GDF se reúne com sindicalistas e volta a alegar falta de dinheiro para reajuste

Publicado em CB.Poder

Ana Viriato

O Executivo local apresentou aos sindicalistas, nesta sexta-feira (18/11), os números dos cofres brasilienses. A reunião integra o cronograma de encontros entre o Palácio do Buriti e várias categorias  de servidores. O intuito é apresentar o balanço das contas públicas e evidenciar a impossibilidade de conceder, temporariamente, a última parcela do reajuste salarial, pendente desde outubro de 2015.

 

Durante o encontro, sindicalistas tiraram dúvidas e criticaram a dificuldade do governo de Brasília de lidar até mesmo com demandas de impacto financeiro inferior à concessão do acréscimo salarial. “Sou técnica de enfermagem e vejo o descaso do GDF com a saúde. Tenho medo de a minha mãe precisar de um hospital público. A situação é caótica. Estamos sobrecarregados, faltam insumos e aparelhos, e não há condições de trabalho”, queixou-se uma das diretoras do Sindate, Josy Jacob. Em resposta, o secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio, declarou que “o governo sentará com o secretário de Saúde e com os sindicatos do setor para resolver a situação”.

 

Os representantes queixaram-se, ainda, dos constantes atrasos do pagamento do 13° salário. Em relação ao tema, os representantes do governo explicaram que, geralmente, no quinto dia útil, há dinheiro em caixa apenas para pagar os salários mensais. O 13° custa ao Buriti cerca de R$ 75 milhões ao mês. “Faltam subsídios para consignações, débitos com o banco, entre outros”, ressaltou o secretário de Fazenda, João Fleury.

 

O governo de Brasília reafirmou ter ultrapassado o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e ressaltou a impossibilidade de decretar uma data para a quitação do reajuste salarial. O impacto do acréscimo aos cofres brasilienses seria de R$ 1,5 bilhão. O governo apresenta um deficit de R$ 400 milhões.