A volta dos zumbis da política

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Duke

 

        Dos muitos sustos que as eleições provocam nos eleitores mais atentos a essa dança de acasalamentos entre porcos espinhos e cobras criadas, nenhum outro é mais espantoso do que assistir, estupefatos, a volta de alguns candidatos, tanto na paisagem local como na nacional. Pessoas ou zumbis, que muitos acreditavam já estarem sepultados e enterrados sob sete palmos ou atrás das grades.

          A volta desses presos ou mortos-vivos da política, todos eles devidamente condenados por crimes de corrupção, em suas mais variadas modalidades, é como uma bofetada na cara dos cidadãos. Eis-nos de novo, diante do eterno ciclo da impunidade, com a sociedade tornada refém desse bando de malfeitores que, certamente, voltará a ocupar os diversos cargos públicos, munidos dos mesmos mecanismos de proteção contra as leis, propiciados pelo foro privilegiado, donde, com certeza, voltarão a delinquir.

        O pior, se é que isso ainda é possível, é que, se seguirmos o que as pesquisas indicam, esses dublês de homens públicos irão ocupar da presidência da República até o menor cargo eletivo nos municípios e mesmo no Distrito Federal, assegurando, com isso, que o futuro, como pretendido pelos cidadãos de bem, ainda é uma miragem bem distante.

        Não carece aqui mencionar os nomes desses meliantes. Estão todos estampados nos jornais e não merecem crédito algum. Mesmo com a imprensa do país dando pouca atenção a esse fato, como se isso fosse pouca coisa ou nada aos pagadores de impostos.

        Confirmadas as expectativas, teremos, depois de 2022, o mais assustador conjunto de políticos comandando os destinos do país. Por certo, irão guiar a grande caravela Brasil de encontro aos rochedos, depois de saquear o navio, deixando a tripulação, que somos nós, ao sabor da sorte. Num país em que os eleitores voltam as costas para um juiz e saem correndo para abraçar conhecidos meliantes, nada se pode esperar de bom. Somos e nos mantemos como a grande piada internacional.

Quando se assiste, nas redes sociais, alguns eleitores agradecendo fervorosamente ao prefeito, porque em seu município está chovendo, e quando outro, ainda mais sabido, atravessa a conversa dizendo que não se deve agradecer ao prefeito, mas sim ao presidente da República, porque a chuva é federal e está caindo em todo o país, a certeza que se tem é que levaremos ainda séculos para conseguir alcançar um verdadeiro Estado Democrático de Direito, onde todos serão iguais perante a lei.

        O voto, que seria, em tese, nossa redenção e inserção no primeiro mundo civilizado, tornou-se, pelos mecanismos burocráticos da máquina do Estado, um salvo conduto para malfeitores agirem livremente. Alia-se a esse fato todo o emaranhado tecnológico em que se transformou o voto eletrônico, como estampam artigos acadêmicos e de tecnologia, cujo o comando fica em mãos de personagens, que, todos sabem, não escondem sua predileção partidária.

        Vivemos tempos estranhos e malfazejos em que toda uma população, minimamente desperta e ainda crente nos princípios da ética, vive cercada, de um lado, por uma gente que despreza o voto e desconhece sua significância. De outro lado, por aqueles que comandam todo o processo, de dentro da máquina, e tudo fazem para que essa realidade cruenta permaneça imutável, pois tal status satisfaz seus desígnios, bem como daqueles que pensam da mesma forma torta.

 

A frase que foi pronunciada:

A justiça é como uma serpente, só morde os pés descalços.”

Eduardo Galeano

Eduardo Galeano. Foto: Samuel Sánchez.

 

Máxima atenção

Deputado federal Capitão Fábio Abreu elaborou projeto de lei que reconhece o TDAH, déficit de atenção como deficiência. Na proposta, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade respalda, com efeitos legais, os portadores desse diagnóstico. Veja como votar no projeto acessando o link: https://forms.camara.leg.br/ex/enquetes/2291884.

Vale ajudar

O Instituto Solidário A Vida precisa de doações de leite em pó da marca Pregomin Pepti para o pequeno Luís Gustavo. A instituição fica na Qr 401, Conj 13, Lote 3, em Samambaia Norte. Crianças deficientes e abandonadas, crianças convalescentes com pais sem condição financeira para tratamentos. Ligue para 99323-3440 para mais informações.

Foto: outletbaby.com

Novidade

Presidida pelo jurista Ricardo Cueva, do Superior Tribunal de Justiça, com relatoria da jurista Laura Schertel, uma comissão foi instalada no Senado com o propósito de discutir um Marco Regulatório sobre a Inteligência Artificial. A iniciativa partiu do senador Eduardo Gomes (MDB-TO). As informações são da Agência Senado.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

História de Brasília

Nesta mesma página os senhores encontrarão uma carta ao nosso diretor, assinada pelo sr. José Pereira Caldas, a propósito da mudança do Ministério da Fazenda. (Publicada em 20.02.1962)

Tempo de hienas

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Charge do Alpino

      Quando, há dois anos, um leitor afirmou que não demoraria muito tempo para que a nossa tão desacreditada justiça mandasse devolver todo o dinheiro que foi desviado pela turma petista da Petrobras e de outras estatais, assim como dos fundos de pensão e de todos os locais onde essa gente raspou os cofres, teve gente que duvidou que tal audácia, mesmo vinda das altas cortes do Olimpo, seria possível.

        Depois da decisão do Supremo Tribunal Federal, decretando a “descondenação” do artífice mor do mensalão, tudo dentro da novilíngua jurídica da era lulista, todo o resto desse capítulo, de nossa infame história, parece seguir seu rumo natural, ou, pelo menos, as estratégias que as altas cortes traçaram para possibilitar que o ex-condenado Lula volte a subir, com pompas e circunstâncias, a rampa do Palácio do Planalto.

        Caso isso aconteça, com ele estarão subindo, à tal rampa palaciana, toda essa gente que participou, direta e indiretamente, do maior caso de corrupção já visto na história do país. Com ele, virão ainda os mesmos meneios malandros dessa arte degenerada de fazer política, as mesmas táticas e artimanhas para sangrar o Erário Público e todo um passado sinistro que se supunha ter encerrado, no momento em que as chaves da prisão desse personagem deram três voltas na fechadura pondo fim a uma saga de crimes.

        Alguns meses se passaram, tempo suficiente para a poeira do esquecimento começar a cobrir esse caso, e os ministros supremos, como já era previsto, decidiram libertar Lula do catre e devolvê-lo às ruas. Não às ruas, propriamente dita, porque nesse ambiente aberto e onde reina a voz solta da população, Lula não se atreve desfilar. Isso, de certa forma, criou uma espécie de prisão para quem se gabava de ser o maior líder popular de todos os tempos. Lula vive hoje amasiado dentro de nichos fechados, onde só entra gente escolhida por ele. Nem nos aeroportos é visto. Lula é prisioneiro de suas aldrabices, resumindo sua existência ao mundo virtual das mídias sociais.

