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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Dos muitos sustos que as eleições provocam nos eleitores mais atentos a essa dança de acasalamentos entre porcos espinhos e cobras criadas, nenhum outro é mais espantoso do que assistir, estupefatos, a volta de alguns candidatos, tanto na paisagem local como na nacional. Pessoas ou zumbis, que muitos acreditavam já estarem sepultados e enterrados sob sete palmos ou atrás das grades.
A volta desses presos ou mortos-vivos da política, todos eles devidamente condenados por crimes de corrupção, em suas mais variadas modalidades, é como uma bofetada na cara dos cidadãos. Eis-nos de novo, diante do eterno ciclo da impunidade, com a sociedade tornada refém desse bando de malfeitores que, certamente, voltará a ocupar os diversos cargos públicos, munidos dos mesmos mecanismos de proteção contra as leis, propiciados pelo foro privilegiado, donde, com certeza, voltarão a delinquir.
O pior, se é que isso ainda é possível, é que, se seguirmos o que as pesquisas indicam, esses dublês de homens públicos irão ocupar da presidência da República até o menor cargo eletivo nos municípios e mesmo no Distrito Federal, assegurando, com isso, que o futuro, como pretendido pelos cidadãos de bem, ainda é uma miragem bem distante.
Não carece aqui mencionar os nomes desses meliantes. Estão todos estampados nos jornais e não merecem crédito algum. Mesmo com a imprensa do país dando pouca atenção a esse fato, como se isso fosse pouca coisa ou nada aos pagadores de impostos.
Confirmadas as expectativas, teremos, depois de 2022, o mais assustador conjunto de políticos comandando os destinos do país. Por certo, irão guiar a grande caravela Brasil de encontro aos rochedos, depois de saquear o navio, deixando a tripulação, que somos nós, ao sabor da sorte. Num país em que os eleitores voltam as costas para um juiz e saem correndo para abraçar conhecidos meliantes, nada se pode esperar de bom. Somos e nos mantemos como a grande piada internacional.
Quando se assiste, nas redes sociais, alguns eleitores agradecendo fervorosamente ao prefeito, porque em seu município está chovendo, e quando outro, ainda mais sabido, atravessa a conversa dizendo que não se deve agradecer ao prefeito, mas sim ao presidente da República, porque a chuva é federal e está caindo em todo o país, a certeza que se tem é que levaremos ainda séculos para conseguir alcançar um verdadeiro Estado Democrático de Direito, onde todos serão iguais perante a lei.
O voto, que seria, em tese, nossa redenção e inserção no primeiro mundo civilizado, tornou-se, pelos mecanismos burocráticos da máquina do Estado, um salvo conduto para malfeitores agirem livremente. Alia-se a esse fato todo o emaranhado tecnológico em que se transformou o voto eletrônico, como estampam artigos acadêmicos e de tecnologia, cujo o comando fica em mãos de personagens, que, todos sabem, não escondem sua predileção partidária.
Vivemos tempos estranhos e malfazejos em que toda uma população, minimamente desperta e ainda crente nos princípios da ética, vive cercada, de um lado, por uma gente que despreza o voto e desconhece sua significância. De outro lado, por aqueles que comandam todo o processo, de dentro da máquina, e tudo fazem para que essa realidade cruenta permaneça imutável, pois tal status satisfaz seus desígnios, bem como daqueles que pensam da mesma forma torta.
A frase que foi pronunciada:
“A justiça é como uma serpente, só morde os pés descalços.”
Eduardo Galeano
Máxima atenção
Deputado federal Capitão Fábio Abreu elaborou projeto de lei que reconhece o TDAH, déficit de atenção como deficiência. Na proposta, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade respalda, com efeitos legais, os portadores desse diagnóstico. Veja como votar no projeto acessando o link: https://forms.camara.leg.br/ex/enquetes/2291884.
Vale ajudar
O Instituto Solidário A Vida precisa de doações de leite em pó da marca Pregomin Pepti para o pequeno Luís Gustavo. A instituição fica na Qr 401, Conj 13, Lote 3, em Samambaia Norte. Crianças deficientes e abandonadas, crianças convalescentes com pais sem condição financeira para tratamentos. Ligue para 99323-3440 para mais informações.
Novidade
Presidida pelo jurista Ricardo Cueva, do Superior Tribunal de Justiça, com relatoria da jurista Laura Schertel, uma comissão foi instalada no Senado com o propósito de discutir um Marco Regulatório sobre a Inteligência Artificial. A iniciativa partiu do senador Eduardo Gomes (MDB-TO). As informações são da Agência Senado.
História de Brasília
Nesta mesma página os senhores encontrarão uma carta ao nosso diretor, assinada pelo sr. José Pereira Caldas, a propósito da mudança do Ministério da Fazenda. (Publicada em 20.02.1962)
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Parafraseando o ditado que diz que “em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão”, inspirou-nos a trova:
Num país como o nosso
Em que os 3 Poderes da República
vivem em constantes disputas e desunião
Exigir que cada um cumpra, à risca,
O que diz a Constituição
É, além de descabido
Uma grande tapeação.
Fôssemos aqui elencar
todo o rosário de atropelos
Que entre si travam há tempos esses Poderes da União
Diríamos que nessas querelas hoje em dia
Ninguém possui um naco de razão.
Na verdade, o veredito certeiro
Para todos esses entreveros
Que em última análise
prejudica os cidadãos
Declara ser a todos imputado
Plena culpa e ampla admoestação.
Erram todos e de maneira distinta
Contribuindo com esse desatino para a credibilidade de Estado perder
Esfarrapam os Poderes com a nação a enlanguescer
Perdem o respeito dos indivíduos e de toda a cristandade
Com a imagem maculada
Não se cansam de maldades
Muito bem faz o eleitor
Em sair em debandada
Virando as costas para uma elite de insensíveis dirigentes
Que por seus desatinos e más condutas
Mas se assemelham a engravatados indigentes
Nessa repetição de desarrazoadas decisões
Mesmo a boa gente, com toda a paciência que lhe é reconhecida
Já não esconde no rosto uma imagem cansada e desiludida
Ministros altaneiros, cujas origens passam longe da toga e da magistratura
Legislam abertamente tecendo o pano da impostura
Com o manto da impunidade
Cobrem políticos aldrabões
Numa eterna maquinaria
A blindar nobres fanfarrões
O Legislativo que há muito o respeito perdeu
Vive de negociatas
Vendendo o meu, vendendo o seu.
