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Avanço do desmatamento irá diminuir os lucros do agronegócio
ARI CUNHA – In memoriam
Visto, lido e ouvido
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Climatologistas, ambientalistas e outros importantes nomes da Ciência do Meio Ambiente têm demonstrado sérias preocupações com a possibilidade de, no caso de vitória do candidato Jair Bolsonaro, o Brasil retroceder no combate ao desmatamento, com o afrouxamento total na legislação que ainda garante certa proteção aos sítios e áreas de preservação natural.
Para esses especialistas, caso se confirmem as declarações feitas durante a campanha pelo candidato favorito nas pesquisas, o Brasil estará não só rumando numa direção contrária ao restante do mundo desenvolvido, como poderá sofrer graves consequências que acabarão por afetar de modo drástico a própria economia baseada no agronegócio em larga escala.
Para esses ambientalistas, alguns de renome internacional, como é o caso do climatologista Carlos Nobre, membro das academias de Ciências do Brasil e dos Estados Unidos, ex-diretor do Capes e do Inpe, a possibilidade de o Brasil vir a deixar o Acordo de Paris, acarretará danos inclusive para a economia agrária nacional, já que a forte pressão mundial, existente hoje, tem feito com que muitos países passassem a orientar seus investimentos baseados no uso responsável do solo e na produção de energia renovável, o que tem obrigado muitos governos e empresas a boicotar produtos originários de áreas de desmatamento. A economia global, afirma Nobre, caminha para a produção responsável de alimentos.
A frase que foi pronunciada:
“O mundo sempre foi fake. Interpretável e editável.”
Werivelton da Rocha
Atenção escolas!
Dad Squarisi receberá alunos interessados em aprender a fazer uma redação nos moldes do ENEN. Um bate-papo que vai ajudar bastante. No auditório do Correio Braziliense, a partir das 9h da manhã, dessa quinta-feira, dia 25. Entrada franca.
Leitora
Recebemos uma denúncia em relação à área em frente ao Edifício dos Correios, no Bloco A, SBN 1, 70002-900. Um particular tomou a área, ergueu uma grande lona branca, ocupou 7 vagas de estacionamento prioritário, e está vendendo roupas. Este empreendimento interditou a passagem de carros de uma das pistas nesta área de estacionamento, uma das mais tumultuados da cidade. E logo na frente de um prédio com uma das mais belas fachadas da cidade.
Gás
Está dando o que falar o projeto de construção do gasoduto Urucu-Coari-Manaus. É como um pegue e pague. Em 2012 a Aneel não quis sub-rogar a conta CCC ao que não for efetivamente consumido. A dívida em gás natural já ultrapassou os R$ 5 bilhões e essas dívidas regulatórias geraram um passivo com a Petrobras de R$20 bilhões. Quem chamou a atenção para o assunto foi o senador Eduardo Braga. Anos atrás apareceu uma planilha com a suspeita de que verba desse gasoduto tivesse sido desviada para partidos e para funcionários da Petrobras.
Petros
Cobranças adicionais ao fundo Petros estão deixando os associados impacientes. O assunto vai gerar uma audiência público.
Postalis
Por falar em Petros, Câmaras Municipais de 25 cidades enviaram ao Senado solicitação de apoio para novas legislações que minimizem os impactos sofridos por futuros e atuais aposentados desse fundo de pensão.
Agro
Projeto louvável do deputado Patrus Ananias que dará ao agricultor familiar a oportunidade de pleitear um selo para o rótulo dos produtos. Além disso, acesso menos burocratizado para crédito rural. Outra iniciativa será a parceria com o governo para estoques e merenda escolar.
Audiência pública
Parlamentares e população estão discutindo em audiência pública, na Câmara dos Deputados, a extensão da licença-maternidade para sete meses com estabilidade no emprego por esse período. O texto que originou a proposta (PL 6285/16) é do deputado Augusto de Carvalho e o novo projeto sugerido pela deputada Laura Carneiro.
CLDF
Com a relatoria da deputada Sandra Faraj, o projeto assinado pelo deputado Agaciel Maia dispõe sobre a proibição da pesca de cima de pontes, sobre lagos e represas no âmbito do Distrito Federal. É uma novidade polêmica.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Ainda no Rio, o ministro presidente do Supremo pronunciou seu voto contra a mudança do seu Tribunal para Brasília. Foi vencido, mas foi, por força de sua função, quem executou a mudança para a Nova Capital. (Publicado em 02.11.1961)
ARI CUNHA – In memoriam
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Seguidos casos de corrupção, veiculados a cada hora pela imprensa nacional e mesmo estrangeira, reforçam no cidadão a sensação de que a população está abandonada à própria sorte, tendo que se virar como pode quando necessita de segurança, saúde e educação. Fosse o voto um instituto facultativo, possivelmente teríamos eleições com menor taxa de comparecimento de eleitores de todo o planeta. Ocupar o Palácio do Planalto numa situação de baixa popularidade e confiança da população irá exigir esforços ainda maiores e mais intensos do que governos passados.
Reaver a credibilidade perdida junto à população irá requerer ainda tempo longo, com mudanças de práticas desleais há muito enraizadas no país, acabar com privilégios de toda a ordem e, principalmente, fazer valer, na prática, os princípios da transparência total no trato da coisa pública.
Adotadas essas medidas preliminares, a grande tarefa a seguir será controlar os gastos públicos, sobretudo aquele grande porcentual que se esvai pelo ralo da corrupção e da incompetência na gestão.
Para tanto, o novo governante terá que enfrentar o lobby poderoso dos políticos e das corporações nos três Poderes da União. Diante de um desafio dessa magnitude, os Doze Trabalhos de Hércules parecerão coisa de menino. A questão é saber se o novo governo terá força para tamanho desafio e principalmente se ele terá a disposição cívica para uma obra ciclópica dessa natureza.
