Greve PCDF Crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press

Diante do impasse nas negociações salariais, Polícia Civil anuncia nova paralisação

Publicado em CB.Poder

Ana Viriato e Isa Stacciarini

A Polícia Civil anunciou, em assembleia geral, na tarde desta quinta-feira (20/10), uma paralisação de 48 horas, a partir das 8h da próxima segunda-feira (24/10). A categoria, porém, votou contra a greve geral por tempo indeterminado. A operação PCDF Legal está mantida. A corporação exige a manutenção da isonomia salarial com a Polícia Federal, equivalente ao reajuste de 37%, escalonado nos próximos três anos.

 
A Polícia Civil cruzou os braços novamente nesta quinta-feira (20/10). Essa é a segunda paralisação geral de 24h da categoria na semana – a primeira ocorreu na última segunda-feira (17). Devido à ação, mais de mil ocorrências deixaram de ser registradas nas 34 delegacias de Polícia do Distrito Federal. Dez mil mandados de prisão, além de mil apreensões de adolescente infratores em aberto, também deixaram de ser, parcialmente, cumpridos.

 

O GDF já entregou aos representantes dos sindicatos da categoria quatro propostas. Porém, em razão da divergência com a exigência da PCDF, todas foram negadas em assembleias. Com os oficiais de braços cruzados, o impacto atinge, ainda, o setor de perícias. Ao todo, 50 procedimentos são realizados diariamente. Porém, em consequência das paralisações, a lista acumula 200 pendências.

 

Além disso, todas as investigações encontram-se estagnadas. Ao todo, 50 presos deixaram de ser transferidos das delegacias de Polícia para a carceragem. Por fim, ao menos 400 carteiras de identidade deixaram de ser emitidas e 50 laudos periciais ficaram pendentes. A categoria reúne-se, neste momento, em frente ao Complexo da Polícia Civil.

 

“Decidimos pela paralisação de 48 horas em razão da intransigência do GDF de não encaminhar nossa mensagem de recomposição salarial ao governo federal informando o impacto financeiro para os próximos anos. O Fundo Constitucional vai aumentar R$ 1 bilhão no próximo ano. Existe um tratamento diferenciado conosco e isso é algo que nós não vamos aceitar e que nos indigna”, explica Rodrigo Franco, presidente do Sinpol