Mesmo o Executivo
Cuja a presidência um dia um mau ladrão ocupou
É vista hoje pelo povo injuriado
Como Poder que mal falado
A ética deturpou.
Os brasileiros, desanimados e entristecidos
Observam a cena toda entre raivosos e ensandecidos.
O desrespeito às leis e a própria Constituição
De tão flagrante e descarada
Leva-nos todos de roldão
Numa ensandecida desabalada.
A frase que foi pronunciada:
“É melhor escrever errado a coisa certa do que escrever certo a coisa errada…”
Patativa do Assaré
Honra ao Mérito
É bom que se registre a ação cirúrgica da Coordenação do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e da Segurança Pública em relação ao criminoso que pretendia fazer um massacre na capital do país. Com as informações, a Polícia Civil do DF levou adiante o protocolo.
Novidade
Novo planejamento educacional vai ser necessário para atender ao novo formato do Enem. Desde o planejamento pedagógico a dinâmica das aulas, projetos extracurriculares deverão ser repensados. O novo Exame Nacional do Ensino Médio foi acatado por especialistas. Veio para melhorar!
Para crianças
Uma nova abordagem feita pelo, já tradicional na cidade, Teatro Mapati. Trata-se de estreia de espetáculo da Cia Teatral Mapati, inspirado na poesia de Manoel de Barros, para trazer para o centro de reflexões das famílias, de forma lúdica, o envelhecer e o Alzheimer. Veja mais informações no link: Temporada de estreia – Espetáculo Avô Árvore, Menino Pássaro.
História de Brasília
O regime não funciona, não é por isso não. É porque todos os ministros são uns eternos turistas e o que é pior, turistas sem planos. O ministro da Viação, que faz planificação de trabalho, pode apresentar resultado positivo. Os demais, coisíssima alguma. (Publicada em 20.02.1962)
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Existe uma diferença estelar entre o que é hoje, sob o pseudônimo, “bancada evangélica” e o próprio Evangelho, conforme apresentado no Novo Testamento da Bíblia Cristã. Mesmo quanto ao significado dessa palavra grega, traduzido como “Boa-Nova”, essa distância só poderia ser aferida com a utilização de unidades de medidas astronômicas (au), ainda mais quando se analisa, de perto, o real significado e o que é, e pretende, de fato, essa bancada, organizada sob a falsa pele do evangelismo.
De boa-nova, já se sabe, nada trazem de bom e que possa ser aproveitado pelo eleitor, mesmo aqueles cujo fanatismo turva a visão e a razão. Trata-se aqui de uma bancada que, à semelhança das bancadas do boi e da bala, é organizada apenas para somar forças e, com isso, garantir o máximo possível de vantagens para cada um, isoladamente, e para seus nichos específicos, dentro da autêntica e velha máxima do “toma lá, dá cá”. Não há boa-nova possível em práticas velhas, assim como não é prático colocar-se remendo novo sobre tecido velho. Ainda que fôssemos imaginar que a formação de uma bancada dessa natureza obedeceria às regras do jogo que é jogado no Legislativo, ainda assim estaríamos diante de uma aberração e negação do que seria uma boa-nova.
Quando se trata de um jogo viciado, recorrente dentro do parlamento, em que as boas práticas da ética são postas de lado, e quando o próprio sentido de República é, seguidamente, conspurcado em benefício de um individualismo tacanho, não há alcunha possível capaz de nomear qualquer grupo político, muito menos com o carimbo de evangélico. O que se tem aqui é o mais puro “Homo Homini Lupus”, numa briga feroz e em que, ao cidadão, caberá o que cair da mesa do banquete.
A questão curiosa aqui é porque o cidadão e eleitor jamais foi brindado com a formação da bancada da ética ou a bancada dos princípios republicanos. Ou mesmo com a criação da bancada da lei, dos fins dos privilégios e outras do gênero, que viessem impor o mais básico dos princípios: o povo paga e manda. Não surpreende, pois, que, como ocorrem com outras bancadas de pressão política, os escândalos se sucedem nesse nicho evangélico, como numa rotina monótona e pachorrenta do cotidiano.
A separação entre Igreja e Estado, princípio básico do modelo republicano e dos direitos humanos fundamentais, é relegado a terceiro plano, quando forças políticas, camufladas de religiosos, passam a interferir no ordenamento do Estado, exercendo pressão negativa para renúncias de impostos, para a indicação de membros dessa e daquela igreja para ocuparem cargos dentro dos Três Poderes e outras estratégias que, na visão do idealizador, viria a ser o cristianismo, pertenceria apenas aos césares e àqueles que encontraram, nas benesses e mordomias do Estado, o céu ou o paraíso.
O escândalo do momento, envolvendo o atual ministro da educação e um grupo de evangélicos que, supostamente, estariam sendo favorecidos com o orçamento bilionário dessa pasta, é apenas a ponta menor e visível de um gigantesco iceberg a remover o leito do oceano e a mistura, o que é de Deus e o que não é.
A frase que foi pronunciada:
“De todos os homens maus, os homens maus religiosos são os piores.”
C.S. Lewis
Personalidade
Muita gente não sabe, mas a mãe do jornalista Chico Sant’Anna foi uma das primeiras professoras na Casa Thomas Jefferson em Brasília. Norma Corrêa Meyer Sant’Anna, conhecida como Mrs. Sant’Anna. Depois lecionou inglês no Gila-Ginásio do Lago, francês na Aliança Francesa e português na Escola Americana. Chegou em Brasília em abril de 58 com os 4 filhos. Chico Sant’Anna tinha 6 meses de vida
Eleições, nada mais
Mais uma vez, os donos das mídias sociais atacam. Para empresários e em vários seguimentos de trabalho, a lista de transmissão no WhatsApp facilitava a comunicação. Agora, com a atualização, foi extinta. Parece que nada mudará esse ano.
Furos X Furadas
Em 28 de setembro, nas últimas eleições, o mais conhecido instituto de pesquisa paulista apontou a vantagem de Haddad: 45% para o petista, contra 39% de Bolsonaro. A Dilma seria senadora, João Doria iria para segundo turno, Zema estava na lanterna. É sempre bom voltar ao passado apenas para estudar.
Empoderamento
Dentro das iniciativas de valores femininos, está o Festival de Filmes de Mulheres. Para quem se inscreve na página, as opções são variadas. Veja na página: https://womensfilmfest.com/.