A frase que foi pronunciada:
“O povo perdoa aqueles que o oprimem mas nunca perdoa aqueles que o ludibriam.”
Conde Montalembert, escritor, político e polemista francês da corrente neocatólica.
Engatinhando
Falta mais experiência com a vaquinha eletrônica de doações eletrônicas para campanhas políticas. Mais da metade dos financiadores de campanha adotaram essa possibilidade. Em relação às pessoas físicas, as doações chegaram apenas a 3% das doações.
Absurdo
Fato escandaloso nessa eleição, ainda sem jurisprudência, que indique uma punição rigorosa é o número de candidaturas laranjas. Dentro da “inclusiva cota feminina”, 21 candidatas não receberam nem o próprio voto nas urnas.
Prevenção
Só há a possibilidade de uma pessoa votar por outra se houver a cumplicidade de membros da mesa. O eleitor apresenta documento com foto para contrapor à biometria. Se o documento e a assinatura não conferirem, não é possível aceitar. Por isso é importante que todos os eleitores façam questão de assinar o caderno de votação.
Mais essa
Um caso desses aconteceu com um candidato ao Senado em Maceió. A briga foi divulgada por Elias Barros, que denunciou não poder votar porque alguém já havia feito.
Evolução
Preparada uma reviravolta no mundo empresarial, principalmente para as micro e pequenas empresas. Aprovada pelo Senado, a duplicata eletrônica promete dar mais segurança aos bancos, garantindo o uso de apenas um título para garantir apenas um financiamento.
Enquadramento
Depois de várias visitas de inúmeros políticos, gestores e imprensa às cadeias do país, e finalizada a discussão em audiências públicas e CPIs, estados receberão verbas para a construção de novas penitenciárias, inclusive com centro integrado de inteligência.
Transição
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, tem uma certeza: fará a passagem do governo sem maiores problemas. Se vai continuar no cargo ou não, nem a Bloomberg ou Ibovespa podem usar ilações para interferir no mercado.
Participação
Mais uma semana e o país conhecerá o novo presidente da República. Que outras eleições sirvam de exemplo. A atenção deve ser redobrada porque o clima do “Já ganhou” costuma puxar o tapete de candidatos. Principalmente, a população deve participar do pleito até que as portas das escolas sejam fechadas.
Ag. Brasil
Termina na segunda-feira, no Cine Brasília, a Mostra do Cinema Japonês. Para o ministro da embaixada do Japão no Brasil, Kazuhiro Fujimura, a mostra é uma forma de atrair o público brasiliense para conhecer de perto a cultura japonesa por meio do cinema. “Espero que muitas pessoas conheçam a cultura japonesa e seja ainda mais aprofundado o intercâmbio entre Japão e Brasil”, disse.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Aos ministros que são contra Brasília, aos deputados que não querem trabalhar aqui, mas receberam o dinheiro para a mudança, embora ainda residam no Rio, há um exemplo a seguir: o do ministro Barros Barreto. (Publicado em 02.11.1961)
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Qualquer que seja o eleito que venha a ocupar o comando do Poder Executivo, em janeiro de 2019, terá que lidar com um país onde as instituições do Estado, em razão do repetido comportamento inadequado de muitas lideranças políticas, não gozam de boa reputação aos olhos dos cidadãos. Ao longo dos anos, a grande maioria dos brasileiros moldou para si a imagem de que o Estado nada mais é do que uma gigantesca máquina burocrática que sobrevive às custas de um pesado confisco de tributos e taxas de todo o tipo, extraídos à fórceps dos contribuintes.
Pior, a impressão dos cidadãos hoje é que o Estado e suas potencialidades estão postos à serviço justamente daqueles que controlam diretamente o governo e das grandes corporações que financiam boa parte dos operadores políticos junto ao governo. Na prática, os cidadãos observam que essas relações distorcidas e injustas estão na origem das desigualdades sociais e econômicas que tornam o Brasil o campeão mundial nesse quesito.
Ao juntar numa só entidade Estado e governo, a população, em geral, passa a perceber, no seu dia a dia de agruras, que ambos têm sua existência e permanência ao longo do tempo, garantidas graças ao esforço e sacrifício imposto à grande parcela da nação, principalmente as camadas de baixa renda. Não é por outra razão que governo e a máquina pública do Estado, de forma geral, são as instituições com os maiores graus de descrédito junto aos brasileiros.
A frase que foi pronunciada:
“Repito o que não estamos no fim do mundo. Estamos, sim, vivendo uma inesperada e imensa renovação. Dizem que é conservadora. Se Marx, vivo estivesse e brasileiro fosse, diria que o certo seria chamá-la de revolucionária.”
Roberto Damatta
Mutreta
É bom dar uma olhada no ticket dos estacionamentos pagos. Às vezes, 4 minutos a menos no relógio da empresa faz com que você pague uma hora a mais se seguir o seu tempo.
Cotidiano
Complementando as notas da coluna sobre o assunto, há material consistente escrito por Carolina Orbage de Brito Taquary: A episiotomia e a mutilação genital feminina no Brasil sob o enfoque penal. O trabalho deveria ser consultado pelo Ministério da Saúde para adotar políticas públicas sobre a prática.
Imperdível 1
Terça-feira, dia 23, às 20h, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, em seu trabalho de intercâmbio, terá, em parte do programa, a condução do maestro Eldom Soares. O repertório é uma obra recente, a Missa das Crianças, do maestro inglês John Rutter. Com o solo de Renata Dourado e Gustavo Rocha, o coro será composto pelo Coral Ad Infinitum, Cantus Firmus Infanto-Juvenil e Louvor Teen. Na Igreja Adventista de Brasília, 611 Sul. Entrada franca.
