Representação popular cabe apenas a indivíduos probos

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Divulgação – 03.fev.2021 / MPDFT

 

Dentre os valores morais pertencentes à espécie humana e que, de modo algum, podem ser objeto de negociação ou outro tipo de vilipendio está a honestidade. Se é fundamental a todo e qualquer homem para que, ao menos, haja a possibilidade de distinção correta entre os seres racionais e irracionais, muito mais devem ser exibidos pelos homens públicos. A eles, inclusive, deve merecer, diretamente, a frase atribuída a Júlio César (sec. I a.C): “Não bastam ser honestos, devem parecer honestos e não estarem sob suspeita alguma.”.

A mácula da desonestidade, per si, já deveria ser impedimento primordial e natural para aqueles que se colocam ao serviço do bem-estar e da representação pública. Não há outra possibilidade. Quando esse e outros mandamentos da boa conduta ética não são tomados na sua totalidade, o que resta é o que temos tido ao longo de toda a nossa história e que, por conseguinte, nos colocam na rabeira do mundo civilizado em todos os tópicos e rankings internacionais de comparação, da transparência na gestão pública, à educação e tantos outros aspectos de nossa vida.

O próprio conceito de cidadania, em toda a sua abrangência, requer, preliminarmente à anteposição da virtude honestidade, como pressuposto à vida em sociedade. Obviamente que não cabe nesse espaço fazer digressões sobre moralidade e outros atributos do gênero, apontando o dedo acusatório para esse ou aquele homem público, mas tão somente chamar a atenção dos leitores para a necessidade urgente de nos libertarmos desse ciclo histórico que nos remete ao atraso e ao subdesenvolvimento.

Um dos pilares a sustentar a permanência do nosso atraso econômico, social e político é representado pela corrupção endêmica, em todas as suas nuances e com todos os seus efeitos maléficos conhecidos. Fica claro também que esses vícios se perpetuam pela nossa inanição em combatê-los em sua origem, ou seja, nas eleições. Fica patente também que não são propriamente as instituições que necessitam ser aperfeiçoadas, mas sim os homens que as comandam. Mudam-se os personagens e todo o resto virá por inércia, até mesmo o tão almejado e tão retardado desenvolvimento.

Essas considerações preliminares vêm a propósito não só das eleições para o comando das duas Casas no Congresso, onde diversas irregularidades, para dizer o mínimo, ocorreram e foram largamente noticiadas pela imprensa de todo o país. Encaixam também com relação aos episódios recentes e, mais uma vez, protagonizados pela Polícia Federal e GAECO, de combate ao Crime Organizado, contra os notórios políticos Eduardo Cunha e o ex-vice-governador e suplente de deputado federal, Tadeu Filippelli, do Distrito Federal, o mesmo que já responde pelos escândalos de superfaturamento nas obras do elefante branco, Estádio Mané Garrincha. Denominado agora de “Operação Antonov”, a Justiça ordenou busca nas residências de ambos, para esclarecimento de crimes ocorridos entre 2012 e 2014, quando esses parlamentares do MDB teriam recebido grossa propina por conta da alteração na Lei nº 1.254/13, visando a redução de 25% para 12% nas alíquotas do ICMS do querosene de aviação, encomenda que teria sido feita pelos proprietários das empresas GOL e LATAM.

Trata-se aqui de apenas uma entre milhares de outras denúncias de corrupção que todos os dias vêm parar na imprensa e que demonstram, de forma clara, os motivos que nos mantêm acorrentados, há séculos, a um subdesenvolvimento crônico sem propósito e que, muito facilmente, poderia ser evitado, bastando impedir o acesso desses falsos homens públicos a toda e qualquer função de representação, mesmo entre aqueles já cumprindo penas em regime fechado.

 

A frase que foi pronunciada:

A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios.”

Montesquieu, político, filósofo e escritor francês.

Reprodução da Internet

 

Proação

Enquanto o posto de Saúde do Itapuã estava vazio, dona Nair esperou por 4 horas dentro do carro para ser vacinada no Drive-thru do Pontão. GDF está precisando de mais profissionais em planejamento. Falou-se em pandemia, a vacinação já teria que estar prevista.

Foto: Ed Alves/CB/DA Press

 

Consome dor

Uma lei de 1966, a 5.172 ,traz em seu artigo 130 que, pelos débitos em projeções de empresas de construção, os adquirentes respondem solidariamente. Isso quer dizer que você compra uma unidade ainda em obras, a empresa contrai dívidas com o governo, é feita a escritura com as observações de que quem for dono do imóvel paga as dívidas da empresa. Resultado: seu imóvel não é aceito por nenhum comprador quando lê esse absurdo. Pode ser pior? Sim. Segundo a Via Engenharia, o débito foi quitado com o GDF por precatórios, mas o GDF não deu baixa, por isso as anotações sobre o imóvel continuam assustando os compradores.

Foto: correiobraziliense.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Há funcionários reclamando as condições dos apartamentos da Asa Norte. Cada dia que chove é uma ameaça, uma intranquilidade, e quando há trovão, então, o medo aumenta. (Publicado em 25/01/1962)

Política dos venais

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Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

 

Quem ainda tinha alguma dúvida de que o atual governo, pelo que prometeu durante as eleições, adotaria práticas políticas totalmente opostas ao que vinha sendo praticadas até então, e inauguraria um novo modelo de ética pública nas relações com os outros Poderes, com as eleições, terminadas agora para o comando das duas casas legislativas, ficou com a certeza de que nada definitivamente mudou.

Pior, essas práticas nefastas para o Estado, e que podem ser resumidas na palavra cooptação, foram intensificadas em alto grau e abertamente, diante de todos. O que nunca foi motivo de dúvida é a capacidade dos nossos políticos venais se renderem a essas práticas. De fato, a “vendinha” do Palácio do Planalto, mais uma vez, escancarou suas portas, atraindo o que de pior e de mais barato estava à venda no parlamento. Com isso, logrou colocar, em posições chaves, mais dos simples aliados, pessoas dispostas a convalidar as disposições e disparates de interesse do Executivo e, sobretudo, aquelas que diretamente dizem respeito ao atual presidente e seu clã.    

Tomando o calendário político ao pé da letra, é possível afirmar que o atual governo tem início precisamente nessa data. O que virá a seguir não deixa margem para dúvidas, será a repetição do mesmo já visto nessas últimas décadas, ou seja, o atropelamento de todas as pautas de interesse da população.  Com as eleições gerais previstas para o próximo ano, começa agora, de fato, a temporada de campanha para esticar, por mais quatro anos, o mandato do atual chefe do Executivo. E é aí que a movimentação, nesse que é um bazar aberto de compra e venda de votos e consciências, fervilhará, obedecendo as leis gerais de mercado e de oscilações entre oferta e procura.

Há apostas sobre os preços que irão disparar, com cada projeto aprovado a preço de ouro. São anunciadas pela imprensa como as commodities políticas com suas oscilações cotadas com moeda forte. Projetos como a prisão em segunda instância, fim do foro de prerrogativas, entre outras propostas de cunho moralizadoras, permanecerão no fundo da gaveta acumulando poeira.

Reformas fiscais e outras de grande interesse para a economia do país também quedarão inertes. Para aqueles cidadãos mais otimistas e que nunca perdem a esperança em dias melhores, a movimentação havida nessas recentes eleições no Legislativo, a formação de blocos distintos em apoio a candidatos contra e à favor do Palácio, deixou passar uma pequena fresta de luz, que demonstra a possibilidade de numa futura reforma política, isso é, quando os representantes da população se derem ao decoro de fundirem-se todas essas miríades de legendas políticas, em apenas dois blocos e, portanto, dois partidos com assento no legislativo.