História de Brasília
O deputado Raul Pilla acusa o sr. João Goulart pelo não funcionamento do regime. Ora, se um homem pode atrapalhar um regime, é mais fácil o regime não prestar, que o homem. (Publicada em 20.02.1962)
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Duas podem ser as hipóteses que explicariam o favoritismo do ex-presidente Lula em muitos institutos de pesquisa de opinião. Há nesse caso um fato curioso a ser observado, quando se verifica que o ex-presidente petista, por todos os acontecimentos que redundaram em sua prisão e também na de seus mais próximos colaboradores, transformaram Lula numa espécie de candidato invisível, que só é visto por iniciados da sua seita, em ambientes especiais e fechados e pelas redes virtuais da internet.
Tem-se aqui um autêntico candidato fantasma à brasileira, fabricado, sob medida, pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, através de um polêmico processo, antijurídico, que trouxe consigo até um neologismo estranho: “descondenação”, ainda não tratado nos dicionários tradicionais. Não por outra, as eleições de 2022 vão se configurando num pleito inusitado, digno das ficções do tipo surrealistas. As duas hipóteses capazes de explicar o favoritismo do ex-presidente são os já desacreditados institutos de pesquisa, por suas metodologias acrobáticas, e um caráter que considera a corrupção e roubo dos recursos públicos atos sem grandes importâncias para a vida política e para o próprio sentido de cidadania.
A acreditar nessa hipótese, estamos num caminho sem volta, rumo ao brejo. A outra explicação para a vantagem nas pesquisas do ex-presidente e ex-presidiário é a de que o esquecimento dos fatos pretéritos, numa espécie de alzheimer político severo e coletivo, afeta a maioria dos eleitores neste país. Vale lembrar que não é o que se vê nas ruas. Mas, em qualquer das duas hipóteses, estamos no sal, desidratados de saúde e de caráter.
O simples fato de os brasileiros, como também atestam pesquisas recentes, classificarem o tema “combate à corrupção” como um projeto para o país menos importante do que fatores como a inflação e o desemprego demonstra que, a má formação ou a ausência total desta faz de nossos cidadãos presas fáceis para a engabelação desses profissionais da política.
O que se poderia esperar de um cidadão minimamente atento é que negasse perdão a gestor público ladrão. A explicação para o favoritismo nas próximas eleições de pessoas que dilapidaram os cofres públicos e empurraram o Brasil para a mais profunda crise de todos os tempos não pode ser debitada a sentenças do tipo que nos classificam como um país sem seriedade. Tampouco pode ter sua explicação no conluio estabelecido, de forma sorrateira, entre os eleitores e os eleitos.
Há aqui uma explicação que parece fugir aos alfarrábios de psicologia ou mesmo à hipótese do inconsciente coletivo, tudo isso com pitadas e propensões à autoflagelação e até à parafilia. Há, caso se confirmem as previsões dos institutos de pesquisa, um fenômeno, de ordem psíquica, a ser estudado no comportamento dos eleitores ou dos que publicam as pesquisas. Basta coletar as previsões das eleições passadas para compreender os índices bizarros de preferência e os votos recebidos.
Caso não exista mesmo essa doença mental, as probabilidades mais aceitas para explicar o comportamento do tipo esquizofrênico dos eleitores só poderão ser buscaas em tratados sociológicos como o de Sérgio Buarque de Holanda em “Raízes do Brasil”, de 1936, ou Casa Grande e Senzala de Giberto Freyre, de 1933. O mais certo e talvez mais popular seria buscar explicações do tipo antropológicas e sociais para essas preferências do eleitorado em obras como Pedro Malasartes ou “Macunaíma”, de Mário de Andrade, publicada em 1928. Até que o eleitor possa entender, definitivamente, que a corrupção antecede a males como inflação e desemprego e está na raiz de todos os nossos problemas como nação, muitas eleições terão passado, mantendo o Brasil onde sempre esteve: no passado.
A frase que foi pronunciada:
“Os institutos de pesquisa estão percebendo que as pessoas mentem.”
Luiz Felipe Pondé
Exposição
A partir do dia 22 deste mês, Lidia Daze e Ricardo Frade participam da Mostra Expressões Contemporâneas. Veja a programação a seguir.
Abuso
Tão inocente um kinder ovo. Geralmente comprado para satisfazer a criança gastando pouco. Mais do que a gasolina, mais do que o feijão, mais do que a carne. Um kinder ovo já chegou a R$ 50,00.
Como se tornar pior
Por falar em abuso, dessa vez sexual e livre. A Netflix está provocando a ira de quem não tem preguiça de educar os filhos. São pais que acompanham os menores e monitoram a forma de entrada de eletrônicos em casa. Só que, dessa vez, a Netflix apostou em um filme produzido por Danilo Gentili com atuação de Fábio Porchat, criticando adolescentes que não se prestam à lascívia. Veja a seguir.
História de Brasília
Dá nesses vexames, as promessas que os candidatos fazem em nome da Prefeitura. A ligação da luz na Asa Norte não pode ser garantida por ninguém. É um problema técnico, e tem seu tempo. (Publicada em 20.02.1962)
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Temos aqui ataques contra a população desde 1500. No nosso caso, não é outro país que comete esse ataque, é o próprio Estado brasileiro, na figura dos Três Poderes da República. Esses atores, de forma indisfarçada, vêm empreendendo o que seria uma guerra de dominação, invadindo a vida dos cidadãos e dela se apossando, para seu proveito. Para tanto, lançam, de sua artilharia pesada, aos que estão na planície, uma verdadeira saraivada de bombas, na forma de edição de medidas e interpretações de leis, que impõem a taxação crescente de impostos e tributos, de toda a ordem, que caem como chuva de obuses arrasando as possibilidades da população manter um padrão econômico mínimo e decente.
Os mísseis, de uma carga tributária escorchante, parecem dotados de uma espécie de sensor que os guia diretamente sobre as classes sociais que se amontoam no sopé da pirâmide. Em última análise, esses Poderes, por suas prerrogativas que vão muito além da razoabilidade, acabam por sufocar os civis, numa luta desigual em que nem mesmo as leis escritas são capazes de pacificar.
