Um morcego caiu na toca de uma doninha que detestava ratos. Quando viu o intruso, ela disse: — Seu rato atrevido, agora você vai ver o que é bom. — Rato eu? Olhe as minhas asas. Sou um pássaro. O morcego escapou. Mas caiu na toca de uma doninha que odiava pássaros. Ela advertiu: — Cuidado comigo, seu pássaro metido! — Pássaro eu? Não tenho […]
“Com todo o respeito ao colega, esta não é a melhor forma de se pressionar a Câmara dos Deputados”, escrevemos na pág. 6. Reparou? O se sobra. Com o infinitivo, o pequenino em geral não tem vez (lugar bom para morar, trabalho para fazer, remédio para curar). Ele só aparece com verbo pronominal (tempo para se aposentar). A frase ganharia nota 10 assim: Com todo […]
Ufa! Há semanas o blog trata do emprego do hífen pós-reforma ortográfica. O assunto não se esgotou. Nem se esgotará. A razão: o tracinho é castigo de Deus. Há muitas regras e muitas exceções. Na dúvida, só há uma saída – consultar o dicionário. O vocabulário ortográfico da língua portuguesa (Volp) acaba de sair do forno. Ele registra o jeito nota 10 de […]
“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.”
Neuro sensorial, neuro-sensorial ou neurossensorial? Valha-me, Deus! Ana Maria Portugal, Belô Relaxe, Ana. Neuro joga no time dos carentes. Anda coladinho ao termo seguinte no maior aconchego. Assim: neuroelétrico, neuroendocrinologista, neuropatologia, neurorradiologia, neurossensorial, neurossecreção. Olho vivo! Além de carente, neuro é temente à lei. Seguido de h, não tem saída. Aceita o hífen com resignação: neuro-hipnotismo, neuro-hipófise, neuro-hormonal.
Amigos, estou de férias. Por isso o blog não tem tido atualização em tempo real. Mas todos os dias há, pelo menos, uma novidade.
Big Brother manteve o nome em inglês. Por quê? Na língua do Tio Sam, parece sofisticado. Em português, seria Grande Irmão. Poderia lembrar o programa Casa dos Artistas, do SBT. Mas a essência de um e de outro é a mesma. Ambos se baseiam na bisbilhotice da vida alheia. A aparência muda. Personagens, cenários, figurinos dão a impressão de novidade. Mas novidade […]
A duplinha tão só sempre se escreveu com hífen. De uns tempos pra cá a tenho visto solta. A grafia mudou? Silmara Rocha Sousa, Brasília Mudou. A reforma ortográfica atingiu duplinhas que não tinham razão pra serem escritas com o tracinho. É o caso de tão só, tão somente, à toa. Agora é tudo separado. Um lá, outro cá, sem […]
Era uma vez… Dona Raposa passeava pela floresta. Estava feliz. Tinha dormido bem e tomado um bom café da manhã. Pra aproveitar o dia ensolarado, foi dar uma voltinha sem compromisso. Enquanto andava, ouviu um barulho estranho. Parou. Prestou atenção. Foi na direção do ruído. Viu, então, o javali muito ocupado. Ele afiava os dentes caninos no tronco de […]
Água parada apodrece, dizem os louquinhos por mudanças. Para eles, eleição é festa. A cada dois anos, abrem-se possibilidades para caras novas. O verbo eleger entra em cartaz. Não é por acaso. Adepto do troca-troca, ele mascara a aparência. A letra g, como quem não quer nada, vira j. A razão é simples. Em todos os tempos e modos, a pronúncia tem […]