Ao menos, tornaria mais barata, para os pagadores de impostos, a manutenção de tantas legendas, povoadas por tantos indivíduos que não aproveitam a oportunidade para deslanchar o Brasil.

 

A frase que foi pronunciada:

A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.”

Honoré de Balzac

Honoré de Balzac. Foto: reprodução

 

Vacinação

Reclamações por todos os lados, em meio ao turbilhão de notícias sobre o dia de vacinação em Brasília, recebemos um telefonema de Inas Valadares para informar que o posto de Saúde da 612 Sul estava com pequena fila, organizada e com os funcionários preparados e atenciosos.

Governo delega

Morador que abriga a orla do lago na área verde conta que é responsável por catar lixo pelo menos duas vezes por semana. Objetos deixados pelos frequentadores vão desde latas de cerveja, restos de alimentos, até fraldas descartáveis. Isso além de ser surpreendido com cenas eróticas de vez em quando.

Foto: reprodução

 

Dever de casa

Aos que chegaram em Brasília, dos anos 80 em diante, o nosso respeito. Mas não tentem impor ideias que não são as dos pioneiros. Candango é sim, quem nasceu em Brasília, nos primeiros anos da cidade. E não é vergonha alguma levar a mesma alcunha dos trabalhadores que construíram essa cidade. Corrijam e instruam os novatos.

Praça dos Três Poderes, Brasília – DF

 

Paparazzi

Com a eterna preocupação com a cabeleira, Capillus Spa dos Fios tem sido o ponto de encontro de muita gente importante na cidade. Os tratamentos têm sido um sucesso e a propaganda de ouvido em ouvido deu certo.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

É particularmente, uma injustiça, porque foi Zanini a primeira pessoa a criar arranjos com plantas do Planalto, a primeira pessoa a produzir flores em Brasília, partindo da Floricultura Brasília o primeiro toque humano da cidade antes, mesmo, da transferência. (Publicado em 25/01/1962)

O vírus da ideologia

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Palácio do Itamaraty. Foto: gov.br

 

Tão ou mais prejudicial para saúde e o futuro dos cidadãos está o vírus da ideologia. Ao infestar a máquina do Estado e suas instituições, com seu bafo fétido, irradia seus efeitos maléficos para os outros Poderes da República, fazendo, do país, um refém de orientações abstratas que, ao fim e ao cabo, compromete, seriamente, o futuro de todos.

O mais danoso é que toda essa contaminação é feita em benefício apenas de interesses pessoais e momentâneos de um pequeno grupo, que se coloca acima de todos e de tudo para a consecução de seus desígnios inconfessáveis. É isso que é, e não outra coisa. E é isso que tem atravancado o deslanche do Brasil rumo a uma modernidade que a todos pertence por um direito inalienável e que, jamais, poderia ser corrompido ou atalhado. Ou é isso, ou é o que temos tido ao longo dessas últimas duas décadas e que não basta.

Depois do lulopetismo, ou seja lá que outro nome pode ser pespegado àquela trupe de malfeitores camuflados de políticos, nem bem a nação tenha restabelecido algum sentido de lucidez, adentrou de súbito por um outro labirinto oposto, mas que também imbica rumo ao terreno árido e baldio, onde nada floresce, apenas o pó.

É nessa gangorra, que não sai do lugar, que vamos desperdiçando o tempo de décadas. Dos muitos exemplos que poderíamos trazer para ilustrar essa praga de gafanhotos que nos consome, ficamos com um apenas, mas que traduz, como nenhum outro, a imagem que o mundo possui de nosso país. E é nesse cenário que surge a figura do ministério das Relações Exteriores, também conhecido como Itamaraty ou Casa do Barão do Rio Branco. Outrora orgulhoso de seu desempenho positivo frente às questões que levaram a definição derradeira das fronteiras do Brasil entre outras ações que granjearam o respeito internacional, fazendo de nossa diplomacia um exemplo para o mundo civilizado, o que parece restar hoje do Itamaraty, como instituição, por certo, enrubesce os velhos e calejados embaixadores que, nesse caso, preferem ficar distante desse esfarinhamento.

Mesmo no período militar, pós 64, quando a ideologia castrense orientava um afastamento respeitoso da União Soviética e seus satélites, e uma aproximação cautelosa do Grande Irmão do Norte, havia ainda uma certa personalidade orgânica nessa instituição que ajudava o país a manter um rumo, sem maiores incidentes de percurso. A partir de 2003, já no século XXI, com a chegada dos primeiros construtores do labirinto sinistro, toma assento no leme do MRE, Celso Amorim, que chamava o então presidente Lula, um notório desorientado, principalmente dos caminhos da ética pública, de “nosso guia”. Deu no que deu.

Com ele à frente da instituição e sob a doutrina de uma cartilha que mandou imprimir e distribuir para todo o pessoal da Casa, o Brasil adentrava para o clube faminto do terceiro mundismo, abrindo embaixadas e outras representações no fim do mundo, estreitando relações com países ditatoriais de esquerda, para onde foram carreadas somas bilionárias do dinheiro público, via BNDES inclusive, para a Ilha dos Castros, uma espécie de paraíso lúdico do Caribe para patifes de toda a parte.

Com Amorim, o Itamaraty conheceu o inferno do Gulag, com perseguições e outras ações contra o pessoal discordante. Pouco refeito do sendero petista, que se viu obrigado a trilhar, e após um governo Dilma de igual esfacelamento do MRE, nem bem conheceu um estágio de restabelecimento do juízo e da plenitude da sanidade mental, eis que o Itamaraty envereda agora pelo labirinto oposto da destra mão, deixando-se navegar pelas águas também turvas de uma direita pouco esclarecida e que anseia estreitar relações com países que torcem o nariz para esses salamaleques oportunistas.

Com Ernesto Araújo, um jovem diplomata feito chanceler que, em tese, teria a oportunidade de colocar o Itamaraty nos antigos eixos de respeitabilidade, caso ouvisse os mais velhos e experientes da Casa, o Itamaraty muda o curso para estibordo, desfazendo com o pé direito o que o ex-ministro Celso Amorim fez com o pé esquerdo. Deu no que deu também. Este comportamento ciclo tímico da instituição, afetada sempre pelos ventos malcheirosos da ideologia, conduziram nossas relações com o exterior ao que é hoje: um arremedo do passado sem maior importância, como uma lama penada, a quem foi retirada a alma e a vida. É uma pena e um grande prejuízo para o país.

 

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A isso me proponho aqui. Fazer do Itamaraty um instrumento de amor pelo nosso país e pelo nosso povo”

Ernesto Araújo, no discurso de posse.

 

Caixa de Marimbondos

Chegou a hora de dar uma sacodida nessas Confederações, Federações de Esportes. Há reclamações por todos os lados de presidentes e diretores que não passam o bastão nem com reza braba. Ministério do Esporte, da Cidadania, instâncias que vão e voltam, TCU, sabem que a situação está bem desfavorável aos atletas.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Em Punta del Este, todas as bandeiras dos países participantes da Conferência foram hasteadas normalmente. A de Cuba enroscou-se no mastro e subiu à força. (Publicado em 25/01/1962)

Filhos dos degredados

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Charge

 

Neste país surreal, é possível reconhecer que, a cada governo entrante, corresponde uma ou mais crises específicas que, em última análise, acabam por definir e dar forma e caráter a ele. É assim que seguimos nossa jornada desde 1500. Talvez, exista aí, nessas atribuladas governanças do homem branco, algum oremú ou urucubaca lançada pelos primeiros habitantes dessa terra, traídos e ameaçados, contra os invasores europeus. Somente pelo viés das superstições é que se pode encontrar uma explicação inteligível para o fato dessa sequência ininterrupta de governos e suas respectivas crises, sejam elas institucionais, políticas, econômicas, sociais ou de saúde, públicas ou pessoais.