Com isso, garantem a perpetuação do status quo, com a manutenção e aumento dos privilégios, com proteções e regalias apenas àqueles que estão no controle do país. Aumentam os gastos públicos, não em investimento diretos para a nação, mas para dotar esses nichos de poder, instâncias semelhantes a paraísos, onde nenhuma crise é capaz de atingir. Se aumentam os preços dos combustíveis, em lógicas matemáticas diversas, os efeitos negativos nos alcançam, já que, por seus penduricalhos de proventos, estão cobertos por defesas do tipo vale combustível e outras armas.
Para essa elite, entrincheirada em seus bunkers de luxo, aqui na capital e em outros estados, cabe à população arcar com as consequências das crises cíclicas que ela, diligentemente, fabrica. Trata-se de uma situação que, figurativamente, é também uma guerra, mas que vem perdurando por séculos e que está a se agravar, à medida que aumentam os gastos do governo e de cada Poder em particular.
É, de fato, uma invasão não declarada, onde os áulicos possuem todas as mais sofisticadas armas. À população sob ataque permanente, resta se defender como pode. Para isso, vê-se obrigada a recorrer às armas que a criação possibilita, mantendo-se numa informalidade clandestina, onde tem que usar verdadeiras táticas de guerrilha, driblando imposições, fazendo gatos aqui e acolá, buscando meios de não ser lançada no abismo das regulações burocráticas, sugada por impostos e taxas sem fim.
Tem-se aqui uma guerra na qual as armas desiguais acabam sempre por ferir os calcanhares daqueles que andam descalços. A sorte dos brasileiros, se é que se pode chamar isso de sorte, é que os próprios Poderes não se entendem entre si, o que torna uma ação conjunta e coordenada, do Estado contra a população, algo ainda distante e até impensável no momento.
A frase que foi pronunciada:
“A maioria dos homens são maus juízes quando seus próprios interesses estão envolvidos.”
Aristóteles, séc. IV a.C.
Níveis prata e ouro
Milhões de inventariantes pelo país ficaram sem resposta do Banco Central em relação aos valores a receber pelo Banco Central. A Instituição avisa que, em situações que envolvem questões legais, operacionais e tecnológicas mais específicas – como falecidos ou pessoas com dificuldade de obter contas níveis prata ou ouro – serão tratadas na próxima fase do sistema. A data de início ainda será divulgada pelo Banco Central.
TJDFT
Uma das vantagens do trabalho à distancia recai sobre a Justiça. Casos de pequena causa são resolvidos com maior celeridade. Na página do TJDFT, o formulário para preenchimento fica disponível para a população, que o preenche no site. A data e hora da audiência é marcada e o link para a reunião no Teams é enviado por e-mail.
Alegria
Marcos Linhares comunica que a hora da arte voltar chegou. Anunciado o Chamamento Nacional de Brincantes, Mestras e Mestres. O Portal do Mamulengo convoca artistas de todo o Brasil para responderem à pesquisa do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste e sua cadeia produtiva. Veja os detalhes a seguir.
–> Mestras e Mestres de todo o Brasil para responderem à pesquisa do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste e sua cadeia produtiva pelo link https://bityli.com/jwKEl. Previsto para estar disponível para acesso a partir de 30 de março, o Portal (portaldomamulengo.com.br) reunirá informações de mais de 100 mestres e novos brincantes, com dados, fotos, vídeos, tudo que for necessário para preservar a memória e a técnica centenária desse patrimônio imaterial brasileiro, que sobrevive desde os tempos coloniais.
O coordenador da campanha “Portal do Mamulengo” e diretor artístico e de criação da Cia Voar Teatro de Bonecos (sediada no Gama-DF) , Marco Augusto Rezende, fala que o projeto bateu a meta de financiamento coletivo um dia antes do prazo final e que a seleção de brincantes conta com uma curadoria super qualificada na área de cultura popular. “Temos uma respeitável equipe curatorial: a bonequeira, Profa Dra Izabela Brochado (UnB), especialista em cultura popular; Chico Simões, mestre reconhecido pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Andreisson Quintela, criador da TV Mamulengo e membro da Comissão de Bonecos Populares da Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB)”, afirma o bonequeiro.
“Lançamos esse formulário para ajudar na pesquisa que vai dar origem ao site com o máximo de informações sobre, brincantes, mestras e mestre”, pontua Marco Augusto.
Patrimônio
O artista também aponta que desde quando o Teatro de Bonecos Popular do Nordeste foi reconhecido pelo Iphan como patrimônio imaterial do Brasil (2015), o número de brincantes dos bonecos do tipo mamulengo só aumenta, estando presente em quase todo o país. “Por isso, o portal é tão importante, pois lida com a memória dessa importante manifestação artística e pode alcançar pessoas de todas as idades, o que é muito importante. Vamos trabalhar com muita satisfação para difundir o trabalho dos brincantes”, defende o diretor artístico e de criação da Cia Voar.
“Alguns jovens têm procurado conhecer o mundo mágico dos bonecos, e aqui e ali, surgem novos grupos. No DF, por exemplo, já contamos com cerca de 20 grupos que trabalham com mamulengos. O que muito nos orgulha e encanta” finaliza.
Parceiros
A Associação Candanga de Teatro de Bonecos (ACTB) e a Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB) são parceiras da Cia Voar Teatro de Bonecos no Portal do Mamulengo.
BNDES
O projeto foi selecionado no âmbito do “Edital Matchfunding BNDES+”, que estimula ações de legado para o patrimônio cultural brasileiro. Assim, para cada real arrecadado na campanha, o BNDES entra com mais dois reais, triplicando os recursos até atingir a primeira meta. Mas a regra é TUDO ou NADA: se essa meta não for atingida, o valor arrecadado é devolvido e o projeto não acontece.
Os diversos nomes dos mamulengos Brasil afora
A apresentação do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste é chamada por diferentes nomes dependendo de onde ele vem. É chamado de Mamulengo, em Pernambuco e no Distrito Federal, Babau, na Paraíba; João Redondo ou Calunga, no Rio Grande do Norte; e Cassimiro Coco, no Ceará, Piauí e Maranhão.
Serviço:
O quê: Chamamento Nacional de Brincantes, Mestras e Mestres
O Portal do Mamulengo convoca artistas de todo o Brasil para responderem à pesquisa do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste e sua cadeia produtiva
Como: Pelo link– https://bityli.com/jwKEl
Informações: (61) 99901-3822
Assessoria de Imprensa: Marcos Linhares – (61) 99905-5905
Precedente
GDF anuncia vários concursos para a população. Na Educação, Justiça. Há os que fiquem desconfiados, já que houve concurso onde a regra de classificação mudou ignorando o que determinava o Edital.