Imperdível 2
Já o Concerto Duplo para Marimbas, Tímpanos e Orquestra será conduzido pelo maestro Claudio Cohen tendo como solistas o compositor da obra Ney Rosauro e Lucas Donato. Também terça-feira, dia 23, às 20h, na Igreja Adventista de Brasília, 611 Sul. Entrada franqueada ao público. Veja o cartaz no blog do Ari Cunha e compartilhe!
Solidariedade
A P13 Produções, que realiza no dia 26 desse mês a festa Uma Noite Carioca, no Minas Hall, lançou uma campanha pela vida. Uma ação social que dará 200 ingressos: 100 destinados para quem se inscrever no cadastrado nacional de doadores de medula, e 100 para quem doar sangue. Pode ser feito em qualquer Hemocentro, basta o interessado encontrar a unidade mais perto. Em seguida, é só seguir as instruções que está no Instagram @p13producoes.
Sabin
O Sabin esclarece que qualquer campanha em relação ao Outubro Rosa promovida pelo laboratório só deve ser considerada pelo público se estiver nos canais sociais da empresa.
Uniceub
Assim como o Google nasceu em uma garagem, iniciativas despretensiosas como a apresentação de casos de sucesso no empreendedorismo podem ser inspiração promissora. Acontece no Uniceub o 26º Workshop do Empreendedor (WSE), de 22 a 26/10, das 8h às 11h20, no Campus Norte e de Taguatinga II. Detalhes da programação no blog do Ari Cunha.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Desta forma, somente na próxima semana estará em Brasília o novo prefeito, para assumir o cargo. (Publicado em 02.11.1961)
ARI CUNHA – In memoriam
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Como uma proteção aos conterrâneos em tempos de guerra e tragédias nasciam as primeiras Santas Casas de Misericórdia pelo mundo. A primeira, foi criada em 1498, em Lisboa por iniciativa da esposa de João II, rainha Leonor de Lencastre que batizou a instituição de “Confraria de Nossa Senhora de Misericórdia”. No Brasil, antes da Constituição Imperial de 25 de março de 1824 já havia Santa Casa fundada em Santos, Salvador, Rio de Janeiro, Vitória e São Paulo, entre outros estados. Com o correr do tempo, e a necessidade da população, surgiram com similar objetivo as Beneficências Portuguesas, Hospitais Filantrópicos das comunidades Judaica, Japonesa, Sírio-Libanesa, ou mesmo ligadas a movimentos da igreja Católica, Protestante, Evangélica, Espírita. Hoje são cerca de 2.100 instituições.
Com a chegada do Instituto Nacional de Previdência Social, as entidades filantrópicas passaram a fazer parte das políticas públicas. Iniciado o processo de crise intensa do financiamento da previdência social, os áureos tempos das Santas Casas, que viviam de doações, foram dando lugar a uma sucessão de crises. Com a Constituição de 88 os encargos e patrimônios do INAMPS foram herdados pelos SUS.
Hoje as santas casas e outros hospitais filantrópicos devem por volta de R$21 bilhões. O grande problema é a falta de reconhecimento do crasso erro de remuneração dos serviços prestados aos SUS. O pronto atendimento ao candidato esfaqueado em uma Santa Casa de alto nível como a de Juiz de Fora chamou a atenção para as dificuldades enfrentadas. Com excelentes profissionais, várias delas tem sites com cartinhas de pacientes agradecendo o atendimento e a dedicação das equipes, o que prova a capacidade e qualificação dos funcionários que trabalham sem o reconhecimento de quem dá o suporte financeiro. São mais de 50% de toda a assistência prestada pelo SUS. Mas por falta de condições de trabalho em 2015, menos 11 mil leitos e 40 mil postos de trabalhos fechados.
Medida Provisória( 848/18) está em andamento para que linhas de crédito sejam criadas para socorrer as santas casas. Se votada, haverá a destinação de de 5% do programa anual de aplicações do FGTS para a criação de uma linha de crédito com o objetivo de socorrer aos hospitais filantrópicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde.
O diretor-geral da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), José Luiz Spilogon explica que o recurso servirá, sim, para garantir a manutenção de empregos ligados a esse serviço. “Os hospitais beneficiados pela MP têm 940 mil postos de trabalho ou pessoas empregadas em regime CLT e 184 mil médicos que trabalham como autônomos, todos pagam FGTS”, comenta. As informações foram pesquisadas na Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hosp. e Entidades Filantrópicas sediada no Setor Comercial Sul, em Brasília.
A frase que não foi pronunciada:
“Nada está tão ruim que não possa ser piorado um pouco mais.”
Dona Dita, assistindo o debate pela TV
Curso
Até o dia 31 desse mês, será possível fazer inscrição no curso à distância sobre o tema: “A dívida dos estados e a necessidade de auditoria.” Por 3 meses, com o início das aulas no primeiro dia de novembro. Mais informações no site da auditoriacidada.org.
Mais
Dois assuntos interessantes 1. Oportunidade Esaf: mestrado na Coréia do Sul. 2. I Seminário Nacional de Sustentabilidade do Legislativo – 2018. Veja os links no blog do Ari Cunha.
Link 2.: I Seminário Nacional de Sustentabilidade do Legislativo – 2018
Black Week
Pela primeira vez, a Tupperware Brands participa da Black Week, uma das melhores datas para o varejo. São mais de 50 itens com descontos de até 51%. Também no blog do Ari Cunha, as dicas para comprar mais barato.
Link de acesso ao site: https://www.tupperware.com.br/index
Educação
Glicínia Mendes, educadora e regente do Coral do Senado, leva o projeto do canto nas escolas para aproximar a meninada da arte e do civismo. No dia em que os vencedores dos Jogos Internos CEF 405 Sul receberam a premiação, o coro se apresentou. No repertório, músicas estrangeiras e brasileiras arrancaram aplausos efusivos. Escola organizada, com disciplina, alunos interessados, participativos e respeitosos. O Coordenador Pedagógico Aldcésar Nascimento e toda a equipe fazem um excelente trabalho.