Há aqueles cidadãos que acreditam também numa revanche espiritual, vinda do além, da família imperial, usurpada do poder por um golpe de Estado dado por meia dúzia de oficiais traidores que, na calada das 3 horas da madrugada, do dia 15 de novembro de 1889, prenderam toda a família no Paço, mandando-os ao velho continente. Primeiro a bordo do cruzador “Parnaíba” até a Ilha Grande, onde todos embarcaram, durante uma tempestade no paquete avariado “Alagoas”, rumo ao exílio forçado na Europa.

Com o advento da República, o que menos podemos afirmar é que o Brasil encontraria, finalmente, um período de estabilidade política. De lá para cá, o que se viu foi uma sucessão de trapalhadas e uma sequência insana de pequenos golpes intramuros que, ao fim ao cabo, definiram o que somos hoje. A substituição brusca de um imperador culto e apaziguador, por militares semialfabetizados e com ímpetos absolutistas de um monarca, deu no que deu. Com uma movimentação institucional dessa natureza, nada podia dar certo. Sem mencionar, aqui, o período após 1964 que, verdadeiramente, ajudaria o Brasil a se afastar da área de influência ideológica da União Soviética, que depois tomaria outros rumos e descaminhos, e que acabaria alijando toda uma geração de brasileiros ilustres e providenciais, com expurgos e outras medidas desproporcionais; o que se viu, após o retorno da democracia em 1984, fala por si.

Crises seguidas, projetos e programas políticos desastrados e uma espécie de institucionalização da corrupção em toda a máquina do Estado. A falta de cultura e de escolarização do povo e das autoridades, aliada à existência de um sem número de estatais, e outras sinecuras sem razão de ser, além de outros fatores, como a cegueira providencial da justiça em relação aos poderosos, conduziu-nos ao ponto nebuloso em que nos encontramos hoje.

Passados tantos séculos de estripulias e desavenças, o que vemos, a partir de nossa janela, confirma que nada aprendemos ao longo desse tempo todo. Mergulhados no que talvez seja nossa maior crise, pelo menos na área sanitária ou de saúde pública. Está na hora de acender uma vela para D. Pedro II, pedindo misericórdia, e outra para os indígenas, ainda perseguidos, pedindo arrego.

 

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A morte revela da vida uma faceta que ela esconde e que a morte traz à tona e permite celebrar. É como se a morte possuísse o segredo da vida, como se este segredo contivesse a verdade explosiva.”

Augusto Contador Borges, no artigo Georges Bataille: Imagens do êxtase.

Augusto Contador Borges. Foto: página oficial de Contado Borges no Facebook

 

Educadores

Importante suporte para os profissionais da Educação participarem da quinta edição da Semana Pedagógica. Capacitação gratuita prepara educadores para os novos desafios do retorno às aulas. Veja os detalhes desse encontro, a seguir. O que é e como se inscrever. Começa no dia 30 de janeiro e vai até 7 de fevereiro.

–> Capacitação gratuita prepara educadores para os novos desafios do retorno às aulas

Evento promovido pela Rede Pedagógica, maior rede de educadores da América Latina, fornecerá certificado de 120 horas de atividades; inscrições seguem abertas

O papel da escola como ambiente para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais em crianças e adolescentes e a preparação dos professores e demais profissionais de educação para o retorno às aulas no contexto da pandemia pela Covid-19. Esse é o mote da V Semana Rede Pedagógica, promovida pela Rede Pedagógica – maior rede de educadores da América Latina.

Com o tema “Educação e Emoção”, a programação será realizada de 30 de janeiro a 7 de fevereiro. A capacitação, totalmente gratuita e online, é voltada para professores, coordenadores, orientadores, diretores e outros profissionais da educação que desejam aprender mais, para ensinar ainda melhor. Mais de 300 mil educadores participaram virtualmente das últimas edições do evento.

Nesta edição, a programação da V Semana Rede Pedagógica aborda, entre outros pontos, competências cognitivas e emocionais, literatura, música, brincadeiras, contação de histórias, alfabetização, neurociência e psicologia das emoções.

Diversos especialistas em educação renomados participam do evento, entre eles, Leo Fraiman, mestre em Psicologia Educacional e do Desenvolvimento Humano pela USP; Celso Antunes, especialista em Inteligência e Cognição, mestre em Ciências Humanas pela USP e autor de mais de 180 livros didáticos; Lino de Macedo, mestre, doutor e livre docente em Psicologia pela USP; José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte em Portugal; e Ilan Brenman, escritor de literatura infantil e Doutor em Educação.

De acordo com a diretora pedagógica da Rede, Erika Radespiel, o tema está alinhado aos problemas vivenciados pelos professores nessa pandemia, quando ficaram sem apoio emocional e sem estrutura adequados à nova realidade, e foi pensado, ainda, em razão das competências socioemocionais presentes nas diretrizes propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as quais devem ser desenvolvidas entre os estudantes.

“Precisamos falar sobre como será o retorno às aulas. O principal não é o conteúdo, que se recupera. A questão é: como os estudantes estarão emocionalmente ao retornarem para a escola? As instituições de ensino estão preparadas para oferecer esse apoio, tão necessário à saúde e ao bem-estar de sua comunidade? A pandemia evidenciou o quanto é importante se trabalhar as competências socioemocionais já enumeradas na nova BNCC, e é isso que discutiremos na quinta edição do evento”, pontua Erika.

A formação inclui lives interativas no Instagram @redepedagogica, videoaulas e material didático para download na plataforma de cursos online da Rede Pedagógica, a RPEAD, e conta com a participação de especialistas, mestres e doutores em Educação. Os participantes do evento receberão um certificado com registro de 120 horas de atividades.

Para participar desta quinta edição, basta entrar no site https://www.rpead.com.br/courses/v-semana-rede-pedagogica e realizar cadastro do nome completo, endereço eletrônico (e-mail) e senha para acesso aos conteúdos. As inscrições são gratuitas. Nesse endereço, os interessados também podem conferir a programação atualizada do evento.

Serviço:

V Semana Rede Pedagógica
Quando: 30 de janeiro a 7 de fevereiro de 2021
Onde: Instagram @redepedagogica
Programação e inscrições clicando aqui
E-mail: rede@redepedagogica.com.br

 

Empresários

Abertas inscrições de cursos que vão potencializar empresas do DF. São 500 vagas gratuitas. Serão 30 cursos com 200 aulas ministradas por 16 consultores do Sebrae. O anúncio foi feito pela Agência Brasília. As inscrições podem ser feitas pelo link Capacita DF.

Banner: capacitadf.empreender.df.gov

 

Bem comum

Pessoal do Oca do Sol recebeu o troféu Experiências Acessíveis, uma  premiação da Secretaria de Turismo do GDF. O Projeto Ecotrilhas foi classificado em segundo lugar, dentre as iniciativas de destaque no turismo em 2020. O prêmio foi dedicado às Pessoas com Deficiência e à comunidade da Serrinha. Laureados também Caminhos do Planalto Central e Grupo de Caminhadas de Brasília.

Foto: arquivo pessoal publicado no WhatsApp

 

Foto: arquivo pessoal publicado no WhatsApp

 

Agenda positiva

Com antecipação, o GDF limpou inúmeras galerias de águas pluviais, lixo espalhado por pessoas sem consciência coletiva, buracos em diversas localidades. Há que se elogiar quando merecido. As árvores que caíram com a última chuva foram todas recolhidas em pouco tempo.

