Polícia Civil faz busca e apreensão na Casa Militar do Palácio do Buriti

Publicado em CB.Poder

ANA MARIA CAMPOS
NATHÁLIA CARDIM
BRENO FORTES (FOTOS)

Policiais civis da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) cumprem nesta manhã (02) mandados de busca e apreensão na Casa Militar do DF, no Palácio do Buriti. O alvo da investigação é o Coronel Cirlândio Martins dos Santos, que até uma semana atrás era o chefe de gabinete da Casa Militar, comandada pelo Coronel Cláudio Ribas, responsável pela segurança do governador Rodrigo Rollemberg. A operação foi batizada de Palácio Real.

Os policiais civis realizam também busca e apreensão nas casas do Coronel Cirlåndio, no Condomínio RK, e do policial militar reformado João Dias, no Condomínio Bela Vista, em Sobradinho. Há ainda mandado de condução coercitiva contra João Dias. Toda a operação foi autorizada pela Justiça.

Os investigadores apuram a relação entre os dois policiais militares e a participação deles no episódio em que João Dias invadiu o Palácio do Buriti, em 2011, na gestão de Agnelo Queiroz, para desafiar o então secretário de Governo, Paulo Tadeu, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do DF. João Dias entrou sem qualquer incômodo, foi ao gabinete de Paulo Tadeu e jogou sobre a mesa cédulas que somavam R$ 200 mil. João Dias chegou a agredir uma funcionária do então secretário que até hoje trabalha com ele, no Tribunal de Contas do DF.

O conselheiro Paulo Tadeu sempre afirmou que o episódio foi uma armação de João Dias para prejudicá-lo politicamente. Ao invadir a Secretaria de Governo, Dias disse que foi ao Palácio do Buriti devolver o dinheiro a Paulo Tadeu.

Cirlândio foi candidato a deputado distrital em 2010 pelo PMDB, na coligação liderada pelo petista Agnelo Queiroz. Teve cerca de 1,5 mil votos e não se elegeu. Ele também exerceu o cargo de administrador regional de Planaltina. No governo atual, trabalhava como chefe de gabinete da Casa Militar. A exoneração dele foi publicada no Diário Oficial do DF de 24 de agosto.