Diz-me com quem andas

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Fernando Bizera Jr. / EFE

 

Uma das curiosidades com relação a recente decisão do ministro do Supremo Edson Fachin é que, observando-se, com maior acuidade, a maioria daqueles que saudaram a restituição da ficha limpa ao ex-presidente Lula e, por tabela, uma iminente condenação do ex-juiz Sérgio Moro, constata-se que é essa parcela formada, majoritariamente, por indivíduos ou grupos com sérios problemas com a justiça. Isso para não dizer que estão enrolados até ao pescoço com a lei.

Trata-se aqui de uma gente que passou a crer, não se sabe como, que, com esse veredito exótico, trará consigo uma espécie de anistia geral e irrestrita, varrendo, para debaixo do tapete da mais alta corte, operações conjuntas do Ministério Público e da Polícia Federal, juntamente com as dezenas de Operações que miraram os mais escabrosos casos de corrupção já vistos neste país. Assim, o que parecia ser uma miragem distante ou um pesadelo vai sendo perdoado e remetido ao arquivo morto dos tribunais. Obviamente, estão nesse grupo também todos aqueles que foram condenados ou tornados réus nessas investigações. Não é um grupo pequeno. Pelo contrário. São muitos e variados. Além da grande quantidade de políticos que foram arrolados nesses casos criminosos e que juram, de pés juntos, de que tudo não passa de uma trama armada por forças conservadoras e de oposição, é possível encontrar, ainda, empresários dos mais variados calibres e que sempre tiveram, no Estado, uma mina abarrotada de ouro. Unidos em favor do ex-presidente, estão, logicamente, todos os ministros que por ele e por sua sucessora foram guindados às altas cortes.

Com uma retaguarda dessa magnitude jurídica, qualquer possibilidade de condenação, pelos crimes que for, passa a ser estranha e até inaceitável. Também compõem esse bloco de entusiastas, os mais caros escritórios de advocacia do país, sabedores, desde o início, que todo esse volumoso e rumoroso processo acabaria sendo atalhado por forças superiores, bem alojadas nos altos postos da República. A essa multidão de torcedores da impunidade ao patrono dos butins, juntam-se outras forças políticas internas, como o Centrão, e externas, na figura de tiranos do continente como Maduro, Ortega ou os herdeiros dos irmãos Castro, além do ditador da Coreia do Norte.

Juntam-se, na confraternização desse descalabro, uma parte significativa da imprensa nacional e internacional, para os quais Lula é um perseguido político, maltratado pelo seu próprio povo. O mais inquietante é constatar que será com essa multidão de malfeitores e afins que o ex-presidente marchará para as eleições de 2022, num verdadeiro revival da volta ao inferno. Bem sabemos que, observado de perto, ninguém é normal. Mas com essas companhias, o que se presume é que vale o ditado repetido pelo filósofo de Mondubim: diz-me com quem andas e eu ti direi quem és.

 

A frase que foi pronunciada:

”Quis o destino que você pegasse essa brincadeira na distância do tempo e fizesse uma peça linda. E numa hora em que este país deveria tomar um rumo, para nos dar uma saída. É tão misteriosa a vida e a relação humana. Eu quero te agradecer em nome do Fernando (Torres), do Sérgio (Britto), do Ziembinski, do (Paulo) Padilha. Já estão todos mortos”

Fernanda Montenegro, em declaração a Jorge Furtado, sobre a comédia “Meus lábios se mexem”, que relembra a censora Solange Hernandes, a dona Solange.

Foto: Zô Guimarães/Folhapress

 

Sem futuro

Uma postagem do deputado federal Felipe Barros informa que a filha de Fernandinho Beiramar assumirá o cargo do vereador Danilo Mercado, assassinado em Duque de Caxias. O Rio de Janeiro não surpreende depois que foi capaz de votar em um animal chamado Tião e quase o fez prefeito da cidade. Brincar com o voto é desdenhar o futuro.

 

CIL

Agência Brasília divulga que estão abertas as vagas para estudo de línguas estrangeiras gratuitamente. Veja o passo a passo para participar do sorteio, no link Resultado das vagas para a comunidade no CIL está disponível.

Capa: cilbsb.com.br

312/313 Sul

Nas entrequadras da Asa Sul, onde normalmente há mercados do “bairro”, a comunidade lutou por uma biblioteca. Lá está ela. “Certo dia, a comunidade que sentia fome de leitura teve uma ideia. Encheu o espaço com uma valiosa mercadoria: livros de toda a natureza”, diz com orgulho a gerente da Biblioteca Pública de Brasília, Sheila Gualberto.

Fotos: Divulgação/Secec

 

Emocionante

Um vídeo de Caio Coppolla para quem está perdendo a crença no Brasil. O que essa nação precisa são ações motivadas por virtudes motivadoras: a esperança e a verdade. Veja a seguir!

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Composição de Raimundo Pontes Cunha Neto, de cinco anos, numa escola em Brasília: “a chuva serve para apagar a poeira.” (Publicado em 25/01/1962)

Lula volta em clima de velório nacional

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Charge do Cláudio Aleixo

 

Pelas consequências e repercussões extremamente negativas que trouxeram para a vida nacional, afetando de modo direto a política, a sociedade e a economia, e ainda pelos desdobramentos imprevisíveis que trará para o futuro próximo, a decisão tomada há pouco pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulando três processos contra Lula, ainda é o assunto que, queiramos ou não, ocupará por um longo tempo todas as pautas de notícias, dentro e fora do país.

Não pela surpresa da decisão monocrática, vinda de um notório simpatizante do lulopetismo e por essa mesma turma indicado a mais alta corte, mas pelo anacronismo da medida e falta de percepção e sensibilidade, como o momento de extrema comoção nacional experimentada pelos brasileiros diante do grande número de mortes diárias, fato esse que coloca o Brasil no topo da lista mundial de vítimas dessa virose.

Até por respeito ao cenário de velório, interno e externo, essa não era a hora apropriada para tentar ressuscitar esse ajuntamento de malfeitores que tanta vileza causaram ao país e que a população, em peso nas ruas, já fez saber a todos que não quer de volta. Até mesmo as pedras portuguesas da Praça dos Três Poderes sabem que a decisão de remeter todo o imenso processo para o fórum de Brasília atende mais as exigências dos renomados e caros escritórios de advocacia do país do que qualquer outro motivo ou razão de justiça.

Por aqui e sob o olhar vigilante dessa junta de causídicos milionários, todo o processo adentrará para o labirinto de filigranas herméticas, donde só sairá depois que tudo for esquecido e se converter em mais uma página virada a retratar o poder perene da impunidade em nossa triste República.