        Aberta a Caixa de Pandora pelo STF, toda fumaça funesta ali contida vai se espalhando pelo ar, contaminando a todos, principalmente os operadores de justiça, que agora vêm, na Lava Jato, um mal a ser imediatamente apagado das páginas de nossa história, para que as futuras gerações não vislumbrem a possibilidade de fazer renascer, no Brasil, os elementos básicos de toda e qualquer justiça, digna do nome. O fato é que, a par i passo, todas as pegadas, ainda vivas, que levam às cenas dos crimes, precisam ser desfeitas. Realizada essa tarefa suprema, resta, como seria óbvio e ululante, devolver aos pseudo-inocentados e “perseguidos” políticos, todo o espantoso volume desse butim, orçado em bilhões de reais.

        A eles, para que a justiça seja feita, nesses moldes que aí estão, caberão ter de volta toda essa dinheirama, para que assim se cumpra o ditado que diz que justiça pela metade não é justiça. Para começar esse estorno às algibeiras de origem, não as estatais ou aos cofres públicos, como seria correto num país decente, o STJ, que anteriormente havia condenado esse triste personagem, decidiu que a devolução dessa dinheirama deve começar pelo pagamento de uma indenização, feita pelo ex-chefe da Operação Lava Jato, Deltan Dallangnol. a ninguém menos do que ao próprio Lula, a quem chamou de chefe de quadrilha.

        Por sua aberração ficcional, só vendo aquele capítulo que mostra o criminoso Pinguim, como figura pública respeitável, perseguindo o Batman, numa trama às avessas e que parece anunciar um tempo de hienas.

 

A frase que foi pronunciada:

É só cruzar as faturas que eu emiti com a contabilidade do PT para ver se a campanha de 2002foi paga por dentro ou por fora.”

Duda Mendonça

Foto: Estadão Conteúdo (15.mar.2006)

 

Apoio

Com participação na FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), alunos do Colégio Militar do Recife precisam de muitas visualizações na Internet para que os brasileiros conheçam o projeto. Veja a seguir.

Outro mundo

Ambientes que eram seguros para se viver agora não são mais. O útero, que deveria ser o lugar mais cuidado pela sociedade, virou terra de ninguém. Seres humanos são jogados no lixo. Escolas, onde os pais levam os alunos pelas mãos pensando no futuro, registram ocorrência de violências tanto físicas quanto psicológicas.

História de Brasília

O senador Afonso Arinos representante do Brasil junto à ONU, como chefe de delegação, almoçou, ontem, sem protocolo, na Churrascaria do Lago. Tirou o paletó, pôs à mostra seus suspensórios pretos comeu frango com salda e tomou vinho Granja União Bonarda. (Publicada em 20.02.1962)

Eleição virtual e verdades fakes

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Charge: Caio Gomez
Com a urna eletrônica associada à disseminação das mídias sociais e com grande número de plataformas digitais à disposição de todos, os candidatos passam, num átimo, de personagens reais a virtuais, deixando, portanto, sua existência física e se juntando ao universo do faz de conta, onde as possibilidades são infinitas, inclusive aquelas relativas à condução do eleitor para o mundo da fantasia ou à Terra do Nunca.
Os perfis dos políticos a pleitearem cargos públicos eletivos também se multiplicam, de forma exponencial, criando um mundo infinito de imagens a se misturar entre verdades escassas e mentiras abundantes. De longe, todos parecem perfeitos e ajustados à mecânica da democracia. De perto e ao vivo, são os mesmos de sempre, avessos a eleitores fora do período de campanha, agrupando-se em bancadas que mais parecem bandos, donde passam a legislar em prol do grupo e diretamente em beneficio próprio e de seus mais próximos.
São, como no tempo do fogão a lenha, avessos a mudanças, ao progresso e à modernidade institucional, que poderiam aperfeiçoar a administração pública e tirar o Brasil do atraso endêmico em que se encontra desde a chegada do primeiro invasor em 1500. Para tanto, rechaçam medidas que poderiam atalhar a impunidade perpétua, como a prisão em segunda instância ou o fim do foro privilegiado.
Ao contrário, aprovam, em ritmo acelerado, projetos para liberar cassinos, facilitando a vida do crime organizado, que poderá contar, doravante, com um misto de banco oficial e lavanderia de dinheiro. Autores desse e de outros crimes contra a população, como é o caso da flexibilização da Lei de Improbidade Administrativa, estão agora protegidos duplamente tanto pelo foro quanto pelo fato de habitarem no mundo virtual.
Mesmo atributos éticos como a verdade, ganham nesse novo espaço irreal uma nova roupagem na figura de verdade virtual, tão etérea e impalpável que, ao primeiro vento, se dissolve no ar. O perigo da democracia virtual, nos moldes como ela vem sendo implantada em nosso país é a de que percamos, definitivamente, a chance de mudanças. Mudanças que venham em benefício do cidadão, e não aquelas que são erguidas para gaudio de uma elite no poder.
É justamente esse “virtualismo” que vai nos levando de um ponto, em que os princípios da ética humana e espiritual eram dogmas aceitos para o bem coletivo e individual, para uma situação em que todo um ambiente de velhas novidades é erguido apenas para a redenção de uns poucos e a condenação de muitos.
Dentro desse novo conceito, apresentado nas telas de vídeo, os políticos parecem estar em toda par te, junto ao eleitor, experienciando suas dores e aflições. Mas, de fato, estão longe, em ambientes como resort de luxo, à beira-mar ou em seus iates, onde projetam suas presenças. Vistos por trás das câmeras, da cintura para cima, estão trajando ternos e gravatas. Da cintura para baixo estão de tangas e de chinelo de dedos num eterno Il dolce far niente.
Somente em um mundo dessa natureza, onde o eleitor e o cidadão, sequer figuram, é que se torna possível, e sem resistência mesmo de caráter ético, candidaturas ao mais alto cargo da vida pública, de personagem recém-saído da prisão, onde cumpria parte de uma pena por corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes, que, para o cidadão comum, resultaria até em pena capital. Pelo menos nesse mundo virtual, onde a sorte de todos os eleitores é lançada num jogo viciado, os cidadãos são poupados de sentir os maus odores que emanam desses mortos-vivos a perturbar a nação.
A frase que foi pronunciada:
“O mundo virtual é uma ‘praça pública’ muito mais vasta que a Praça da Paz Celestial. E você não pode enviar os tanques para esmagar internautas.”
Jared Cohen
Jared Cohen. Foto: perfil oficial de Jared Cohen no Twitter
Pode ou não?
Leitor envia vídeo comprovando o comércio em lata na parada de ônibus da 515/516 Sul. São quase 10. Enquanto isso, Brasília legal manda morador derrubar a rampa da garagem porque está fora do padrão, de lugar legalizado, com todas as taxas e impostos pagos. Vai entender! Confira no canal do Visto, Lido e Ouvido no YouTube clicando no link: Pode ou não?.
Atenção, pais!
No portal da Nova Escola, há dicas excelentes para o uso da tecnologia na Educação. Veja a lista no link: 7 ferramentas digitais que ajudam na alfabetização.
Ilustração: escolagames.com
História de Brasília
A história é longa, mas é mais ou menos assim: antigamente, quando um pobre ia parar no hospital, e não tinha dinheiro para pagar, assinava uma promissória, que ficava na tesouraria do hospital. Como o número de promissória era muito grande, resolveram mandar cobrar. Os colaboradores recebiam e não prestavam conta, e, o mais grave, recebiam de uns médicos e de outros não, havendo, então, a denúncia de que alguns médicos pagavam propinas aos cobradores para receberem de seus doentes. (Publicada em 20/02/1962)