Novidade
O grupo FQM traz para Brasília, no próximo dia 21 de outubro, a Corrida M5K – Mulheres em Movimento – McDonald’s 2018. O ponto de partida será no Parque da Cidade, às 7h. O evento, além de Brasília, será realizado, simultaneamente, em Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E mais: somente ontem foi o mesmo ato referendado pelo ministro do Exterior, e mandado publicar. Assim, o sr. Sette Câmara permanecerá em Otawa até a publicação do ato, depois do que apresentará despedidas ao Corpo Diplomático no Canadá, e às autoridades. (Publicado em 02.11.1961)
Remuneração dos professores como base de teto salarial: a nação sob o manto da igualdade
ARI CUNHA – In memoriam
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Para acabar com a vergonhosa posição que o Brasil ostenta, perante mais de uma centena de nações, de ser o campeão mundial da desigualdade, vários caminhos são possíveis. Até agora foram tentados apenas os mais fáceis e que trazem respostas mais imediatas e que mais se adaptam às necessidades eleitoreiras de políticos de várias matrizes ideológicas. O problema com caminhos fáceis é que eles só conduzem até um certo trecho da jornada, ficando o restante da estrada bloqueada pela falta de planejamento e empenho a longo prazo.
Todas as nações que compreenderam que a educação é o melhor caminho para minorar as desigualdades sociais e de renda descobriram, logo cedo, que essa é uma estratégia que, para obter êxito, precisa ser implementada por um longo período, sem nenhum risco de descontinuidade ou mudança de rotas, seja quem for o governante de plantão. Não é por outra razão que programas como o Bolsa Família e outros do gênero, mesmo considerando a urgência e necessidade num país carente como o nosso, empurram o problema da má distribuição de renda e da desigualdade rumo ao beco sem saída das soluções paliativas e inconclusivas.
O prolongamento ad aeternum de programas com essa abrangência e que envolvem recursos a fundo perdido, resolve questões básicas do dia a dia, mas deixa em aberto que a solução de tão enorme questão ainda está longe de ser resolvida. Obviamente que nessa altura dos acontecimentos, com milhões de brasileiros desempregados e com os indicadores crescentes de miséria, não se pode cogitar, simplesmente, no encerramento dessa ajuda assistencial.
Questões que envolvem educação se tornaram hoje prioridade máxima para a maioria dos países do globo e por uma questão básica: o referencial de riqueza de uma nação é dado pela qualidade da educação de sua população na geração de conhecimento e de tecnologia. Países ricos são aqueles que produzem ciência e soluções técnicas para o mundo moderno. Mais do que petróleo, ouro ou grãos, é na educação de qualidade que estão os caminhos que afastam uma nação da miséria e do subdesenvolvimento.
Nesse caso, para aqueles candidatos que cogitam e anunciam reformas na Constituição, uma boa medida, como primeiro passo nessa longa jornada, seria a mudança do Artigo 37 da Constituição, principalmente no inciso XI que diz: “a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito”.
Nesse ponto bastaria estabelecer, como limite máximo remuneratório dos servidores públicos, equidade com o salário de professor universitário, final de carreira, dedicação exclusiva. O mesmo valendo para pesquisadores e cientistas de alto nível. Com isso, a carreira do magistério e das ciências voltaria a ter o antigo prestígio perdido, atraindo, para essa profissão fundamental, os jovens talentosos do país. Quando for estabelecido que a profissão do magistério será o topo da carreira pública a que qualquer brasileiro ou naturalizado possa alcançar, estaremos aplainando os caminhos rumo ao desenvolvimento e ao fim das desigualdades históricas.
A frase que foi pronunciada:
“Existe fake news mais prejudicial do que levantamentos eleitorais realizados por conhecidos Institutos de Pesquisa horas antes das eleições?”
Jornalista Cláudio Humberto
Estelionato
Enfim o poder público tomou uma atitude em relação à ação criminosa dos quiosques que oferecem brindes em aeroportos. Depois de 250 denúncias, o Ministério Público e o Procon proibiram quiosques que vendam produtos da editora Escala. Outros estelionatários pregam o mesmo golpe em universidades, abertamente, com autorização do administrativo das instituições. Esse é o próximo passo.
RDD
Que venham os presos. Inaugurada a penitenciária de Brasília com 12,3 mil m² de área construída.
Bravíssimo
Que ideia genial contar a História de Brasília por meio da dança. Amanhã, dia 19, “Candangus- Dança e Concreto” vai falar da construção da capital pelo Hip Hop. O grupo é a Street Jam Cia de Dança. Dias 19, 20 e 21 de Outubro às 19h, na Funarte (Teatro Plínio Marcos). Entrada: 1kg de alimento.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
As viagens do presidente da República e do primeiro-ministro provocaram o desencontro das autoridades, e, por isto, somente anteontem foi assinado o ato de remoção do sr. Sette Câmara. (Publicado em 02.11.1961)
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Desarmar os espíritos é um bom começo, mas não resolve quando o assunto são interesses humanos em jogo. Nesse sentido, é tão importante desarmar a agressividade dos homens como desarmar e desaparelhar as instituições do Estado, livrando-as da ascendência maléfica de ideologias, sobretudo aquelas que dominaram o país por longos treze anos. Exemplos vindos de toda a parte e em todo o tempo ensinam que os países, ao longo de suas histórias, experimentaram movimentos pendulares na política, ora oscilando numa direção, ora em outra, mas sempre mantendo e obedecendo a direção imposta pela sociedade.