Em mais esse imbróglio que o STF mete o país, causa indignação, aos cidadãos de bem, o fato de o também egóico e “rabulesco” ministro Gilmar Mendes, amparado pelas escutas ilegais de hackers criminosos, pretender lançar o probo ex-juiz Sérgio Moro na arena dos leões, sob o argumento de que não se pode combater crime com outro crime.

Ao aceitar supostas provas, obtidas por meios ilícitos por um bando de aventureiros a soldo de políticos de mãos sujas, o Supremo pode ter aberto, sem se dar conta, a caixa de Pandora, onde ainda jaz adormecida a Operação Castelo de Areia, deflagrada em 2009 contra a construtora Camargo Corrêa e então comandada pelo então juiz Fausto de Santis. Naquela ocasião, a 6ª turma do Superior Tribunal de Justiça considerou nulas a obtenção de provas, sendo suspensas por decisão do então presidente do STJ, Asfor Rocha, e que, segundo delação de Antonio Palocci, teria recebido, além da quantia de R$ 5 milhões para enterrar o milionário processo, uma promessa feita diretamente por Márcio Thomaz Bastos de uma vaga no Supremo.

Ao aceitar as escutas clandestinas, que também, segundo alguns analistas, trazem implicações de ministros das altas cortes, o Supremo pode ter escancarado as portas não apenas para o livre trânsito e retorno de toda a turma do mensalão e petrolão, mas, de quebra, de todos os grandes corruptos das últimas décadas. Trata-se de uma multidão que daria para lotar o estádio Mané Garrincha.

A frase que foi pronunciada:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

Rui Barbosa

Foto: academia.org

Novidade

Governo anuncia a vacina nasal brasileira contra o Covid-19. As pesquisas são coordenadas por bolsistas PQ do CNPQ.

Cartaz publicado no perfil oficial do ministro Marcos Pontes, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, no Instagram

Elas

Recebemos a notícia de que o poeta e jornalista Linhares acaba de assumir a assessoria da Associação dos Papiloscopistas da Polícia Civil do DF. Chegou na gestão da primeira mulher a dirigir a instituição, Maíra Lacerda. Veja, no link Dia Internacional da Mulher, filmete produzido pelas mulheres da instituição. Elas têm a força!

Reprodução: vídeo publicado no perfil oficial da ASBRAPP no Instagram

Infelizmente

Mais uma restrição imposta pelo Covid gera a aflição de milhares de candidatos. A PF adia as provas do concurso marcadas para o dia 21 deste mês. Para quem passa anos estudando, é uma notícia bombástica.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Isto, no dia 26 de setembro de 1961. No dia 9 de janeiro de 62, com as coisas muito mais caras, portanto, o presidente Pery Rodrigues estabeleceu o preço de Cr4 17.900,00 para o aluguel dos mesmos apartamentos. (Publicado em 26/01/1962)

Pé que nasce torto

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Charge do Geuvar

 

Guardadas as devidas distâncias de etimologia, a insegurança jurídica, que o Brasil experimenta agora com as decisões desencontradas vindas da atual composição do Supremo Tribunal Federal, muito se assemelha à doença psiquiátrica caracterizada por variações extremadas de comportamento e de humor, comumente denominada Transtorno Bipolar. No campo do Direito, essas variações e mudanças de rumos bruscas, inclusive com alteração de voto na undécima hora, poderiam facilmente ser diagnosticadas como Transtorno Jurídico Bipolar. Na psicologia, é uma doença com boas chances de cura, a depender do paciente e da terapia correta. Mas, no campo do Direito, essa bipolaridade de pareceres acentuada, demonstrada a cada reunião plenária da corte suprema, não tem cura conhecida, enquanto não forem, radicalmente, modificados o ambiente e o modelo de indicação dos ministros, bem como o ritual da pseudo sabatina a que são submetidos na Câmara Alta.

Trata-se aqui de uma enfermidade séria, cujo hospedeiro primário é a própria República. Um bom par de exemplo, no mar infinito de outros tantos proferidos por essa douta corte a cada instante, pode ser encontrado quando da mudança surpreendente de entendimento sobre prisão após condenação em segunda instância, e na que busca agora transformar o ex-juiz, Sérgio Moro, em vilão, no caso das condenações dos corruptos apanhados pela Operação Lava Jato.

Obviamente que são duas inversões repentinas de rumos, dentro do que poderia ser entendido como um ponto de inflexão, capaz de alterar vereditos já proferidos e consolidados. Bem sabemos que se tratam de alterações bruscas que, muito mais do que mudança de entendimento, são, na verdade, alterações propositais como um objetivo certeiro de livrar o ex-presidente Lula e sua turma, das acusações de crimes gravíssimos e que, em outros países, seriam exemplarmente punidos com severidade.

Nos dois casos, passou-se de vinho para água, num átimo, transformando a lei escrita e impressa, na Carta Magna, em areia a escorrer por entre os dedos. A impressão, para a grande maioria dos leigos que compõem a nação, é de que existe, de fato, uma engenharia jurídica invisível, capaz de dar o sentido que o magistrado quer naquele momento, não importando o que está materializado na forma de letras impressas. De fato, temos aqui um exemplo tardio que faz com que nossos ministros nas altas cortes se tornem aquilo que dizia ser o próprio Luís XIV da França, no século XVIII, “ l’état et la loi c’est moi”. Nessa questão, em que se observa um erro de origem na indicação política desses depositários de notório saber, temos que, ao caber a essa mais alta instância a capacidade de errar por último, consolidamos uma corte que, em linguagem popular, nasceu torta e permanecerá assim até ao fim.

A frase que foi pronunciada:

Tolerância não é leniência.”

Dona Dita esclarecendo o que não consegue admitir como certo.

Agenda positiva

Audiência na Câmara Legislativa analisa recategorização do Parque Ecológico do Lago Norte para Estação Ecológica. Há garantias no projeto, de autoria do deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos), de que a proteção será maior. Blindar o parque das atividades imobiliárias é fundamental nessa região, inclusive para garantir as construções que já existem por perto. Proteger as nascentes, flora e fauna também é um investimento. Saiba mais no link Audiência analisa recategorização do Parque Ecológico do Lago Norte para Estação Ecológica.

Foto: cl.df.gov

Tradição

Essa coluna já tratou da profissão que começa a despertar interesse em todo o mundo: os detetives de alimentos. Pesquisam o material para averiguar se a embalagem diz a verdade. Na Inglaterra, país que prima pela tradição, há os investigadores de domicílio. Diferente dos locais que adotam a matrícula do imóvel, como uma certidão de nascimento, ao alugar uma casa na Inglaterra, o morador pode estar sob o mesmo teto em que esteve a rainha do crime, Agatha Christie, sem saber.