Cerca já!
Desde 2003, o Decreto 23.911 institui o Parque Ecológico do Taquari. Cabe à Companhia Imobiliária de Brasília – TERRACAP, a execução de todos os projetos destinados à implantação, manutenção, vigilância e administração do Parque Ecológico do Taquari, sob a supervisão da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH.
História de Brasília
Desesperados com as promessas dos candidatos, que lá começam a provar porque Brasília não deve ter eleição, os comerciantes da Asa Norte procuram, agora, o CORREIO BRAZILIENSE. (Publicada em 20.02.1962)
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Em meio às bombas que começam a cair, nessa madrugada, sobre a cabeça dos civis na Ucrânia, forçando milhares de idosos, mulheres e crianças a fugirem, às pressas, das principais cidades daquele país, no que poderá se constituir no mais novo flagelo humano da atualidade, nossos lépidos parlamentares cuidaram logo, também na calada da noite, de lançar sobre a população brasileira o texto bomba do projeto que legaliza os jogos de azar em todo o país, com a volta dos bingos e dos cassinos.
Por 246 votos a favor e 202 contra, o chamado texto-base passou na Câmara, abrindo a porteira para a consolidação não só dos cassinos, mas do jogo do bicho e dos jogos online. A urgência pedida para a apreciação dessa matéria e o empenho das principais lideranças dentro da Câmara para a aprovação dessa medida explicitam os muitos interesses que estão por detrás desse projeto.
Caso venha a ser aprovado também pelo Senado, a lei liberando geral a jogatina cairá como uma verdadeira bomba sobre a cabeça da nação, pois, entre outras consequências imediatas, criará uma espécie de banco especial para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e armas, além, obviamente, de uma excelente lavanderia para o branqueamento dos recursos desviados pela corrupção.
Muito mais importante do que programas sérios nas áreas de educação e de saúde para a população. Iniciativas que poderiam favorecer a sociedade, como o fim do foro privilegiado para todos, ou a prisão em segunda instância, ou mesmo o endurecimento das Leis de Improbidade Administrativa e da Ficha Limpa não são, sequer, mencionadas como prioridades. Pelo contrário, são afrouxadas para facilitar os atos costumeiros contra o erário. Os brasileiros de bem sabem muito bem o que se esconde nas entrelinhas de medidas dessa natureza, que visam apenas o favorecimento daqueles que sempre viveram à sombra do trabalho alheio, quer na contravenção e no crime organizado, propriamente ditos, quer em acordadas políticas para sempre, buscando ganhos escusos e o favorecimento próprio para si e para seus grupos.
A aprovação dessa proposta é um claro retrocesso e um sinal preocupante a mostrar que o crime organizado, por meio do lançamento de candidaturas próprias, vai, pouco a pouco, infiltrando-se nas instituições do Estado. A liberação da jogatina é só uma forma de aplainar os caminhos para a entrada dessas organizações nas entranhas da máquina do Estado, de onde jamais sairão.
Não há qualquer ilusão sobre o fato de que cassinos, casas de bingos e outras modalidades de jogos de azar vão favorecer apenas os donos desses estabelecimentos, ou os testas de ferro das organizações criminosas, não trará benefício algum ao cidadão brasileiro. Pelo contrário, transformará nosso país, campeão mundial na modalidade de violência urbana, em um paraíso tropical para a lavagem de dinheiro de nossos criminosos, com ou sem colarinho branco, e para as muitas máfias internacionais que buscam aplicar e branquear os ganhos astronômicos com todo e qualquer tipo de crime, inclusive o tráfico de órgãos humanos.
Putin não precisa enviar tropas para invadir e destruir o Brasil. Nossos representantes políticos são muito mais eficazes e mortais.
A frase que foi pronunciada:
“A maneira mais rápida de acabar com uma guerra é perdê-la.”
George Orwell
Sacrifício
Para a satisfação de seus desígnios tirânicos, ditadores em evidência não se fazem de rogados e mandam sacrificar, no altar personalista da pátria, o que uma nação tem de mais importante que é sua população jovem, mandada impiedosamente para o campo de batalha.
História
Repleta está toda a história da humanidade de exemplos iníquos como esse, em que um único indivíduo é capaz de conduzir, para o matadouro, milhares de conterrâneos na flor da idade, apenas para a satisfação de um gigantesco ego assassino.
Longevo
Estando, há mais de duas décadas, no poder, por meio de manobras e malabarismos políticos e até sanguinário, Putin revela ao mundo seu acentuado caráter psicológico de psicopatia. Mesmo que os tribunais internacionais, no futuro, eximem-se de condená-lo por crimes contra a humanidade, de certo, ficarão nos livros de história as escaramuças desse novo e transloucado Napoleão de hospício.
Ocidente
Ao assistir, de braços cruzados, uma nação inteira ser esmagada diante do mundo, o Ocidente, na figura da OTAN, dá uma demonstração clara da pouca valia de sua existência.
História de Brasília
Deve fazer muita raiva a muita gente, a W-3, como ela se encontra agora. No comêço, perto do Eixo Monumental, o jardim está uma beleza, e é uma resposta colorida aos que não acreditavam nas possibilidades de recuperação do nosso solo. (Publicada em 18.02.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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De quatro em quatro anos, os brasileiros têm nas mãos a grande chance de mudar radicalmente os rumos do país, delegando a cidadãos, probos, a representação política e o governo da Nação. Estranhamente, a cada temporada dessa, os eleitores teimam em repetir erros grosseiros, votando em candidatos que, lá na frente, voltam a atentar contra a cidadania, mantendo e até piorando a situação de toda a população.
Por certo, deve haver, nessa atitude masoquista coletiva, um componente psicológico ligado ao suicídio ou à própria autoflagelação. Desde o período da redemocratização, assistimos a uma sequência, até monótona, de governos e de congressistas que, volta e meia, deixam as páginas políticas e ingressam no noticiário policial, como protagonistas das mais escabrosas histórias de crimes, todas elas contra o cidadão e a cidadania
Sabedores desse desleixo e volúpia dos eleitores, os partidos políticos, na figura de seus caciques, vão pondo em prática um conjunto de regulações que amarram as necessidades dos cidadãos às exigências estabelecidas pelas legendas, criando um labirinto que obriga o eleitor a votar em candidatos escolhidos a dedo pelas agremiações.