No Brasil, essa dinâmica não é diferente e segue exatamente os anseios expressos pela maioria dos cidadãos. Analisando o tema do ponto de vista dessas alternâncias entre sístoles e diástoles ou entre o inspirar e expirar, é fato que em decorrência de marcos puramente históricos, advindos de nossa formação sui generis, é possível detectar na sociedade brasileira, em todos os patamares da pirâmide social, a presença de um forte elemento conservador. É preciso, no entanto, esclarecer que o termo conservador aqui não significa, como muitos teóricos da esquerda gostam de pregar, algo atrasado ou parado no tempo.
O termo se liga muito mais a preservação daquilo que os brasileiros emprestam um valor simbólico, fundamental até para a existência de cada um, como é o caso da família, da preservação da vida, da religião e de outros elementos que sempre estiveram presentes na vida do cidadão comum, seja ele rico ou pobre, branco ou não. O que está acontecendo agora, com a provável eleição de Jair Bolsonaro, começou a ser preparado quatro anos atrás, com a eleição para o Congresso da maior bancada conservadora em meio século. Levantamentos feitos pelo Ibope há dois anos passados mostravam que 54% dos brasileiros de todas as classes expressavam posições conservadoras em relação a temas como aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, maioridade penal, pena de morte e outros temas relevantes.
Obviamente que alterações de curso, dentro do tecido social, como é o caso do aumento extraordinário dos índices de violência, fizeram a população mudar radicalmente de posição, considerando, pela primeira vez, tanto a pena de morte como a prisão perpétua para crimes hediondos, como única saída possível para consertar o país. A possível eleição de Bolsonaro vem justamente nessa onda de conservadorismo, adormecida desde 1964.
Para os analistas, a grande questão será como os conservadores, que puseram agora a cara na janela, irão tratar da questão da desigualdade social histórica, de forma a fazer valer esses valores, principalmente quanto a agenda liberal de diminuição do Estado e o fim de privilégios há muito enraizados em nossa nação.
O saudoso Betinho costumava dizer que democracia não combina com fome e desigualdades. Nesse caso, se os conservadores conseguirem, de fato, reduzir esses abismos existentes no país entre pobres e ricos, conseguirão se manter no poder. Caso contrário, o pêndulo irá seguir seu caminho, oscilando para o outro lado.
A frase que foi pronunciada:
“O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter.”
(Cláudio Abramo)
Cesáreas
Parto cesariana sem necessidade, indução a evitar a amamentação, mutilação e outros problemas enfrentados pelas mulheres enquanto são vulneráveis. Depois de várias discussões sobre o assunto, em todas as instancias dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o máximo feito até agora sobre o assunto é a intenção de ajudar municípios do país a executar metas fixadas pelo Ministério da Saúde.
Conveniência
Esse problema está diretamente relacionado à decisão médica. Dados do Ministério da Saúde apontam que 40% dos partos feitos na rede pública são cesarianas, enquanto nos hospitais particulares este número sobe para 80%. É muito mais conveniente para o médico agendar o parto do que ser surpreendido com chamados fora de hora. Mas é ético?
E mais
Médicos particulares cobram por volta de R$ 5.000,00 para acompanhar o parto normal com a assistência de doula.
Em tempo
Debatidas no 32º Congresso Mundial da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), as altas taxas de cesáreas. Em entrevista à Agência Brasil, o diretor da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Corintio Mariani Neto, apontou a necessidade de adotar equipes multiprofissionais que atendam pacientes para o parto normal. Essa equipe teria a enfermeira obstétrica e a obstetriz. Só em casos de intercorrência o médico seria chamado.
Científico
Um estudo apresentado pelos profissionais da Argentina e Suíça. Luz Gibbons, José M. Belizán, Jeremy A Lauer, Ana P. Betrán, Mario Merialdi e Fernando Althabe mostram os números globais e custos adicionais necessários para cesarianas desnecessárias. Não poderia ser diferente. O Brasil ocupa o 1º lugar no ranking. Leia os detalhes da pesquisa no blog do Ari Cunha.
Link de acesso à pesquisa: The Global Numbers and Costs of Additionally Needed and Unnecessary Caesarean Sections Performed per Year: Overuse as a Barrier to Universal Coverage
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A razão da ausência do sr. Sette Câmara em Brasília não se deve a negligência do novo prefeito, mas ao governo. (Publicado em 02.11.1961)
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Sobre os trinta anos, comemorados agora, pela nossa 7ª Constituição, muita coisa ainda pode ser dita contra e a favor, mas seguramente o que todos concordam é que esse documento foi, entre todos os anteriores, aquele que mais foi submetido a provas e testes de grande impacto, provando não só a robustez jurídica de seu texto, em erguer o Estado de Direito, mas o claro delineamento entre os Poderes da República e o papel fundamental das Forças Armadas em tempos de crises severas. De lá para cá, foram inúmeras as vezes que o país se viu à beira do precipício.
Do lado do Poder Executivo, o falecimento do primeiro presidente eleito após o regime de exceção reascendeu suspeitas de que sua morte não fora apenas uma fatalidade médica, mas um atentado, visando um retrocesso político. Seu vice assume em meio à uma grande recessão econômica, a mesma que tirou as bases do regime militar, sendo que, durante todo esse período de agitação e de caças aos bois no campo, não se cogitou, em tempo algum, alterações de rumo da Carta Magna.
Em meio a um governo sem rumos e com poucos planos para o país, estoura, no início dos anos noventa, o escândalo dos Anões do Orçamento no Congresso Nacional. Esse foi, sem dúvida, um momento de grande perplexidade para o país e a primeira grande decepção com os representantes eleitos pelo povo. Com a instalação de uma barulhenta Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), descobriu-se que mais de R$ 100 milhões dos cofres públicos haviam sidos roubados por meio de esquemas de propinas no orçamento da União.
A mesma Constituição que havia conferido mais poderes à Comissão de Orçamento previu também a cassação política dos principais envolvidos. Anos passados, assume a presidência da República um vice que passa a dar apoio às ideias de uma reforma geral na economia, introduzindo o Plano Real.
