VISTO, LIDO E OUVIDO
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Uma coisa é subir no palanque e fazer campanha eleitoral, outra muito diferente é subir a rampa do Planalto para governar um país complexo como o Brasil. Obviamente que diante da realidade que se apresenta ao eleito, sempre existiu aquele que prefere tomar um atalho mais fácil e governar o país ,cooptando com benesses, todas as forças políticas ao redor, dentro do velho esquema do presidencialismo de coalizão, onde todos lucram, menos a população que é chamada apenas para pagar a conta desses acertos escusos.
Com isso , para cada passo que o país avançava em frente, correspondia a dois passos recuando, ou seja, ficava patinando. Prova disso é que em praticamente todas as metas que o país estabeleceu nos últimos anos , como na questão do Plano Nacional de Educação (PNE), apenas uma , entre as vinte metas estabelecidas, foi efetivamente cumprida e saiu do papel.
Mesmo em questões prementes como o aquecimento global, que diz respeito à própria sobrevivência da espécie humana, o Brasil ameaça recuar e se retirar do Acordo de Paris. Pelo menos foi essa a promessa do então candidato Jair Bolsonaro. Agora, a um passo de ser empossado e diante dos fatos que lhe são apresentados, como a possibilidade de uma parceria bilionária com a União Europeia, o futuro presidente tem pensado melhor e mais profundamente no assunto.
Nesse caso, seguir os passos do presidente americano Donald Trump, definitivamente não seria uma boa ideia. Mesmo as alegações, em parte verdadeiras, sobre questões de possíveis perdas da soberania nacional, parecem não possuir o condão de levar adiante essa ideia formulada em palanque. Até as intenções de investir contra as inúmeras Unidades de Conservação, caem no vazio e se mostram apenas retórica de palanque. Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra do Brasil, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que entre os anos 2000 e 2016 o país perdeu 7,5% de suas florestas. Uma área equivalente a 4.017.505 Km² foi reduzida para 3.719.801 Km² em 2016. Um território maior em tamanho que muitos países do globo. O avanço do agronegócio nas bordas do bioma amazônico é uma realidade vista facilmente por todo o mundo e isso acaba por comprometer a aceitação de nossos produtos, num mercado atento para os problemas do aquecimento global.
Agora mesmo na COP24 , realizada pela ONU , na Polônia e que trata da questão climática, o Brasil ensaiou um recuo pedindo que os países em desenvolvimento não sejam marginalizados nas negociações dessa nova conferênci. Com isso Bolsonaro se verá obrigado a rever suas posições sobre o tema.
Um argumento forte que chama a atenção para uma melhor reflexão sobre o assunto clima foi dado pelos cientistas que demostraram que uma redução significativa na poluição do ar, e mesmo das águas, salvaria milhões de vidas nas próximas décadas, reduzindo também, enormemente, os gastos com saúde pública.
Os compromissos assumidos perante o mundo nos Acordos de Paris, considerados na ocasião ambiciosos, não podem ser rasgados sob pena de o mundo perder, de vez, a confiança no Brasil. Colocado na berlinda entre os ruralistas e um mundo em rápido processo de destruição, Bolsonaro terá que escolher entre a razão e as ambições desse grupo que o apoia. O que está em jogo é a perda de mercados para os produtos do Brasil. Nesse caso específico é preciso que o Brasil recue dois passos atrás para avançar na agenda ambiental, não apenas por que todo o mundo está e olho nos próximos movimentos do novo governo, mas sobretudo por que entre os 18 países com mais perdas econômicas decorrentes dos desastres climáticos, o Brasil aparece na dianteira.
Segundo a organização alemã Germnwatch o Brasil pode sofrer perdas da ordem de bilhões de reais a cada ano com eventos extremos, como tempestades e inundações e outros acontecimentos naturais , caso insista em desprezar os acordos climáticos. Não temos aqui mecanismos para prever desastres, nem Defesa Civil para prevenir e combater perigos iminentes. Com isso, ao descer do palanque e subir a rampa do Planalto ao novo mandatário é possibilitado uma visão panorâmica e abrangente do Brasil e do mundo e isso é bom e necessário.
As frases que foram pronunciadas:
Lula: “Bolsonaro só venceu porque não concorreu contra mim.”
Bolsonaro: “Só não concorri com Lula porque ele está preso.”
Natal vermelho
Mais ou menos R$1.500 uma passagem ida e volta para Curitiba, de Brasília. Nada de museus, igrejas, centros culturais, passeios de trem. O convite da deputada Benedita da Silva é para passear em um lugar sem muito atrativo turístico. O prédio da Superintendência Regional da PF.
Incrível
Inaz do Pará, banca do concurso da Novacap adia o certame por falta de espaço. É preciso uma regulamentação nessa festa que desrespeita quem passa anos abrindo mão da vida social para estudar.
De graça
Programa de primeira na Torre de TV. Estação Cerrado encerra as atividades no dia 15, sábado. Todas as atividades são gratuitas ao público. Veja no blog do Ari Cunha o que você pode aprender nessas férias. Desde oficina de Turbantes Étnicos até marketing em projetos culturais. Veja a programação completa clicando AQUI
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O Setor de Indústrias e Abastecimento, onde está todo o dinheiro de Brasília, não tem água, luz, esgotos, nem telefones. Os comerciantes são obrigados ao uso de estações de rádio clandestinas, para comunicações com os escritórios na cidade.(Publicado em 07.11.1961)