Foto: CBMDF/Divulgação

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os ministros estão impossibilitados de determinar a abertura de inquérito contra funcionários que recebem “dobradinha”, moram no Rio e tem apartamentos em Brasília, porque os principais implicados são, precisamente, os mais altos funcionários desses Ministérios. (Publicado em 25/01/1962)

Nem esquerda, nem direita. Vamos seguir em frente.

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Charge do Vers1

 

Um dos problemas de viver entre extremos é que a monotonia e os erros absurdos são comuns nessas duas pontas, se não idênticos como irmãos gêmeos. Empurrados de uma extrema esquerda para uma direita extremada, num curto espaço de tempo, os brasileiros experimentam na pele, há quase duas décadas, o calor intenso do inferno ideológico exalado dos dois lados dessa beira do abismo.

Sobre a linha dessa extensa e vaga fronteira, os defeitos e malfeitos, que assustaram a nação a partir de 2003, prolongam-se ainda agora, fundindo-se como lava vulcânica que tudo destrói em seu caminho. A questão central é saber por quanto tempo os cidadãos ainda terão que penar, até aprenderem que ideologias, venham de onde vierem, não possuem o condão de fazer a máquina do Estado girar em favor da nação.

Enquanto a qualificação do voto, por meio de um processo de plena valorização da educação pública, capaz de formar eleitores cônscios de sua importância para a materialização da democracia, não vier, prosseguiremos trôpegos entre uma ponta e outra e entre lado algum, que nos conduza algo parecido com modernidade.

Apenas à guisa de exemplo dessa dissintonia entre o que poderíamos ter, de fato, em mãos, e o que temos que suportar, por nada ter de significativo e produtivo, está o caso das eleições para a Câmara dos Deputados. Essa que vem a ser a mais importante Casa de representação popular do país e que, em tese, poderia conduzir o Brasil para fora do beco histórico da inanição e dos escândalos cíclicos, corre, mais uma vez, o risco anunciado de vir a cair em mãos pouco recomendadas, tanto pela ausência de ética quanto pelo currículo que apresenta, manchado por novos e antigos escândalos.

E pensar que toda essa condução e apoio, nefasto para a nação, dá-se apenas para que outros escândalos não venham à tona, tanto de seus pares nesse Poder como de outros instalados no Executivo e Judiciário. Apenas pela aferição isenta dos personagens que estão aderindo em massa essa candidatura ao comando da Câmara Baixa, pode-se ter uma noção do que virá pela frente. Ou pelo menos do que não virá, em termos de ética pública.

Com isso, fica comprovada a tese de que os extremos se tocam. Fica demonstrado ainda que o chamado estelionato eleitoral, ou seja, o descumprimento daquelas promessas que atraíram os eleitores, é moeda corrente nos dois lados dessa fronteira extrema.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Diz-me com quem andas e poderei te dizer se vais ou não em más companhias, e até quem sois.”
Repetia o filósofo de Mondubim

 

Solução

Cigarros, pendrives, celulares não são flagrados pelos aparelhos de RX nas unidades de Centros do Sistema Socioeducativo. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios recomenda o uso de cães farejadores para impedir a entrada de artigos proibidos.

Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

 

Memória

Muito pouco em relação ao que foi subtraído. R$35 milhões depositados na conta da União, por colaboradores da Lava Jato, serão divididos entre o estado fluminense e a própria União. Até agora, aproximadamente R$ 11,9 bi foram recuperados, mas Procuradores do Rio e Curitiba querem devolver aos brasileiros 44,4 bilhões que foram surrupiados por centenas de pessoas que hoje respondem processo na operação.

Charge do Zé Dassilva

 

Em cena

Assista a Justiça em Cena. A rádio novela da rádio Justiça. Com situações corriqueiras e muitas vezes interpretadas de forma divertida. Depois da peça apresentada, vem a orientação jurídica para o caso. A trilha sonora é impecável. Roteiro e direção de Guilherme Macedo; sonoplastia Daniel Leite; locução Sergio Duarte e análise jurídica de Taís Faria.

Imagem: tst.jus.br

 

Resposta aos ataques

Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina, responde sobre o tratamento precoce do novo Coronavírus. Acesse o arquivo a seguir.

–> CFM

 

Agenda

Vai até o dia 29 desse mês, a I Semana Internacional de Saúde Mental alusiva ao Janeiro Branco. A iniciativa é da Escola da Felicidade de Brasília. Alguns links logo abaixo.

–> Inscrições abertas.
Escola de Felicidade de Brasília convida para a I Semana Internacional de Saúde Mental alusiva ao Janeiro Branco, evento gratuito, 100% online com certificado de 20 horas, de 25 a 29 de janeiro de 2021, das 20:00 as 22:00 para interessados na temática.
Link de Inscrição:
https://www.sympla.com.br/i-semana-internacional-de-saude-mental-da-escola-de-felicidade-de-brasilia-com-o-janeiro-branco__1105263
Link do Grupo de Estudos sobre Saúde Mental do Whatsapp:
https://chat.whatsapp.com/L3F6eDYvRnkJUeqkPLl1PY
Links de Transmissão:
Youtube
https://www.youtube.com/watch?v=u7Qgnbs-UKo
Facebook 1
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Palestrantes Confirmados:
LEONARDO ABRAHÃO – Psicólogo, palestrante, escritor e idealizador da Campanha Janeiro Branco. Tema: Janeiro Branco: um pacto pela Saúde Mental em que todo cuidado conta!
CARLOS ARAGÃO – Tema: a saúde mental e seus desafios na pós-modernidade.
KÉSIA MESQUITA E FERNANDO GUTMAN – Tema: Não é falta de Deus – quebra de paradigma de preconceitos e saúde mental.
LAYONE HOLANDA – Tema: Saúde Mental e espiritualidade.
FLÁVIO CALILE – Psicanalista, especialista em Saúde Mental, Diretor da Escola de Psicanálise de Brasília. Tema: A escuta do sujeito na dimensão psicanalítica.
THAYSE DUARTE – Psicóloga especialista em Avaliação Psicológica e atuação em violência doméstica e de gênero. Tema: Impactos de gênero na saúde mental.                                                                                                             JOÃO BEZERRA – Psicólogo pela Universidade Católica de Brasília. Tema: O amor como sentido de vida
Prof. ELIAS PEREIRA DE LACERDA – Mestre em Educação, Idealizador da Escola de Felicidade de Brasília. Tema: Método Felicidade da Escola de Felicidade de Brasília.
TALLES CAIUBI ALMADA VIEIRA – Músico – Reflexão musical
JÚNIOR SILVA – Músico e compositor brasileiro – Reflexão musical
JORGE LUIZ BARRETO SANTOS – Músico – Reflexão musical

MEDIADORA: THICCIANA MARIA D. FIRMINIANO – Pedagoga

COMISSÃO ORGANIZADORA: Miriam, Thiciana, Alessandra, Cristiano, Kelly, Cristiane, Luzeli, Mara, Leonires, Maria Aparecida, Cintia Lobo e Goretti Neris.

REALIZAÇÃO: Escola de Felicidade de Brasília, RIEX-DF e BPW Brasília

Ajude-nos na Divulgação!!!!!
Na oportunidade reitero-lhe votos de alta estima e distinta consideração.
Equipe Prof. Lacerda 

 

Em tempo

Aos poucos, as escolas particulares de Brasília vão retomando as aulas. Não faz mais sentido privar a criançada de viver a infância.