Foto: Rafael Motta – Agência Nitro/Editora Globo

Trabalhadores

No Varjão, uma estação de reciclagem funciona a todo vapor. Amplo e organizado, o local merece mais investimento do GDF pela importância do trabalho que presta à comunidade.

Foto: publicação no perfil oficial da Central de Reciclagem do Varjão no Facebook

Na luta

Senador Izalci anuncia que o projeto de própria autoria sobre o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico foi vetado, mas que começa a unir forças para derrubar esse veto.

Senador Izalci. Foto: senado.leg

Mais respeito

Entra ano e sai ano e, mesmo depois de sessenta anos, os problemas da cidade são quase os mesmos. O comércio que invade o espaço dos pedestres sempre testando as autoridades lenientes.

Ambulantes na Rodoviária do Plano Piloto. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Uma leitora, dona Maria de Lourdes F. Alves indaga porque a Churrascaria Kastelo tomou, com jardim o lugar de trânsito de pedestre. (Publicado em 27/01/1962)

Mudar o modelo para mudar

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Charge do Amarildo

 

No infinito rol das chamadas heranças malditas, legadas do lulopetismo, depois de mais de uma década de desmandos, sem dúvida alguma, hoje podem ser acrescidos mais algumas de igual ou maior efeito danoso para todos. De saída, já se sabe que a eleição que catapultou Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto foi toda ela construída e aplainada pelo pavor popular de um possível retorno das esquerdas ao Poder.

Foi justamente essa brecha, composta de medo e repulsa, que permitiu que um ex-deputado inexpressivo e radical conseguisse o que parecia impossível até a undécima hora: se eleger presidente da República. Portanto, é ele próprio, por tudo que já vimos, a personificação de um legado deixado pelo último baile ou festim petista. Incluem-se ainda nesse rol de infortúnios deixados para trás, mas com repercussões no futuro, boa parte do atual parlamento que, mesmo teoricamente renovado nas últimas eleições, fez brotar das cinzas, com mais vigor e apetite, o bloco do centrão, uma reunião de dispostos a tudo em troca de vantagens. De quebra, foram deixados, de forma vitalícia, um conjunto de ministros indicados pelo Partido dos Trabalhadores e com assento nas altas cortes, para comandar o festival de impunidades em benefício de seus padrinhos, grupo ao qual foram acrescidos, ainda, os indicados pelo ex-presidente Temer, bem como o escolhido pelo atual presidente.

Trata-se aqui de uma herança e tanto e que parece esticar, para um futuro longínquo, as agruras vividas pela população, desde a inauguração deste século. Estamos em maus lençóis, envoltos numa crise institucional sem precedentes e que vai sendo agravada por uma pandemia de longa duração e de efeitos letais para a população e para a economia.

Nada tão parecido e próximas, umas das outras, do que as pontas extremas de um arco aberto. Dessa forma, falar em harmonia e independência dos Poderes, como palidamente manda a Constituição, diante de um cenário como esse, é sem sentido. Estão todos umbilicalmente ligados pela origem e pela finalidade de propósitos: manter o status quo, as vantagens e os privilégios.

Para a consecução desses propósitos perenes, é preciso que todos se protejam mutuamente, formando, em torno daqueles que buscam fugir da verdadeira justiça, um cordão de isolamento, com cada um recorrendo as prerrogativas que têm em mãos. Em meio a esse banzé institucional, que nos congela no tempo e espaço e vai nos empurrando de volta à rabeira do mundo civilizado, confirma-se a tese de que temos o que escolhemos ter, tal qual um supliciado escolhe a forma como quer ser sacrificado.

Com uma realidade pintada com esses tons de cinza, falar em politização da justiça, ou no seu inverso, que seria a judicialização da política, dá no mesmo, remete-nos às suas causas primeiras, quais sejam os modelos de escolhas tanto de representação política, como para ministros para a composição do Supremo. Ou mudamos o modelo ou o modelo continua a garantir que nada mudará.

A frase que foi pronunciada:

A educação é transformadora. É por meio dela que crescemos enquanto indivíduos e sociedade, e é disseminando-a que proporcionamos às próximas gerações um futuro melhor. Dentre os principais papéis do Estado moderno, talvez o mais importante seja o de prover a educação aos cidadãos. Sem ela não haveria desenvolvimento, ordem ou progresso: não haveria democracia. Ao garantir o pleno acesso à educação, o Estado realiza um investimento no futuro da nação, pois proporciona a cada vez mais indivíduos a oportunidade de contribuir com o desenvolvimento do país. Por isso, os Correios têm orgulho de participar, há 26 anos, do Programa Nacional do Livro Didático.”

General Floriano, presidente dos Correios

Penúria

Autônomos que trabalham com eventos, em todo o país, passam por apuro completamente desamparado pelo governo. Músicos, técnicos de som, imagem, estão sobrevivendo a duras penas para obedecer às regras. O caso não pode ser ignorado. Inclusive os grandes eventos já realizados deveriam ser pagos no mesmo prazo em que as grandes instituições financeiras cobram. A verdade é que levam mais de três meses para pagar, o que dificulta mais ainda a vida dos trabalhadores.

Foto: Alasdair Elmes / Unsplash

 

Ação

Pais de alunos de escolas particulares chegaram ao veredicto. Como o governo não consegue organizar a volta às aulas nas escolas públicas, quer interferir nas escolas particulares para não parecer incompetência. A revolta está crescendo. Enquanto isso, no Sacre Coeur de Connecticut, as aulas, esportes, artes, tudo funciona 100%. E com apoio do governo.

Foto: TV Globo/Reprodução

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Efetivamente, as diárias foram pagas, no começo da transferência, para os funcionários que deveriam se adaptar em Brasília. E era merecido demais, porque as despesas com mudança sempre atingem o orçamento do funcionário pelo menos durante um ano. (Publicado em 27/01/1962)

O comércio de morte em alta

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Charge do Duke

 

No descompasso de uma pandemia que recrudesce a cada dia, fatos paralelos e outras bizarrices, de um país que insiste em mostrar o quanto permanece anacrônico, vão acontecendo, mostrando ao mundo que, apesar da montanha de mortos que vamos erguendo, permanecemos fiéis ao nosso descompromisso com tudo e qualquer coisa que beire a seriedade.

Uma leitura dos principais jornais em circulação reafirma nossa incapacidade de nos concentrarmos, ao menos, no que interessa a todos nesse momento: o combate à pandemia. O Supremo, a quem a população já reconheceu como parte atuante do conjunto de problemas sem soluções à vista, continua na sua cruzada de combate à Lava Jato, comendo pelas beiradas todo o time de procuradores que atuou nessa causa cidadã, principalmente seu mais notório representante: Sérgio Moro.