É o novo curral, com o corredor estreito, levando o gado direto para o matadouro. O que resulta desse pouco caso dos eleitores, na hora cívica do voto, pode ser conferido em episódios dantescos como os ocorridos agora na antiga cidade imperial de Petrópolis, uma das joias do nosso passado. Podem ser conferidos também nas enchentes que devastaram o Sul da Bahia, pela falta no atendimento médico em hospitais e numa série, sem fim, dos outros flagelos, todos eles decorrentes de má gestão ou negligência por parte dos dirigentes deste país. Antes das enchentes, o que se viu foram incêndios monstruosos que destruíram, por completo, tanto o Museu Nacional do Rio de Janeiro como o Museu da Língua Portuguesa e outros símbolos do nosso patrimônio artístico e cultual.
Fôssemos fazer aqui uma lista das catástrofes, ditas naturais, mas que decorrem da total falta de empenho e interesse por parte das autoridades brasileiras, necessitaríamos de uma centena de páginas, apenas para enumerar cada uma delas. Na verdade, o que os eleitores têm colhido das eleições é exatamente o que têm semeado com seus votos. O Pior é que, quando surgem candidatos tocando na ferida e alertando para a continuação dessa descida sem fim aos infernos, a mídia e o grosso da classe política tratam logo de desacreditá-lo, lançando-o na vala comum em que jazem outras possíveis alternativas para esse desatinado destino. Não é por outra razão que, volta e meia, ressurgem, das cinzas, candidatos com uma folha pretérita capaz de provocar ciumeiras nos maiores chefões do crime organizado, e que, sem cerimônia e apostando no desdém dos eleitores, lançam-se. Impávidos, em campanha, certos da vitória e, portanto, da impunidade.
Petrópolis não é nenhuma neófita em calamidade provocada pelas chuvas. Da última vez que esse fato ocorreu, com mortes e outras perdas, as autoridades locais cuidaram logo de desviar os recursos enviados para os flagelados. Nada foi feito! Agora a história se repete e, logo mais, cai no esquecimento, à espera de outras temporadas de chuva que, com certeza, virão.
Em 2011, uma CPI sobre as catástrofes na região teve seu relatório final jogado para o fundo de uma gaveta qualquer. Enquanto o Brasil real procura seus mortos soterrados em avalanches ou busca vagas inexistentes em UTIs, na Câmara, seu presidente, ocupa-se em votar, com urgência, pautas como a liberação dos jogos de azar ou a isenção de IPTU para imóveis ocupados por igrejas, além de propostas que blindam, ainda mais, os parlamentares das importunações da Justiça.
O mais deprimente é constatar que eles todos estão com a razão, pois receberam, legalmente, nas eleições, a procuração da sociedade para agirem como agem nesse e em outros mandatos que virão.
A frase que foi pronunciada:
“A democracia não pode ter sucesso a menos que aqueles que expressam sua escolha estejam preparados para escolher sabiamente. A verdadeira salvaguarda da democracia, portanto, é a educação”.
Franklin D. Roosevelt
Ilegal livre
Enquanto o DF Legal fiscaliza residências legalizadas, compradas com todos os impostos e taxas pagos, impondo curvatura de calçada a tantos graus para liberar habite-se, condomínios que tomaram conta do cerrado ilegalmente, na Estrada Parque Paranoá Norte, cercam a área com muros e trancam as entradas impedindo cidadãos de ir e vir.
Malemolência
Consumidores de Brasília cortam a indústria dos exames de uma forma simples. São atendidos por médicos de certa clínica e fazem exames de imagem em outros locais. Assim, a contagem de exames pedidos pelos médicos é creditada em outras instituições. Os pacientes portadores de excelentes planos de saúde temem com o excesso de indicações cirúrgicas, além do volume de exames pedidos. É preciso coragem para mexer nesse vespeiro.
História de Brasília
Novas passagens de nível das tesourinhas estão sendo revestidas. Já foram aprovados os esquemas de iluminação, que será dos mais perfeitos. (Publicada em 17.02.1962)
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Na impossibilidade de cada um dos mais de trinta partidos políticos existentes eleger o presidente da República de seu gosto, o Congresso apressou-se na confecção do modelito das federações, capaz de contemplar cada legenda, com o máximo possível de cargos eletivos. Obviamente que, na sequência dessa medida, virão os maiores benefícios e ganhos dentro do que é concebido no receituário do presidencialismo de coalizão.
A opção pelas confederações de partidos foi uma fórmula encontrada para adiar o sepultamento dos partidos nanicos. Trata-se aqui de um arranjo ou de um puxadinho que passa longe do que seria o ideal para o eleitor, ou seja: a existência de, no máximo, quatro ou cinco partidos, com uma honesta linha ideológica.
Não surpreende que as reformas políticas, costuradas por parlamentares, acabem sempre servindo unicamente aos propósitos de grupos políticos e nunca em benefício e proveito para os eleitores. Em matemática, seria a representação de um conjunto vazio ou, em outras palavras, a união de várias nulidades, cujo propósito é aquele que já conhecemos de antemão.
O que chama a atenção nas eleições desse ano é o desejo demonstrado por todos os partidos em fazer o maior número possível de parlamentares, para a Câmara e para o Senado. De repente, todos os partidos, em uníssono, passaram a mirar suas atenções no Poder Legislativo.
É tamanho o desejo e a ânsia com que se voltam para esse Poder da República que até o santo desconfia. O que teria de tão atraente no Legislativo que passou a atrair tanto o desejo das mais de trinta agremiações ao mesmo tempo? Pergunta o eleitor atento. Lamentavelmente, a resposta para essa questão passa muito longe de qualquer ideário republicano ou ético.
Acontece que os caciques dessas legendas se deram conta de que o Legislativo, dentro da desvirtuação sofrida pelo dito modelo de presidencialismo de coalizão, é que comanda hoje o grosso dos recursos da União. Aí está o interesse real dos partidos. As emendas secretas, emendas de relator, emendas individuais e de bancadas, somadas aos fundos partidários e eleitorais, além da distribuição de cargos no Executivo para os apoiadores do governo, passaram a representar um forte chamariz para esse enxame de partidos, que pairam como moscas varejeiras sobre carne em putrefação.