Com Fernando Henrique, o governo vive seu primeiro período de estabilidade econômica e social, depois da redemocratização. Com a chegada ao poder de seu sucessor, o país entra num novo ciclo onde, não poucas vezes, um partido e uma ideologia tentam se sobrepor aos Poderes constituídos. É justamente nesse período, que irá se prolongar por longos treze anos, que o país assistiu as mais tenebrosas tentativas de sabotagem da democracia.
Em 2005, estoura o escândalo do Mensalão, com a descoberta de compra de parlamentares pelo chefe do Executivo. Nesse período, discutem-se, à boca miúda, alterações no texto constitucional de forma a garantir maiores poderes ao Executivo. A todas essas tentativas, a Constituição sobreviveu incólume. Com a chegada da primeira mulher ao posto de presidente do Brasil, novos e preocupantes episódios iriam, mais uma vez, por em teste a Constituição. Tentativas de reformas no texto se seguiram, sem sucesso. O país começa a despencar ladeira abaixo na economia. Desmandos e tentativas de implantar um regime novo de orientação marxista se seguem sem sucesso. Em seu segundo mandato, as descobertas sobre um gigantesco esquema de corrupção bilionária vêm à tona. Segue-se o impeachment de mais um ocupante da presidência da República. Novamente um vice assume o poder.
Novas denúncias de corrupção atingem esse novo governo. Prisões são feitas, inclusive de um ex-presidente da República e grande parte de seu grupo político. O país mergulha na maior depressão econômica de toda a sua história. Em todos esses momentos de crise, a Constituição Cidadã pairou tranquila sobre a agitação do mundo político, do caos social, da crise econômica, demonstrando o poder e abrangência magistral de suas leis.
Agora, e com razões de sobra, quando o país se acha dividido claramente entre dois grupos, novamente se ouvem vozes clamando por uma nova Constituição. Não passarão!
Frase que foi pronunciada:
“A democracia vai nos tirar dessa chuva ácida, vai nos salvar. Sou um otimista e não estou delirando.”
Ministro Ayres Britto em entrevista à TV Brasil
Falhas
Estamos longe da cultura da prevenção. A Rodoviária e o parque Nicolândia são os exemplos mais recentes. Falta proatividade.
Profecia
A ideia de chamar o piscinão do Lago Norte de A Praia Norte arrepia os moradores da região. Pagam o IPTU mais caro do DF e estão perto de perder o sono com festas noturnas em vários decibéis.
Enfim
Foram os estudantes que se mobilizaram para colocar câmeras na biblioteca da UnB. O furto de material e computadores era frequente.
Leitura
Por falar em UnB, é no subsolo da biblioteca, sala148, que acontecem as Rodas de Leitura. No dia 25 desse mês, a obra comentada será Frankenstein, ou o Prometeu moderno, de Mary Shelley. De 12h às 13h.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
As pessoas residentes nas Casas do Lago estão reclamando do Chefe de Polícia contra a falta de policiamento. Outrora, a Polícia Montada fazia ronda em toda a zona residencial, mas agora, com a falta da polícia, os assaltos têm se sucedido todos os dias. (Publicado em 31.10.1961)
ARI CUNHA – In memoriam
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil;
colunadoaricunha@gmail.com;
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Com o esgotamento dos recursos naturais, a poluição está entre a consequência mais perigosa para toda a humanidade nesse século e poderá levar a grandes ondas de migrações por toda a parte do mundo, aumentando e generalizando conflitos de toda a ordem.
De acordo com a ONU, o mundo necessitará produzir 50% a mais de alimentos para sustentar a população mundial até 2050, o que produzirá um impacto de tamanha proporção no meio ambiente que o planeta passará a não ser mais um espaço seguro para a humanidade. Atingimos um ponto tal, que os cientistas já pensam inclusive em abandonar os modos polidos e as estatísticas matemáticas, alardeando, em letras grandes: “Ajam agora, idiotas”.
Daqui para frente, as fontes renováveis terão que suprir 85% da demanda mundial de eletricidade, inclusive na produção de biocombustíveis. Não é possível mais esconder o problema dessa dimensão da população. Imagens comparativas feitas por satélites entre 1979 e 2018 mostram uma imensa redução do gelo no mar Ártico.
Uma outra representação mostra, de forma esclarecedora, a variação de temperaturas da superfície global, indicando que a temperatura no planeta aumentou muito desde 1884. 17 dos 18 anos mais quentes da história foram registrados nesse século. 2016 foi, até agora, o ano mais quente de toda a série medida. Para o futuro, as previsões são ainda piores. Incêndios e inundações passarão a fazer parte do cotidiano da humanidade. Até mesmo nas altas latitudes as temperaturas batem recordes.
Para o Brasil, os especialistas apontam que é chegada a hora de promover a redução de danos, melhorando a eficiência da produção agropecuária, incentivando políticas públicas que mudem os hábitos de consumo da população. E é num contexto complicado e sensível como esse, em que os destinos da humanidade estão em jogo, que os brasileiros precisam agir sem delongas.
Caso se confirmem as tendências que indicam vitória em segundo turno de Jair Bolsonaro, essa situação tende a ficar ainda mais complicada. No mês passado, o candidato do PSL à Presidência afirmou que, em caso de vitória de seu nome nas urnas, o Brasil poderá se retirar do Acordo de Paris de combate às mudanças climáticas.
Na avaliação de Bolsonaro, o pacto global do clima, acordado por vários países, é desfavorável ao Brasil porque obrigará o país a pagar um alto preço para atender as medidas propostas pelos cientistas do clima, que poderão afetar, inclusive, nossa soberania nacional. “Eu saio do Acordo de Paris se isso continuar sendo objeto. Se nossa parte for para entregar 136 milhões de hectares da Amazônia, estou fora sim”, afirmou o candidato.