Foto: Brenda Ortiz/G1

 

Alvíssaras

Luiz Cláudio Pitta foi produtor-executivo da Brasília Super Rádio FM e responsável pela maior parte da programação musical até o encerramento das atividades da emissora, em 30 de abril de 2018, anuncia, aos apreciadores da boa música, que a web rádio Península FM resgata o estilo de programação que deixou saudades em uma grande parcela da comunidade brasiliense.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quanto ao telegrama que me enviou o governador desmentindo a notícia, os termos não aceitos, mas cumpro o dever de esclarecimento e de retificação, o que está feito nas notas acima. (Publicado em 24/01/1962)

De volta ao mundo

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Arte: poder360.com

 

Com a quarentena de mais de ano imposta pela pandemia, muitos brasileiros acabaram exilados em si mesmos e, portanto, desligados do mundo exterior, visto por eles apenas pelas frestas da janela ou pelas telas da tevê. Para uma boa parte, até mesmo os noticiários foram banidos ou deixados de lado, para não aumentarem ainda mais a angústia do isolamento. Para essa porção de cidadãos, o mundo que conheciam é tudo o que resta dos antigos retalhos de realidade. Para esses, o mundo parou no primeiro trimestre de 2020.
Quando, finalmente, numa data incerta, puderem voltar ao convívio dos seus semelhantes, o cenário que encontrarão no mundo exterior mais se parecerá com esses filmes oníricos do tipo Felliniano, em que os protagonistas vivem numa espécie de loucura generalizada. Terão enlouquecido apenas os que ficaram ilhados em casa, ou enlouqueceram somente aqueles que continuaram a insistir na construção de mundo distópico como uma Torre de Babel?
A Covid-19, exalada, no dia D e na hora H, para o resto do planeta, de um ponto geográfico específico, com uma missão precisa e derradeira, continua sinalizando no horizonte que as vacinas, que aí estão, ainda terão muito que evoluir para pôr termo à virose. Mais curioso ainda é observar que enquanto uns aguardam a hora do retorno a uma normalidade perdida e proibida, outros, de igual modo, se vêm cada vez mais envolvidos no emaranhado político provocado pelas ações e reações à pandemia.
Nesse ambiente insano, a movimentação dos personagens do mundo externo nada tem em comum com aqueles que ficaram no resguardo. As eleições para o parlamento e o pré-calendário eleitoral de 2022, com seus candidatos ensaiando seus bailados sobre o tabuleiro político, destoam léguas das preocupações e das necessidades daqueles que desejam apenas se manter vivos e saudáveis até lá.
O ministro Ricardo Lewandowski, aquele que nunca viu delitos nos companheiros de infortúnio, agora, segue no encalce do ministro intendente da Saúde, a quem ameaça com inquéritos. Esse, por sua vez, corre para Manaus mostrando uma preocupação repentina. Ex-presidentes são convocados para dar apoio político ao futuro candidato paulista, tudo numa encenação de marketing em que o importante não é a situação geral dos cidadãos, ou da vacina, mas a foto que essa reunião pode render em 2022.
O governo comunista da China, antes criticado, e com razões de sobra, pelo presidente, de magoado, mostra-se, agora, todo flexível diante da possibilidade de empurrar seus unguentos a preços vantajosos.
A frase que foi pronunciada
“Pobres não são os que têm pouco. São os que querem muito. Eu não vivo na pobreza, vivo na austeridade, na renúncia. Preciso de pouco para viver.”
José Mujica
Foto: oglobo.globo.com
Puxado
Pessoal reclama do BRT no momento da integração em Santa Maria. São centenas de pessoas fazendo as baldeações. O empurra-empurra é desgastante depois de um dia inteiro de trabalho.
Terminal de S. Maria. Foto de Amauri Portela, em janeiro de 2021, disponível no Google.
Terrível
Como tudo no Brasil, o momento de tomar a vacina também gerou revolta. Gente furando fila, desrespeito total. É preciso ter alguém com autoridade para impedir que situações assim aconteçam.
Imagem: Reprodução/Redes sociais
Manifesto

–> CARTA PÚBLICA PARA MARK ZUCKERBERG

Prezado Mark Zuckerberg, eu sempre apreciei a sua ousadia e a sua capacidade de criar e aproveitar oportunidades.
É inegável que o Facebook preencheu um espaço vazio entre as pessoas entediadas com os avanços da sociedade moderna. Daí o sucesso espetacular no planeta inteiro, menos na China, Cuba, Rússia e Coreia do Norte. A proibição do Facebook nesses países revela um fenômeno muito grave.
Eu tenho idade para ser seu pai. Meu filho mais novo nasceu em Brasília em 1982 e a minha filha em 1978. Se você fosse meu filho, eu ficaria encantado com a sua capacidade de fazer dinheiro, mas estaria decepcionado pelo desprezo que você demonstra pela humanidade. Mas isso pode ser um hábito comum entre os bilionários, que eu não tenho como avaliar.
Embora sendo brasileiro, eu sou de uma geração que assistiu ao nascimento dos Beatles e acompanhou a fantástica revolução causada pela banda dos jovens de Liverpool, no mundo inteiro.
Nós vivemos o maio de 1968 como se estivéssemos em Paris. Protestamos contra guerra do Vietnam como se os vietnamitas fossem nossos irmãos. No Brasil tínhamos um regime militar que os meios de comunicação impuseram a denominação de ditadura. Mas essa propagada ditadura brasileira era muito branda diante das outras ditaduras esquerdistas que foram implantadas no mundo, inclusive as contemporâneas, que a ONU faz questão de não enxergar.
No Brasil havia um governo militar que combatia a luta armada no campo e nas cidades, com guerrilheiros treinados em Cuba. Uma daquelas ações resultou no sequestro do embaixador dos Estados Unidos Charles Burke Elbrick. A sua amiga Dilma Rousseff fazia parte desses grupos armados. Aquela sua foto, no Panamá, com ela vestida no blusão do Facebook ficou muito boa.
Grande parte de minha vida, eu morava em Brasília. Nos anos 80 – quando você nasceu – durante o governo militar do Brasil, Brasília fez a sua própria revolução cultural, viu nascer e explodir o rock brasileiro com Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Plebe Rude…
Quase todas as noites nós íamos a festas em apartamentos ou casas na beira do Lago Paranoá que só terminavam nas manhãs seguintes. Festas livres com muito rock’n roll e tudo que quiséssemos.
Era tanta liberdade que a vizinhança nem reclamava. Não havia nenhum perigo de se caminhar pelas ruas, durante as madrugadas. No século XXI ficou impossível transitar, à noite, sem perigo em qualquer rua brasileira.
Eu sou apenas um cidadão que faz parte de sua rede de mais de 2 bilhões de usuários. Em nenhum momento eu fiquei incomodado por você ter se tornado um jovem bilionário vendendo os dados de cada um de nós para as empresas que desejassem direcionar os seus anúncios para públicos selecionados em suas plataformas, mas pretender controlar um homem de natureza rebelde como eu, e tantos outros espalhados pelo mundo, é mais do que a sua mente pode alcançar.
Eu sou jornalista e gosto muito de criar frases e, às vezes, poesias. A frase que mais me representa é esta: “Eu sou um homem conservador, conservo a inquietude e a rebeldia da juventude.”
O ano de seu nascimento ficou marcado pelo título do bestseller de George Orwell, mas use o seu poder e a sua fortuna para restaurar a alegria do mundo, pois, 1984 era também o período alegre e intenso que a nossa geração viveu em Brasília, como já mencionei.
O mundo do século passado era lindo, festivo. O Brasil era um país maravilhoso. Você não teve a chance de conhecer a alegria do Rio de Janeiro de Tom Jobim, de Vinícius Moraes, de João Gilberto e tantos artistas que fizeram com as suas músicas um mundo melhor. Vivemos os anos dourados.
Não aceite ajudar a implantar aquele mundo assombroso imaginado por George Orwell. A controle exercido sobre nós, com a nova Política de Privacidade do WhatsApp, faz lembrar as páginas sombrias narradas pelo escritor britânico. Eu estou fora dessa, Mark.
Talvez eu continue no Facebook até os seus vigilantes censores permitirem. Amo a liberdade. Eu imagino que você goste também.
Reginaldo Marinho
Leitura
Pesquisador cearense, Roberto Cunha Lima, discorre sobre a origem do bairro de Fátima, em Fortaleza, em seu livro Grãos de areia. O que ninguém sabe é que Tohama é o nome adotado pelo escritor. Tudo sobre esse assunto a seguir.
–> Havia um grande sítio de propriedade de Egênio Porto César do Amaral que de norte a sul ia da Rua Joaquim Magalhães até a avenida 13 de Maio e de nascente a poente ia do Riacho Agua-Nambi até a Rua Barão de Aratanha.
Com a eleição de um novo prefeito em Fortaleza em 7 de dezembro de 1947, Acrísio Moreira da Rocha, após a posse ocorrida em 06 de janeiro de 1948, Eugênio Porto propôs-lhe lotear seu sítio colocando-o à venda e em contrapartida a Prefeitura colocaria o meio fio nas quadras e calçamentava todas as ruas fazendo as obras de arte nos riachos. Assim foi planejado e feito, ganhando Fortaleza um novo espaço, crescendo assim o tamanho do bairro Redenção. Mas as vias deveriam ser batizadas, assim como as praças e aos poucos os nomes foram chegando através de Leis propostas pelos vereadores e promulgadas pelo prefeito.
Assim nasceu no bairro Redenção o BAIRRO DE FÁTIMA, que ganhou esse nome por causa da doação feita pelo casal Pergentino Ferreira de um terreno para construção de um colégio e de uma igreja que teria a invocação de Nossa Senhora de Fátima, já que na época a imagem peregrina de Fátima estava visitando Fortaleza.
Registro
No grupo Memórias de Brasília, João Vicente Costa lembra Jader Neves e nos conta o seguinte: Jader Neves foi um dos melhores fotógrafos da revista Manchete. Incumbido de vir a Brasília logo no início, para fazer fotos coloridas para a revista, deu um azar danado. Pegou nove dias ininterruptos de chuva. No décimo dia, às vésperas de ter que partir, abriu um solzinho entre as nuvens e, de helicóptero, ficou perseguindo os raios de Sol. Voltou pro Rio com 1.800 fotos, incluindo algumas que já publiquei aqui. Depois, se apaixonou e veio morar em Brasília. Veja em seu perfil oficial no Facebook.
Superquadras de Brasilia antes, em 1960 (Jader Neves) e agora (@ricardo brasiliense).
Em primeiro plano a 107 e depois 106 sul.
História de Brasília
Respondeu o governador que jamais ocupara o apartamento, e que desconhecia as pessoas que, por ventura, estivessem ocupando o mesmo. (Publicado em 24/01/1962)