Brasil em constante luta para sair do passado

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Charge do Amarildo

 

        Duas podem ser as hipóteses que explicariam o favoritismo do ex-presidente Lula em muitos institutos de pesquisa de opinião. Há nesse caso um fato curioso a ser observado, quando se verifica que o ex-presidente petista, por todos os acontecimentos que redundaram em sua prisão e também na de seus mais próximos colaboradores, transformaram Lula numa espécie de candidato invisível, que só é visto por iniciados da sua seita, em ambientes especiais e fechados e pelas redes virtuais da internet.

        Tem-se aqui um autêntico candidato fantasma à brasileira, fabricado, sob medida, pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, através de um polêmico processo, antijurídico, que trouxe consigo até um neologismo estranho: “descondenação”, ainda não tratado nos dicionários tradicionais. Não por outra, as eleições de 2022 vão se configurando num pleito inusitado, digno das ficções do tipo surrealistas. As duas hipóteses capazes de explicar o favoritismo do ex-presidente são os já desacreditados institutos de pesquisa, por suas metodologias acrobáticas, e um caráter que considera a corrupção e roubo dos recursos públicos atos sem grandes importâncias para a vida política e para o próprio sentido de cidadania.

        A acreditar nessa hipótese, estamos num caminho sem volta, rumo ao brejo. A outra explicação para a vantagem nas pesquisas do ex-presidente e ex-presidiário é a de que o esquecimento dos fatos pretéritos, numa espécie de alzheimer político severo e coletivo, afeta a maioria dos eleitores neste país. Vale lembrar que não é o que se vê nas ruas. Mas, em qualquer das duas hipóteses, estamos no sal, desidratados de saúde e de caráter.

        O simples fato de os brasileiros, como também atestam pesquisas recentes, classificarem o tema “combate à corrupção” como um projeto para o país menos importante do que fatores como a inflação e o desemprego demonstra que, a má formação ou a ausência total desta faz de nossos cidadãos presas fáceis para a engabelação desses profissionais da política.

        O que se poderia esperar de um cidadão minimamente atento é que negasse perdão a gestor público ladrão. A explicação para o favoritismo nas próximas eleições de pessoas que dilapidaram os cofres públicos e empurraram o Brasil para a mais profunda crise de todos os tempos não pode ser debitada a sentenças do tipo que nos classificam como um país sem seriedade. Tampouco pode ter sua explicação no conluio estabelecido, de forma sorrateira, entre os eleitores e os eleitos.

        Há aqui uma explicação que parece fugir aos alfarrábios de psicologia ou mesmo à hipótese do inconsciente coletivo, tudo isso com pitadas e propensões à autoflagelação e até à parafilia. Há, caso se confirmem as previsões dos institutos de pesquisa, um fenômeno, de ordem psíquica, a ser estudado no comportamento dos eleitores ou dos que publicam as pesquisas. Basta coletar as previsões das eleições passadas para compreender os índices bizarros de preferência e os votos recebidos.

        Caso não exista mesmo essa doença mental, as probabilidades mais aceitas para explicar o comportamento do tipo esquizofrênico dos eleitores só poderão ser buscaas em tratados sociológicos como o de Sérgio Buarque de Holanda em “Raízes do Brasil”, de 1936, ou Casa Grande e Senzala de Giberto Freyre, de 1933. O mais certo e talvez mais popular seria buscar explicações do tipo antropológicas e sociais para essas preferências do eleitorado em obras como Pedro Malasartes ou “Macunaíma”, de Mário de Andrade, publicada em 1928. Até que o eleitor possa entender, definitivamente, que a corrupção antecede a males como inflação e desemprego e está na raiz de todos os nossos problemas como nação, muitas eleições terão passado, mantendo o Brasil onde sempre esteve: no passado.

 

A frase que foi pronunciada:

Os institutos de pesquisa estão percebendo que as pessoas mentem.”

Luiz Felipe Pondé

 

Luiz Felipe Pondé. Foto: Divulgação

Exposição

A partir do dia 22 deste mês, Lidia Daze e Ricardo Frade participam da Mostra Expressões Contemporâneas. Veja a programação a seguir.

 

Abuso

Tão inocente um kinder ovo. Geralmente comprado para satisfazer a criança gastando pouco. Mais do que a gasolina, mais do que o feijão, mais do que a carne. Um kinder ovo já chegou a R$ 50,00.

Publicação nos histories de João Paulo Florêncio, no seu perfil oficial no Instagram

Como se tornar pior

Por falar em abuso, dessa vez sexual e livre. A Netflix está provocando a ira de quem não tem preguiça de educar os filhos. São pais que acompanham os menores e monitoram a forma de entrada de eletrônicos em casa. Só que, dessa vez, a Netflix apostou em um filme produzido por Danilo Gentili com atuação de Fábio Porchat, criticando adolescentes que não se prestam à lascívia. Veja a seguir.

Foto: divulgação

História de Brasília

Dá nesses vexames, as promessas que os candidatos fazem em nome da Prefeitura. A ligação da luz na Asa Norte não pode ser garantida por ninguém. É um problema técnico, e tem seu tempo. (Publicada em 20.02.1962)

O antídoto ao pesadelo

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Foto: poder360.com

          Nem bem ainda se viu livre dos efeitos conjuntos da pandemia e de uma consequente recessão econômica, o Brasil começa a se preparar para receber o que pode ser a dose fatal, capaz de pôr fim ao ciclo histórico iniciado em 1500 com o descobrimento dessa parte do mundo.

        Trata-se aqui de mais uma temporada de governos da esquerda. Não de uma alternância normal e civilizada de governo, mas a entrega do comando do país, pela quarta vez, ao Partido dos Trabalhadores, que muitos brasileiros de bem consideram não como uma legenda política, mas como uma verdadeira quadrilha organizada, tal a sucessão de crimes que praticou ao longo de mais de uma década e que culminariam com a prisão da maioria de suas lideranças e de seus apoiadores.

        Caso esse pesadelo venha a se repetir, virão juntas novas tentativas de imposição de controle e de censura das mídias, sobretudo daquelas que pensam em fazer alguma oposição. Virão ainda os mesmos modelos de cooptação parlamentar, a reestatização de empresas, para que sirvam ao partido, a escolha dos campeões nacionais, que também sirvam ao governo, a ajuda, com dinheiro público, às ditaduras do continente e de outros países, a dilapidação do que ainda resta do patrimônio dos trabalhadores, a imposição de modelos, pretensamente educacionais, que visam, ao final, destruir a escola, de acordo com os ditames gramscianos, além da quebra de tabus, como bem lembrou uma deputada federal pelo Distrito Federal, do incesto, dentro de um projeto, de longo prazo, de destruição do que chamam “família patriarcal”, entre outros “avanços” que objetivam desmontar a sociedade, deixando-a frágil e exangue diante do Estado monocrático.