Aprovado por 195 países em 2015, o Acordo de Paris, prevendo a redução na emissão de gases do efeito estufa é o maior e mais abrangente tratado na área de proteção do planeta. Abandonar esse Tratado, como fizeram os Estados Unidos, sob Donald Trump, significaria além de um desprezo com toda a humanidade, uma aposta no escuro sobre o futuro dos próprios brasileiros.
A frase que foi pronunciada:
“O crime organizado nos EUA gera mais de quarenta bilhões de dólares num ano e gasta pouquíssimo com despesas administrativas.”
Woody Allen
De pequeno
Servidores e colaboradores do Senado levarão a criançada para conhecer o viveiro da Casa. No dia 19, mês das crianças e dos servidores. Das 9h ao meio dia, todos vão participar de atividades, desde a Oficina de Educação Ambiental até explorações entre o verde.
Surpresa
Na base aérea da FAB é possível fazer a inscrição para pegar carona no avião. A ida pode dar certo. A volta seria responsabilidade do interessado.
Link para mais informações: Como viajar de graça nos aviões da FAB
Dispensável
Há políticos e artistas mal assessorados. É o caso de Roger Waters, do grupo Pink Floyd. Descortês e inconveniente ao se meter na política do país que visita. Além de desagradável, a intromissão do cantor pode causar violência que seria perfeitamente evitável se fizesse apenas o de que deveria fazer: cantar.
Novidade
Recém-publicado, um manual da Procuradoria Geral da República defende a manifestação de pensamento, o combate a propaganda irregular, monitorar e perseguir ilícitos que comprometam a integridade do processo eleitoral. A defesa dos meios que garantam a celeridade do pleito e o imediato processo a quem cometer condutas criminosas.
No lápis
Levantamento sobre o fundo partidário é conclusivo. Menos da metade recebeu verba do fundo. Por incrível que possa parecer, centenas que receberam R$ 1 milhão não foram eleitos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
É uma interpretação real e corajosa do deputado democrata cristão, que tem chocado os círculos católicos que não admitem as alterações sociais que se desenvolvem, presentemente, em todo o mundo. (Publicado em 31.10.1961)
ARI CUNHA – In memoriam
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Com relação ao combate às mudanças climáticas globais, existe pelo menos um consenso pacificado entre todos cientistas e especialistas que estudam o observam esse assunto: a união de esforços de todos os países do planeta é fundamental para, ao menos, minorar as múltiplas consequências nefastas que se preveem toda a humanidade até o final desse século.
O importante agora, afirmam os cientistas, é conseguir esse apoio em âmbito global o mais rápido possível, de forma que essas medidas cheguem antes que seja tarde demais. É certo que nesse esforço, envolvendo todos os países, o Brasil terá um papel e uma tarefa importantíssima e não pode, por circunstâncias internas momentâneas, virar as costas para o mundo num momento tão grave e decisivo para todos indistintamente.
Em relatório elaborado agora, a Organização das Nações Unidas (ONU) alerta todos os países para unir esforços, a fim de limitar o aquecimento do planeta em 1,5 grau Celsius, de modo a evitar o que chama de catástrofe climática sem precedentes.
A bem da verdade, mesmo sem esses alertas científicos, já é possível constatar em várias partes do planeta que as mudanças climáticas já estão efetivamente entre nós. De acordo com o último Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), realizado na Coreia do Sul, ainda há tempo de minimizar as rápidas mudanças do clima, mas, para tanto, será preciso a adoção de medidas e transformações radicais no modo como os seres humanos têm vivido até hoje.
No documento de 400 páginas, cientistas pedem que a humanidade comece a empreender modificações nas fontes energéticas que têm sido usadas até hoje, alterando, inclusive, o modo e a própria maneira como temos produzido nossos alimentos.
Entendem os especialistas que o limite de temperatura do planeta já foi atingido, e qualquer aumento acima de 1,5 grau Celsius provocará sérias consequências nos ecossistemas e na biodiversidade do planeta, acarretando graves problemas para todos os seres humanos. Atingimos o ponto limite, dizem. Para tanto é preciso reduzir, agora, os níveis de emissão de dióxido de carbono em cerca de 45% até 2030, ou seja, já na próxima década.
Até 2050, as emissões de CO² terão de ser zeradas, o que acarretará em mudanças significativas e sem precedentes em nosso atual estilo de vida. Para o Brasil estão reservadas tarefas que certamente irão trazer profundas modificações principalmente no setor do agronegócio.
Para um país que conseguiu atingir um nível de excelência mundial nas áreas de produção de grãos e de criação de animais para abate, a missão que terá pela frente, para ajudar a humanidade a enfrentar o maior desafio de todos os tempos à sua existência, é colossal.
A agricultura e a pecuária feitas em larga escala afetam profundamente o meio ambiente de diversas formas. A criação de gado para a produção de carne é hoje responsável por 14,5% do total mundial de gases do efeito estufa, além de destruir matas nativas e utilizar uma quantidade imensa de água. Para cada 500 gramas de carne produzidas, são necessários 7 mil litros de água. “O mundo poderia alimentar sua crescente população, sem causar danos irreparáveis ao meio ambiente, se as pessoas consumissem menos carne, cortassem pela metade o desperdício de comida e adotassem melhores práticas agrícolas, afirmam os cientistas do IPCC.
A frase que foi pronunciada:
“A amizade duplica as alegrias e divide as angústias ao meio.”
Francis Bacon
Pronta
Joenia Wapichana promete longas batalhas como deputada federal. Advogada, a indígena foi eleita por Roraima. A principal meta dela é impedir a venda de terras dos índios.
Prévia
PSDB já deu uma ideia do que acontecerá durante a tentativa de aprovação da Reforma da Previdência. Se tirar o direito de quem estiver para se aposentar perderá apoio.