É preciso, acreditam esses ministros, desconstruir a figura desse herói e antípoda de tudo o que naquela corte é decidido. Enquanto mais de 233 milhões de brasileiros têm seus dados violados de forma criminosa, o STF, a quem caberia comandar uma investigação sobre o caso, prefere se debruçar sobre assuntos prosaicos como a prisão de um deputado do PSL do Rio de Janeiro e a liberação de outro para que volte ao parlamento, mesmo tendo desviado preciosos recursos para o combate ao Covid-19.

São ambas decisões anacrônicas e que nada de proveitoso trazem para o país. Um deputado em causa é caso para a psiquiatria e para a direção de seu partido e ponto. O outro, apanhado de calças na mão, é caso para a delegacia mais próxima e ponto. Seus pares, cujo as capivaras estão em posse da justiça, correm para referendar a prisão, para não melindrar os juízes.

A intolerância e a indiferença têm sido a estranha marca do chefe do Executivo que, em pleno aumento de casos em todo o país, visitas ao front de guerra, representado pelos hospitais públicos superlotados e sem equipamentos, nem pensar!

Nesse momento, informam assessores da Câmara dos Deputados, parlamentares apresentaram mais de 30 projetos para anular decretos de Bolsonaro sobre armas. Parece que as funerárias estão de olho nas ações do Congresso, pois a venda de caixões não para de subir.

A frase que foi pronunciada:

Esses cidadãos negacionistas, além de insuportáveis, são perigosos. Negaram 57,8 milhões de votos para presidente e tentaram matá-lo com uma facada.”

Dona Dita, enquanto tricota para a netinha mais nova.

Charge do Erasmo

Durma com essa

Um pão francês e um tijolo custam por volta de R$ 1,00.

 

Atleta sofre

Durou pouco a alegria dos ciclistas com a pista do autódromo aberta para treino. O asfalto está tão ruim que, para treino, não serve. Veja o vídeo, no link Ciclistas encontram autódromo em estado deplorável.

Reprodução: perfil oficial @bikerreporter no Instagram

 

É de lascar

Um contrato de Plano de Saúde foi cancelado no dia 10 de dezembro de 2020. A ANS suspendeu o reajuste em abril de 2020. Mesmo quem cancelou o contrato está recebendo cobrança referente ao reajuste que deveria ter sido aplicado pelo período em que o plano ainda estava ativo. Pergunta que não quer calar: por que a ANS não proibiu o reajuste durante a pandemia e sim suspendeu? Quem deveria receber apoio durante uma pandemia: os Planos de Saúde ou os que precisam ter planos de saúde, já que a Constituição não é cumprida?

Foto: jornaldebrasilia.com

Registro de ouro

Geraldo Vasconcelos é inigualável pioneiro da cidade no carinho em datas natalícias. Não esquece o cumprimento a nenhum amigo. E a agenda é na caneta e papel.

 

Perigo

Chegaram, pelas mãos do jornalista Roberto De Martin, imagens chocantes de uma árvore enorme que despencou na 316 Norte. Próximo ao Banco do Brasil e ao Marietta. Sorte não ter atingido ninguém. Veja o tamanho da árvore, a seguir.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A Justiça de Brasília está constrangida com os últimos acontecimentos. O que houve no Tribunal foi isto: situação vexatória para o desembargador Sousa Neves em prejuízo o gabarito da justiça. (Publicado em 27/01/1962)

Sonho e realidade

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Charge da revista O Malho, de 29 de outubro de 1904. Foto: Leonidas/Acervo Fiocruz.

 

Uma coisa é certa: superada a questão da pandemia, se é que isso vai ocorrer algum dia de forma definitiva, os cidadãos brasileiros estarão, na sua maioria, vacinados. Ao menos no que diz respeito à onda de politicagem que envolveu todo esse processo, desde março deste ano. Com isso, fica mais uma vez confirmado que há males que vêm para o bem ou, pelo menos, que nos ensinam a optar por caminhos mais claros e seguros.

A pandemia, as mortes e internações seguidas, que nos aproximam da triste marca de 200 mil óbitos, não tiveram, por sua gravidade, o condão de unir a nação, por conta exclusiva das disputas que se seguiram em torno do assunto, protagonizadas, exclusivamente, por nossas lideranças políticas. O mais espantoso é que toda essa polêmica criada, do início ao fim, parece ter sido motivada apenas por disputas políticas, tanto nas eleições municipais, como nas disputas futuras de 2022.

O mais surreal é que, em meio a esse banzé, a questão da pandemia e das potenciais vacinas ficou em segundo plano. Trata-se aqui de uma discussão que não tem levado em conta as agruras e incertezas, mas, tão somente, a possibilidade dos diversos grupos políticos se ajeitarem e fortalecerem suas posições de mando, além dos laboratórios, é claro. O pior, se é que possa haver uma piora nessa questão toda, é que nenhum dos lados parece ter razão nessa briga.

Para complicar ainda mais o que em si já é um quiprocó infernal, até mesmo o Supremo foi envolvido nessa disputa e, como já tem sido costume, errando por último, ao criar uma espécie de obrigatoriedade e sanções para aqueles brasileiros que se recusarem a tomar a vacina.

Dois fatos, absolutamente comprovados, estão diretamente ligados à questão da pandemia. O primeiro é que há muitíssimo dinheiro envolvido em torno dessa questão, sendo que boa parte vai desaparecer nas brumas de uma pandemia totalmente atípica. O segundo é a pressa com que as pesquisas e os laboratórios parecem ter encontrado resposta para um problema que, a médio e longo prazo, sabidamente 5 anos, pode ter seus efeitos colaterais e trágicos espalhados por centenas de milhões de indivíduos.

Todos os testes da chamada terceira fase foram acelerados, o que é em si e, segundo a metodologia científica, um sinal de alerta. Não há como negar que estamos ainda no escuro, tateando e em busca da chave que possa abrir os porões dessa pandemia. As únicas certezas, até aqui, são que o país onde essa virose irrompeu em primeiro lugar, coincidentemente, tem sido o que mais tem lucrado com a pandemia e o mais refratário a que investigações isentas sejam realizadas.

Há, em todo esse assunto, um roteiro que precisa ainda ser colocado diante da realidade. De certo, até o momento, temos que separar os “lucros políticos” que os diversos grupos, no Brasil, vão retirar dessa pandemia, e os lucros argentários que países diversos, com a China no topo, estão obtendo com todo esse pesadelo.

Para os roteiristas dessa trama surreal, a realidade, por sua complexidade, tem ido muito mais além do que qualquer ficção, situando esse drama global na fronteira que divide a vida real dos sonhos mais perturbadores.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Dinheiro perdido, nada perdido; saúde perdida, muito perdido; caráter perdido, tudo perdido.”