        Esses são apenas alguns dos muitos pesadelos que estão prometidos para a Nação, caso essa turma volte a subir a rampa do Palácio do Planalto. Como se vê, não se trata aqui de meras suposições sobre o que virá, mas de todo um ideário trazido na algibeira por essa turma, que almeja não apenas governar o país, mas controlá-lo e submetê-lo aos seus desígnios inconfessáveis. De certo, que o retorno dessa turma irá encontrar um país ainda mais fácil de ser domesticado e subjugado.

         A possibilidade concreta da aprovação, pela Câmara dos Deputados, da volta dos cassinos, dos bingos e de todos os jogos de azar emprestará, a essas novas mentes da vida política, todos os instrumentais necessários para a lavagem de dinheiro e para o branqueamento da corrupção.

        A angústia dos homens e mulheres de bem desse país, com a possibilidade de repetição desse pesadelo, só não é maior do que a certeza de que todos esses males serão, de fato, repetidos, acrescidos de outras medidas, que também virão para favorecimento apenas desses oportunistas.          Estão inscritos, ainda dentro das pretensões desse grupo, o estabelecimento de uma série de medidas, visando transformar as Forças Armadas em forças auxiliares do partido, a exemplo do que ocorre com a vizinha Venezuela.

        É bem provável que o retorno desse grupo venha a ser reforçado por todas as experiências que acumularam nos governos passados, principalmente reciclando experiências frustradas, a fim de torná-las efetivas, como é o caso da perpetuação no poder. O pesadelo anunciado somente poderá ser quebrado através de um antídoto apropriado, que é o despertar da população e dos eleitores.

 

A frase que foi pronunciada:

O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo… Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito.”

Mario Quintana

Esta escultura é obra do artista tcheco Martin Hudáček e se chama “Memorial a Criança Não Nascida”. A criança perdoa a mãe pelo crime do aborto. A mãe é mármore: o peso e a dor do arrependimento. A criança é translúcida: como o perdão.

 

Obsolescência

Enquanto, na Europa, o uso de máscaras já não é obrigatório, no prédio do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e outros prédios governamentais em Brasília, as Excelências exigem o cartão de vacina.

MPDFT. Foto: reprodução do Google Maps

 

Manutenção.

Os buracos da 710/910 sul fazem estragos constantes. Leitor lembra também da cratera na saída do Drive Thru da Mc Donalds da W3 norte. Veja as fotos a seguir.

 

Vida da cidade

Foi justa a homenagem, aos 60 anos, do Colégio Sacre Coeur de Brasília. A iniciativa foi do deputado distrital Jorge Viana, do Podemos.

Foto: redesagradobrasilia.com

 

Estranho

Não é mais possível encontrar, no YouTube, vídeos feitos em equipamentos tecnológicos avançados, onde mostram a reação dos fetos durante o aborto. Imagens fortes e que podem convencer muitas pessoas a desistir desse tipo de assassinato. Coincidentemente, o assunto da descriminalização do aborto está voltando.

História de Brasília

Diga presente, ao baile da cidade. Dia primeiro, no Teatro Nacional. Você estará prestigiando a cidade, e poderá dizer, depois, que já participou de um baile, onde não havia penetras. Será o primeiro baile de Brasília, no Carnaval, e marcará uma história que os outros contarão. AC. (Publicada em 17.02.1962)

Eles passarão

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Foto: Gazeta do Povo/Arquivo

 

            Dizia, com toda a razão, o filósofo de Mondubim que “o mesmo risco que corre a árvore, corre o lenhador.” Aplicando esse aforismo ao que parece ocorrer hoje no Brasil, mais precisamente quanto ao papel constitucional das Forças Armadas na estabilidade política o social do país, vis a vis ao alinhamento ideológico dessa instituição a governos que vão e vem ao sabor das eleições.

           Há, no ar, um risco de que a gigantesca árvore, representada pelo Estado Democrático de Direito, tombe sobre a cabeça dos cidadãos, levando o país, de roldão, de volta a março de 1964. Não é fora de propósito lembrar que tanto Lula, como Bolsonaro, por diversas vezes, e até de modo velado, já deixaram entender que anseiam pelo apoio irrestrito das FAs às suas pretensões políticas.

           É sabido que as Forças Armadas estão, como reza a Carta de 88, sob autoridade suprema do Presidente da República e é nesse ponto que se apegam esses extremos da política, para fazer valer seus pontos de vista. Os ensinamentos da Venezuela estão bem aí nas bordas de nossa fronteira para servir como alerta da possibilidade dessa abdução do poderio militar em proveito de governos, sejam quais forem.

           Lá, as FAs foram totalmente aparelhadas para servir de suporte, como guardiãs de um governo condenado por todo mundo civilizado, levando à ruína total daquele que já foi um dos mais prósperos países de nosso continente. Lula e seu ideólogo de algibeira, José Dirceu, já declarou à imprensa que um dos maiores erros do seu governo foi o de não ter captado, para seu entorno, o grosso das Forças Armadas.

           Também não tem escondido sua pretensão de que, caso eleito, irá corrigir, de imediato, esse erro, transformando essa Força num braço auxiliar e armado de seu partido, seguindo os ensinamentos do próprio Presidente Maduro, da Venezuela, onde até uma força paramilitar foi organizada para eliminar a oposição.

           A possibilidade do atual ministro da Defesa Braga Neto vir a compor a chapa de Bolsonaro como vice, além da instalação de diversos militares em postos chaves do Estado, são sinais, dizem os observadores, de que há, em andamento, um lento e progressivo aparelhamento do governo com vistas a assegurar que, no caso de reeleição, haja uma atração das FAs para a órbita do Executivo.

           Em matéria intitulada “Reação ao uso político das Forças Armadas”, publicada nesse jornal, de autoria de Cristiane Noberto e Rafhael Felice, o general Santos Cruz diz, textualmente, que Bolsonaro vem fazendo uso político e exploração das Forças Armadas. Santos Cruz, um militar respeitado por seus pares e que conhece por dentro o funcionamento e o espírito das FAs, não se intimida em afirmar que o atual governo tem como estratégia pessoal cooptar os militares, tanto para a sua base eleitoral como para seus propósitos.

           O fato é que as FAs correm nessas eleições o risco de virem a cair na cantilena tanto das esquerdas como da direita. Caberá, à população que tudo assiste, equilibrar-se entre esses dois abismos, caso o que reza a Constituição vir a ser transformado em letra morta. Por certo, tanto a direita como a esquerda, nessa altura dos acontecimentos, já se certificaram que a perpetuação no Poder passa primeiro pela captação das Forças Armadas.

