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Brasileiros estão adquirindo e lendo mais livros

Publicado em Coluna Capital S/A

Coluna Capital S/A, por Ana Dubeux (interina)

O setor livreiro alcançou, em dezembro, um resultado que chama a atenção: foi registrada a movimentação de 5,78 milhões de livros comercializados, com uma arrecadação de R$ 270,69 milhões, apresentando índices de 6,16% e 15,18%, superiores em relação aos períodos de 2020 e 2021, respectivamente. O presidente do SNEL (Sindicato Nacional de Editores de Livros), Dante Cid, destaca: “2022 iniciou forte, ainda no impulso das boas vendas de 2021 em ficção combinadas com a retomada do educacional. Ao longo do ano, entretanto, a escalada da inflação passou a comprometer o poder de compra das famílias e os custos da indústria, levando a uma desaceleração das vendas. Felizmente, o último período nos trouxe uma agradável surpresa, levando a um fechamento de ano com crescimento real e superando assim mercados maduros como França, Alemanha e EUA, que fecharam um pouco abaixo de 2021″.

A livreira brasiliense Iris Borges confirma a expectativa criada com o aquecimento do setor e o aumento da leitura: ” Vejo com muita esperança de que o mundo do livro volte a ficar próspero. A pandemia foi cruel conosco. Agora, as pessoas estão redescobrindo o prazer de ir às livrarias, de encontrar os autores, de participar de clubes de leitura. Isso mostra que estávamos certos em resistir”. No entanto, ela alerta que, embora esses sinais sejam positivos, é necessário um trabalho intenso para que o livro e a leitura ocupem o espaço que merecem: “Ainda está muito difícil. Precisamos de ajuda para que, aqueles que ainda não despertaram, nos descubram também”.

A certificação para quem sabe comprar direito

Uma instituição de São Paulo colocou no mercado uma certificação inédita, com validade internacional, para reconhecer o talento de quem sabe fazer compras direito. A BRevi2 só é fornecida para o candidato após um curso com 192 horas de duração. “É uma iniciativa inédita e que dá às empresas a certeza de que o detentor do certificado tem competência para atuar na área de compras”, explica Fábio Cerquinho, diretor executivo do Centro Internacional de Estudos em Compras (Ciec) — nascido na Faculdade de Economia e Administração da USP — e criador do selo no Brasil.

Mesma bandeira
O ex-superintendente regional do Sebrae Valdir Oliveira deixou o cargo, mas não a pauta. Ele esteve com o novo secretário de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedorismo do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, Milton Coelho.

“Sigo com a certeza de que construiremos um Brasil mais empreendedor, que apoia o caminho da geração de empregos com a distribuição de renda através dos pequenos negócios brasileiros”, disse Valdir, que ajudou a elaborar o programa para o setor a pedido do vice-presidente Geraldo Alckmin, durante a campanha eleitoral.

Um HUB da indústria ao alcance de todos
Mais um importante passo para a transformação digital da capital federal será dado hoje à tarde. A Fibra, a Biotic S.A. — empresa gestora do parque tecnológico de Brasília —, o Sebrae no DF, a Finatec e o CDT da UnB se unem em um projeto arrojado, o Hub da Indústria do DF. Aprovada entre as dez melhores inscritas das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte do País em edital da ABDI, a iniciativa promoverá a tecnologia na cadeia produtiva e enfrentará o baixo desenvolvimento digital dos pequenos e médios negócios industriais do DF. A ideia é criar, no Biotic, um ambiente de aceleração ao ingresso das empresas na era digital.

Inicialmente, o Hub da Indústria do DF está focado nos segmentos de vestuário, de alimentos, de construção e de mármore, granito, artefatos, cimento e concreto. Há previsão de que sejam atendidas 60 empresas brasilienses, que se submeteram a um diagnóstico de maturidade digital e serão acompanhadas, gratuitamente, em atividades de apoio à transformação de seus negócios.

Liquidações bombando
Os produtos mais vendidos esse mês nas liquidações do DF são roupas para adultos e crianças, calçados e objetos para o lar. A temporada de liquidações no comércio do DF em janeiro supera as expectativas de muitos varejistas. Em dezembro de 2022, o setor previu alta de 4,5% nas vendas no primeiro mês do ano, contra 2,8% do mesmo período de 2021. Diante da procura por artigos com desconto, o comércio estima que a expansão do faturamento deve atingir 5% até o dia 31. Sebastião Abritta, do Sindivarejista, explica: “Tanto em shoppings como no comércio de rua, há lojas concedendo descontos que variam de 20% a 35%”.

Na linha de frente
Hélvia Paranaguá, secretária de Educação, fez jus à fama de gestora criteriosa: visitou pessoalmente as empresas vencedoras da licitação para aquisição do novo uniforme da rede pública.

A iniciativa dela é inédita. O edital, liberado pelo TCDF em novembro, só agora foi concluído com o resultado das vencedoras. O custo é de R$ 10 milhões para cerca de 418 mil alunos.

Mulheres que mudaram o Brasil
Na passagem dos 162 anos da Caixa Econômica Federal, a Caixa Cultural está realizando, até 16 de abril, a exposição Mulheres que Mudaram 200 anos. A mostra é constituída por 28 retratos de mulheres aguerridas que conquistaram espaços de emancipação graças ao idealismo e a audácia. Maria Quitéria é uma das homenageadas. Sob a identidade masculina, ela se alistou no Exército e lutou contra as tropas portuguesas no processo da Independência. E outro destaque é Nísia Floresta, autora da primeira publicação feminista no Brasil: Direito das mulheres e injustiça dos homens.

A lista inclui, entre outras, Maria Felipa, baiana que liderou o combate aos colonos do estado. O projeto da mostra é inteiramente coordenado por mulheres. Marina Bortoluzzi fez a curadoria com apoio da historiadora Mary del Prior

O Canadá é aqui
Para estimular negócios entre o Canadá e o Centro-Oeste brasileiro e promover discussões temáticas bilaterais com agentes públicos, privados e setoriais, a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) acaba de inaugurar um novo escritório no Distrito Federal, o Chapter Brasília, com estrutura e plano de ações específicos para fomentar negócios entre os dois países. A iniciativa tem a proposta de atuar em duas linhas. Ao mesmo tempo em que promoverá localmente oportunidades de negócios entre empresas do Centro-Oeste brasileiro e o Canadá, o CCBC também trará à pauta discussões temáticas nacionais relevantes.

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