Pós-sexo: praticas e cuidados para ter uma vida sexual mais saudável

Publicado em Educação Sexual, Falando daquilo, Sexo e saúde

A relação sexual é o momento de maior prazer entre um casal, mas os cuidados após o ato também têm grande importância

Quando se pensa em sexo é comum focar sobre as discussões (e dicas) em relação as preliminares e os diversos detalhes do sexo em si. Contudo, o pós-sexo pouco ganha atenção das pessoas. O “esquecimento” ou “desleixo” ao pós-sexo, porém, é alvo de críticas por parte de especialistas. Os momentos depois do clímax, no final da relação são tão importantes quanto o ato sexual e os cuidados posteriores são essenciais não só para a saúde física, mas também de suma importância para boas práticas sociais.

E vale lembrar: nem só com um singelo cafuné se garante um bom momento após a transa. Cuidado com a higiene sexual no pós-sexo é fundamental para evitar infecções e doenças, mas nem sempre recebe a atenção que merece. A sexóloga Alleyne Larchert separou algumas dicas para manter a saúde íntima.

“Homens e mulheres devem cuidar da higiene antes e depois do sexo. A região íntima deve ser higienizada com água e sabonete líquido neutro, com ênfase  em clitóris, entre os lábios interno e externo no caso das mulheres e entre a glande e o prepúcio no caso dos homens, pois nestas regiões é muito comum a formação de uma substância branca, oleosa e pastosa chamada esmegma que pode ocasionar mau cheiro e infecções”, explica.

Alleyne pontua que no caso das mulheres é essencial  fazer xixi antes e depois das relações sexuais para evitarem infecções urinárias. Isso porque as infecções urinárias são causadas por bactérias que fazem parte do corpo da mulher (como na região do períneo) e, na relação sexual, podem acabar subindo pela uretra e se instalando na bexiga ou até nos rins.

Para os homens, o Serviço de Saúde Pública do Reino Unido (NHS) frisa a recomendação de lavar o pênis com água morna todos os dias durante o banho, dando atenção especial à área sob o prepúcio para evitar o acúmulo de esmegma — um agente antibacteriano que também atua como lubrificante.

Quanto às mulheres, com a enorme variedade de produtos disponíveis para a higiene vaginal, especialistas alertam que o órgão feminino é projetado para ser mantido limpo com a ajuda de secreções naturais (corrimento vaginal). Logo, não existe a necessidade do uso de duchas ou lenços vaginais. “O canal vaginal nunca deve ser lavado por dentro, pois diminui a imunidade e doenças como a candidíase podem ocorrer”, acrescenta Alleyne Larchert. 

A higiene da região íntima é também um jeito de se conhecer, entender regiões sensíveis e os seus limites. “A relação sexual não deve causar dor em nenhuma circunstância. Se isto está ocorrendo com você procure ajuda profissional. Sexo precisa ser prazeroso”, conclui a sexóloga.