           O que não se pode negar é que existe hoje, entre o oficialato das Fas, simpatizantes de um lado e de outro. Mais do que nunca, os brasileiros devem torcer para que os caminhos constitucionais prevaleçam sobre a vontade de governos. Eles passam, a gente fica.

A frase que foi pronunciada:

A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.”

Mahatma Gandhi

Foto: Rühe/ullstein bild/Getty Images

Urgente

São mais de 200 mil famílias cadastradas na assistência que ainda não conseguiram atendimento. A falta de pessoal para administrar os problemas sociais no DF reflete a inércia gerencial que parece ter perdido a obstinação em não convocar os aprovados no concurso da Sedes/2018 e começa a preparar a chamada da lista de especialistas e técnicos em assistência social.

Foto: Divulgação/Sedes-DF

Antes das eleições

Deputado Federal Júlio César Ribeiro, da base do governo, pelo partido Republicanos, está acompanhando as emendas parlamentares feitas para o DF, inclusive a nomeação dos aprovados no concurso da Sedes/2018. Representantes dos 466 aprovados estiveram em comissão no auditório José Alencar. Entre eles, apenas 20 administradores aguardam pela promessa do governador em nomear todos.

Publicação realizada no perfil oficial do deputado federal Júlio César no Instagram

 

Poder

Também do Republicanos, nascido em São Paulo, e representante do DF, o deputado distrital Martins Machado, tem se desdobrado para fazer valer sua palavra aos aprovados nesse concurso. De um lado, mostram empenho aos aprovados e, de outro, aguardam a resposta que é justamente o indicador do poder desses parlamentares junto ao GDF. Fato interessante é que o deputado, ao perguntar, um por um dos representantes dos aprovados, o cargo e a classificação, ficou espantado ao perceber que apenas 3 administradores foram nomeados até agora e exclamou: “Para administrador está triste mesmo!”.

Publicação realizada no perfil oficial do deputado distrital Martins Machado no Instagram

SOS

Desde 1967, a Casa do Pequeno Polegar recebe crianças carentes de 1 a 3 anos em período integral. Agora as instalações precisam atender exigências dos Bombeiros, mas não há caixa para mais esse gasto durante todas as dificuldades que a pandemia impôs. Quem quiser ajudar o PIX é 00.094.714/0001-06 ou Banco do Brasil, agência 3129-1, CC 15387-7

História de Brasília

O hall dos elevadores do bloco 1 dos ministérios não tem mais onde sejam colocados cartazes. Agora, até plantas de clubes já estão sendo expostas. (Publicada em 17.02.1962)

Petrópolis é o Brasil que vai desmanchando

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Foto: Estadão Conteúdo

 

         De quatro em quatro anos, os brasileiros têm nas mãos a grande chance de mudar radicalmente os rumos do país, delegando a cidadãos, probos, a representação política e o governo da Nação. Estranhamente, a cada temporada dessa, os eleitores teimam em repetir erros grosseiros, votando em candidatos que, lá na frente, voltam a atentar contra a cidadania, mantendo e até piorando a situação de toda a população.

        Por certo, deve haver, nessa atitude masoquista coletiva, um componente psicológico ligado ao suicídio ou à própria autoflagelação. Desde o período da redemocratização, assistimos a uma sequência, até monótona, de governos e de congressistas que, volta e meia, deixam as páginas políticas e ingressam no noticiário policial, como protagonistas das mais escabrosas histórias de crimes, todas elas contra o cidadão e a cidadania

        Sabedores desse desleixo e volúpia dos eleitores, os partidos políticos, na figura de seus caciques, vão pondo em prática um conjunto de regulações que amarram as necessidades dos cidadãos às exigências estabelecidas pelas legendas, criando um labirinto que obriga o eleitor a votar em candidatos escolhidos a dedo pelas agremiações.

        É o novo curral, com o corredor estreito, levando o gado direto para o matadouro. O que resulta desse pouco caso dos eleitores, na hora cívica do voto, pode ser conferido em episódios dantescos como os ocorridos agora na antiga cidade imperial de Petrópolis, uma das joias do nosso passado. Podem ser conferidos também nas enchentes que devastaram o Sul da Bahia, pela falta no atendimento médico em hospitais e numa série, sem fim, dos outros flagelos, todos eles decorrentes de má gestão ou negligência por parte dos dirigentes deste país. Antes das enchentes, o que se viu foram incêndios monstruosos que destruíram, por completo, tanto o Museu Nacional do Rio de Janeiro como o Museu da Língua Portuguesa e outros símbolos do nosso patrimônio artístico e cultual.

        Fôssemos fazer aqui uma lista das catástrofes, ditas naturais, mas que decorrem da total falta de empenho e interesse por parte das autoridades brasileiras, necessitaríamos de uma centena de páginas, apenas para enumerar cada uma delas. Na verdade, o que os eleitores têm colhido das eleições é exatamente o que têm semeado com seus votos. O Pior é que, quando surgem candidatos tocando na ferida e alertando para a continuação dessa descida sem fim aos infernos, a mídia e o grosso da classe política tratam logo de desacreditá-lo, lançando-o na vala comum em que jazem outras possíveis alternativas para esse desatinado destino. Não é por outra razão que, volta e meia, ressurgem, das cinzas, candidatos com uma folha pretérita capaz de provocar ciumeiras nos maiores chefões do crime organizado, e que, sem cerimônia e apostando no desdém dos eleitores, lançam-se. Impávidos, em campanha, certos da vitória e, portanto, da impunidade.

Petrópolis não é nenhuma neófita em calamidade provocada pelas chuvas. Da última vez que esse fato ocorreu, com mortes e outras perdas, as autoridades locais cuidaram logo de desviar os recursos enviados para os flagelados. Nada foi feito! Agora a história se repete e, logo mais, cai no esquecimento, à espera de outras temporadas de chuva que, com certeza, virão.

        Em 2011, uma CPI sobre as catástrofes na região teve seu relatório final jogado para o fundo de uma gaveta qualquer. Enquanto o Brasil real procura seus mortos soterrados em avalanches ou busca vagas inexistentes em UTIs, na Câmara, seu presidente, ocupa-se em votar, com urgência, pautas como a liberação dos jogos de azar ou a isenção de IPTU para imóveis ocupados por igrejas, além de propostas que blindam, ainda mais, os parlamentares das importunações da Justiça.

        O mais deprimente é constatar que eles todos estão com a razão, pois receberam, legalmente, nas eleições, a procuração da sociedade para agirem como agem nesse e em outros mandatos que virão.

A frase que foi pronunciada:

A democracia não pode ter sucesso a menos que aqueles que expressam sua escolha estejam preparados para escolher sabiamente. A verdadeira salvaguarda da democracia, portanto, é a educação”.

Franklin D. Roosevelt

Franklin D. Roosevelt, em 1937. Foto: UPI / Bettmann Archive

 

Ilegal livre

Enquanto o DF Legal fiscaliza residências legalizadas, compradas com todos os impostos e taxas pagos, impondo curvatura de calçada a tantos graus para liberar habite-se, condomínios que tomaram conta do cerrado ilegalmente, na Estrada Parque Paranoá Norte, cercam a área com muros e trancam as entradas impedindo cidadãos de ir e vir.