Proposta
Senadora Ana Amélia deve deixar o Senado com uma missão cumprida. Menos burocracia para o registro de insumos e medicamentos inovadores importados.
Release
O Departamento de Estradas de Rodagem informa que, neste domingo, serão bloqueadas quatro faixas de rolamento sobre a Ponte do Bragueto sentido Lago Norte, das 7h às 17h, para a instalação de estruturas metálicas. Durante a interdição, será executado um pequeno desvio para possibilitar o acesso à pista contrária, que irá funcionar, com mão e contramão (sentido duplo), até o final da ponte do Bragueto.
História de Brasília
Para um encontro com quinze bispos, viajou ontem a Goiânia o deputado Paulo de Tarso, cujas conferências em todo o país vêm chamando a atenção sobre a interpretação à encíclica “Mater et Magistra”. (Publicado em 31.10.1961)
ARI CUNHA – In memoriam
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Um dos maiores problemas dos partidos políticos no Brasil é que a grande maioria deles possui um ou mais donos ou proprietários, que fazem o que bem desejam sem que os filiados possam se rebelar ou protestar, nem mesmo quem mais teria a obrigação legal de intervir nesse disparate, que é a justiça eleitoral.
Transformados em propriedades particulares, as legendas políticas, desde a redemocratização, se transformaram em clubes exclusivos que captam milhões em recursos públicos, que são usados de forma a garantir a sobrevivência dessas siglas e por tabela de seus maiores beneficiários.
Não é por outra razão que as megamanifestações de rua, ocorridas em todo o país, exibiram cartazes onde se liam “eles não nos representam”. O controle, com mão de ferro dessas legendas por espertalhões de todas as matizes ideológicas, está na base do enorme descrédito que experimentam hoje junto à sociedade. Esse fenômeno foi confirmado agora também com os resultados das urnas de 7 de outubro. Com a concentração de poder e o controle pessoal dos partidos pela cúpula, essas siglas perderam muito de seu apelo democrático, afastaram parcela significativa da base e se distanciaram, anos luz, dos eleitores. Curiosamente, tomaram distancia de candidatos que reclamaram a distribuição desequilibrada de verbas de campanha. Principalmente as mulheres concorrentes.
Mais indecoroso do que essa realidade é o fato de a Justiça Eleitoral, uma dispensável singularidade nacional, como a jabuticaba, em momento algum tem trabalhado para acabar com essa excrescência que distorce a função básica dos partidos, com reflexos negativos para a própria democracia.
Com base nessa excentricidade, qualquer ação partidária acaba se tornando inócua, mesmo a prestação de contas, distorcidas pelas possibilidades infinitas de apresentação de notas frias e outras malandragens. Uma simples fiscalização na variação de riqueza e bens desses felizes proprietários de muitos partidos, serviria para constatar essa situação surreal. A bem da verdade, tudo no Brasil tende a degeneração e ao abastardamento. ONGs são desvirtuadas de suas funções. Sindicatos são transformados em braços alongados de partidos políticos e passam a beneficiar também uma nomenclatura de parasitas.
Até mesmo a proliferação de igrejas, mostra o quão desnaturadas se encontram as instituições no Brasil. O resultado disso é que a população, mais e mais, vai se afastando dessas organizações, transformadas em caixa forte de sabichões de todo o tipo.
Um caso típico desse abastardamento dos partidos, pela imposição irracional de seus mandachuvas, é visto agora com o Partido dos Trabalhadores. Como pode um dos mais bem organizados partidos do país, com uma militância aguerrida e supostamente esclarecida, ser literalmente enterrada na vala dos indigentes, por vontade única de seu líder?
Preso como delinquente comum, Lula arrastou a antiga e gloriosa legenda da estrela vermelha para detrás das grades. Ao juntar no mesmo baú de quinquilharias seu destino pessoal e a do seu partido, Lula, outrora a grande liderança nacional, respeitada até no exterior, condenou a legenda, que controla como coisa sua, à pena de reclusão e o que é pior, reacendeu, na maioria dos brasileiros, o sentimento antipetista, capaz de fazer de qualquer opositor um oponente confiável e viável. O vermelho foi substituído pelo verde e amarelo apenas por questão de Marketing. Não seria exagero afirmar que Lula e a elite que controla hoje o PT contribuíram, ao seu modo, para corromper o sentido da própria democracia, devastada pela onipotência subjetiva e maléfica de uma única pessoa.
Pudessem recorrer a razão, o dístico certo a ser estampado nas camisetas seria: o PT livre de Lula. De certa forma, e até de modo meta ficcional, coube a um dos seus principais fundadores o papel, também, de coveiro dessa legenda.
A frase que foi pronunciada:
“Tentar matar um candidato à presidência da República é um crime comum? As eleições continuariam se o candidato esfaqueado tivesse vindo a óbito? A Justiça impediu a entrevista com o esfaqueador? Tudo vai ficar por isso mesmo?”
Perguntas de estrangeira querendo entender o Brasil
Visita
Luis Carlos Heinze (PP), candidato que surpreendeu os Institutos de Pesquisa, está aguardando a visita do amigo Bolsonaro. Tudo depende dos médicos.
Informação
Foram muitos os erros de reconhecimento das digitais dos eleitores a saber. A empresa de Campinas Griaule Biometrics é a contratada pelo TSE para a captura das digitais e o Bozorth é o software de código aberto para a verificação nas urnas.
Foi assim
Visita de Haddad no hotel Meliá em Brasília despertou os curiosos. Certo é que, com receio de violência, quando o PT passa, ninguém com pensamento contrário se manifesta.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Encerrou-se a exposição que a Aeronáutica fez no Aeroporto Santos Dumont, no Rio. Foi um trabalho de relações públicas excelente, quando oficiais e soldados mostraram ao povo o funcionamento dos diversos setores da Aviação Militar Brasileira. (Publicado em 31.10.1961)