Uma ordem só para o mundo

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Imagem: gazetadopovo.com

 

É possível encontrar, no imenso mundo virtual, verdades concretas? Essa e outras questões hodiernas não deixam de inquietar os pensadores atuais por suas contradições e bizarrices. Dentre essas questões que navegam por entre essas redes etéreas, como cardumes de peixes luminosos, têm destaque as chamadas teorias da conspiração, um universo infinito de histórias que, mais e mais, vem despertado uma imensa onda de curiosidades em todo o mundo. Não apenas por seu conteúdo fantástico, mas pelo que concentra em possibilidades reais de vir a ser. E não é para menos!

Em meio a um oceano de informações de todo o tipo, há que extrair, aqui e ali, alguns fatos que contém em si elementos verdadeiros da mais pura realidade objetiva, mas que, pelo teor falsamente ficcional, são prontamente afastados e rotulados de teorias da conspiração. Quiçá são marcados com essa tarjeta, justamente para afastar aqueles que desejam pesquisar mais a fundo esses temas.

Há, entre esses inúmeros temas, um que, embora marcado como Teoria da Conspiração, merece ser melhor analisado, mesmo em pinceladas rápidas, por trazer, em seu enredo, alguns elementos que vão, aos poucos, encaixando-se na realidade cotidiana de todos. Esse é o caso específico da denominada Nova Ordem Mundial. Pelo sim, pelo não, algumas redes vêm abertamente censurando esse tema, assim como outro termo derivado da palavra globalização, que é o globalismo.

De saída, é preciso notar que tanto o globalismo como a Nova Ordem Mundial formam, praticamente, um único elemento desse conjunto que pode designar o que seria o nascimento de um mundo distópico, regido por um comando central que a tudo e todos controlaria com uma espécie de mão de ferro invisível. Por sua definição, globalismo vai muito além de uma simples interligação de redes de comunicação, como querem fazer crer, mas abrangeria, em seus meandros, uma visão de mundo e uma ideologia em que o poder central, e o governo de fato, não estaria mais centrado em cada país, mas, ao contrário, obedeceria a um comando único que controlaria todas as nações e decretaria o fim da soberania nacional.

O globalismo, segundo seus teoristas, visaria a abolição de quaisquer traços de tradições culturais, substituindo-as por uma espécie de governança transnacional. Um exemplo dessa nova visão integrativa de mundo e que possui, por sua capacidade de centralidade de decisões, prejudicar aspectos internos da cultura e das tradições de cada país, num processo global de aculturação, pode ser verificado na própria União Europeia e no processo do Brexit.

Por esse mecanismo, a Inglaterra pôs fim ao excessivo controle exercido pelo parlamento europeu em Bruxelas, em seu território, abandonando o bloco e todas as pretensas benesses desse grupo, em nome da soberania nacional, livrando-se, segundo afirmou um de seus defensores, de uma espécie de controle neomarxista existente naquele parlamento. A pandemia, segundo alguns desses teóricos da conspiração, seria apenas um ensaio para o advento do que viria a ser novas ondas globais e contínuas de viroses, cada vez mais letais, propositalmente operadas para arruinar política, econômica e socialmente as nações, deixando-as inertes e em busca de uma solução que viria por meio de um governo mundial, formado pelas grandes corporações e outras forças ocultas.

Para os nacionalistas, o globalismo é algo que deve ser combatido em sua origem, pois visa diminuir a população mundial e com isso aliviar o planeta da sobrecarga demográfica que exauri, aceleradamente, os recursos naturais cada vez mais escassos do planeta.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Democracia é, literalmente, Educação.”

Anísio Teixeira

Anísio Teixeira. Foto: gov.br

 

T-Bone

São muitas as paradas de ônibus que ainda acondicionam livros organizados por Luiz Amorim. Essa iniciativa já é marca nesta cidade.

Foto: g1.globo.com

 

Crescendo

Detran está facilitando a vida de motoqueiros imprudentes. Desde rachas pelas estradas até guiar pelas calçadas livremente. São atitudes que colocam vidas inocentes e responsáveis em risco. Vale uma blitz.

Foto: detran.df.gov

 

Ampliação

Quem comemora a ampliação do atendimento no Hospital da Criança é Renilson Rehem, superintendente executivo do HCB. A instituição atende mais de 700 crianças e adolescentes. Rehem, em seu discurso, agradeceu um a um que tornou possível essa conquista.