Provérbio Chinês

 

Idosos

Juliana Seidl prepara a turma do ano que vem para atendimento individual como orientadora de carreira e para aposentadoria. Veja, a seguir, a palestra ministrada “Reinvenção na Carreira e Projeto de Vida”, a convite da Universidade Corporativa dos Correios.

 

Consome dor

Nos velhos tempos da capital, as donas de casa exerciam o poder que têm. O abuso de preços dos supermercados era logo impedido com o boicote. Sem internet, conseguiam se mobilizar para frear a alta injustificada de preços. Numa pandemia seria o momento de baratear, não de diminuir os produtos nas embalagens e precificar em dobro.

Foto: Procon-MS/Divulgação

 

Evolução

A situação do Teatro Nacional Claudio Santoro é de abandono total. Sem sensibilidade para a cultura, o GDF vai precisar responder, ao Ministério Público do Distrito Federal, o que foi feito até agora na sala de concertos. A interdição do local aconteceu no início da pandemia e a Orquestra do teatro está desabrigada há anos. Não dá para entender. O governador Ibaneis já viajou tantas vezes para o exterior. Poderia ter trazido, na bagagem, a consciência de que a cultura enobrece o governo.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Esse novo prédio ficará da altura da rampa, numa extensão de duzentos metros, e conterá novas salas para comissões e um escritório para cada deputado e senador. (Publicado em 20/01/1962)

Mãos pouco confiáveis

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Charge por Rico Studio

 

Sobre os episódios que levaram o Supremo Tribunal Federal a julgar inconstitucional, por um placar apertado de 6×5, as reeleições dos presidentes da Câmara e do Senado, é preciso deixar bem claro que toda essa história não acaba aqui. Não apenas por suas repercussões em âmbito nacional, mas pelo significado dessa pretensa manobra e pelas possibilidades nefastas que tal decisão abriria  no arcabouço jurídico do Estado Democrático de Direito, principalmente no que  se refere ao respeito às leis a que estão sujeitas as autoridades políticas, investidas, como estão, de responsabilidades amplas.

Ao menos para uma parcela da população brasileira, que não engoliu esse que seria um duro golpe e uma afronta contra a Carta Magna, praticada, simultaneamente, por altos figurões da República, esse é um episódio que, por sua ousadia, atentou claramente contra  as normalidades do Direito e da democracia. O pior, nesse enredo todo, é que, para seu intento, concorreram, cada um com sua missão específica, os Três Poderes da República.

Nenhum desses altos Poderes estão isentos de responsabilidades. Os órgãos de notícias de todo o país acompanharam de perto o desenrolar de todos esses acontecimentos e testemunham essa movimentação, mesmo antes dela extrapolar para fora dos gabinetes. Todo o terreno para a consecução desses planos foi devidamente aplanado, e, pelo que deixou transparecer, havia todo um planejamento para que essas reeleições se concretizassem sem maiores traumas junto à opinião pública.

O respaldo dado pela mais alta Corte selaria todo o enredo de modo suave e sem possibilidades de reclamos, mesmo dentro do parlamento. Desde as tratativas em casas de ministros do STF até de uma série de encontros entre os políticos e o Executivo e esse com o Supremo, existiu uma espécie de triangulação de negociações que visavam um rearranjo no comando do Congresso, atendendo a interesses distantes daqueles apontados pela Carta Maior.

Sob as luzes dos holofotes, toda a discrição e comedimento eram falsamente demonstrados, criando um pseudo clima de que esse não era assunto ligado diretamente aos personagens pretendentes e sim postulações colocadas por algumas lideranças no melhor estilo “se colar, colou”. Não há como negar que, dando a volta por fora do que estabelecia a Constituição, ao recusarem ir pelo caminho da apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição, como seria o correto, preferiram rasga-la sem piedade. Juristas probos, por certo encontraram um conjunto enorme de crimes cometidos por esses protagonistas ao longo de todo esse triste acontecimento.

Para as gerações mais novas, esse é um acontecimento a ser figurado nos anais da história do país como um episódio que depõe contra esses personagens e enxovalha a República. Para os mais idosos, tratou-se de um acontecimento ocorrido em plena pandemia, e que deixa um certo grau de temor sobre o futuro da nação, entregue em mãos, digamos, pouco confiáveis.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Ninguém deseja mais sinceramente a divulgação de informações entre a humanidade do que eu, e ninguém tem maior confiança em seu efeito no sentido de apoiar um governo bom e livre.”

Thomas Jefferson, sobre a Constituição norte americana

Foto: Rembrandt Peale – Thomas Jefferson – Google Art Project.jpg

 

Aconteceu

Projeto Pioneiras promovido pela BPW Brasil apresentou uma live com a pioneira Maria Inês Fontenele Mourão. Ângela Chaves, vice coordenadora da Comissão dos Direitos da Mulher, trouxe, em suas perguntas, um passado dessa cidade nascendo.

 

Campeão

Se existisse uma votação para o melhor servidor público do GDF em atendimento à população, Andjei Remus seria o primeiro lugar. Coordenador do Na Hora da Rodoviária, ajuda a todos, sem distinção, que pedem socorro diante de burocracias. Mantém as regras, mas conforta com a atenção.

Foto: nahora.df.gov

 

Pelas beiradas

Aos poucos, o espaço entre a rodoviária e o Conic vai se transformando na feira que existia antes da criação da Feira dos Importados. A situação é bem difícil com o desemprego e o número de refugiados que chegam na capital.

Ambulantes na Rodoviária do Plano Piloto. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

 

Perigo

Por falar em Rodoviária, essa passarela está com o parapeito bastante comprometido. Veja a foto a seguir.

 

Rogaciano

Mas que pureza de texto, que história cativante, nos 100 anos de Rogaciano, Nonato de Freitas faz uma homenagem, diretamente da cidade do Porto, d’além mar. Veja, no link O ROGACIANO LEITE QUE EU CONHECI, a matéria publicada no Jornal da Besta Fubana.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

É preciso que se saiba que os ocupantes daqueles mercadinhos jogam foram, diariamente, dezenas de caixas de verduras, para que seja mantido o mesmo alto preço. (Publicado em 20/01/1962)

O papel dos tribunais de contas no combate à corrupção

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Charge do Ricardo Welbert

 

Melhorar o desempenho e até rever o papel dos tribunais de contas em nosso país é sempre uma agenda a ser levada em conta. Em 1996, quando ainda era professor de Direito Constitucional, Luís Roberto Barroso, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), disse, em uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que os Tribunais de Contas dos Estados (TCE’s) haviam se transformado em verdadeiros governos paralelos. Com isso, o entrevistado estava confirmando o que muitos brasileiros espalhados pelos mais de cinco mil municípios do país já desconfiavam há anos.