É esse o retrato em preto e branco desse súbito desejo em formar bancada no Congresso. Para os cientistas políticos que preferem enxergar nuances amenas, tanto na construção das federações como na estratégia marota de fazer número no parlamento, relacionando todo esse movimento às exigências da política, resta, talvez, um pedido de desculpas, não sem antes chamar a atenção para o cheiro ruim que todos esses arranjos estão a exalar.
A frase que foi pronunciada:
“Quando refletimos em profundidade, um ânimo depressivo acerca da depravação de nossa época, frequentemente nos ocorre pensar que o mundo se aproxima do seu dia final. E o mal se acumula de geração em geração.”
Goeth (1828)
Perigo a prazo
Hora de o GDF gerenciar as antenas da Torre de TV. Antenas de rádios e TVs que não existem mais estão acopladas ocupando espaço. Não há o menor controle sobre o espaço.
Fotos e fatos
Sem paz no restaurante. Bolsonaro é abordado em Moscou por inúmeros fãs, pousando para fotos e declarando simpatia ao presidente brasileiro.
O MITO chegando no restaurante de Moscou!#BolsonaroOrgulhoDoBrasil pic.twitter.com/Zu3W7a2TcE
— BolsoMito380 (@BolsoMito380) February 16, 2022
Homenagem
Quem comemora nova idade hoje é o colaborador Mamfil, que brinda nossos leitores junto à equipe da coluna e do Blog do Ari Cunha. Nossos votos de muitas realizações e conquistas.
Pouco inteligente
Um sol que não brilha, um sol que não ilumina e nem dá vida. Mais de 1000 km de ferrovia entre o Sinop e o porto do Rio Tapajós em Miritituba enfrenta imposições do PSOL, que é contra o projeto de escoação da produção brasileira tornando o processo mais barato. Oposição tacanha que não parece ser do mesmo Brasil.
Petrópolis
É inacreditável que gente sem escrúpulo consiga usar uma situação de tragédia para criar página falsa e desviar as doações para Petrópolis. Quem não sabe como ajudar as vítimas de Petrópolis, aí está o telefone para doar pelo PIX 24 99303 8885.
História de Brasília
Pasmaria quando souber que êsse mesmo senhor está agora, dessembargador Sousa Neto está em atendimentos no Rio para arrendar o “DC-Brasília”. (Publicada em 17.02.1962)
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Convenhamos: do presidencialismo de coalizão, onde o Executivo só pode desempenhar suas funções mediante a concessão de infinitas benesses aos parlamentares, a maioria, flagrantemente, antirrepublicanas, até ao semipresidencialismo, modelo proposto agora pelo presidente da Câmara, é um pulo, bastando apenas a troca de denominação do sistema.
Uma coisa e outra são vizinhas, habitando o mesmo espaço, dentro do Congresso Nacional. Propor debate em torno de proposta dessa natureza é só um meio de oficializar o que, na prática, já acontece desde a redemocratização. É preciso entender que, em si, o presidencialismo de coalizão, de acordo com estudos desenvolvidos pelo cientista político Sérgio Abranches há mais de três décadas, mesmo considerando que esse sistema se mostrou, desde sempre, um importante dilema institucional para o país, em tese, funcionaria bem, caso houvesse, de antemão, uma representação política de inegável qualidade ética e profissional dentro do Poder Legislativo.
Obviamente que a qualidade da representação está diretamente ligada à qualidade do eleitor e à elevação do ato de votar a uma categoria de racionalidade, impensável para a média dos eleitores brasileiros. São ciclos hermeticamente interdependentes, forçando a perpetuação de um sistema que hoje tem a cara e a assinatura do eleitor.
Mesmo que a proposta, caso venha ser aprovada, tenha sua implementação somente na próxima década, o assunto, por sua periculosidade, mereceria, desde já, um detido exame à luz de um microscópio de elétrons, um dos mais acurados hoje em dia.
O semipresidencialismo, se for tomando a exemplo da qualidade da atual composição política do Estado, não irá passar de uma semiverdade, imposta por um pseudomodelo que pode vir apenas para escancarar os cofres da União. O que se propõe aqui não é nem um parlamentarismo puro, nem um presidencialismo misto, mas algo situado entre as ambições desmedidas da classe política e a pouca ou nenhuma disposição para governar demonstrada pelo governo.
Aliás, é nesse vácuo, propiciado pela pouca disposição em fazer valer o que manda a Constituição para cada um dos Poderes da República, que surgem propostas desse nível, que mascaram um modelo a ser confeccionado apenas para gaudio dos políticos que temos. O que vimos até aqui é que a disposição em governar, comme il faut, só não é maior do que o desejo de cooptação da vontade dos políticos, por meio de prebendas e outros agrados. O presidencialismo de coalizão, como praticado entre nós, alcançou os píncaros de sua essência com os governos da esquerda, por meio de práticas como o mensalão, petrolão e outros mecanismos criminosos e pode atingir, com essa nova proposta, a perfeição, caso venha a ser implementado, de fato.
O que ocorre é que os políticos, de olho na possibilidade de uma vitória das esquerdas, já começam a aplainar o terreno para a reentrada do Partido dos Trabalhadores no comando do país, dando a essa sigla e aos seus asseclas um Estado prontinho para ser novamente dilapidado, dessa vez, dentro do que estabelece o tal semipresidencialismo.
Não se trata aqui, nessa proposta, de nenhuma movimentação ou interesse no sentido de modernizar as relações institucionais do país, sempre conflituosas, e fator de insegurança jurídica permanente. O que se tem é a oficialização de práticas de governo que os cidadãos de bem, há muito, já condenaram. Trata-se, pois, de uma mudança visando estabelecer, juridicamente, a cleptocracia.
A frase que foi pronunciada:
“Leia não para contradizer nem para acreditar, mas para ponderar e considerar. Alguns livros são para serem degustados, outros para serem engolidos, e alguns poucos para serem mastigados e digeridos. A leitura torna o homem completo, as preleções dão a ele prontidão, e a escrita torna-o exato.”
Francis Bacon (1561-1626)
Mais segurança
Prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, a falha na identificação da criança recém-nascida pode ser punida com até um ano de detenção. Muitos casos no passado foram descobertos por causa da aparência das crianças ou instinto materno. No final de 1998, em Osasco, pelo menos 19 famílias sofreram por esse erro.