Foto: Edy Amaro/Esp. CB/D.A Press.

 

Ceará

Como dizia o filósofo de Mondubim, “feito pato nadando!”. É que a eleição para a presidência da Câmara parece tão calma, mas debaixo d’água a movimentação é grande. Os  parlamentares cearenses Capitão Wagner (Pros), Domingos Neto (PSD), AJ Albuquerque (PP), Dr. Jaziel (PL) e Pedro Bezerra (PTB) estiveram em Brasília.

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ney Braga não utilizou o apartamento, porque não residia na cidade onde está a sede o Poder que ele representava. Veio daí o engano, e o deputado Neiva Moreira, da Comissão de Transferência, passou-lhe um telegrama pedindo a devolução das chaves do dito apartamento. (Publicado em 24/01/1962)

Placebos políticos

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Passageira de máscara em estação do metrô de Londres em 12 de junho de 2020 – AFP

 

Por certo, a pandemia irá legar ao Brasil e ao resto mundo uma gama enorme de experiências e aprendizados, que servirão de lição e preparo para um futuro da humanidade que parece cada vez mais incerto e desafiador. Essas experiências, absorvidas no calor dos acontecimentos, terão seus reflexos para além das áreas de saúde pública e de sanitarismo, atingindo, em cheio e de supetão, diversos projetos políticos, econômicos, sociais e tecnológicos dentro e fora do país.

Obviamente que essas experiências com uma realidade tão adversa serão aproveitadas em maior e menor grau, de acordo com a capacidade de cada governo em assimilar fatos novos e deles extraírem o máximo possível de lições práticas em benefício de suas populações.

Para aquelas nações, cujos os governos se mostram mais arrivistas e dispostos a tudo pelo poder, as experiências trazidas pela pandemia de Covid-19 representarão mais do que um castigo e uma penitência. Com elas, virão embutidas a insatisfação popular, os baques econômicos e um cenário de terra arrasada, que tornarão a permanência no cargo um exercício penoso e gerador de grande instabilidade.

Nessa altura dos acontecimentos, com mais de um ano de quarentena e de paralisação parcial da atividade econômica, com quebradeiras e falências generalizadas, apenas os governos que se mostraram capazes de levar a bom termo a pandemia e suas consequências diretas, com adoção de medidas racionais e ponderadas e onde os agentes políticos passaram a encarar o problema como uma emergência nacional e, portanto, suprapartidária, as recompensas políticas não tardarão.

Para aqueles que, ao contrário, assumiram uma posição de negação dos males trazidos por essa virose ou que usaram dessa doença para extrair benefícios políticos e partidários, desprezando a adoção de medidas emergenciais de saúde, a penalização virá a galope, quer na forma de rejeição nas urnas ou até mesmo através da abreviação do mandato pelo caminho brusco do impeachment. A esses, denominados negacionistas, como é o caso notório do ex-presidente Donald Trump nos Estados Unidos, banido do Executivo, a punição ou a conta pelos desacertos poderão, num cenário futuro extremo, ir parar nas cortes de justiça internacionais, onde poderão ter que se defender de acusações de crimes gravíssimos, semelhantes a crimes de guerra ou genocídio. Não se brinca com a vida de populações inteiras impunemente. O tribunal internacional deve avaliar os países que cometeram esse erro. Todos os países, sem exceção!

Não se trata aqui de um exercício de futurismo sem lógica, mas de um prognóstico que, por certo, não contribuirá para abrandar o cenário de pandemia e suas consequências, trazendo, isso sim, mais tumulto a um país já com milhares de óbitos confirmados oficialmente e que poderia, numa outra realidade, ser exemplo para mundo, uma vez que experiências comprovadas nas áreas de vacinação em larga escala têm de sobra.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Dou-lhe minha palavra: sempre serei sincero com você. Defenderei a constituição. Defenderei nossa democracia. Defenderei a América.”

Presidente Norte Americano Joe Biden

Presidente Joe Biden. Foto: Kevin Lamarque/Reuters

 

Bem comum

Condomínios começam a registrar os cães residentes na área para manter a segurança do local. Muitas pessoas ainda não compreenderam que, pelo bem comum, é preciso colocar focinheira em cães de médio e grande porte quando forem passear. Fato já previsto pela Lei Distrital 2.2095/1998.

Foto: canaldopet.ig.com

 

20 anos

Por falar em condomínio, o Privê 1 e 2 na estrada do Paranoá, até hoje, não foi legalizado. Por decisão do TRF1, a matrícula do local permanece bloqueada. A demarcação da Terracap gera dúvidas.

Condomínio Privê I. Foto: reprodução do Google Maps.

 

Golpe

Sem limites, a maldade humana extrapola. Acreditem que golpistas fazem contato para agendar a vacinação, aproveitando para clonar o aplicativo de mensagens. O melhor é definir a senha de segurança. Veja, a seguir, a campanha do Ministério da Saúde esclarecendo sobre o assunto.

Cartaz: agenciabrasilia.df.gov

 

Cuidados

Também sobre golpes, veja uma coletânea deles a seguir. São os aplicados nos últimos tempos num documento só.

–> Principais Golpes de Estelionato Praticados na Atualidade

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

No dia 13 de dezembro publicamos uma nota dizendo que o governador Ney Braga tinha apartamento em Brasília é governava o Paraná. A informação não é procedente, mas não é mentirosa. Houve isto: Com a mudança da Capital, o então deputado Ney Braga recebeu um apartamento, o de número 505 do Bloco11 da Superquadra 107 (IAPETC).

Abolição da economia do faz de contas

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

É sabido que, desde que foi criado, o cargo de ministro da economia, das finanças, fazenda ou seja lá que outra denominação tenha essa função, tal tarefa sempre foi delegada, não apenas àqueles que tinham alguma expertise nas ciências econômicas, mas, sobretudo, aos peritos nas artes de descobrir onde jazem os recursos captados da nação. Não seria exagero afirmar que, aos ministros da economia, caberia a tarefa de prospectar, como fazem os garimpeiros, os veios do dinheiro público, explorando essa jazida o máximo possível. Não surpreende que, uma vez terminado seu trabalho, o que fica para trás, assemelha-se a uma terra arrasada e tomada de buracos e crateras gigantescas, uma paisagem que muito lembra o que restou do antigo garimpo de Serra Pelada.

O que fica na lembrança de todos, após a passagem de seguidos ministros da economia, sãos imagens de um país exaurido e pelado, por uma série de medidas que, em última análise, não vão de encontro as necessidades básicas da população, atendendo, tão somente, a programas de governos quase sempre desconectados da realidade e do cotidiano de todos. E o que é pior, com a mudança das cadeiras a cada eleição, a maioria desses custosos programas são descartados no lixo, dando início a um novo ciclo de políticas econômicas que, por sua vez, atenderão a outros programas extemporâneos de governos, tudo num ciclo sem fim, sem propósito ou razão.

Seguimos como cachorro neurótico correndo sem parar atrás do próprio rabo. Na essência, tudo permanece como sempre esteve: intocável, como querem as forças políticas do atraso, ávidas pela manutenção do status quo. É dessas idas e vindas que temos de nos livrar, e mexendo no imexível. Mas, para isso, será necessário dar início ao fim de todos os privilégios que fazem do Brasil um Estado rico e para os ricos, custeado por uma imensa maioria de cidadãos pobres e de segunda classe. E é aí que toda e qualquer política econômica, seja de que governo for, encontra sua muralha de retenção.