A corrupção, um mal que nos aflige, praticamente, desde sempre, mas que vem se recrudescendo nos últimos anos, por diversos fatores, poderia, num país ideal e distante, ser debelada ainda na nascente, caso houvesse um exame sério e criterioso das operações financeiras e dos registros contábeis nas repartições destinadas a esse fim, que são os tribunais de contas.

Para muitos especialistas no assunto, como é o caso do parnaibano José Daniel de Alencar, autor de uma dezena de livros sobre o tema, uma das causas fundamentais da corrupção endêmica, que há anos assola o país, está justamente na “condenável submissão dos órgãos de controle internos e externos, responsáveis pela fiscalização do emprego de recursos públicos, aos Poderes Legislativos, Executivo e Judiciário” tal como se encontram inseridos em nossa atual Constituição.

Segundo esse especialista que já ocupou importantes cargos de chefia na Coordenação de Auditorias e Controle, inclusive no Distrito Federal, faz-se necessário, entre outras medidas, tornar os fiscais de aplicação de recursos públicos independentes, como acontece atualmente nos Estados Unidos. O remédio para a corrupção, recomenda José Alencar, é a prevenção. O que parece, à primeira vista, uma receita simples é, para quem entende do assunto, a medida básica para conter a sangria de recursos públicos.

São justamente esses relatórios, preparados por técnicos concursados e isentos, que vão sugerir as providências a serem adotadas para a correção das falhas detectadas. Do ponto de vista legal, a importância da fiscalização dos gastos públicos é primária e se assenta no que reza o parágrafo único do Art. 70 da atual Constituição, quando estabelece que “prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelas quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigação de natureza pecuniária.” Ao transformar os tribunais de contas em meros auxiliares das casas legislativas, torna inócua parte importante dessas cortes contábeis.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Pertenço a uma geração que quis mudar o mundo, fui esmagado, derrotado, pulverizado, mas continuo sonhando que vale a pena lutar para que as pessoas possam viver um pouco melhor e com um maior senso de igualdade.”

Pepe Mujica, político do Uruguai

Foto: oglobo.globo.com

 

Denúncia

Leitora faz um alerta sobre a estratégia existente no caso do Plano de Saúde da Sul América: provocar inadimplência com objetivo de cancelar apólices, principalmente de idosos. Na esperteza, não encaminha os boletos para pagamento, daí surge todo tipo de dificuldade para efetivação, quando causam um atraso de 60 dias respaldando o cancelamento planejado.

Imagem: saudesulamericasa.com

 

Dúvida

Se for preciso que os cursos preparatórios sejam à distância durante a pandemia, que sejam. O que não está claro é sobre a gravidade da questão. Basta ver que as crianças voltaram para as escolas e pessoas de todas as idades frequentam as praias. Esse não é um vírus seletivo. Ou é?

Foto: DF Legal/Divulgação

 

Consome dor

Péssima iniciativa do Banco do Brasil em cortar a parceria com as lotéricas. Certamente, a cúpula do banco não imaginava que o serviço fosse tão fácil, prático e econômico para os consumidores.

Charge: tribunadainternet.com.br

 

Cidadania

Muitas ideias interessantes sobre o assunto governo e áreas verdes Lago Sul e Lago Norte. A população está acompanhando o passo a passo, trocando ideias e até pautando a cobrança das obrigações do GDF que não estão sendo cumpridas. Um dos moradores tentou aliviar a tensão com a mensagem: “Vamos nos desesperar com calma!”.

Cartaz: agenciabrasilia.df.gov

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E completam a acusação, com a denúncia de que o contrato exige 70 mudas por metro quadrado, e a média de plantio está sendo de 25. (Publicado em 15/12/1961)

Rumo ao precipício

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Foto: Reprodução (jornalveracruz.com)

 

Com o deferimento do Habeas Corpus, concedido agora pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio, a um dos  chefões do PCC, André do Rap, contrariando as mais simplórias regras do bom senso jurídico, um fenômeno inquietante de nossa formação cultural e histórica, mais uma vez, salta aos olhos, ao reafirmar nossa ojeriza natural não só à desobediência às leis e às ordens institucionais, mas a tudo o que diz respeito às fontes científicas, às artes e mesmo ao que insiste em alertar parte da imprensa livre e séria.

Fica patente, como dizia Nelson Rodrigues, que a “consciência social do brasileiro decorre do medo da polícia”. Quando o atual presidente afirmou que ele era a Constituição, numa variante tupiniquim do “l’etat c’est moi”, de Luís XIV (1638-1715), nada muito diferente do que já tinha feito também o ex-presidente Lula, quando comprou, de baciada, todo o Congresso de seu tempo, mais uma vez, confirmou-se nosso trágico destino histórico de apostar sempre no jeitinho malandro e inzoneiro para burlar regras, mesmo que essas venham a nos prejudicar lá na frente.

Os apelos velados ao fechamento do Congresso e do próprio Supremo, como feito inclusive em reunião de ministros dentro do Palácio do Planalto, em abril último, ainda não mereceram, por parte da sociedade racional, a devida reflexão sobre a gravidade desses desabafos, mas inserem-se dentro do que tem sido erradamente considerado normal dentro da nossa tosca formação. O pior é que os freios e contrapesos que poderiam vir dos outros Poderes da República não são sentidos, quando se observa o cenário atual de penúria ética que recheia todas essas instâncias igualmente.

Dessa forma, não seria surpresa se constatássemos que vivemos um tempo em que o achincalhe dos poderes é amplamente permitido, já que estão todos situados no mesmo patamar raso da ética, onde tudo é possível, inclusive a opção de autofagia. O mais danoso quando se constata a pauperização da ética do Estado, vindo de cima para baixo, catalisa, ainda mais, o sentido dessa mensagem, quando se espraia pela sociedade como um exemplo a ser seguido.

Por onde quer que se observe o Estado, os exemplos de desrespeito aos acordos do bom convívio social são deixados à margem. À falta de autoridade do Estado, seguem-se as desordens sociais, numa constatação de que as engrenagens que nos levam ao caos estão funcionando como nunca.

Há muito, sabe-se que a Justiça é como as serpentes: só mordem aqueles que estão descalços. Em nosso caso, o que a população aprende com esses mestres às avessas é que apenas os crimes de menores potenciais ofensivos não compensam. Todo o restante, incluindo aí corrupção e desvios de milhões ou a chefia de grandes organizações criminosas são vistas, por boa parte de nossos magistrados, como deslizes ou pecados veniais, passíveis de perdão e indulgência. A falta de autoridade aos altos Poderes do Estado, para coibir crimes de toda a ordem, é vista pela planície, onde todos estamos, como um apoio para que prossigamos firmes, mesmo sabendo que estamos indo por caminhos errados, rumo ao precipício.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O olho dourado da justiça vê e retribui o homem injusto.”

