“Estou sendo linchado moralmente”, disse Witzel ao se defender das acusações. Não convenceu. Mas acendeu uma curiosidade. De onde vem a palavra linchar? Vem de Jonh Lynch, colono irlandês da Carolina do Sul. No século 18, ele desempenhava funções de chefe da justiça naquele estado americano. Truculento, Lynch recebeu o aval dos concidadãos para executar, sem julgamento, criminosos apanhados em flagrante delito e também os […]
É sina? Talvez. Sai governo, entra governo, o Rio repete a história. Políticos escolhidos nas urnas traem o eleitor. Não por acaso, todos os ex-governadores vivos viram o sol nascer quadrado. Sérgio Cabral continua atrás das grades. Cumpre pena de quase 300 anos. Ufa! “Vamos mudar”, disseram os fluminenses em 2018. Apostaram em candidato novo cuja bandeira era o combate à corrupção. Mas Wilson Witzel […]
“A língua é uma ponte que te permite atravessar com segurança de um lugar para outro.”
Criar, procriar, dar à luz filhos e filhas é mandamento. Manuel Bandeira tinha uma amiga que não gostava do próprio nome — Teodora. Pra agradá-la, ele a presenteou com o poema “Neologismo”: Falo pouco Beijo menos ainda Mas invento palavras. Inventei o verbo teadorar. Intransitivo. Teadoro, Teodora.
Vingar permanece em cartaz. A língua não leva desaforo pra casa. Mal colocada, revida. O negócio de um cabeleireiro ia de vento em popa. Mas ele queria aumentar a freguesia. Contratou um marqueteiro, pintou e exibiu esta placa: “Corto cabelo e pinto”. Os fregueses sumiram. As freguesas, solidárias, também. Alertado, ele trocou a ordem: “Pinto e corto cabelo”. O negócio prosperou.
Renovar é obsessão da língua. Com razão, né? Já imaginou usar o mesmo vestido dia após dia, mês após mês, ano após ano? Cansa. Com a língua ocorre o mesmo. Expressões surpreendem quando nascem. Depois, de tanto ser repetidas, perdem o frescor. Quem já não disse “não ficará pedra sobre pedra”, “nem só de pão vive o homem”, “este mundo é um vale de lágrimas”, […]
Economizar tem lugar cativo no léxico. A língua detesta desperdício. Por isso odeia redundância. Pleonasmo? Nem pensar. Conhece a história de Benedito Valadares? O então governador de Minas foi ao Rio visitar Getúlio Vargas. Antes, passou pela sala de Gustavo Capanema. Ao vê-lo de óculos escuros, o ministro da Educação lhe perguntou: — O que é isso, Benedito? — É conjuntivite nos olhos. Getúlio repetiu […]
Vamos brincar? A língua subverte sentidos. O autor diz uma coisa, o ouvinte entende outra. Vale lembrar o caso daquele chefe que todos os dias filava cigarro do empregado. Ora, com o preço do maço na hora da morte, o subordinado puxou esta conversa: — O senhor fuma muito, não? — É. Fumo, mas não trago. — Pois devia trazer.
A língua é feita de palavras. Língua e palavra têm um denominador comum. São femininas e, por isso, plenas de poder. Como as bruxas medievais e as feiticeiras modernas, fazem e acontecem. Montadas na vassoura, voam, criam, recriam. E conjugam todos os verbos. Conversar é um deles. A língua adora bater papo. E, no vai e vem de histórias, incorpora palavras de outros idiomas. É […]
“Para ter lábios atraentes, diga palavras doces.”