Foto: dflegal.df.gov

Malemolência

Consumidores de Brasília cortam a indústria dos exames de uma forma simples. São atendidos por médicos de certa clínica e fazem exames de imagem em outros locais. Assim, a contagem de exames pedidos pelos médicos é creditada em outras instituições. Os pacientes portadores de excelentes planos de saúde temem com o excesso de indicações cirúrgicas, além do volume de exames pedidos. É preciso coragem para mexer nesse vespeiro.

Foto: reprodução da internet

História de Brasília

Novas passagens de nível das tesourinhas estão sendo revestidas. Já foram aprovados os esquemas de iluminação, que será dos mais perfeitos. (Publicada em 17.02.1962)

Algo de podre

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Congresso Nacional. Foto: EBC

 

        Na impossibilidade de cada um dos mais de trinta partidos políticos existentes eleger o presidente da República de seu gosto, o Congresso apressou-se na confecção do modelito das federações, capaz de contemplar cada legenda, com o máximo possível de cargos eletivos. Obviamente que, na sequência dessa medida, virão os maiores benefícios e ganhos dentro do que é concebido no receituário do presidencialismo de coalizão.

        A opção pelas confederações de partidos foi uma fórmula encontrada para adiar o sepultamento dos partidos nanicos. Trata-se aqui de um arranjo ou de um puxadinho que passa longe do que seria o ideal para o eleitor, ou seja: a existência de, no máximo, quatro ou cinco partidos, com uma honesta linha ideológica.

        Não surpreende que as reformas políticas, costuradas por parlamentares, acabem sempre servindo unicamente aos propósitos de grupos políticos e nunca em benefício e proveito para os eleitores. Em matemática, seria a representação de um conjunto vazio ou, em outras palavras, a união de várias nulidades, cujo propósito é aquele que já conhecemos de antemão.

        O que chama a atenção nas eleições desse ano é o desejo demonstrado por todos os partidos em fazer o maior número possível de parlamentares, para a Câmara e para o Senado. De repente, todos os partidos, em uníssono, passaram a mirar suas atenções no Poder Legislativo.

        É tamanho o desejo e a ânsia com que se voltam para esse Poder da República que até o santo desconfia. O que teria de tão atraente no Legislativo que passou a atrair tanto o desejo das mais de trinta agremiações ao mesmo tempo? Pergunta o eleitor atento. Lamentavelmente, a resposta para essa questão passa muito longe de qualquer ideário republicano ou ético.

        Acontece que os caciques dessas legendas se deram conta de que o Legislativo, dentro da desvirtuação sofrida pelo dito modelo de presidencialismo de coalizão, é que comanda hoje o grosso dos recursos da União. Aí está o interesse real dos partidos. As emendas secretas, emendas de relator, emendas individuais e de bancadas, somadas aos fundos partidários e eleitorais, além da distribuição de cargos no Executivo para os apoiadores do governo, passaram a representar um forte chamariz para esse enxame de partidos, que pairam como moscas varejeiras sobre carne em putrefação.

        É esse o retrato em preto e branco desse súbito desejo em formar bancada no Congresso. Para os cientistas políticos que preferem enxergar nuances amenas, tanto na construção das federações como na estratégia marota de fazer número no parlamento, relacionando todo esse movimento às exigências da política, resta, talvez, um pedido de desculpas, não sem antes chamar a atenção para o cheiro ruim que todos esses arranjos estão a exalar.

 

A frase que foi pronunciada:

Quando refletimos em profundidade, um ânimo depressivo acerca da depravação de nossa época, frequentemente nos ocorre pensar que o mundo se aproxima do seu dia final. E o mal se acumula de geração em geração.”

Goeth (1828)

Perigo a prazo

Hora de o GDF gerenciar as antenas da Torre de TV. Antenas de rádios e TVs que não existem mais estão acopladas ocupando espaço. Não há o menor controle sobre o espaço.

Torre de TV. Foto: Roberto Castro/Mtur

Fotos e fatos

Sem paz no restaurante. Bolsonaro é abordado em Moscou por inúmeros fãs, pousando para fotos e declarando simpatia ao presidente brasileiro.

Homenagem

Quem comemora nova idade hoje é o colaborador Mamfil, que brinda nossos leitores junto à equipe da coluna e do Blog do Ari Cunha. Nossos votos de muitas realizações e conquistas.

Mamfil. Foto: Arquivo Pessoal / Blog do Ari Cunha

Pouco inteligente

Um sol que não brilha, um sol que não ilumina e nem dá vida. Mais de 1000 km de ferrovia entre o Sinop e o porto do Rio Tapajós em Miritituba enfrenta imposições do PSOL, que é contra o projeto de escoação da produção brasileira tornando o processo mais barato. Oposição tacanha que não parece ser do mesmo Brasil.

Foto: reprodução da internet

Petrópolis

É inacreditável que gente sem escrúpulo consiga usar uma situação de tragédia para criar página falsa e desviar as doações para Petrópolis. Quem não sabe como ajudar as vítimas de Petrópolis, aí está o telefone para doar pelo PIX 24 99303 8885.

Cartaz publicado no perfil oficial @sos_serra, no Instagram

História de Brasília

Pasmaria quando souber que êsse mesmo senhor está agora, dessembargador Sousa Neto está em atendimentos no Rio para arrendar o “DC-Brasília”. (Publicada em 17.02.1962)

Os fios desencapados do Telegram

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Foto: reprodução da internet

 

             É na religação de um emaranhado de fios desencapados que, muitas vezes, é possível restabelecer conexões perdidas, capazes de estabelecer paralelos curiosos entre falsidades e a verdade dos fatos. Esse é o caso do site russo Telegram, fundado em 2013 e que hoje se posiciona como a maior rede social daquele país, cuja sede encontra-se localizada não em Moscou, mas nos Emirados Árabes.

        Desde que estreou no circuito das redes sociais do Brasil, o Telegram tem chamado a atenção da população e, principalmente, das autoridades pelos conteúdos que dissemina, sem uma checagem séria e profissional dos fatos e pelo estranho interesse que esse canal da Internet parece demonstrar com os assuntos de Estado.

        Não têm sido poucas as reclamações das autoridades com relação ao Telegram. Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral firmou acordo com as principais plataformas e redes sociais para ajudarem no combate a disseminação de fakenews durante as eleições deste ano. O Telegram ficou de fora. Não é de hoje que as autoridades ensaiam banir o Telegram do Brasil, que, em resposta aos inúmeros ofícios da Justiça Eleitoral, pedindo explicações, sempre responde com silêncio. Um silêncio, diga-se de passagem, bastante comprometedor, a revelar um nítido envolvimento deste aplicativo na disseminação tanto na divulgação de teorias da conspiração como de informações falsas e que colocam em risco a segurança do país.