Sófocles, dramaturgo grego.

Sófocles. Foto: wikipedia.org

 

Cães&gatos

Até o dia 26 de outubro, donos de cães e gatos podem vacinar seus animais, gratuitamente, nos pontos da Campanha de Vacinação Antirrábica. Uma pena que o governo não acrescente a vacina contra a leishmaniose visceral, transmitida pelo mosquito palha, doença com incidência altíssima na capital.

Ciclo de transmissão da raiva – Arte: Rafael Ottoni/SES-DF

 

BRB

Paulo Henrique Costa, do BRB, vem sendo reconhecido como um gestor de ampla visão para negócios, inclusive para melhorar a imagem do próprio banco não só com publicidade, mas com práticas internas de desburocratização, o que é bom para os clientes.

Paulo Henrique Costa. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

 

Ponto de vista

Leia, no blog do Ari Cunha, o artigo do professor Aylê-Salassié F. Quintão sobre Eleições municipais: águas para lá de pantanosas.

Foto: camara.leg

–> Eleições municipais: águas pra lá de  pantanosas

Aylê-Salassié F. Quintão*

As eleições municipais estão aí prontas para eleger novos prefeitos, vices e vereadores em 5.568 municípios. Tudo indica que não haverá avanços. Frases lapidares  de lideranças políticas consagradas em votos populares – “Eu não pretendo enganar  mais as pessoas” ou “ Consegui desmontar a Lava-Jato”- , dão uma ideia da imaturidade persistente da democracia brasileira – esse orgulho nacional-pequeno-burguês – , do baixo nível de compreensão do eleitorado e dos candidatos sobre a prática na gestão da coisa pública .

Informados precariamente sobre o tema ou ignorantes mesmo,  140 milhões de brasileiros  vão ter a oportunidade, no dia 15 de novembro, de se defrontar, nas urnas,  com  milhares de  enganadores célebres, corruptos liberados pela Justiça  e um grande número de pessoas com dupla personalidade.  Eles estão aí  desfilando diariamente no rádio, na tv, na internet, repetindo promessas delirantes  e  insanas, críticas e ameaças aos concorrentes .

Sem quaisquer constrangimentos, depois das investigações da  Lava-Jato terem revelado grande número de corruptos em seus quadros, o MDB, pediu registros para 44 mil candidatos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PT, nadando no financiamento público eleitoral, e o PSDB, com perfis similares ao do MDB, mas em processo de encolhimento, não ficam para trás. O PSD, surgido na eleição de 2016,  inscreveu 38.975 candidatos; o Partido Progressista (PP), 37.745, ou seja, 30% a mais do que 2016. O  Podemos (Pode), saltou de  10.280, em 2016, para 20.071, aumentou em 104,99% o número de candidatos inscritos. O PSL, Sociais Liberais, inscreveu 21.667, número 105,8% superior ao da eleição de 2016. O DEM (Democratas) , que esteve para ser extinto, saltou de 10.583 inscritos na eleição passada para 32.536. Partidos tradicionais considerados de esquerda, encolheram . A Democracia Cristã lidera com uma redução de candidaturas: de 7.607 para 4.635. Caiu 39,07%.

Em 2020, conforme o Tribunal Eleitoral, houve um aumento de 27% no número de candidatos inscritos em relação às eleições anteriores. Em  2016, só nas 26 capitais estaduais  foram registrados 18.934 candidatos a prefeito e a vereador . A eleição passou a ser, no Brasil , um paradigma para o jogo de interesses e da má fé  . O campo é cada vez mais fértil para as virtuais polarizações. Os confrontos retóricos são vazios e os desmascarados sentem-se à vontade para fazer ameaça aos concorrentes em diversos municípios do interior.

Não emerge ninguém com competência específica preocupado com  a queda constante da produção, com o aumento da inflação, com  o crescente número jovens e pais de família desempregados, nem com o equilíbrio fiscal nos orçamentos públicos, da União, dos Estados e dos Municípios. Para os políticos, o negócio é gastar. Não existem também projeções de futuro: parece não pertencer sequer a Deus.  Em 2021 já se espera um estouro das contas públicas e problemas gravíssimos para os governantes e para a população. A solução de todos os governos é a privatização do patrimônio publico.

O quadro que aí está  encobre uma distinção entre os agentes do mal e da maldade nos 5.568 municípios. Difícil apontar um defensor de uma união cidadã – a identidade de nacional está indo para o brejo –  o Estado como instituição , e o destino das políticas públicas voltadas para o desenvolvimento e a justiça social.

A culpa é, sem dúvida dos dirigentes políticos encravados no Executivo, no Legislativo e no Judiciário . O STF libera criminosos conhecidos e condenados, afrontando a lei da Ficha Limpa. O Congresso aprova leis convenientes para deputados e senadores,  e o Executivo se esconde atrás das crises para ignorar o abandono das políticas públicas. Tudo é cinicamente justificado com sendo o exercício da democracia  que vai abrigando conveniências, interesses  ideológicos e familiares. O cidadão comum não tem como reagir.

As eleições no Brasil  se transformaram em uma disputa  por emprego público e em um espaço de enriquecimento de aparentados.  O candidato honesto, se existir,  torna-se apenas mais um na multidão dos 540 mil inscritos no TSE. Nesse cenário vagueiam celebridades identificadas com as vulgaridades  da vida social. É uma quase perda de tempo  o  Manual do Prefeito para orientar a gestão municipal e os interesses públicos locais, em que milhares sobrevivem dos repasses feitos pela União. Ninguém tem medo do Tribunal de Contas, cujos membros nadam tranquilos nessas águas  pra lá de pantanosas, nem se assusta com a nova presidência do Tribunal Eleitoral.

A que ponto a democracia nos conduziu. Conseguiu desarrumar o País e dividir a Nação em pequenos guetos particulares , sob a proteção dos partidos políticos.  . As eleições deste ano  terão o maior número de concorrentes dos últimos 20 anos. Provavelmente, aproveitando a desculpa da disseminação da pandemia,  vai-se ter também a maior abstenção de todos os tempos. É uma pena porque nem a abstenção, a única arma do eleitor, poupa-o de eleger uma nova safra de maus políticos. Tudo é contado proporcionalmente.

*Jornalista e professor

 

Park “away”

Região nobre da cidade, o Park Way sofre com a sana dos grileiros. Veja, no link Grilagens e invasões pipocam nas áreas verdes do Park Way, matéria do Chico Sant’Anna sobre o assunto.

