Categoria: português
A regência do verbo informar? Informar alguém alguma coisa? Nem pensar. Informa-se alguma coisa a alguém. Assim: O ministro informou aos colegas que deixará a pasta.
Expulsaram o latim da escola há mais de meio século. Não adiantou. Teimosa, a linguinha bate à porta sem cerimônia. Na televisão, o ministro diz que é demissível ad nutum. O jornal anuncia que o presidente recebeu o título de doutor honoris causa. O advogado afirma que vai entrar com pedido de habeas corpus em favor do cliente. Mais: a placa do restaurante ostenta o […]
“Duas mãos devem estar mais ocupadas que uma língua.”
“2017 foi um ano difícil, mas que conseguimos superar os desafios”, escrevemos na pág. 19. Ops! Tropeçamos no pronome relativo. Melhor corrigir o período. Assim: 2017 foi um ano difícil, cujos desafios conseguimos superar.
Boas-festas se escreve assim — com hífen.
Ninguém escapa. Fim de ano é época de presentes. A lembrancinha vai acompanhada de cartão. Na hora de escrever a mensagem, a dúvida bate. Aconteceu com João Rafinha. Ele comprou um romance. Redigiu a dedicatória: “Espero que o livro possa contribuir… ops! Para ou com? Contribuir para significa concorrer para chegar a determinado fim: Espero que o livro contribua para o seu sucesso. O luxo […]
Dois verbos fazem a festa no Natal. Um deles: cear. O outro: presentear. Ambos se conjugam do mesmo jeitinho: ceio (presenteio), ceia (presenteia), ceamos (presenteamos), ceiam (presenteiam); que eu ceie (presenteie), que ele ceie (presenteie), que nós ceemos (presenteemos), que eles ceiem (presenteiem); cearei (presentearei), cearíamos (presentearíamos), ceando (presenteando), ceado (presenteado).
“A gente já tem observado, nos últimos anos, o início dessa reversão à medida que a reforma da Previdência não foi aprovada ainda no Congresso Nacional”, escrevemos na pág. 6. Ops! Tropeçamos na locução conjuntiva. À medida que significa à proporção que. Não é o caso. O período pede a locução na medida em que (=porque, pelo fato de que, tendo em vista). Melhor: A […]
Oba!, festejam os irresponsáveis que adoram desrespeitar os limites de velocidade. A razão: por causas ainda obscuras, foram desligados radares de fiscalização de rodovias federais. O fato mereceu manchetes. Na correria das redações, pintou a dúvida — fiscalização com s ou z? Por quê? Os professores repetem e repetem. O sufixo -isar não existe. Mal eles falam, a meninada se lembra de paralisar, analisar, pesquisar. […]
“Você brocha.” O aviso vai figurar em embalagem de cigarro logo, logo. Tem dois objetivos. Um: assustar os amantes do tabaco. O outro: desestimular os que estão tentados a cair no vício. A notícia suscitou polêmica. Não sobre a importância da advertência. Mas sobre a grafia. De um lado, havia os que juravam que a forma popular de nomear a impotência sexual se escreve com […]