        Essa terra de ninguém, em que parece ter se transformado o mundo das redes sociais, é onde hackers e haters buscam abrigo para o cometimento de crimes, muitos deles financiados por grupos dentro e fora do país, interessados tanto na desestruturação do Estado como em interferir nos resultados das eleições. A imprensa tem divulgado informações da Polícia Federal em investigações que ligam o Telegram a nichos como o chamado “gabinente do ódio” (de todos os lados) e outros grupos políticos, interessados em tumultuar e interferir nas próximas eleições.

        O assunto é sério, embora tratado com certa parcimônia por parte da imprensa. Há interesses de pessoas poderosas com ligação à plataforma Telegram. Há quem fale, inclusive, em terrosismo digital. O fenômeno não ocorre só no Brasil. Dias atrás, na Alemanha, o aplicativo Telegram foi acusado de derrubar cerca de 60 canais naquele país, todos acusados de propagar fakenews sobre a pandemia de Covid-19.

        Algumas autoridades, que pedem anonimato, chegam a insinuar que o governo russo estaria por trás, comandando diretamente esse aplicativo. Na Alemanha, a ministra do Interior, que cuida desses assuntos, Nancy Faeser, afirmou que “o Telegram não deve mais ser um acelerador para extremistas de direita, teóricos da conspiração e outros agitadores, inclusive com ameaças de morte, mensagens de ódio.” O ministro Edson Fachin, que assumirá a presidência do TSE, declarou agora que “a Justiça Eleitoral já pode estar sob ataque de hackers, vindos diretamente da Rússia”, atribuindo essas ofensivas ao aplicativo Telegram.

        Curioso é verificar que as gravações feitas por esse mesmo aplicativo, quando da invasão e escuta nos celulares de altas autoridades, nos episódios conhecidos como “Vaza Jato”, foram usadas por ministros do próprio Supremo Tribunal Federal, para transformar, em pó, todas as investigações feitas pela Operação Lava Jato. Na ocasião, provas ilícitas de conversas roubadas e adulteradas serviram como provas legítimas para anular as condenações feitas pelo juiz Sérgio Moro.

        Tal feito ou malfeito devolveu, às ruas e à liberdade, o maior corrupto que este país já hospedou. Os próprios controladores do Telegram, devem ficar confusos com o Brasil, um país considerado impróprio para amadores de qualquer tipo, mesmo russos.

 

A frase que foi pronunciada:

No Brasil, até o passado é incerto.”

Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda

 

Pedro Malan. Foto: Gustavo Miranda / Agência O Globo

Boa intenção

Uma lei com muitos lados. O projeto de lei 1.665/2020, que foi apresentado pelo deputado federal Ivan Valente (Psol), aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Bolsonaro, só vai conseguir proteger os motoqueiros que conseguirem permanecer empregados.

Foto: Arquivo Tecnodata

Na prática

Melhor mesmo seria educar os motoqueiros no trânsito e alargar os prazos de entrega. Nosso jornal estampou, em 2009, a seguinte manchete: “Profissionais que usam motos para fazer entregas admitem cometer muitas infrações no trânsito.” Atualizada em 2020, a notícia traz uma pesquisa da UnB que mostra a razão da imprudência: cumprimento de prazos.

 

História de Brasília

A ver pelo número de embaixadas em construção em Brasília, pode-se notar perfeitamente que as legações estrangeiras estão dando o exemplo que o Itamaraty não quis dar. (Publicada em 17.02.1962)

A semiverdade e o semipresidencialismo

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Charge do Laerte

 

        Convenhamos: do presidencialismo de coalizão, onde o Executivo só pode desempenhar suas funções mediante a concessão de infinitas benesses aos parlamentares, a maioria, flagrantemente, antirrepublicanas, até ao semipresidencialismo, modelo proposto agora pelo presidente da Câmara, é um pulo, bastando apenas a troca de denominação do sistema.

        Uma coisa e outra são vizinhas, habitando o mesmo espaço, dentro do Congresso Nacional. Propor debate em torno de proposta dessa natureza é só um meio de oficializar o que, na prática, já acontece desde a redemocratização. É preciso entender que, em si, o presidencialismo de coalizão, de acordo com estudos desenvolvidos pelo cientista político Sérgio Abranches há mais de três décadas, mesmo considerando que esse sistema se mostrou, desde sempre, um importante dilema institucional para o país, em tese, funcionaria bem, caso houvesse, de antemão, uma representação política de inegável qualidade ética e profissional dentro do Poder Legislativo.

        Obviamente que a qualidade da representação está diretamente ligada à qualidade do eleitor e à elevação do ato de votar a uma categoria de racionalidade, impensável para a média dos eleitores brasileiros. São ciclos hermeticamente interdependentes, forçando a perpetuação de um sistema que hoje tem a cara e a assinatura do eleitor.

        Mesmo que a proposta, caso venha ser aprovada, tenha sua implementação somente na próxima década, o assunto, por sua periculosidade, mereceria, desde já, um detido exame à luz de um microscópio de elétrons, um dos mais acurados hoje em dia.

        O semipresidencialismo, se for tomando a exemplo da qualidade da atual composição política do Estado, não irá passar de uma semiverdade, imposta por um pseudomodelo que pode vir apenas para escancarar os cofres da União. O que se propõe aqui não é nem um parlamentarismo puro, nem um presidencialismo misto, mas algo situado entre as ambições desmedidas da classe política e a pouca ou nenhuma disposição para governar demonstrada pelo governo.

        Aliás, é nesse vácuo, propiciado pela pouca disposição em fazer valer o que manda a Constituição para cada um dos Poderes da República, que surgem propostas desse nível, que mascaram um modelo a ser confeccionado apenas para gaudio dos políticos que temos. O que vimos até aqui é que a disposição em governar, comme il faut, só não é maior do que o desejo de cooptação da vontade dos políticos, por meio de prebendas e outros agrados. O presidencialismo de coalizão, como praticado entre nós, alcançou os píncaros de sua essência com os governos da esquerda, por meio de práticas como o mensalão, petrolão e outros mecanismos criminosos e pode atingir, com essa nova proposta, a perfeição, caso venha a ser implementado, de fato.

        O que ocorre é que os políticos, de olho na possibilidade de uma vitória das esquerdas, já começam a aplainar o terreno para a reentrada do Partido dos Trabalhadores no comando do país, dando a essa sigla e aos seus asseclas um Estado prontinho para ser novamente dilapidado, dessa vez, dentro do que estabelece o tal semipresidencialismo.

        Não se trata aqui, nessa proposta, de nenhuma movimentação ou interesse no sentido de modernizar as relações institucionais do país, sempre conflituosas, e fator de insegurança jurídica permanente. O que se tem é a oficialização de práticas de governo que os cidadãos de bem, há muito, já condenaram. Trata-se, pois, de uma mudança visando estabelecer, juridicamente, a cleptocracia.

A frase que foi pronunciada:

Leia não para contradizer nem para acreditar, mas para ponderar e considerar. Alguns livros são para serem degustados, outros para serem engolidos, e alguns poucos para serem mastigados e digeridos. A leitura torna o homem completo, as preleções dão a ele prontidão, e a escrita torna-o exato.”