 

Mais dados

Está dando o que falar. O mistério em torno da contratação do Hospital de Campanha Mané Garrincha despertou a curiosidade de alguns deputados distritais. Leandro Grass quis saber os critérios para selecionar a empresa vencedora, a Contarpp Engenharia.

Foto: correiobraziliense.com

 

Hoje e amanhã

Aprovado, na CLDF, um projeto do deputado distrital Agaciel Maia, que obriga a administração do Aeroporto Internacional de Brasília contratar um funcionário que auxilie idosos a retirar bagagens das esteiras. A deputada Júlia Lucy (Novo) foi contra, porque acredita que basta a boa vontade dos mais novos. Hora de obrigar as escolas de ensino fundamental a visitar asilos. As crianças de hoje podem carregar malas de idosos se forem educadas em casa e ensinadas na escola.

Deputado Agaciel Maia. Foto: cl.df.gov

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Uma resposta aos inimigos de Brasília, que alegam não funcionar a cidade, são os resultados obtidos pelo Tribunal de Recursos durante o ano findo. (Publicado em 18/01/1962)

“Concertación” em torno do fim da Lava Jato, num festim diabólico

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Foto: AFP/Chiba

 

Fosse uma espécie de “concertación”, para se chegar a um acordo suprapartidário e político em benefício do Brasil, tal qual havido em países distintos como Chile em 1988, em El Salvador em 1961 e em outros mundo afora, visando uma guinada de rumo, sem dúvida alguma, a Operação Lava Jato mereceria, por seus efeitos revolucionários e pedagógicos, servir como bandeira de uma causa que é também defendida por grande parcela de nossa nação.

O que parecia ser um vento fresco, em quinhentos anos de história brasileira, vai, aos poucos, sendo corroído pelas beiradas, seguindo o mesmo destino de sua congênere italiana, “Mani Pulite”, que, entre 1992 a 1996, buscou sanear a vida política naquele país, encontrando, como aqui, forte oposição dos políticos, principalmente daqueles implicados em rumorosos episódios de corrupção e outros crimes. Durante esses seis anos em que vem atuando, a Lava Jato tem levantado pilhas de dossiês que desnudam, de forma visceral, o modus operandi praticado, há décadas, por partidos políticos, empresários, juízes e outras lideranças de destaque para, em síntese, conforme vem sendo continuamente demonstrado, saquear o erário público à exaustão.

Assim como o movimento “Diretas Já” de 1983, a Lava Jato, iniciada em 2014, conseguiu a rara proeza de unir brasileiros de muitos credos políticos em prol de um objetivo acalentado por séculos, que era pôr um fim aos privilégios e poderes que detinham a classe política e que lhes franqueava o acesso escancarado aos cofres públicos.

Nesse sentido, a Lava Jato pode ser comparada a uma “concertación” à moda brasileira. Mas, como tudo que é bom e correto parece não ter vida longa nesse país, a Lava Jato, forçada a se postar na alça de mira daqueles que investiga, vai levando chumbo grosso por todos os lados, conseguindo um tipo de unanimidade cúmplice entre os poderosos de todos os partidos e posições, que agem para pôr um ponto final nessas faxinas éticas.

Esse movimento unânime do primeiro escalão político de nosso país, para assassinar a reputação da Lava Jato e dos seus membros, é reforçado ainda pela atuação vergonhosa daqueles que mais se esperavam apoio irrestrito ao trabalho das forças-tarefas. O Ministério Público Federal, seguindo orientações do tipo inconfessáveis, age também na linha de frente para debelar essa Operação, a qual classifica como “lavajatismo” ou o que quer que isso signifique no jargão dessa gente.

Mas é no Supremo, de onde a população já aprendeu nada esperar de positivo para o país, que estão, incompreensivelmente, colocadas as baterias pesadas que agem para dizimar a Lava Jato. É essa “concertación” de réus, e de outros ao seu serviço, que está unindo agora as forças da contrarreforma para o restabelecimento do antigo status quo, numa unanimidade poucas vezes vistas entre esse pessoal.

Os brasileiros de bem, a essa altura, já perceberam esse movimento oficial pela restauração da impunidade geral e secular, mesmo daqueles que, em frente às câmeras, ou sob o olhar afiado da opinião pública, juram defendê-la. Nesse movimento em prol da corrupção e a favor da volta ao passado, agrupam-se, ainda, os mais refinados e caros escritórios de advocacia do país, todos unidos e de olho nos honorários gordos, venham de onde vierem.

As quase oitenta operações já realizadas até agora pela Lava Jato e que preenchem centenas de milhares de páginas com relatos de crimes de todo o tipo, praticados pela elite política de nosso país, formam apenas uma pequena parte de nossa história de perfídias e ainda há muito o que ser trazido à luz. Talvez, mais do que já sabemos ou supomos saber.

Segundo um desses personagens de ponta nessa história e que teve atuação exemplar nesses episódios, o desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4, “se a esquerda e a direita estão reclamando, significa que a operação Lava-Jato está no caminho certo e não tem ideologia, é isenta e imparcial e não cometeu excessos e sempre esteve dentro da legalidade.”

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Sem virtudes cívicas não pode haver governo democrático.”

Montesquieu, político, filósofo e escritor francês.

Reprodução da Internet

 

Feirão

Liberado o feirão de automóveis em áreas públicas do DF. De um lado, a Câmara Legislativa do DF aprova o decreto legislativo do deputado Daniel Donizet; de outro, o GDF proibia o evento. Segundo o deputado, sustar o efeito do decreto do governo basta para ter segurança jurídica.

Foto: Carlos Gandra/CLDF

 

Suspeitas

Nada de “chinefobia”. Mas gente com sotaque está comprando bastante terras no DF. Diz sempre que dinheiro não é problema.

Ilustração: Fábio Abreu (gazetadopovo.com)

 

Micro: contribuições da antropologia

Obra organizada pela professora Soraya Fleischer, do Departamento de Antropologia da UnB, e pela jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Flávia Lima, trata de uma pesquisa etnográfica sobre o impacto da epidemia do vírus zika no Brasil, entre 2016 e 2019. O dia a dia das mães que foram afetadas com o estranho vírus encrustado, em grande parte, na pobreza.

Microcefalia é um dos efeitos possíveis da síndrome congênita do Zika vírus.              Foto: Agência Câmara de Notícias

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A UPI distribuiu, ontem, um telegrama segundo o qual a Pan-American está seriamente incriminada num processo na Corte Americana por “monopolizar ilegalmente o tráfego aéreo entre os Estado Unidos e a América do Sul”. (Publicado em 17/01/1962)