Cientista
Montagnier e Françoise Barre-Sinoussi dividiram o Nobel em 2008. Isolaram o vírus do HIV (da Imunodeficiência humana) no Instituto Pasteur, em Paris. Graças ao estudo, os testes da doença e antirretrovirais foram controlados. Mantagnier faleceu semana passada. Veja, no link Covid-19 : les élucubrations du Pr Montagnier, l’hypothèse d’un accident dans le P4 de Wuhan, a opinião de Montagnier sobre o Covid.
/ França
Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da AIDS, está morto
Publicado em:10/02/2022 – 17:42
O Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da AIDS, Luc Montagnier, durante uma coletiva de imprensa sobre vacinas e vacinação, 7 de novembro de 2017 em Paris. © Stephane de Sakutin, AFP
Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da Aids, morreu na terça-feira aos 89 anos no hospital americano de Neuilly-sur-Seine. Tendo se tornado uma figura controversa para várias teorias por mais de dez anos e gradualmente banido da comunidade científica, ele voltou a ser comentado por comentários contra as vacinas anti-Covid.
O professor Luc Montagnier morreu terça-feira no hospital americano de Neuilly-sur-Seine (Hauts-de-Seine), informou a AFP quinta-feira, 10 de fevereiro, ao prefeito da cidade Jean-Christophe Fromantin.
Rejeitado tarde por teorias duvidosas, ele ficará para sempre associado à descoberta do vírus da AIDS que lhe rendeu o prestigioso Prêmio Nobel de Medicina.
Seus comentários controversos contra as vacinas anti-Covid o colocaram novamente no centro das atenções, atraindo-lhe a simpatia do antivax e desacreditando-o um pouco mais junto à comunidade científica.
“Sempre procurei o inusitado. Tenho dificuldade em trabalhar com uma corrente já estabelecida”, confidenciou este biólogo especializado em vírus em um documentário dedicado ao trabalho que ele mesmo qualificou de “enxofre” sobre a “memória da água”, transmitido na França 5 em julho de 2014.
Óculos finos de metal, olhos brilhantes e rosto ainda de bebê aos 80 anos, o virologista se descreveu como um “marginal” de jaleco branco apesar de seus louros internacionais, com o Prêmio Nobel concedido em 2008 por uma descoberta feita um quarto de século antes .
“Doenca 4H”
É preciso mergulhar na atmosphere dos anos 1980 para hear a febre que tomou conta de um punhado de laboratórios ao redor do mundo: descobrir o mais rápido possível a origem de uma estranha doença que foi chamada, por falta de melhor, “doença de 4H” (porque parece atacar mainly homosexual, viciados em heroína, haitianos e hemofílicos).
Nascido em 8 de agosto de 1932 em Chabris in Indre (centro da França), where virologist Luc Montagnier directed from 1972 no Institut Pasteur um laboratório especializado em retrovírus e oncovírus (responsável pelo câncer).
No início de 1983, ele isolated com seus “associados” Françoise Barré-Sinoussi e Jean-Claude Chermann um novo retrovírus que ele batizou temporariamente de LAV (Lymphadenopathy Associated Virus) from uma amostra colhida pelo Dr. Willy Rozenbaum de um patiente jovem , um homossexual que morava em New York.
É para ele o “causal” agent da nova doença. Mas has discovered é recebida com “ceticismo”, in particular pelo americano Robert Gallo, great especialista in retrovírus.
“Durante um ano, sabíamos que tínhamos o vírus certo (…) mas ninguém acreditou em nós e nossas publicações foram recusadas”, disse Montagnier 30 years ago.
In April 1984, Margaret Heckler, Secretary of Estado da Saúde dos USA, announced that Robert Gallo had encountered a cause “provável” da AIDS, um retrovírus chamado HTLV-III. Mas o último acaba por ser estritamente idêntico ao LAV encontrado anteriormente pela team de Montagnier…
“Co-descobridores”
A polêmica aumenta: quem é o verdadeiro descobridor do virus da imunodeficiência humana (HIV), Montagnier or Gallo? A questão é important porque permite resolver a questão dos royalties vinculados aos exames de triagem.
A dispute chegou a uma conclusão provisória e diplomática em 1987: os Estados Unidos ea França assinaram um compromisso no qual Gallo e Montagnier foram oficially descritos como “co-descobridores”.
O verdadeiro epílogo vem 20 anos depois, com a entrega do Nobel pela descoberta do HIV, não a Gallo, mas a Montagnier e sua parceira Françoise Barré-Sinoussi. Jean-Claude Chermann será esquecido pelo prestigioso júri .
Alguns anos depois, para o 30º aniversário de sua descoberta, o professor Montagnier elaborou uma avaliação mista deste épico para a AFP: “Não conseguimos erradicar a epidemia ou mesmo a infecção porque não sabemos curar alguém que está infectado “. Os medicamentos antirretrovirais podem efetivamente amordaçar o HIV, mas não eliminá-lo completamente do corpo das pessoas infectadas.
“Antivax”
Since leading a department of AIDS and retroviruses with Pasteur from 1991 to 1997, since teaching at Queens College in Nova York since 2001, where Professor Montagnier has been crusading his scientific pesquisa and gradually banishing his scientific community.
Resumo da semana
France 24 convida você a voltar às novidades que marcaram a semana
Eu subscrevo
Ele defende a “trilha microbiana”, porém sujeita a cautela, para explicar o autismo . Retoma a tese unanimemente rejeitada do pesquisador francês Jacques Benveniste segundo a qual a água retém a marca (a “memória”) de substâncias que não estão mais lá. Ele defende teorias sobre a emissão de ondas eletromagnéticas pelo DNA, promove o mamão como remédio para certas doenças.
Suas repeated posições contra as vacinas lhe renderam em novembro de 2017 a condenação contundente e official de 106 members das Academias de Ciência e Medicina.
Le Figaro descreve sua carreira como um “naufrágio científico lento”. Durante a pandemia de Covid-19, voltou a ilustrar-se, afirmando que o vírus SARS-CoV-2 foi manipulado em laboratório com a adição de “sequências, em particular, do HIV” e que as vacinas são responsáveis pelo aparecimento de variantes.
Essas teses, combatidas por virologistas e epidemiologistas, jogaram um pouco mais de descrédito em um cientista que se tornou um “pária” entre seus pares.
Com AFP
História de Brasília
Mais uma emenda à Constituição será tentada novamente. O sr. Anisio Rocha insiste na pena de morte, e não sabemos a quem isto vai favorecer. Nem prejudicar também. (Publicada em 17.02.1962)