Seguindo essa toada, conhecida por muitos e atalhada desde sempre pelas elites, teríamos que recuar até a própria Constituição, dando um novo sentido e razão prática à redação do art. 5º da nossa Carta, assegurando que todos sejam realmente iguais perante a lei, tanto em direitos quanto em obrigações. Apenas por esse enunciado, tomado ao pé da letra, já seriam banidos todo o tipo de privilégios e sinecuras, assegurando, a todos, os mesmos benefícios que hoje são concedidos apenas aos áulicos e aos encastelados nos altos escalões da máquina pública. Com isso, também a carga tributária incidiria conforme o padrão econômico de cada um. E todo um longo processo de injustiças seriam abolidos.

Na verdade, é justamente a palavra abolição, no seu sentido mais preciso, que se faz necessário estabelecer, abolindo, de vez, as seculares e vergonhosas vantagens concedidas a uns poucos, e que tornam toda e qualquer política econômica de governo, um arremedo e um faz de contas, feitas sob medida para iludir os incautos.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não permito que nenhuma reflexão filosófica me tire a alegria das coisas simples da vida.”
Sigmund Freud, sem convencer seus seguidores.

O médico checo Sigmund Freud (Foto: Reprodução)

 

Luvas
Sempre incomoda, aos pacientes, ver que profissionais da saúde não usam luvas descartáveis. Imagens de pessoas tomando vacina aplicada de braço em braço sem a proteção na mão dos enfermeiros, para um leigo, é aterrador sem pandemia. Imagine em plena tentativa de controle da doença.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

 

STF
Para quem não se lembra, Lula teve câncer, Dilma teve câncer, Cristina Kirchner teve câncer. A medicina avançou e o José Dirceu não será impedido pela doença para traçar planos para o PT. Ele tem a força.

 

Prata da casa

Rogério Resende, afinador de piano em Brasília, conquista os visitantes que vêm à capital para conhecer seu trabalho. Além de afinar, Rogério restaura e inventa pianos, como o siamês. Cria ferramentas que o auxiliam no trabalho. Fundou a Casa do Piano e o Museu do Piano, que é um caminhão itinerante carregando os  instrumentos que carregam história. É hora de Brasília valorizar mais essa joia. Para visitar, é preciso agendar enviando um email para casadopiano@gmail.com ou entrar em contato pelos números: (61) 9970 2964/3036 6405.

 

Bate papo

Hoje, às 15h, os jornalistas Walberto Maciel e Paulo Miranda vão fazer uma live sobre os órfãos do Covid. Mais detalhes no blog do Ari Cunha.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um grupo de moradores da Quadra 28 hipoteca igual solidariedade. A Remington Rand, no mesmo passo, cuidará das que estão em frente à sua sede. A Padaria Royal está cobrando 10 cruzeiros por um cafezinho, maltratar fregueses, e recebe reclamações de todos os lados. E para terminar, anote-se o número de títulos protestados ultimamente, de um estabelecimento de excelentes lucros. (Publicado em 24/01/1962)

Quo vadis Brasil?

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Foto: Andre Penner / AP

 

Um olhar, mesmo que superficial, sobre as manchetes que estampam os principais jornais do país e mesmo aqueles disponíveis em português, pode fornecer uma dimensão ampla e resumida dos problemas atuais vividos pela população brasileira e a visão que o mundo exterior vai fazendo de nós, e da nossa capacidade de resiliência, diante de uma pandemia que parece recrudescer através de uma variante ainda mais mortífera.

Obviamente que o que ocorre conosco, é fruto de um conjunto formado por ações e inércias tanto do governo quanto por parte da sociedade. O pouco empenho das autoridades, desmotivadas pelo insistente negacionismo das ciências médicas, feitas pelo próprio chefe do Executivo e por tabela da população, que parece ter relaxado demasiadamente nas medidas protetivas e nos protocolos que orientam o distanciamento físico entre as pessoas, vão mostrando seus resultados macabros de curto prazo.

Ainda assim, em meio ao pânico instalado há mais de um ano, e que já ceifou mais de 200 mil cidadãos internamente e 10 vezes mais em todo o mundo, o que se vê, por parte das principais lideranças do país, é uma total e cínica indiferença com as agruras experimentadas pelos brasileiros. O que se vê, lê e é ouvido, na maioria das reportagens publicadas nesses dias recentes, mostra nossos homens públicos imersos e devotados, exclusivamente, aos assuntos que lhes dizem respeito direto e que podem render dividendos imediatos.

Discutem, suas excelências, em debates acalorados e com mútuas acusações e impropérios diversos, assuntos “urgentes” como as próximas eleições para a Mesa das duas Casas Legislativas e outros temas correlatos e distantes da dura realidade enfrentada pela nação.

O presidente da República, que em momento algum se mostrou presente fisicamente nos hospitais do país,  como recomenda o cargo e a ética pública, para oferecer seu apoio moral aos combalidos pela Covid, resume e gasta seu curto expediente diário com discussões vazias, com  temas impróprios, como é caso de sua rusga pessoal contra adversários políticos e a imprensa em geral.

Só para colocar em termos comparativos, o que trouxe grande prestígio junto aos britânicos, e que perdura até hoje, foi a demonstração de coragem da realeza ao permanecer numa Londres, assolada por um intenso bombardeio e consumida pelas chamas. Pessoalmente, a própria rainha Elizabeth II conduzia uma ambulância do Exército no socorro às vítimas, numa demonstração de desprendimento, patriotismo e coragem, mostrando-se sempre atuante durante o sofrimento de seus súditos. Igual denoto jamais foi visto por essas bandas. Ao invés disso, o que se observa por essas bandas são as férias fora de contexto, desfrutadas em praias badaladas e outras atividades lúdicas, e mesmo afrontosas, diante do morticínio de muitos compatriotas, esquecidos em hospitais mal equipados e enterrados em covas rasas às centenas, diariamente.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:
“A boa escrita imita a arte das lavadeiras de roupa acocoradas à beira dos rios e açudes de Alagoas. Carece de bater na pedra e enxugar o pano, uma, duas, três vezes, até levá-lo ao varal quase sem água. Escrever é secar ao sol.”
Graciliano Ramos

Foto: Kurt Klagsbrunn/Acervo Projeto Portinari

 

Muito nojento
Apesar de preços acima do justo, os produtos oferecidos em supermercados continuam abaixo da qualidade. Como ocorreu no Big Box do Lago Norte. Um salmão que se desmanchava ao toque! Não se vê mais a fiscalização de agentes sanitários. Principalmente depois da pandemia.

 

CIVEBRA
No Paraná, foram mais de 2 mil alunos inscritos na Oficina de Música, que reuniu 10 países e um público de 60 mil pessoas. Neste ano, 80 concertos e 73 cursos estão no programa em ambiente virtual. Já sobre a Escola de Música de Brasília e sobre o Curso Internacional de Verão, não há notícias.

Foto: Andre Borges/Agência Brasília

 

Transparência
Todos os comprovantes de pagamentos emitidos pelo governo federal ou distrital aos contribuintes deveriam ter a descrição da referência. Que taxa ou imposto está sendo recebido, referente a que mês, e detalhes de identificação, normais em notas fiscais.

 

Caesb
Com escritórios abertos, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, Caesb, voltou ao atendimento público. Mas é preciso agendar.

Foto: revistaaguasclaras.com

 

Seu voto
A última ata de sessão plenária da Câmara Legislativa é de novembro de 2020. Com a pandemia e a transparência da Casa, é possível acompanhar o vazio.

 

História de Brasília
Novas adesões à campanha de apadrinhamentos das árvores. O dr. Araújo Cavalcante, diretor do Senam, em telegrama declara que cuidará de todas as árvores em frente à Casa do Município. (Publicado em 24/01/1962)