Francis Bacon (1561-1626)

 

Francis Bacon. Foto: oglobo.globo.com

Mais segurança

Prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, a falha na identificação da criança recém-nascida pode ser punida com até um ano de detenção. Muitos casos no passado foram descobertos por causa da aparência das crianças ou instinto materno. No final de 1998, em Osasco, pelo menos 19 famílias sofreram por esse erro.

 

Cientista

Montagnier e Françoise Barre-Sinoussi dividiram o Nobel em 2008. Isolaram o vírus do HIV (da Imunodeficiência humana) no Instituto Pasteur, em Paris. Graças ao estudo, os testes da doença e antirretrovirais foram controlados. Mantagnier faleceu semana passada. Veja, no link Covid-19 : les élucubrations du Pr Montagnier, l’hypothèse d’un accident dans le P4 de Wuhan, a opinião de Montagnier sobre o Covid.

Luc Montagnier. Foto: PIERRE BOUSSEL

/ França
Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da AIDS, está morto

Publicado em:10/02/2022 – 17:42

O Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da AIDS, Luc Montagnier, durante uma coletiva de imprensa sobre vacinas e vacinação, 7 de novembro de 2017 em Paris. © Stephane de Sakutin, AFP

Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da Aids, morreu na terça-feira aos 89 anos no hospital americano de Neuilly-sur-Seine. Tendo se tornado uma figura controversa para várias teorias por mais de dez anos e gradualmente banido da comunidade científica, ele voltou a ser comentado por comentários contra as vacinas anti-Covid.

O professor Luc Montagnier morreu terça-feira no hospital americano de Neuilly-sur-Seine (Hauts-de-Seine), informou a AFP quinta-feira, 10 de fevereiro, ao prefeito da cidade Jean-Christophe Fromantin.

Rejeitado tarde por teorias duvidosas, ele ficará para sempre associado à descoberta do vírus da AIDS que lhe rendeu o prestigioso Prêmio Nobel de Medicina.

Seus comentários controversos contra as vacinas anti-Covid o colocaram novamente no centro das atenções, atraindo-lhe a simpatia do antivax e desacreditando-o um pouco mais junto à comunidade científica.

“Sempre procurei o inusitado. Tenho dificuldade em trabalhar com uma corrente já estabelecida”, confidenciou este biólogo especializado em vírus em um documentário dedicado ao trabalho que ele mesmo qualificou de “enxofre” sobre a “memória da água”, transmitido na França 5 em julho de 2014.

Óculos finos de metal, olhos brilhantes e rosto ainda de bebê aos 80 anos, o virologista se descreveu como um “marginal” de jaleco branco apesar de seus louros internacionais, com o Prêmio Nobel concedido em 2008 por uma descoberta feita um quarto de século antes .

“Doenca 4H”
É preciso mergulhar na atmosphere dos anos 1980 para hear a febre que tomou conta de um punhado de laboratórios ao redor do mundo: descobrir o mais rápido possível a origem de uma estranha doença que foi chamada, por falta de melhor, “doença de 4H” (porque parece atacar mainly homosexual, viciados em heroína, haitianos e hemofílicos).

Nascido em 8 de agosto de 1932 em Chabris in Indre (centro da França), where virologist Luc Montagnier directed from 1972 no Institut Pasteur um laboratório especializado em retrovírus e oncovírus (responsável pelo câncer).

No início de 1983, ele isolated com seus “associados” Françoise Barré-Sinoussi e Jean-Claude Chermann um novo retrovírus que ele batizou temporariamente de LAV (Lymphadenopathy Associated Virus) from uma amostra colhida pelo Dr. Willy Rozenbaum de um patiente jovem , um homossexual que morava em New York.

É para ele o “causal” agent da nova doença. Mas has discovered é recebida com “ceticismo”, in particular pelo americano Robert Gallo, great especialista in retrovírus.

“Durante um ano, sabíamos que tínhamos o vírus certo (…) mas ninguém acreditou em nós e nossas publicações foram recusadas”, disse Montagnier 30 years ago.

In April 1984, Margaret Heckler, Secretary of Estado da Saúde dos USA, announced that Robert Gallo had encountered a cause “provável” da AIDS, um retrovírus chamado HTLV-III. Mas o último acaba por ser estritamente idêntico ao LAV encontrado anteriormente pela team de Montagnier…

“Co-descobridores”
A polêmica aumenta: quem é o verdadeiro descobridor do virus da imunodeficiência humana (HIV), Montagnier or Gallo? A questão é important porque permite resolver a questão dos royalties vinculados aos exames de triagem.

A dispute chegou a uma conclusão provisória e diplomática em 1987: os Estados Unidos ea França assinaram um compromisso no qual Gallo e Montagnier foram oficially descritos como “co-descobridores”.

O verdadeiro epílogo vem 20 anos depois, com a entrega do Nobel pela descoberta do HIV, não a Gallo, mas a Montagnier e sua parceira Françoise Barré-Sinoussi. Jean-Claude Chermann será esquecido pelo prestigioso júri .

Alguns anos depois, para o 30º aniversário de sua descoberta, o professor Montagnier elaborou uma avaliação mista deste épico para a AFP: “Não conseguimos erradicar a epidemia ou mesmo a infecção porque não sabemos curar alguém que está infectado “. Os medicamentos antirretrovirais podem efetivamente amordaçar o HIV, mas não eliminá-lo completamente do corpo das pessoas infectadas.

“Antivax”
Since leading a department of AIDS and retroviruses with Pasteur from 1991 to 1997, since teaching at Queens College in Nova York since 2001, where Professor Montagnier has been crusading his scientific pesquisa and gradually banishing his scientific community.

Resumo da semana
France 24 convida você a voltar às novidades que marcaram a semana

Eu subscrevo
Ele defende a “trilha microbiana”, porém sujeita a cautela, para explicar o autismo . Retoma a tese unanimemente rejeitada do pesquisador francês Jacques Benveniste segundo a qual a água retém a marca (a “memória”) de substâncias que não estão mais lá. Ele defende teorias sobre a emissão de ondas eletromagnéticas pelo DNA, promove o mamão como remédio para certas doenças.

Suas repeated posições contra as vacinas lhe renderam em novembro de 2017 a condenação contundente e official de 106 members das Academias de Ciência e Medicina.

Le Figaro descreve sua carreira como um “naufrágio científico lento”. Durante a pandemia de Covid-19, voltou a ilustrar-se, afirmando que o vírus SARS-CoV-2 foi manipulado em laboratório com a adição de “sequências, em particular, do HIV” e que as vacinas são responsáveis ​​pelo aparecimento de variantes.

Essas teses, combatidas por virologistas e epidemiologistas, jogaram um pouco mais de descrédito em um cientista que se tornou um “pária” entre seus pares.

Com AFP

História de Brasília

Mais uma emenda à Constituição será tentada novamente. O sr. Anisio Rocha insiste na pena de morte, e não sabemos a quem isto vai favorecer. Nem prejudicar também. (Publicada em 17.02.1962)