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PT discute estratégias para tentar retomar o protagonismo político no DF na carona de Lula

Publicado em CB.Poder

Da coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

O diretório regional do PT promove hoje a última reunião do ano com a discussão sobre como o partido deve se preparar para as eleições de 2026. A legenda vive um momento estratégico para voltar a pensar em candidatura própria ao Palácio do Buriti, depois de abrir mão em 2022 para que Leandro Grass (PV) disputasse o governo, na federação com o PT, e de uma participação decepcionante quatro anos antes, quando ficou em nono lugar, com a candidatura de Júlio Miragaya (PT), que teve apenas 4% dos votos.

Em busca de unidade

Conselheira federal da OAB, a advogada Cristiane Damasceno tenta construir uma aliança com os grupos rivais para disputar em chapa única — ou sem polarização — a presidência da entidade no DF. Ela tem o apoio do atual presidente, Délio Lins e Silva Júnior, e busca um entendimento com Thaís Riedel, que concorreu na última eleição, o governador Ibaneis Rocha e o ex-presidente da entidade Juliano Costa Couto. Difícil é, com certeza. Mas não impossível.

Disputa dentro de casa

Um primeiro obstáculo de Cristiane Damasceno é no próprio grupo liderado por Délio Lins e Silva Júnior. O secretário-geral da OAB-DF, Paulo Maurício Siqueira, também está no páreo para a presidência.

Penetra na política

A avaliação de advogados e políticos é de que a situação do senador Sérgio Moro na Justiça Eleitoral é praticamente perdida depois da manifestação do Ministério Público Eleitoral do Paraná. Moro vai dia a dia perdendo status político. De super caçador de corruptos pode ganhar a pecha de corrupto cassado. Tudo por um erro de origem: com tantos inimigos entre deputados, senadores e empresários acreditou que poderia entrar no clube da politica e ser aceito.

Recurso para tentar manter Museu da Bíblia

O secretário de Família e Juventude do DF, Rodrigo Delmasso, disse que vai acionar a Procuradoria-Geral do DF para tentar reverter a decisão da Corte Especial do STJ que impede a construção do Museu Nacional da Bíblia, em Brasília. Orçada em R$ 26 milhões, a obra é um projeto do governo Ibaneis Rocha (MDB) que tem a simpatia total dos políticos de base evangélica, como Delmasso. A construção do museu é contestada pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) em uma ação civil pública, sob a alegação de que o Estado é laico e a obra, orçada em R$ 26 milhões, fere esse princípio. O caso deve ser apreciado pelo STF.

Voto contra o governo e a favor dos empregos

A senadora Leila Barros (PDT-DF) tem sido uma aliada do governo Lula no Congresso, votando a favor dos temas de interesse do Executivo. Mas foi um dos votos favoráveis à derrubada do veto ao projeto que mantém a desoneração da folha de pagamentos de 17 atividades econômicas até dezembro de 2027. Leila justifica a posição: “Manter o benefício é uma escolha sensata considerando os impactos diretos no custo do emprego. Reonerar esses setores resultaria no encarecimento significativo da contratação e dificultaria a criação de novas vagas de trabalho”. Leila diz que estudos baseados em dados do Caged revelam que esses setores tiveram um crescimento de 15% na geração de empregos.

Siga o dinheiro

R$ 61,1 bilhões

É o orçamento do Distrito Federal em 2024, considerando as receitas próprias e o Fundo Constitucional do Distrito Federal, conforme projeto aprovado nesta semana pela Câmara Legislativa. Do total de R$ 23,2 bilhões do FCDF, o DF destinará R$ 10,7 bilhões para a segurança pública, R$ 7 bilhões para a saúde e R$ 5,5 bilhões para a educação.

Só Papos

“Pela primeira vez na história deste país, nós conseguimos colocar na Suprema Corte deste país um ministro comunista”

Presidente Lula

“Lula declara estar felizão por ter colocado um comunista no STF. Mas pra muita gente, quem chama Dino e Lula de comunista é extremista”

Deputada federal Bia Kicis