagem seguinte, a 476. Todos eram técnicos e não haviam sido indicados por senadores. Agora, tudo volta à estaca zero.

Entre os senadores, o clima é de “nós temos a força”. E essa força, dizem os próprio senadores, decorre da necessidade de o presidente Jair Bolsonaro aprovar o nome do deputado Eduardo Bolsonaro para embaixador do Brasil em Washington. Essa janela de “oportunidade” — o envio da indicação ao Senado, sua tramitação e análise pelo plenário — é vista como talvez a última deste ano. E em termos de pedidos dos senadores, há quem esteja apostando que “o céu é o limite”.

Parlamentares vão tirar semana de folga por canonização de irmã Dulce

canonização de irmã Dulce
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Santa pausa, Batman!! Os parlamentares planejam aproveitar a canonização de irmã Dulce, a primeira santa brasileira, para praticamente tirar a próxima semana de folga, uma vez que há comitivas para a Itália capitaneadas por Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre.

A canonização é em 13 de outubro, mas a turma já começa a se mobilizar para viajar na quarta-feira à noite. Daí o risco para votação da reforma da Previdência, em segundo turno, na semana que vem.