VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Ao que parece, depois da temporada em que passou a dividir a mesma cela da penitenciária com um empresário da cidade, dono de um site de notícias local, José Dirceu, não apenas conquistou a simpatia desse seu companheiro de infortúnio, como conseguiu também uma vaga como colunista desse periódico, de onde vem, regularmente, expondo o que acredita ser seu libelo de esquerda com um receituário completo do que sonha para o governo do Brasil.
Não fosse a figurinha já conhecida de todos pelo poder de encantar incautos e outros mal informados, o mais certo seria acreditar que esse portentoso ideólogo do Partido dos Trabalhadores, que em apenas um mandato de quatro anos conseguiu a proeza fantástica de enterrar no abismo da falta de ética uma legenda inteirinha, planeja, mais uma vez, transformar o país numa réplica do pesadelo de mundo que construiu para si e seus seguidores.
Na verdade, falar ou criticar um personagem desse calibre moral torna-se até um exercício de covardia, dada a posição de moribundo político em que vive e depois de tudo que já conhecemos de sua extensa e triste folha corrida. O eleitor médio desse país, por sua pouca formação e crenças no sobrenatural, acredita no poder e influência de mortos-vivos. Lula e Dirceu, cada um a seu modo, vêm aproveitando essa espécie de saidão, propiciada pela decisão de um preposto que colocaram na suprema corte, para prolongar e dar sobrevida à legenda que hoje se transformou num adjetivo de tudo o que é ruim e nefasto.
Em sua última coluna intitulada “Fazer alianças é da natureza da política”, de 28 de janeiro, é preciso mais do que a atenção de um psicanalista para entender o que está escondido nas entrelinhas do que diz. O período que passou no catre, diferentemente do que ocorre com aqueles indivíduos socialmente recuperáveis, de nada serviu para uma autorreflexão. O mesmo parece ter se dado com o dono da legenda. Para eles, serve como luva o dito repetido pelo filósofo de Mondubim: “não aprenderam nada, não esqueceram nada”.
Para qualquer estrategista político, mesmo aqueles mais alienados, em seu texto raso, a proposta de uma aliança com todos aqueles que queiram somar forças, não importando de onde venham, ainda é a fórmula que acredita para a construção do que chama de frente de esquerda. De fato, o mensalão e outros escândalos de malfeitorias não ensinaram nada a esse exímio perito político. Aquilo que denomina como sendo programa de reformas estruturais nada mais é do que o mesmo receituário que conduziu o país a sua mais profunda depressão político econômica de todos os tempos.
As alianças firmadas pelo petismo, em nome do que acreditaram ser a possibilidade de uma governança, reuniram o que de pior havia na vida nacional, confirmando a tese de que os iguais se atraem. Aquilo que aponta como sendo uma encruzilhada na caminhada do PT, de Lula e da “esquerda”, termo usado assim mesmo no singular, é a mesma que se apresentou para o partido em 2002. O inimigo imaginário daquela época, configurado então por Fernando Henrique e o PSDB, agora é substituído, por Bolsonaro e seus apoiadores. Para quem minimamente tem a capacidade de enxergar, o petismo ou lulismo não possui outro inimigo a ser derrotado além de si mesmo, do seu ego gigante e cego.
Na realidade, estender-se no que seria uma análise ponto a ponto naquilo que prega o articulista improvisado, seria penoso até para o leitor, pois trata-se de um apanhado, sem critérios, e acento na verdade e na racionalidade.
A frase que foi pronunciada:
“A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento.”
Stanislaw Ponte Preta
Demanda
Atenção professores de fisioterapia, neurologia, oftalmologia e otorrino. Carregadores na Ceasa estão com joelhos estourados e coluna lombar e cervical com sérios problemas. Motoristas de ônibus na rodoviária precisam de oportunidade para exames oftalmológicos e auditivos.
Resistência
Flagramos a exaustão de uma funcionária que não tinha cadeira a disposição para sentar durante as 8 horas de trabalho.
Carnaval
Pela primeira vez em 60 anos, o comércio do DF vai abrir este ano no domingo e na segunda-feira de carnaval. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Edson de Castro, a meta é oferecer opções de consumo aos que não vão viajar. A informação é do amigo Kleber Sampaio.
Informe
Deve seguir entre os principais temas nas casas legislativas brasileiras ao longo de 2020, a Lei de Alienação Parental (12.318/2010). No último ano, a Comissão de Direitos Humanos – CDH do Senado reuniu especialistas em duas audiências públicas para discutir as controvérsias e a possibilidade de revogação da norma. Em ambas as ocasiões, o Instituto Brasileiro de Direito de Família marcou presença, posicionando-se contrário à revogação e a favor da manutenção da lei.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Finalmente, um funcionário de uma companhia de turismo tomou a iniciativa, e levou o embaixador para o hotel, naturalmente mal impressionado com o seu primeiro instante em Brasília. (Publicado em 15/12/1961)